História The Price of Fame - This is a dream ?

Charlotte parou o elevador um andar antes do meu, ela saiu e fui andando atrás dela, foi inevitável não secar seu corpo mas uma vez, estava fissurado naquela bunda, entramos no quarto e ela foi pegar as velas, abriu a porta da varanda e acendeu o baseado,  não sei explicar essa sensação, mas de um instante pro outro a vi com outros olhos, enquanto ela ria aos se engasgar com a fumaça, me aproximei um pouco, Charlotte se espantou com minha reação e deu um passo pra trás, molhando os lábios com a língua e desviava o olhar. 

POV CHARLOTTE  

Ainda era  manhã quando meu pai e Célia estavam se aprontando pra ir pra capital, o irmão dela vai se casar com uma mulher que ele conheceu na argentina a dois anos atrás.  

Célia tem dinheiro desde o berço, seu pai é um dos donos da rede Fiat Brasil, já nossa família sempre foi humilde, meu pai nunca me deixou faltar nada mas também nunca fui acostumada com luxo. 

Minha mãe foi morar nos USA um ano depois que se divorciou do meu pai, lá ela acabou se casando com um americano viúvo e pai de duas meninas que tem praticamente minha idade, hoje em dias ela é mais mãe das garotas do que minha, depois que foi embora nunca mais voltou, quase nunca liga e nos falamos por Skype todo Natal.  

Pra ajudar sou filha única, meu pai e minha mãe também são filho únicos, não cheguei a conhecer nenhum de meus avós, todos morreram antes de eu nascer, também não tenho amigos, só algumas colegas e conhecidas.  

Quase nunca saiu de casa com meu pai, depois que ele casou novamente a alguns anos atrás com a cobra da Célia nossa relação nunca mais foi a mesma, a cada ano que passa se afastamos cada vez mais. 

Por um milagre dessa vez eu ia com eles, o casamento iria começar as 15h da tarde e depois iriamos a festa, não fiz nem mala, peguei duas mudas de roupa e coloquei em uma sacola de mercado, meu vestido foi Célia quem escolheu e eu nem me importei em ver como é.  

Chegamos no Itaim já era 13h da tarde, a única coisa boa era o hotel que ficaríamos hospedados, era um hotel tradicional e super chique e conceituado em São Paulo, a família de Célia fundou ele em 1903, algo assim.  

O cabelereiro veio nos atender no Hotel, fiz as unhas e uma make incrível, na verdade foi a minha primeira make da vida, na real, as vezes passo uma base um rímel sei lá, mas nunca fiz algo assim tão profissional, até por que eu nem sei.  

Chegamos no casamento atrasados como sempre, fiquei a tarde toda sozinha, era perceptível que minha presença naquele lugar era forçada, tanta gente hipócrita e metida em um lugar só me deixa afobada, a cerimonia acabou já passava das 18h30 da tarde, meu pai e Célia já estavam meio bêbados e bem animados pra festa. 

-Rodrigo diga pra emburrada da sua filha se enturmar, pelo amor de Deus ela só fica parada igual uma pata manca, - disse a vadia enquanto se jogava no meu pai. 

-É Charlotte se anime, vai conversar com alguma sobrinha da Cel – disse meu pai se pegando com a puta da mulher dele na minha frente  

-Vocês dois são nojentos, pai você pode me dar dinheiro pra pegar um táxi e ir pro hotel ? -  

-Tá, quero troco viu  – disse ele me entregando uma nota de cem.   

Resolvi pegar o metrô e guardar a grana pra mim, como estou desempregada sabem como é né, com dois reais a gente passa o mês,  já na estação comprei um maço de cigarro, eu fumava de vez enquanto só pra disfarçar o cheiro da maconha e bem como pretendo fumar hoje a noite, melhor comprar agora.  

O vagão que entrei estava cheio de garotas histéricas, com faixas na cabeça e gritando sem parar, não entendi muito bem o que elas estavam fazendo, até que do nada começaram a cantar em coro.  

''  is it too late to say sorry '' entendi na hora, me lembrei de ver no Facebook mais cedo que o ultimo show do Justin vai ser essa noite, não sou aquelas fãs loucas de paixão mas até que me considero uma Belieber pois curto muito suas músicas e seu trabalho no meio artístico, sem contar que ele é um gato né, mais dar uns beijos naquele Deus Grego só em sonho mesmo né, até por que isso tá bem longe do meu alcance, meio que impossível até pra falar a verdade.  

Desci do metro e parei pra fumar um cigarro, olhei no celular e era quase 22h da noite, resolvi parar em uma lanchonete antes de ir pro Hotel, jantei sozinha mesmo e voltei o resto do caminho caminhando.   

Passei o final da noite assistindo Percy Jackson,  coloquei o celular pra despertar as 2h da manhã e me deitei pra cochilar um pouco, prefiro fumar durante a madrugada, fico menos assustada assim.  

