História The price of Love - Feeling's

Toronto me lembra um pouco de casa, me faz sentir em casa. Já que é a maior cidade de Canadá. Assim não vou me sentir tão perdida e sem noção para onde ir já que vou poder explorar cada canto dessa cidade maravilhosa que é. 

Casa, eu não sinto nenhuma falta de casa, pra falar a verdade, sinto um pouco. Também não posso negar meu passado já que eu me criei com minha mãe, mas como todos sabem eu não era feliz com minha mãe  lá, na verdade eu sempre tive uma vida secreta, omitindo coisas de minha mãe. Como, as músicas de meu celular, se ela perguntasse eu tinha que dizer que estava escutando pregações ou alguma música gospel. Sim era tudo muito monitorado, se eu estava saindo com Lola ela fazia um interrogatório inteiro do local e nos dava um horário para voltar. Amigos? Bem Como eu sou uma garota esquesita no olhar de outros por ser uma garota "religiosa", sim eu não tinha muitos amigos apenas Lola. E os amigos do meu irmão é claro, únicos amigos que conheço desde a infância. Mas não fazia nem uma diferença se eu dissesse que não gostava de ir a igreja. Eu já estava acostumada a frequentar e tudo mais. Então eu até que gostava de ir aos retiros e encontros de jovens. Mas isso era no passado, porque agora eu estou livre sem perguntas e interrogatórios, sem falar das roupas que eu tinha que usar para ir a igreja. Por falar em roupas por que eu podia usar calças? Sim Phill conseguiu resolver isso, de tantas brigas minhas e da minha mãe por esse motivo ele viu que eu era jovem e viu o suficiente para perceber que eu precisava de uma vida eu precisava me socializar porque a final daqui a pouco eu podia até sofrer bullying na escola. Mas graças ao Phill, nos meus 10 anos de idade eu até que escolhia minhas próprias roupas para vestir é claro únicas coisas que eu podia. 

Eram tantas restrições que chegavam a me deixar estressada mas eu tinha que fazer cara de paisagem e aceitar já que eu morava com Agatha, mas quando fiz 17 anos e meu pai veio me ver eu senti lá no fundo que algo podia mudar em minha vida ou até melhorar. Foi aí que ele me convidou para morar com ele. Sem pensar muito eu aceitei de cara porque afinal eu sempre me dei bem com Jeremy e com Pattie, Justin era um diamante que tinha que ser lapidado aos poucos. Já que quando eu cheguei nossa relação não era muito boa, mas tudo isso mudou em uma festa que ele me levou. Bom mais isso já passou e tudo deu certo.

Com meu pai disse, eu poderia ser uma garota normal, como sair para qualquer lugar, voltar nem que seja um pouco tarde. Fazer coisas que um adolescente faz. Sem restrições, sem regras escrotas, sem roupas bizarras e muito menos sem ser a garota perfeita que minha mãe acha que sou.

 Passando pelas ruas eu percebo pessoas felizes e sinto o mundo a girar em torno de mim.

Percebo o quão lindo está o dia, mesmo que com um friozinho ainda assim parece que o clima deixa tudo mais bonito. Parece que pela primeira vez em minha vida o sol está mais brilhante, tudo tem mais cor. Eu estou livre, estou livre de Agatha. Estou bem pela primeira vez. Eu respiro mais leve. Acho que minha ficha acabará de cair e percebo o quão liberta estou nessa cidade incrível e que tenho os meus melhores amigos ao meu lado.

Vou poder estudar construindo meu futuro, poder ser Sophie a garota normal.

De tantos risos sinceros. Pensamentos distantes fizeram eu perceber que já estávamos no apartamento, flashbacks de meu passado me deixavam um pouco desconfortável. Porém o que importava realmente estava bem a minha frente.

Quando tínhamos chegado ao apartamento de meu irmão. Eu vi  Ryan e Chaz no sofá jogando videogame.

Os cumprimentei e logo precisava arrumar minha bagunça.

