1. Spirit Fanfics >
  2. The Price of Tomorrow. >
  3. What if?

História The Price of Tomorrow. - What if?


Escrita por: ChoMinnie

Notas do Autor


Chegay gente linda!!! ~silêncio mortal~
Esperava por isso.... Tanto tempo sem atualizar dá nisso, as pessoas somem '-'
Eu ainda vou responder os comentários do cap anterior, então não morram nem surtem ok? Ok.
Espero que gostem desse cap, ele deu um trabalhinho para ser desenvolvido porque eu estava (ainda estou com essa coisa na cabeça) com uma OS na mente esses dias, tem criatividade vazando por tudo que é buraco do meu corpo negada '-'

Se eu vou postar ela? Não sei...
Vocês gostariam de vê-la por aqui? Respondam nos coments.

"Tia Kyunnie, porque o cap não tem foto? Porque a fic não tem foto?" <- leitora fantasma - vulgo a WonKyu shipper e vagabunda da minha prima de consideração - perguntando.
Minha gente, eu não sou uma maga do photoshop, pra falar a verdade eu nem sei usar isso '-' quem quiser fazer minhas capas... Fique a vontade, só me avise antes ok? Ok. (chega de usar essa merda de ACEDE aqui, eca!)

História criada por mim, plágio é crime ;)

Boa Leitura.
Nos vemos nas notas finais.

Capítulo 5 - What if?


Adentrei no avião e me sentei em uma das poltronas, ZhouMi entrou logo atrás e sentou ao meu lado. Um por um eles foram entrando, o tal General sentou ao lado de uma garota, o médico que veio com ele sentou ao lado da outra garota e os dois patetas – vulgo, os soldados restantes – sentaram juntos. KiBum e ShinDong – vulgo muralha – sentaram juntos, cada um com seu próprio pensamento. Encarei os membros da divisão Sete, eles não eram tão ameaçadores quanto tentaram demonstrar naquele dia. O tal líder estava deitado de maneira relaxada em uma das cadeiras, tamborilava os dedos em sua perna e observava atentamente cada um de seus subordinados. O avião decolou e a viagem deu inicio; mantive meu olhar fixo na divisão.

– Porque está encarando o LeeTeuk? – ele perguntou e eu virei o rosto para encara-lo.

– Não sei, ele só me parece tranquilo demais. – respondi e ele sorriu de canto.

– Ele sempre foi assim. – ele respondeu de maneira calma, percebi que a marca em seu pescoço brilhava incessantemente e balancei a cabeça negativamente. – O quê?

– Não deveria ter vindo, essa coisa tá chamando a atenção a quilômetros de distância. – respondi e ele tocou a marca em seu pescoço.

– Não me lembrava dela. – ele franziu o cenho enquanto olhava para frente, segui seu olhar e vi que ele encarava um dos membros da divisão. – Talvez seja porque ele está dormindo...

O garoto que ele encarava estava sentado ao lado de um rapaz mais velho, ele ressonava baixinho e parecia tranquilo durante o sono. A mesma marca brilhava no pescoço dele, mas com menos intensidade. Escutei ZhouMi suspirar e em seguida levantar, caminhou até o banheiro e se trancou lá. Balancei a cabeça negativamente, retornei a encarar o rapaz e tentei entender o que se passava entre eles.

– O nome dele é Henry. – virei o rosto e pude ver que um dos integrantes da divisão me encarava de maneira curiosa. – Ele e seu amigo não têm uma história de amor muito bonita.

– Claro que não. – respondi e sorri de canto, ele retribuiu o sorriso e sentou de frente para mim.

O avião possuía esse sistema, duas poltronas de frente para outras duas. Era mais confortável e você podia conversar com mais alguém além da pessoa ao seu lado.

– Meu nome é RyeoWook. – ele estendeu a mão e eu a apertei. – Aquele do lado do Henry é o DongHae, o cara do lado do Teuk hyung é o HeeChul hyung.

– Eu sou KyuHyun, o cara que ‘tava do meu lado era o ZhouMi. – apontei para os dois idiotas que estavam sentados na fileira ao lado da nossa e ele os encarou. – O mais magro é o KiBum e o outro é o ShinDong hyung.

– E aquele ali? – ele apontou para um cara que estava sentado sozinho no fundo do avião.

