O som da mensagem despertou a mulher dormindo no sofá, abrindo lentamente seus olhos Somin finalmente estava acordada, a pouca claridade indicava que já era tarde da noite. Chegou seu celular e havia duas ligações perdidas de sua irmã Jiwoo. – Não acredito que dormi. – Disse Somin ao se lembrar de tudo que havia acontecido. Caminhou a passos largos até seu quarto e se surpreendeu ao encontrar sua cama vazia. – Onde está? – “Como ele poderia não estar na cama? Onde ele iria?” ela pensou. Jeon olhou em volta da cama e não o encontrou, começando a se preocupar virou-se para sair do quarto e teve a visão do que procurava: Ele estava atrás da porta totalmente acuado ainda despido seu corpo tremia de frio, a escuridão que encobria seus olhos não escondiam o medo que ali habitava deixando a Dra. Jeon aflita. Somin se aproximou do BIO devagar entretanto o mesmo recuou se encolhendo mais ainda.
- Calma. – Disse Somin chegando ainda mais perto. – Eu não vou machuca-lo.
- Soo... min...
- Isso! Eu sou a Somin. – Pensando agora: como ele poderia saber seu nome? E ainda mais como pronuncia-lo?. No fim ela resolveu lidar sobre isso depois, agora precisava fazer o BIO escuta-la.
- Venha comigo, tem que se aquecer. – A morena disse.
Com um pouco de esforço conseguiu levanta-lo, ficou surpresa ao notar que as pernas da cobaia estavam mais firmes.
- Deite aqui. – Ela disse o cobrindo confortavelmente. Escutou um ronco e achou se tratar da sua barriga faminta mas na verdade era a do BIO. – Está com fome? – Com certeza haviam coisas na qual ela precisava estudar nele, era impressionante o qual rápido ele tinha reação as coisas. – Fique aqui, eu vou na cozinha e já volto. – Pensando que o BIO poderia sair e segui-la tinha que entretê-lo com algo, a TV foi a única coisa que pensou. Ligou o aparelho e saiu do quarto.
O BIO estava hipnotizado, coisas pequenas se mexiam dentro daquela coisa de formato estranho. Tudo era fascinante para seus inocentes olhos, buscava em sua lembrança o que poderia ser aquilo mas nada vinha em seu pensamento.
Em quanto o BIO descobria o mundo do entretenimento Somin procurava o que cozinhar, porém não tinha nada além de lamém e ovos. A verdade é que ela não comia muito em casa, como sempre estava no trabalho raramente fazia compras regulares. Em fim resolveu cozinha-los.
Em quanto cozinhava Somin pensava em como seu projeto era surpreendente e quão difícil foi pô-lo em prática. Todo processo começou na escolha do doador de espermatozoide ideal, em seguida o embrião foi coberto por uma líquido geneticamente modificado que o protegeu como uma placenta. Sua formação foi estudada com extremo cuidado, graças a uma substância extraído de uma planta rara encontrada no sudoeste da Ásia foi possível criar o soro que mudava o DNA da cobaia possibilitando que ele crescesse em pouco tempo, testes eram feitos em humanos comuns mas nenhum tinha o mesmo nível de aceitação como o DNA do BIO, mesmo extraindo substâncias de animais para acrescentar habilidades especiais, tudo surtia perfeitamente em seu corpo. Pensando bem sentir fome era a coisa mas o normal que ele possuía.
Com tudo pronto a morena voltou para o quarto levando uma bandeja com tudo que havia feito. Sentou-se na cama e deduziu que teria que alimenta-lo.
- Desculpe ter apenas isso. Mas eu vou fazer compras logo. – Disse meio envergonhada. - Vamos abra a boca. Ahh. – O BIO apenas a olhava confuso. – Esqueci que você nunca comeu nada. – Somin levou os jeotgarak* até a boca do BIO e fez o gesto com a sua de como ele deveria agir. Inicialmente ele não estava entendendo mas após sentir aquele odor entrar por suas narinas quase não aguentou de fome e fez exatamente o que mulher a sua frente fazia.
- Agora você deve mastigar. – Após dizer tais palavras a morena tentou imitar os gestos de mastigação, quando parecia mais estar imitando um orangotango. Riu de si mesma.
A cobaia novamente imitou a sua criadora e começou a mastigar, era macio e quente, ele não sabia o que era aquilo mas era tão bom. Somin continuava a alimenta-lo até que em pouco tempo ele já havia comido tudo.
Satisfeito o BIO voltou a assistir TV, como uma criança curtida ele olhava para Somin e apontava para o aparelho como se perguntando o era aquilo, Jeon Somin notando a situação começou a explicar.
- Isso é uma televisão, ela é um meio de comunicação. Tele de distância é visão de... Visão mesmo. – Ela riu. – Ou seja visão a distância. Seres humanos a usam quando querem se entreter ou saber de algo.