Acordei sozinha, já estava passando programa do Jô, me levantei pra ir ao banheiro, limpei os olhos, escovei os dentes e passei um pente no cabelo que já tava todo bagunçado, olhei as horas e era 01h50 da manhã, peguei a carteira e desci pro bar tomar alguma coisa.  

Pedi uma tônica com gim e fui pra sacada do bar, me encostei no para peito e acessei o wi-fi do Hotel, entrei no Instagram e vi algumas fotos do show do Bieber que tinha acabado a uma hora atrás, pois é, mais um artista interacional de peso que eu curto pra caramba veio pro Brasil e eu não tive dinheiro pra ir no show, quem sabe na próxima turnê né?.  

Peguei o cigarro que tinha guardado dentro da carteira mas não tinha como acender, esqueci o bic no quarto, olhei pros lados e vi um rapaz não muito longe de mim, notei que ele estava fumando, que sorte.  

Me aproximei com o cigarro na mão, como estava escuro não vi o rosto dele muito bem de inicio , quando ele se virou pro lado tomei um susto. 

Caralho era o Justin Bieber OMG OMG, fiquei sem reação e a única coisa que consegui fazer foi pedir o isqueiro sem falar nada, fiquei muito surpresa por que estava pensando nisso a 5 minutos atrás agora ele está aqui do meu lado.  

Ele sorriu e me entregou o isqueiro, usei, devolvi, sorri e sai dali em choque, meu corpo travou na hora. Voltei pro bar ainda meio tremula e paguei a conta, caminhei até o elevador pra voltar pro quarto, agora sim eu preciso fumar um baseado.  

''-Realmente esse pais é cheio de gostosas –'' ouvi essa frase em inglês e bem baixo e poxa eu conheço essa voz, o Justin ia pegar o elevador comigo, olhei de canto de olho e ele me comia com os olhos, taradinho esse Bieber. 

-Mais respeito Justin Bieber – falei alto e inglês pra ver a reação dele. 

Ele fez uma carinha de confuso e eu quase babei mais consegui disfarçar. 

-Quando você me pediu fogo não pareceu me reconhecer – ele riu sem graça colocando a mão nos bolsos. 

-Claro que reconheci você é o Justin Drew Bieber porra – falei sem conseguir controlar a empolgação e ele ri u– Eu achei seu novo álbum super foda, só que pelo que li por ai você não está mais tirando foto com os fãs então evitei de ouvir um não - sorri sem graça 

-Posso tirar uma foto com você agora se quiser – ele disse com aquela voz rouca e maravilhosa, aposto que ofereceu a foto só pra se desculpar pela mancada que ele deu sendo um tarado, e  mesmo sabendo disso fiquei toda vermelha, fitava o chão enquanto pegava o celular,  bati a foto bem rápido, nem olhei e já guardei o celular no bolso da blusa de frio que vestia por cima do vestido, minhas mãos estavam tremendo e se eu lerdeasse na foto ele ia acabar percebendo meu nervosismo e pelo que sei do Justin ele não curte essas coisas.  

-Você não me disse seu nome – disse ele se sentando no chão do elevador, aparentava estar exausto. 

-Charlotte –  sorri.  -Justin posso te pedir uma coisa ? - perguntei meio sem graça, acho que os drinks do casamento e a tônica com gim estão batendo nesse momento, não é possível.  

-Pode - ele respondeu rapidamente.  

-Eu li em algum lugar que você assumiu que usa maconha, bom fico até sem graça de falar – ri envergonhada, caralho que merda eu to fazendo.  

-Fala Charlotte não precisa ficar sem graça -  ele me chamou pelo nome, que fofo.  

-Eu fumo tem um tempo, sempre fumei sozinha e bem to indo fumar agora antes de dormir, então pensei se você não queria me acompanhar, sei lá seria legal fumar com você mais sei lá eu to viajando né? - me arrependi de pedir aquilo antes mesmo de ter terminado de pedir, já me preparei mentalmente pra ouvir uma fora lindão.  

-Claro que eu aceito – ele respondeu se levantando. 

-Sério ? Nunca imaginei que você ia topar, ah sério mesmo?  - eu ainda não conseguia acreditar que ia dividir um baseado com o Justin Bieber.  

-Sério, se você não me gravar ou qualquer coisa do tipo, sabe que é a primeira vez que uma fã me faz esse convite ? mais e ai acender aqui mesmo ? - que loucura isso, o Justin tendo uma conversa normal comigo, se eu contar ninguém vai acreditar, bom pelo menos agora tenho uma foto com ele pra provar.   