– Aquele é... – franzi o cenho, eu o conhecia de algum lugar, mas não conseguia lembrar seu nome.

– YeSung, contrabandista de armas. – ZhouMi respondeu sentando ao meu lado. – Ele nos ajudou e ajudou a sua divisão a conseguir armamento.

– Fala mais alto, acho que os soldados não escutaram. – respondi e ele revirou os olhos.

– Agora me lembro dele, estava na confusão do esgoto noroeste. – ele disse e eu franzi o cenho. – Ainda não consegui entender como ele saiu vivo.

– Mutador de primeira geração. – ZhouMi respondeu enquanto se endireitava na poltrona. – O fator de cura dele é mais rápido e mais eficaz que o de vocês.

– De vocês? – RyeoWook perguntou com uma sobrancelha erguida.

– Esse pastel de frango aqui também é de primeira geração, ou como a Organização classifica: “Nível Um”. – falei com certo nojo na voz, encarei RyeoWook e ele parecia confuso assim como eu. – Explica aí, qual a diferença?

– Existem três gerações de mutadores e condutores. – ele começou e nós dois prestamos atenção. – A primeira geração é composta pela linhagem bruta, onde o sangue dessa linhagem não possui nenhum traço humano, são muito fáceis de irritar e rapidamente perdem o controle de suas ações. – assentimos positivamente e ele fez uma pausa antes de prosseguir. – A segunda geração possui 10% do sangue com traços humanos, é o que mantem a sanidade deles.

– O que é o nosso caso, meu e dos outros. – completei e ele assentiu a positivamente.

– A terceira geração é o que chamamos de mutadores e condutores adormecidos, eles possuem os genes, mas não é maioridade. Muitas vezes os genes nem se mostram e as pessoas permanecem humanas, pelo menos foi isso que me explicaram. – ele completou o raciocínio enquanto pegava uma revista para ler. – Basicamente são representados por esses soldados aí, pelo médico e quem sabe até o próprio líder dessa merda de Organização seja um “Nível Três”.

Dei uma risada e o rapaz na nossa frente apenas sorriu, ele pediu licença e caminhou até uma das poltronas mais afastadas. Direcionei meu olhar para onde os soldados estavam sentados, dois deles já aproveitavam das horas de viagem para dormirem. As duas mulheres conversavam sobre algo engraçado, o cara que nos fora informado ser um médico conversava com o tal General. Revirei os olhos e encarei a vista lá fora, não havia muito pra se ver já que depois de todas as armas nucleares e bombas atômicas o ar do planeta se tornou impossível de respirar.

Aí você me pergunta: como vocês respiram?

Simples, muitas adaptações genéticas. Se fossem nossos antepassados – tanto os humanos quanto os mutadores e condutores – com certeza não conseguiriam respirar esse ar, nem sequer conseguiriam se adaptar as coisas que andam acontecendo. Se bem que esses humanos aqui não suportariam nem um segundo sem as mascaras de oxigênio hipermodernas deles, vamos esperar e ver no que vai dar.

Encostei a cabeça na janela, fechei os olhos e acabei pegando no sono.

----

– KyuHyun acorda! – senti uma tapa em meu pescoço e acordei com um susto, ZhouMi me encarava de maneira irritada. – Pelo amor de Deus, quanto tempo você ia dormir?

– O tempo que fosse precisar, porque diabos me acordou desse jeito? – perguntei enquanto me levantava.

– Porque todas as pessoas que estavam nesse maldito avião tentaram te acordar e você deu choque em todas elas! – ele respondeu de maneira irritada, me puxou pela orelha e me arrastou até o lado de fora. – Toma aqui a porcaria da sua arma!

Segurei o objeto e encarei o nosso atual terreno de combate, observei os outros e pude ver que além da milícia e da divisão, os idiotas do exercito também estavam com armas.

– Peço que prestem atenção no que eu vou dizer. – uma garota de expressão fria falou e todos nós a encaramos. – Essa missão é importante para todos nós e por isso peço que evitem discussões bobas, preciso que um mutador esteja sempre ao lado de um condutor e os que sobrarem formem duplas com humanos.

– Como assim? – perguntei com o cenho franzido.