O BIO estava escutava cada palavra com muita importância, mesmo não entendendo direito prestava atenção e começava a discernir seus pensamentos. Somin olhou no relógio e já era quase uma da madrugada, resolveu assistir por mas algum termo mas logo o sino a invadiu, mesmo resistindo acabou dormindo.
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O sol brilhava lá fora e nem mesmo as janelas de vidro do quarto da Dra. Jeon o impediriam de entrar. A frecha de luz atingia o rosto de Somin a acordando, espreguiçou-se na cama e ao virar de lado teve o vislumbre dos olhos do BIO em si a observando como um filhotinho que espera seu dono levantar, por alguns segundos o silêncio imperou no quarto e a mulher passou a observar sua criação: seus olhos cor café a prendiam como algemas, sua pele clara exaltava o tom avermelhado de seus lábios, mexas de sua franja tomavam seu rosto, cabelos esses que hora pareciam negros e outra eram castanhos. Uma criação perfeita.
- Está com fome? – Somin quebrou o silêncio.
- Fo... Me... – Disse o BIO com certa dificuldade.
Somin levantou da cama e pegou o celular na cômoda, olhou a hora e já passava da sete. Mandou uma mensagem a sua irmã pedindo que trouxesse roupas para o BIO, ela olhou para ele tentando adivinhar seu tamanho. Apesar de ainda coberto com os lençóis Somin tinha o visto antes, sua estrutura corporal era ideal: nem magro nem gordo, na realidade era bem definido com boas proporções. Em seguida digitou em seus aparelho telefônico que além das roupas trouxesse o café da manhã.
Ao guardar o celular notou que a TV ainda estava ligada e pensou se o BIO tinha realmente dormindo ou passou a noite assistindo.
- Somin. – O BIO pronunciou e a morena abriu um largo sorriso.
- Quanto mais eu penso não consigo entender como você sabe meu nome. – Somin dizia olhando sua criação. – Talvez você já tivesse consciência, mesmo na incubadora e ouviu meu nome ser chamado no laboratório. Certo? – Ele apenas a olhava.
Meia hora depois Somin escutou a campainha e adivinhou se tratar da sua irmã. Correu até a porta para atende-la.
- Anyeong!! – Jiwoo disse.
- Porque demorou? – Somin falou pegando a mochila que continha roupas para o BIO.
- De nada. – Ironizou a mais nova.
Somin checava as roupas em quanto sua Jiwoo tinha ido na cozinha por a mesa do café.
- Eu vou no quarto vesti-lo. – Somin disse saindo da sala em direção ao quarto. O BIO ainda estava em pé na frente da TV, como se quisesse entrar nela. – Não fique tão perto assim, seus olhos podem doer. – Ela disse o tirando da frente do aparelho. – A Jiwoo trouxe roupas para você, não vai mais ter que andar pelado. – Somin retirou um moletom escuro da sacola e pôs no BIO cuidadosamente, havia um pacote com cuecas boxer e ela pegou uma, meio receosa inicialmente mas vestiu a cobaia que apenas observa atentamente tudo que a morna fazia. Por fim vestiu a calça – que parecia ser conjunto do moletom, como roupas esportivas.
- A minha irmã trouxe o café da manhã, você vai conhece-la formalmente. – Somin explicava. – Ela que me ajudou a salvar você com certeza serão bons amigos.
O BIO parecia confuso mas sentia que deveria fazer o que a mulher a sua frente dissesse. Somin após vestir sua cobaia o levou até a sala, sua irmã Jiwoo já havia terminado de por a mesa e aguardava os dois. Ao ver Jiwoo o BIO se encolheu atrás de Somin a fazendo rir.
- Essa é a Jiwoo, minha irmã. – Somin disse saindo da frente.
- Anyeong. – Falou Jiwoo. – Como.... Você.... Esta... Se... sentindo? – Disse como se estivesse vendo alies.
- Jiwoo ele vai entender você normalmente, não precisa agir como idiota. – Somin disse.
- Ele já sabe falar alguma coisa? – A loira perguntou.
- Ele sabe meu nome. – Somin respondeu sentando o para tomar café e depois sentou seguida da irmã.
- Você já insinuou isso? Devo ensinar meu nome? – Jiwoo começou. – Eu sou a Jiwoo... Jiwoo. – O BIO olhava a mulher confuso, lembrou da Somin tentando ensina-lo a comer.
- Jiwoo...
- Ua.. Isso mesmo. Ele aprende rápido. – Jiwoo disse enchendo a boca de arroz.
Somin ia dizer algo mas a campainha tocou. – Quem será? – Levantou-se e quando observou no olho mágico era ninguém menos que o B.M.
– É o B.M.
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