História The Pentágono - O ômega sociopata

Os alfas se encontravam agitados sobre minha presença, sorri satisfeito ao caminhar pelas celas surpreendendo todos eles ao constatar com os próprios olhos que eu estava vivo e que o ser a ter o pescoço quebrado era o alfa escroto e nojento que dividiria a cela comigo.

De porta em porta eu era direcionado a uma visita particular com meu advogado, sempre escoltado por quatro alfas dois na frente e dois atras, dois deles pareciam me temer, o outro suava a indiferença e um que estava atrás de mim me olhava intensamente, seu cheiro não me era estranho, eu já o conhecia de algum lugar, só não sabia de onde.

Ao fim do corredor extenso uma porta de aço é aberta revelando uma sala com uma mesa e duas cadeiras também feitas do mesmo material fixadas no chao.

Entrei na sala sendo seguido pelos alfas que trancaram a porta e se direcionaram cada um para um canto da sala, sentei na cadeira pela primeira vez despojadamente mesmo com as mãos algemadas ao que meu advogado me encarava serio.

— Você fez outra vez Kim Taehyung, quando vai facilitar a minha vida e parar com isso? — Namjoon massageava as têmporas enquanto falava, ri de canto, ele só falava meu nome completo quando estava sem paciência.

— Bom dia para você também primo!— falei o ignorando despreocupado, eu adorava irrita-lo.

— Mais um alfa Taehyung! Só um! E a justiça dos Estados Unidos não vai te poupar, aqui não é a Coréia quando foi transferido para cá sua vida se tornou insignificante para o seu país, os americanos podem fazer o que quizerem com você e eu não vou poder fazer nada para te defender.— ele estava realmente sério, Kim Namjoon era o maior advogado da Coréia do sul e considerado por outros países também, tive sorte por tê-lo como primo, senão eu já teria tomado a injeção letal no primeiro julgamento.

— Já são 122 assassinatos Taehyung aonde quer chegar com tudo isso?— ele realmente estava sem paciência hoje, mas nada nem mesmo a cara feia de meu primo me faria contar meus objetivos aqui.

—Me colocaram em uma cela com um alfa, acha que isso não foi de propósito? Eu mau entrei e ele já estava me ameaçando — fiquei ereto olhando nos olhos do beta, e falei o que não era nenhuma mentira — agi por legítima defessa, pode apresentar esse termo nos tribunais, garanto que funciona! — me encostei denovo cruzando as pernas, Namjoon balançou a cabeça em negação.

— As vezes me pergunto, se eu fosse um alfa você já não teria me matado?— ele me encarava simplista com um sorriso derrotado, devia está se perguntando o por que de ainda me defender diante do mundo.

— Voce mais do que ninguém sabe o tipo de alfas que mato, se não se encaixa nos meus padrões não à o que temer — falei convicto— e eu não machucaria o meu primo lindo— fale com um bico nos labios, demostrar bipolaridade de assusta as pessoas, eles nunca sabem o que você está sentindo de verdade e temem a você e sempre são atacadas quando menos esperam.

E eu uso isso ao meu favor.

— Isso serve de lição para não me botar na mesma cela que um brutamontes estrupador outra vez— falei olhando para uma janela cheia de grades.

— Infelizmente para você eles vão te colocar em outra cela, com outro alfa, já que você dissecou o último, e estão fazendo inspeção do resto do corpo que você deixou— Namjoon falava tão naturalmente dos meus crimes parecia que já estava acostumado, o que realmente era uma rotina, mas fechei a cara ao perceber a nova descisão, iriam me colocar mesmo com outro alfa.

— Se controle Taehyung, ou será coordenado a morte se matar mais um — falou simplista

— Se esse alfa por acaso vier para cima de mim, eu o mato, não me importa se vou para o corredor da morte, estou pouco me fodendo para isso— na verdade eu me importava sim, se eu morresse antes, não iria comprir com minha promessa, por isso estou aqui.