Ela pegou um papel e montou as duplas, estendeu o papel para LeeTeuk que encarou a folha com o cenho franzido. Suspirou e checou novamente antes de falar as duplas, pigarreou enquanto se pronunciava.

– Ok, preciso de todos aqui. – ele disse e logo todos se reuniam. – Ótimo, vou dizer as duplas.

– Ok. – concordamos.

– Oráculo e HeeChul... – ele disse com uma sobrancelha erguida, os dois se encararam antes de se aproximarem. – YeSung e RyeoWook, ShinDong e a tenente Yuri, SungMin e KyuHyun, Henry e KiBum, SiWon e ZhouMi, HyukJae e DongHae... – ele parou de ler e encarou um dos soldados, sorriu de canto e continuou. – Eu e o KangIn.

– Você alterou duas duplas... Por quê? – ela disse enquanto franzia o cenho.

– Porque dois deles tem uma ligação e mantê-los perto um do outro seria suicídio, sem falar que KiBum e SiWon estão se estranhando desde que chegaram. – disse enquanto nos encarava. – Usei a sensatez.

Ela sorriu de canto e caminhou até o centro, fez um movimento de mãos e uma espécie de cúpula surgiu ao nosso redor. Olhei para as pessoas ao meu lado e pude ver que todos estavam surpresos, observei atentamente o general e pude ver que seus olhos brilhavam. Sorri de canto e continuei encarando ele, seu olhar desviou para encontrar o meu e nós nos escaramos por alguns segundos. Desviei o olhar para a mulher que veio com o exercito e pude ver que seus olhos brilhavam, ela encarou um por um e quando seu olhar se encontrou com o meu pude ver que ela parecia confusa. Senti meu pescoço formigar, abaixei a cabeça e vi um colar aparecer. Franzi o cenho e encarei a mulher, ela sorria.

 – O que foi isso? – ZhouMi perguntou enquanto tocava o colar.

– É uma proteção, uma maneira de manter controle sobre o que está acontecendo. – ela disse enquanto estendia um mapa virtual da província que nós estávamos.

– Então você está nos controlando? – ele disse enquanto erguia uma sobrancelha.

– Chame do que quiser, na verdade é apenas uma proteção a mais. – ela disse dando de ombros, para uma cobaia de laboratório ela era muito extrovertida. – Preciso que se mantenham atentos.

– Disso nós sabemos. – ZhouMi respondeu enquanto começava a andar. – Temos que começar a caminhada, chegamos mais tarde do que deveríamos e isso vai nos atrasar mais do que o necessário.

– Sem falar que os soldadinhos de chumbo aqui precisam de oxigênio puro para respirar. – disse e acabei recebendo olhares ameaçadores de todos.

– Temos o suficiente, apenas cuide do caminho. – a garota do exército respondeu seriamente.

Começamos a caminhada, as duplas não se olhavam e o máximo que faziam era checar se seu parceiro estava vivo. Olhei para frente, vi que ZhouMi e o tal soldado bombadão estavam tendo uma espécie de relação amistosa. Conversavam de maneira calma e tranquila, franzi o cenho e olhei para trás. O mesmo podia ser dito da outra dupla inusitada, KiBum e Henry conversavam e até chegavam a rir.

– Palhaçada... – murmurei de maneira incomodada.

Torci a face em sinal de raiva e encarei toda a nossa formação, notei algo que nossa querida Oraculo não percebeu e isso me deixou em alerta.

– KyuHyun posso falar com você? – ZhouMi disse e lentamente eu caminhei até ele.

– O que é? – perguntei e ele apontou para as árvores na nossa frente.

– Vê o que eu vejo? – ele disse enquanto olhava para o horizonte.

– Sim, acha que deveríamos falar para eles? – perguntei e ele negou com um movimento de cabeça. – Porque não?

– Viu como essa formação está desequilibrada? – ele perguntou e eu assenti. – Não vai ser fácil enfrentar alguém ou alguma coisa se não confiamos na pessoa que está ao nosso lado, sem falar que metade dos idiotas ali não troca uma única palavra com ninguém.

– Parece até você de mal humor. – respondi e ele revirou os olhos.

– KyuHyun a coisa é...

– Eu sei que a coisa é séria, percebi muito bem que a pessoa ao meu lado sequer olha na minha cara e que assim que eu fechar meus olhos pra dormir ele vai me matar. – respondi e ele bufou. – Mas eu também sei que todos aqui querem a segurança da tal Oraculo, ou seja, teremos que trabalhar juntos quer queiramos quer não.