Fui ao quarto e deixei o resto das minhas malas vazias  no closet. Arrumei a lua no cantinho do quarto ao lado de minha cama. Consegui também um lugar para os livros, Justin já tinha preparado um canto só para mim mesmo que esse canto seria dentro de seu quarto. Ele era  o melhor irmão do mundo que se podia ter. Eu era muito grata. Depois de organizar algumas coisas decido ir ao quarto de Lola já que ela estava organizando. Ajudo e por fim conversávamos por horas planejando tudo, onde iríamos sair os lugares que iríamos frequentar. Estávamos muito ansiosas para a nossa nova vida. Conversávamos e as horas passavam, de repente alguém bate na porta e Lola olha para mim e sorri,  retribuo.  Decido ir até a porta,  abro e vejo que é meu irmão ele sorria abertamente e vejo que ele queira nos dizer algo, ja que estava aqui.  

- bem, eu e os garotos estamos com preguiça de cozinhar sabe... Estávamos pensando em pedir pizza o que acha? -   naquele momento  eu percebi que à noite estava  a recém começando, que pizza era melhor que tudo para comemorar. 

- concordo!  Amo pizzas. - sorrio e ele pisca para mim, Lola aprova e então ele se retira discando um número em seu celular.

Fecho a porta e termino de ajudar minha amiga. Assim que terminamos ela foi tomar  banho. E bem eu iria fazer o mesmo.

Eu já estava começando a ficar com fome.

Eu estava indo de encontro com meu novo quarto entro com rapidez, fecho a porta e me viro e vou direto ao closet pegar meu roupão. Mas me pecho em algo sólido e confortável. Vejo que são tatuagens logo a minha frente. Vejo que minhas mãos estão em seu corpo macio e úmido por conta dos pingos de água... Oh céus era Justin molhado do banho  e com apenas sua toalha em sua cintura. 

Vejo ele dar um sorrisinho e seus olhos ficarem com um tom surpreso ao meu ver vermelha certamente por vê-lo semi nu. Nunca vi um homem tão lindo e com um olhar tão penetrante como o olhar de meu irmão. Aqueles olhos caramelados dourados eram divinos.

Que isso Sophie é seu irmão.

- desculpe, eu... Ahn... é. -  eu fiquei meio nervosa ao ver ele de toalha, aquelas gotas de água vagando por seu corpo o deixavam sexy o deixavam lindo. Ele era lindo. Percebi ele rindo de mim e arquear uma sobrancelha só percebi que minhas mãos ainda estavam em seu abdômen. Em seu corpo macio. 

E que corpo...

- calma, que pressa é essa pequena? - ele diz calmamente, mas uma brasa dentro de mim se ascende e se espalha em mim como quem acaba de ascender um fogueira. Logo vindo com arrepios constantes.

Arregalo os olhos e tento negar esse sentimento errado, eu devo estar louca.

Me desvencilho e dou um passo para trás e pisco três vezes consecutivas. Saio diante dele e vou até meu closet ao outro lado. Pego meu roupão e me viro o olhando, vendo seu olhar de duvida.

- eu... Vim pegar meu roupão, eu..- não tinha muitas palavras em mente já que parece que tudo estava em branco por conta do nervosismo.  E meu subconsciente me alertava que tudo ali estava sendo errado.

Já que era verdade.

Saio dali atordoada e vou ao banheiro apressada dessa vez, entro e fecho a porta. Fecho os olhos e respiro ofegante e tento me tranquilizar pela quarta vez respirar com mais calma e com sucesso.

A medida do possível vou abrindo os olhos e suspirando tranquilamente.

Tiro minha roupa e vou para o box, com a água morna caindo sobre minha cabeça, fecho os olhos e sinto a água fazendo efeitos em mim.

Cenas de eu entrando no closet 15 minutos antes e me deparando com Justin de toalha me fez ressurgir sentimentos guardados.

Mas isso deve ser um equivoco!

Já que eu tinha decidido deixar tudo para trás. 

Mas a quem eu quero enganar?Somente para mim mesmo porque todas as vezes que Lola fez ressurgir aquelas perguntas malditas, desde aquela vez...

Desde a noite do racha eu tento negar para minha amiga de meus sentimentos, negar a mim mesma.