O beta suspirou, percebendo como sempre que me dar lições de moral não mudaria em nada a forma como procedo, me mudou de assunto.

— O resultado dos seus exames ficaram prontos, sociotapa— o beta riu consigo mesmo anfatizando a última palavra — por isso é tão impulsivo, principalmente com alfas — concluio

—Nossa que novidade!— falei revirando os olhos o tedio já estava tomando conte do local e Namjoon suspirou — era só isso, se controle ou senão não poderei fazer mais nada por você! — se levantou dando fim a visita.

Os quatro guardas vieram em minha direção outra vez e me conduziram para fora da sala.

Caminhando pelos corredores e passando por diversas celas parando basicamente na frente de uma delas, um dos guardas, o ruivo que me observava anteriormente despachou os outros dois que se afastaram imediatamente sem o contestar sobrando ele e o guarda que soava a indiferença, me olhou por breve segundos, sendo também analisado por mim, e não disse antes de destrancar a sela e entrar nela fazendo algum tipo de final para que o alfa ao meu lado ficasse de olho em mim.

Ouvi uma breve discussão entre ele e outro tibre de voz que vinha de dento da cela, concluir que dono do tibre era o meu novo colega de espaço.

Em um rosnado a discussão parou subitamente, o guarda saiu de lá dispensando o alfa indiferente, o mesmo retezou ao me deixar sozinho com o ruivo mas o fez logo saindo do meu campo de visão.

—Kim Taehyung— falou meu nome pausadamente o fitei — o que aconteceu com você?— perguntava mas para si do que para mim, arquiei uma das sombrancelhas olhando o alfa com desdém, minhas suspeitas de que eu já o conhecia só estavam aumentando.

— Quem é você? — a pergunta saio automaticamente, ele não parecia me temer ou querer me matar da forma mais brutal possível, diferentemente dos alfas que vi desde de que cheguei aqui.

— Sou Jung Hoseok, seu antigo colega de sala— falou simplista ao que me fitava — da 5 série — completou.

Depois de alguns segundos finalmente me lembrei de Jung Hoseok, o alfa pacato da 5 série que era quieto demais para ser notado, tivemos algumas conversas quando crianças e desde la eu fui o único que me aproximei e percebi que o mesmo era um lúpus que desfarsava seu cheiro para não ser ainda mais atormentado no colégio.

— Aínda se escondendo Jung? Não sabia que tinha parado justo em uma prisão, você era tão… certinho! — eu era conhecido mundialmente pela minha ousadia, não era agora que isso iria mudar.

— Digo o mesmo de você Kim, costumava ser doce e sorridente, quem diria que você iria virar um serial killer — sorriu de lado.

Eu tento, pensei.

— Cada um tem seus motivos Jung, só peço que não me substime como muitos fizeram — falei sério

— Sobre o seu colega de quarto — apontou para a porta de aço — tenha a minha palavra que ele não fará nada com você, desde quando não tente mata-lo. — falou como se fosse um acordo, entendi o porquê da discussão — eu descidi agora em que cela você ficaria até o seu julgamento final, justamente para não acontecer a mesma coisa de antes, ele não é nenhum estrupador, não vai tentar nada contra você, então por favor não tente nada contra ele ou eu mesmo te levo para o corredor da morte.

Dito isso ele abriu a grande porta de aço e entrei dando de cara com um ser branco quase pálido de cara emburrada como se fosse uma criança renegada sentado apoiando seus cotovelos no joelho fitando o chão, diferente dos outros alfas o cheiro dele não me desagradava.

Assim que a porta foi fechada o alfa pálido levantou a cabeça com sua cara fechada e me fitou por breves segundos antes de se virar e deitar na cama resmungando algo quase inaldivel que entendi parcialmente como "ômegas sempre estragando a minha vida!" virado para a parede como se eu não existesse.

Dei de ombros e foi em direção a outra cama fazendo a mesma coisa. E tive um breve presentimento que a nossa convivência não ia dar o que preste.