Retornei a passos lentos até onde SungMin estava, fiquei lado a lado com ele e lentamente ZhouMi voltava a caminhar. A noite chegou mais rápido do que esperávamos, montamos acampamento e depois de muita discussão sobre quem montaria vigia nos preparamos para dormir. Eu estava dividindo uma barraca com KiBum e a tal de Yuri, eles não me encaravam e eu também não estava com saco para conversar com ninguém. Virei de costas para os dois presentes e fechei os olhos tentando dormir, até consegui nas primeiras duas horas. No entanto fui cercado por pesadelos, muitos deles eram em relação à morte de minha mãe. Eu sabia o porquê, mas me negava a ceder a tais caprichos porque era orgulhoso demais. Bufei irritado e saí da barraca, o tal de SiWon estava sentado num tronco de arvore com uma arma em mãos. Ergui uma sobrancelha e caminhei um pouco a redor do acampamento, nada me interessava naquele lugar.

– Quem está aí? – o tal brutamontes virou apontando a arma para mim junto com um feixe de luz. – Ah, é só você...

– Se decepcionou por não poder atirar na minha testa? – respondi enquanto cruzava os braços por causa do frio. – Que horas são?

– Faltam quinze minutos para o seu amiguinho entrar no turno dele. – ele respondeu meio a contra gosto, abaixou a arma e me encarou meio desconfiado. – Porque estão nos ajudando?

– Pergunte a ZhouMi, foi ele quem conversou com o seu líder... – respondi me sentando em frente à fogueira acesa, estava fazendo muito frio. – Que droga de frio.

– Agora que você falou... – ele disse enquanto abraçava o próprio corpo.

Olhei ao redor e vi que as árvores pararam de se movimentar com o vento, franzi o cenho e observei a fogueira. O fogo aos poucos parecia se apagar, como se alguém a soprasse. Franzi o cenho e me levantei, olhei ao redor e vi que o tal SiWon estava quase dormindo sentado. Caminhei até ele e o cutuquei nas costelas, ele me encarou confuso e iria me xingar se não tivesse ouvido algo se mexer na floresta.

– O que foi isso? – ele perguntou enquanto engatilhava a arma.

– Abaixe a arma Rambo, não adianta atirar. – respondi enquanto caminhava até a barraca de ZhouMi, entrei sem ser convidado e o puxei pelas pernas até o lado de fora. – Acorda, temos problemas.

– Quem te deu autorização para fazer isso? – ele perguntou irritado. – Que frio desgraçado é esse?

– Esse é o problema, tenho certeza que metade desses idiotas não tem a menor ideia das coisas que vivem aqui. – respondi enquanto puxava um por um dos habitantes daquela colônia de barracas. – Temos que sair daqui, nos movimentar, antes que algum de nós morra congelado.

– Do que está falando? – Henry perguntou e eu apenas me mantive calado, senti uma mão apertar meu braço e virei encontrando o meu olhar com o seu. – Responda a minha pergunta.

– Congelados. – respondi pegando minha mochila. – Se ficarmos parados muito tempo vamos congelar e morrer.

– KyuHyun essa atitude é precipitada. – ZhouMi disse e eu o encarei seriamente. – Não sabemos se realmente são congelados, a temperatura aqui mudou drasticamente nos últimos séculos e pode ser apenas uma mudança climática.

– Você os viu, eu os vi, quer melhor motivo do que esse? – perguntei e ele passou as mãos pelos cabelos.

– Eu também vi. – uma das mulheres disse e eu virei para encara-la, era uma das seguranças da Oraculo. – Pensei que fosse coisa da minha cabeça, por causa da mudança climática, como se fosse uma miragem. – ela brincou com os próprios dedos enquanto me encarava confusa. – O que são?

– Eram pessoas, mas agora não sabemos o que são. – KiBum respondeu pegando uma arma. – Vamos sair daqui, não quero virar picolé e tratem de se agasalhar bem.