-Não doido, aqui tem câmera,, ops foi mal Justin, saiu sem querer –  me bati se repreendendo, cara sou muito lesada mesmo. -vamos pra sacada do meu quarto, eu vou acender alguns incensos e velas aromáticas, ligo o ventilador e depois espirro um perfume, pra sair o cheiro  sabe como é né, enfim  tem problema? - falei se enrolando toda.  

-Nem um pouco, na verdade não sei por que tudo isso, eu não ligo mas entendo, alguém da sua família pode ver né?, ninguém sabe ? –  ele perguntou.  

-Ninguém e quero que continue assim  - respondi  

Sai do elevador em direção ao quarto e ele andava bem atrás de mim, assim que entrei no quarto já fui pegar as velas e o incenso, abri a porta da varanda e Justin se encostou na parede, acendi o baseado e passei pra ele, aquela maconha estava verdinha então acabei engasgando pra caramba , eu o observava quando via que ele estava distraído olhando os poucos carros que passavam na rua, só agora de perto e sozinha com ele pude notar o quanto ele era bonito, não só fisicamente mais sim como ele parecia ser gentil e legal, o oposto do que dizem por ai.  

Ele me passou de volta o baseado e eu já estava ficando meio doidinha e mais tranquila em relação a sua presença, deve ser o efeito da erva, me distrai com a fumaça quando vi ele se aproximar, de inicio me espantei, o que ele tá fazendo ? Dei um passo pra trás e molhei os lábios involuntariamente desviando o olhar.  

-O que você tá fazendo ? Perguntei nervosa.  

-Quer me dar um abraço ? - ele sorriu  

-Ahah claro .. - falei gaguejando, dei um passo pra frente e o abracei com bastante cuidado, como se ele fosse se quebrar com meu toque. 

-Me abrace de verdade Charlotte – ele disse baixo e eu arrepiei. 

Se afastei e ri sem graça. 

-Presta atenção que vou te ensinar como se faz – disse Justin se aproximando e envolvendo suas mãos na minha cintura. 

Travei, isso só pode ser um sonho, a alguns minutos atrás eu estava pensando em como estar próximo dele seria impossível e agora ele está aqui, com as mãos envolvendo minha cintura. 

 Olhei pro lado pra cima, pra todos os lados na verdade, eu não sabia o que fazer. 

-Hey olha pra mim – ele disse acariciando meu braço enquanto me encarava. 

Olhei pra ele e comecei a rir, foi a única reação que consegui ter, estava nervosa demais com tudo aquilo, fixei meu olhar em seu rosto o encarando, senti um calafrio percorrer pelas minhas costas.  

-Por que você está tão nervosa ? Você tem namorado? - ele disse baixo, só pode ser brincadeira ele estar me perguntando isso. 

-Não é isso, eu não tenho namorado – sorri - É que sua presença intimida um pouco. - sorri novamente, molhando os lábios involuntariamente 

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-Não faça isso por favor – ele riu sem graça 

-Isso o que Justin ? - perguntei tentando me afastar mais ele me segurou e se aproximou mais ainda, posso estar delirando mais parece que ele está me cantando, deve ser impressão minha, Justin pode ter qualquer uma, a chances de algo entre nós acontecer é totalmente nula.  

-Não molhe os lábios assim na minha frente – ele disse mordendo o canto de seu lábio inferior.  

Senti minhas  pernas bambearem, e sim ele estava dando em cima de mim, acho que  seu único erro foi me pedir para não molhar os lábios, sorri mais uma vez fazendo cara de sapeca e molhei os lábios novamente, dessa vez bem mais devagar, nessa hora ele fez um cara de safado que nossa senhora, senti minha vagina bater palminhas. 

 Justin molhou seus lábios tentando me provocar e com certeza estava conseguindo, aquilo tudo estava me animando até demais, nunca pensei que teria um homem gostoso como esse me provocando desse jeito.  

Sorri sem disfarçar minha cara de safada, ele riu e aproximou seu rosto do meu, gelei um pouco o que é normal, senti uma de suas mãos deslizar lentamente até minha bunda, dei um pulinho na hora por que não espera, ele riu e lambeu, isso mesmo, lambeu lentamente bem o centro do meu lábio inferior.  

Caramba minha calcinha estava tão molhada que parecia até que tinha feito xixi, esse homem não existe, nem me beijou ainda e já estou subindo pelas paredes. Engoli a seco pois ainda estava levemente envergonhada e bem nervosa, mas mesmo assim tive coragem suficiente para retribuir. 

Levantei um pouco a ponta dos pés, segurei em seus braços, já vou dizendo agora que não é aquele corpo perfeito que apareceu na Calvin Klein, todo mundo sabe que existe um Photoshop e mesmo assim  são maravilhosos, enfim mal posso esperar pra conferir o tanquinho, haha.  

Sorri sem graça e aproximei meu rosto do seu, chupando seu lábio inferior lentamente. 

-Se você quer brincar, vamos brincar baby – disse Justin me beijando em seguida.