Calma Sophi era só seu meio irmão de toalha.  Vai ter que se acostumar, já que vamos estar no mesmo quarto.

Tentei processar que não estou acostumada a me esbarrar em um corpo sarado todos os dias e que eu não tinha reparado o quão lindo ele era.

Tudo bem Sophi, meu subconsciente me alertou. Tudo é novo para você. E tudo bem achar seu irmão bonito. Foi apenas vergonha.

Tentei processar isso para meu cérebro e me dei por mim que era algo que eu estava equivocada.

Termino meu banho e coloco meu roupão. Saio do banheiro e vejo que Justin não está no quarto. Maravilha! Melhor para mim não ter que encara-lo depois de meu ataque nervoso. Vou até o closet e olho atentamente na porta para ver se ele ainda e está lá e nada.. 

Suspiro aliviada.

Coloco uma roupa confortável e penso em um short e uma regata branca. Seco meus cabelos e decido sair do quarto. 

Haja naturalmente, como se nada tivesse acontecido. Afinal não foi nada demais.

Eu tentava me tranquilizar.

Estavam todos na sala e a pizza já estava na mesinha de centro, vejo Lola trazendo copos em uma bandeja e os garotos pegando cada um seu copo. Lola estende um para mim e eu o pego em mãos. 

Sento só em outro sofá quando vejo Chaz sentar ao meu lado com sua pizza. Estendo as mãos até a mesa e pego a de 4 queijos que era minha preferida.

Vejo que Ryan coloca um filme de comédia  e não consigo ver o nome, mas ao ver a capa parece ser muito bom, todos se instalam para poder assistir bem, Chaz foi para uma poltrona bem mais confortável ao outro lado, vejo Justin vir em minha direção.

Ah droga. Não!

Não pode vir e fazer de conta que nada aconteceu, não me deixa estragar tudo.

Não! Não!

Ele vinha com um sorriso em seus lábios e pela primeira vez pude perceber que era o verdadeiro sorriso lindo de qual eu me lembrava.

De novo não Sophie.

- posso ficar aqui, acho que Ryan quer ficar a vontade com sua amiga.- me alertou. Falando em um tom baixo. Apenas assenti. 

- você está bem? 

- s-sim, estou - disse envergonhada.

Ele se senta e sorri. Se ajeita no grande sofá e me puxa para me aconchegar em seu peito, relutante e meio nervosa, faço isso sentindo bem seu peitoral colado a minhas costas, sentindo seu calor, de repente sinto seu hálito ficar perto de meu pescoço e sinto uma eletricidade de arrepio percorrer por todo o meu corpo.

- está confortável? - assenti e ele deu um beijo estalado no alto de minha cabeça. 

Céus, estou ferrada!

Sinto algo dentro de mim ansiar por mais e logo vejo que tudo o que eu mais temia teria voltado. 

Ele me abraça colocando uma de suas mãos em minha barriga e a outra em sua perna. Me aconchego mais colocando minhas mãos em suas coxas.

Fecho os olhos quando vejo Chaz desligar a luz da sala e respiro profundamente ao perceber que só eu estava tensa. É claro que só eu que estava afinal... Ele nem percebe a mudança do meu corpo. E é melhor assim. Com os minutos se passando, nem presto a atenção muito no filme. 

Olho para o lado e vejo Lola cochichar com Ray. Sorrio e vejo que está rolando algo ali.

Me aconchego com seu cafuné em meus cabelos e depois de uns minutos sinto o cansaço bater em mim e resolvo adormecer. 

[...]

 Sinto algo peludo encostar em meus braços e quando escuto um ronronado vejo que era Lua.

Sento de repente na cama e percebi que não cheguei sozinha até  aqui.  

Olho para a cama de meu irmão e vejo ele dormir como um anjo. Penso que ele mesmo teria colocado em minha cama.  E sorrio vendo seu rosto belo e tão sereno adormecer como um bebê.

Sorrio e volto a me deitar novamente, me viro abraço Lua, e aconchego-me nas cobertas e adormeço sorrindo.