Começamos a caminhada ainda em meio a reclamações, SungMin parecia uma estátua que mantinha a mesma expressão sempre. Sorri de canto e o encarei brevemente, nossos olhares se encontraram e ele revirou os olhos. A temperatura começou a baixar cada vez mais, meu corpo inteiro tremia e eu rezava para que encontrássemos abrigo o mais rápido possível. Depois de quase vinte minutos caminhando começo a perder a sensibilidade dos dedos das mãos, alerto aos demais que busquem por contato físico para transmitir calor e eles assentem positivamente. O frio caiu o suficiente para que começasse a nevar.

– Ai! – uma voz feminina gritou e eu tentei enxergar a dona da voz no meio da nevasca.

– Temos problemas. – Henry disse de maneira desesperada.

Aproximei-me e vi que a tal de Yuri estava desmaiada, uma de suas pernas havia perdido parcialmente a sua coloração o que indicava congelamento do sangue.

Hipotermia.

Toquei a testa dela com a mão esquerda enquanto encostava na minha com a direita, estava frio demais para afirmar se ela estava com febre ou não, mas precisávamos tomar alguma iniciativa. Mesmo sabendo que corria riscos ao tocar em uma pessoa com principio de congelamento, não pensei duas vezes antes de colocar a garota no colo.

– KyuHyun! – ZhouMi gritou e eu revirei os olhos. – Larga essa menina agora.

– Ou o quê? – perguntei enquanto lentamente caminhava até onde SungMin estava. – ShinDong, fique próximo aos outros, não quero que morra congelado. – ordenei enquanto era observado com certa fúria por ZhouMi. – Pare de me olhar assim, temos que tirar essas pessoas daqui, eles vão morrer em menos de cinco minutos se ficarem nesse frio. – ele ainda me encarava de maneira séria. – Pare de bancar a criança ZhouMi! Metade dessas pessoas ainda é humana, nenhum deles teve a infeliz sorte de evoluir como você teve seu babaca chinês!

Ignorei o olhar que me era lançado e caminhei a passos largos, o grupo me seguia e pareciam cada vez mais desesperados. Avistei uma caverna e avisei aos outros que deveríamos chegar até lá, assim poderíamos nos aquecer e esperar que os congelados passassem. Yuri tremia em meus braços, os lábios ficando roxos por causa do frio e isso me preocupou. Praticamente corri até a caverna, coloquei a garota no chão e abri minha mochila. Retirei alguns cobertores e enrolei seu corpo, mesmo assim o frio ainda parecia dominar seu corpo.

– Quer ajuda? – a voz de SungMin se fez presente e eu assenti.

– Mantenha o corpo dela enrolado, foque mais na perna, não deixe espalhar... – murmurei enquanto fechava meus casacos, o encarei e ele possuía uma expressão confusa. – Se chegar ao coração, ela morre.

– Certo. – ele disse enquanto enrolava a menina.

– Preciso de fogueiras, muitas delas. – disse enquanto observava KiBum tocar algumas rochas transformando-as em madeira, sorri de canto. – Precisamos manter esse lugar aquecido, congelados são fatais, mas são burros.

– O que quer dizer com isso? – LeeTeuk perguntou e eu o encarei seriamente.

– Eu e ZhouMi já estivemos nessa parte do Japão antes, ela era habitada por eles. – comecei e ele me encarou com uma expressão neutra. – Eram pessoas comuns, eu juro, mas uma espécie de vírus os infectou e destruiu seu interior. Viraram criaturas geladas, são cegos e surdos, mas possuem uma intuição incrível. – falei enquanto juntava alguns pedaços de madeira e tentando acender. – São altamente destrutíveis e só cansam quando destroem o suficiente para saciar sua “fome”, por isso devemos manter esse lugar aquecido. Somos muitos, conseguiremos sobreviver.

Olhei ao redor, todos eles tentavam de alguma forma tentando se aquecerem. Sorri de canto enquanto esfregava as mãos uma na outra, precisava manter a sanidade por mim e por eles.

– Preciso que prestem atenção. – falei em alto e bom som, respirei fundo e continuei. – Quero conferir se estão realmente todos aqui. Faremos o seguinte: cada um chamará por seu parceiro e aquele que tiver o nome chamado responderá com o nome de sua dupla, entenderam? – eles assentiram positivamente. – Eu começo, SungMin!

– KyuHyun. – ele respondeu alto o suficiente para ser ouvido. – Acho que chamarei pela Yuri... ShinDong!

