História The Private Secretary - Capítulo 11 - Amigos de novo

Despois que Yunho saiu ficou sozinho ali naquela sala voltou para seu quarto, queria fazer algo para ocupar seu horário da tarde, mas nada vinha em sua mente, tanto que ficou vagando pela casa, tinha alguns cômodos dela que não tinha entrado ainda, por isso resolveu explorar mais profundamente a casa, viu banheiros tão bonitos o azulejo deles era muito bonito na percepção do Hong, os quartos tinham um diferencial, cada um com uma cor diferente, achava muito legal terem quartos de várias cores.

Ao final do último corredor daquela mansão tinha um quarto com uma porta diferente, resolveu entrar, ele passava um sentimento diferente dos outros que apenas pareciam a mais pura solidão. Esse era caloroso e sentia-se abraçado ao apenas por ter aberto a porta, era azul e tinha algumas nuvens desenhadas na parede, uma janela acima da cama que dava a visão de uma parte do quintal que nunca havia visto, tinham muitas tulipas azuis, era um lugar muito bonito, diria que o melhor cômodo que viu desde que passou a morar ali. De repente assustou-se com alguém que vinha atrás.

— Quarto bonito né? – perguntou para si e apenas assentiu, se perguntava de quem era, afinal era bonito demais para ninguém ter ficado ali e como se lê-se seus pensamentos a pessoa tornou a dizer. — era do irmão do chefe, ele viveu aqui desde que era uma criança, por isso a decoração um pouco infantil, o garoto era realmente uma pessoa incrível, ajudava em tudo que podia e sempre sorria, era um menino gentil e animado, muito bonito também, faz parte da genética Park ser muito bonito, aquela é um foto dos dois. — apontou para o porta retrato e como um curioso foi até ele o pegando e admirando aquela bela foto, onde possuía mãe e seus filhos, os três sorrindo abertamente.

— Por que está me dizendo isso?

— Vivi com esses meninos a vida toda deles, sempre estive ajudando a mãe deles em tudo, eu e os outros funcionários prometemos não nos intrometer na vida do Park, mas antes de você chegar o chefe era pior ainda, teve algumas vezes que tentávamos fazê-lo mudar, porém nada adiantava, só conseguíamos escutar algumas vezes seus soluços e suas falas se culpando, foi um momento muito difícil para todos e doía tanto apenas escutar sem poder ajudar. — conseguiu sentir o que a mulher dizia, sabia como era, chorar em silêncio era difícil e pior ainda era não ter alguém para lhe escutar. — estou lhe dizendo isso pois vejo como você faz bem para o Park, sei que pode ajuda-lo a superar por tudo isso que ele passou, suas inseguranças e medos, não estou pedindo para que você seja obrigado a isso, só quero saber se ele tem um amigo para poder contar.

— Estou aqui além de um simples secretário, sou amigo dele também, quero conhecê-lo melhor, se claro ele permitir. —sorriu simpático e resolveu sair do quarto seria invasão de privacidade, estava curioso, entretanto deixaria para perguntar outra hora.

Pensou em ir para o jardim, queria ver aquelas tulipas azuis mais de perto. Chegou lá um pouco perdido, mas conseguiu localizar o pequeno local onde estavam as flores, era mais bonito de perto do que de longe, pegou uma com cuidado e sorriu ao sentir o bom perfume delas, além de lindas tinham um cheiro tão bom que se deixasse pegaria para si aquela flor. Pela segunda vez naquele dia se assustou, mas desta vez era outra pessoa.

— Eram as favoritas do meu irmão, ele pediu para que as plantasse bem aqui porque dava para ver da janela do quarto dele. — a voz do seu chefe saiu um pouco baixa, porém mesmo assim pode perceber o tom de frustação.

— O senhor já acabou as reuniões? Deveria voltar então para continuar meu trabalho. — ia voltar para dentro da casa quando foi parado por ele.

— Queria saber o motivo para estar me tratando assim, estávamos tão bem sendo amigos, o que o fez mudar? — se perguntava se ele realmente não sabia ou se fazia de tonto, todavia aquele ainda era seu chefe não poderia simplesmente dizer o que pensava.

— Achei que não éramos amigos, acredito que nossa relação seja apenas de secretário e chefe. — com o raciocínio rápido Seonghwa entendeu o motivo de tudo.

— Você escutou não é mesmo? – acenou que sim com a cabeça e em seguida abaixou. — eu não disse aquilo de verdade, o senhor Bae é muito amigo do meu pai e eu tenho certeza de que após aquele jantar ele foi contar tudo que soube para meu pai, não gosto que terceiros se intrometam na minha vida, não quero que isso chegue no meu pai.

— Por que me aceitou como seu amigo? Eu era uma dessas pessoas que você não queria que se intrometesse, mas por que deixou que eu fosse seu amigo mesmo assim? — perguntava calmo enquanto esperava o mais velho responder.

— Porque eu vi em você Hongjoong o que fazia tempo que eu não via em alguém, meu primeiro amigo foi o Mingi, ele era o único que eu tinha, agora eu tenho você e não quero deixá-lo ir. — aquilo o pegou completamente desprevenido, não esperava por aquelas palavras, se sentia um pouco especial, acabou por sorrir, um sorriso que fazia um bom tempo que não dava.

— Você também é um bom amigo hyung. — o Park sorriu ao escutar uma palavra. — e mesmo que não admitisse para si mesmo sorriu pelo sorriso do outro também. — nem tudo estava resolvido, mas em parte estava tudo bem agora.

— Gosto quando me chama de hyung. — acabou por pensar alto, ao perceber o que foi dito, suas bochechas ruborizaram.

— Irei falar mais vezes então. — antes que pudessem falar mais alguma coisa, foram chamados para o jantar, o clima estava tão leve e calmo agora.

Jantaram enquanto conversavam sobre alguns assuntos da empresa, como as reuniões que teve e algumas mudanças que eram necessárias de se fazerem, ao terminarem de comer foram até a sala e decidiram ver um filme para distrair um pouco, entretanto não demoraram muito já que a aula do Kim seria logo depois, se separaram na porta do quarto do menor. Não sabiam o que fazer, então apenas seguiram seus corações, se abraçaram em meio aquele corredor vazio e silencioso, para finalizar desejaram boa noite um para o outro.

Uma coisa que não sabiam mais que viriam a descobrir, é que seus corações bateram mais rápido, apenas com um simples abraço.