– Yuri. – ele chamou com um sorriso de canto.

– HeeChul. – ela chamou e ele a encarou com certa curiosidade. – Meu nome é Jessica.

– Ótimo, agora sabemos seu nome. – resmunguei e ela sorriu de canto. – Continuem com a chamada.

Um por um eles foram se chamando, respiravam aliviados sempre que ouviam seu nome ser chamado e isso me deixou mais aliviado.

Pelo menos até o SiWon abrir a boca.

– ZhouMi. – ele chamou, mas não houve resposta. – Cadê ele?

Olhei ao redor e não encontrei nada, franzi o cenho e caminhei para a entrada da caverna. SungMin se aproximou e eu torci a face em pura irritação, ZhouMi sabia ser burro quando queria e era isso que me irritava em nossa convivência. Soquei a parede mais próxima enquanto tentava me acalmar, precisava arrumar um jeito de encontra-lo e trazê-lo de volta.

– Maldito suicida! – gritei para o nada. – Egoísta do caralho! Porque não pensou na gente seu idiota? – meu sangue fervia e eu fechei os olhos com força, suspirei enquanto murmurava: – Porque não pensou nele?!

– Henry! – virei assim que ouvi o grito, o bochechudo jazia caído e tremia muito. – KyuHyun o que faremos?

– Mantenham Yuri e ele próximos às fogueiras, não quero correr o risco de ninguém aqui morrer congelado. – falei retirando meu casaco e o entregando para KiBum. – Cubra o rapaz, precisamos mantê-los aquecidos, se essa coisa chegar ao coração eles morrem.

Observei atentamente enquanto todos se movimentavam para próximo do fogo, meus pensamentos estavam a mil por hora e eu precisava urgentemente tomar uma decisão para ajudar. Foi aí que uma ideia me atingiu, caminhei até uma das fogueiras e analisei a distância entre ela e a mais próxima. Um sorriso surgiu em minha face enquanto eu batia palmas para chamar a atenção de todos, era a nossa chance.

– Podemos usar nossos poderes a nosso favor. – disse enquanto me sentava em frente à fogueira. – Quero uma espécie de fila, a ordem será: condutor, humano e mutador. Eu serei o primeiro, absorverei o calor da fogueira para me esquentar e o humano atrás de mim usará meu corpo como aquecedor.

– E os mutadores? – KiBum perguntou interessado.

– Pegarão o frio de seus corpos e do corpo do humano a sua frente, o converterão em calor e o condutor atrás de você o passará adiante. – falei enquanto via-os assentirem. – Entenderam?

– Sim. – responderam em uníssono.

Logo a fila foi montada, levei a mão ao fogo e torci a face ao constatar que provavelmente eu ganharia uma queimadura. Senti dois braços ao redor do meu corpo me abraçar de maneira receosa, virei parcialmente o rosto e pude ver que SungMin não parecia confortável com a aproximação. Sorri de canto enquanto afastava uma de minhas mãos para tocar seu braço, ele estava muito gelado.

– Você é teimoso e chato na maioria das vezes, sem falar que me ameaçou de morte... – ele disse e eu sorri de canto. – Mas é uma boa pessoa e salvou nossas vidas.

– Obrigado. – respondi e senti-o sorrir contra minhas costas. – Você também não é má pessoa general.

– Obrigado? – disse e eu sorri. – KyuHyun... E se tentássemos uma trégua?

– Oferta tentadora general... – resmunguei e ele beliscou minha barriga. – E se eu aceitasse?

– Apenas responda sim ou não. – ele disse e eu dei uma risadinha.

– Sim, eu aceito a trégua. – respondi enquanto retornava a me concentrar no fogo.

Sorri ao constatar que no meio desse desespero todo, alguns de nós esqueceram suas diferenças, SiWon e KiBum conversavam amistosamente assim como boa parte das pessoas que ali estavam.

Era o inicio de algo novo.


Notas Finais


Estou aqui, fielmente, disposta a receber todas as ameaças de morte e ofensas que vocês tem a me dizer por causa dessa demora monstruosa.
Facada está fora de cogitação. Assim como espancamento e esquartejamento.
Obrigada, de nada.

Mereço coments? Deixem um pra tia saber se estão gostando tá?
Amo vocês;

Kyusses, até o próximo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...