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História The promises on the ice - Recomeços


Escrita por: Miss_Nukenin

Notas do Autor


Olá amados,

Tudo bem com vocês?

Espero que sim!

O penúltimo capítulo ficou bem maior que o anterior. Espero que gostem, se divirtam e tenham uma boa leitura.

Capítulo 15 - Recomeços


Mikasa estava sentada na arquibancada do nosso rinque, com o queixo apoiado nos braços sobre os joelhos, ao lado os patins. Desde a nossa terceira colocação,  as minhas atitudes e o acidente, muita coisa estava mudando novamente entre nós.  Me sentei ao lado dela para conversarmos sobre a nossa relação. 

- Pensei que não viria. – Falou olhando para o nada. 

- Pensei em não vir. – Respondi. – Mas você e muito importante para mim. E a fisioterapeuta garantiu que posso fazer o básico. Então confiei nela. Primeiro fui falar com a Petra. 

- Por que? – Perguntou olhando para baixo. 

- Por que era necessário. – Respondi. 

Ela me fitou.

- Sabe que tudo na vida tem um preço, não é? – Perguntou. 

Eu assenti.

- Sabe o que me trouxe aqui? – Perguntou.

Abaixei a cabeça. Eu sabia a resposta. 

- Você. – Respondeu. 

Olhei surpreso. 

- Eu gostava da Antártica, gosto de patinação e gosto de você. – Suspirou. – Mas antes de mim você já tinha uma vida aqui, não é? Vejo que não tem espaço para nós dois. 

- O que você quer dizer? – Perguntei. – Eu quero ter tempo e espaço para você. 

Ela me fitou.

- Estava com ciúmes de você com aquela patinadora, sim.  Ela é linda. Mas eu gosto de você. Pensei que agiríamos como um casal. E você faz tudo errado como no passado.

- Já não temos amizade. – Falei. – Você e mais importante do que ela. Sempre foi. Apenas me deixa demostrar isso.  – Pedi impaciente com aquela conversa. 

Ela encheu os olhos de lágrimas. 

- Olha,  eu não sei. Acho que deveríamos ser apenas parceiros de patinação e amigos. Nada além disso vai funcionar entre nós. 

Aquilo me surpreendeu e eu fiquei sem palavras.

- Como disse, quando isso acabar, eu quero estar bem longe de você. – Falou destemida. 

Mikasa se levantou e deixou o rinque. Pensei durante um segundo e fui atrás dela. Eu queria e agarraria aquela chance com todas as minhas forças.  A puxei para mim e a beijei. 

- Eu andei fazendo algo errado. – Desabafei. – Mas posso mudar. Mudar por você. Eu só preciso ter certeza que está disposta a vencer comigo. – pedi segurando seu rosto. 

Ela sorriu chateada, olhou para baixo e depois para mim. Pensei que ela cederia quando suas mãos tocaram as minhas, se uniram  e as levei aos lábios. 

- Você mudaria por mim? – Balançou a cabeça. – Mude por você. – Disse se afastando furiosa comigo.

Eu fiquei ali sentado sozinho. 

*

         Dirigi pela rua sem destino. Quando percebi estava de frente  a casa do meu pai. Olhei o endereço anotado no cartão com uma letra caprichada que lembrava a minha. Desci e fui até o porteiro.

        - O que deseja? – Perguntou. 

        Fiquei em dúvida se falava ou se ia embora. Coloquei as mãos nos bolsos e decidi ir embora. 

       - Levi?! -Alguém me chamou. 

       Olhei para trás e meu pai estava numa posição semelhante a minha. Caminhou até a mim e parou sorrindo. 

       - Fico feliz que veio até a mim. Quer entrar? Tomar um chá? – Perguntou. 

Fiquei em dúvida  se aceitava ou não. Decidi aceitar. Subimos para o cobertura em silêncio. Enquanto ele foi preparar a bebida, fique olhando as luzes da cidade. 

- Apê legal. – Elogiei. 

Ele serviu a bebida para nós dois. 

- Sonho realizado. – Disse. – Queria que sua mãe estivesse comigo. Após desistir da patinação para atender aos pedidos dos meus pais, conheci outra pessoa. Refiz a minha vida, e aprendi a lição. Mas minhas promessas de me casar com sua mãe e várias outras que fiz no gelo ainda estão de pé. 

Assenti frio. Ainda atinha dificuldades de aceitar que o que aconteceu a minha mãe não fossem culpa dele. 

- Vi o seu carro. – Disse ainda tentando puxar papo. – Tem bom gosto para carros e garotas. 

Franzi o cenho. 

- Isso e uma crítica? – Questionei. 

Ele sorriu para amenizar as coisas. 

- Não. Sua mãe tem quase as mesmas características da Mikasa. Mas não e japonesa. – Explicou. Também e uma boa garota e muito dedicada. Fico feliz que não tenha seguido meus passos errados. 

- Entendi. – Falei desanimado. 

- Ela e muito bonita. Apenas não cometa os mesmos erros que eu. – Pediu. – Tem erros que são muito difíceis de reparar. 

Suspirei e vi um skate. 

- E seu ? - Perguntei. - ainda guarda para relembrar seus tempos no auge? 

Ele assentiu. 

- Quer andar? – Perguntou. 

Fomos para a área comum do condomínio e comecei a andar de skate. Aos poucos fomos desenvolvendo uma amizade e conhecendo um ao outro. Valia a pena ter conhecido ele sim. Minha mãe também não teve tempo de conhecê-lo como deveria, então, decidi aproveitar o tempo que perdemos para aprendermos um com ou outro e aceitar seus conselhos. Até mesmo ingressar em uma faculdade com a sua ajuda e mudar de emprego. 

Eu precisava garantir o meu futuro quando decidisse me aposentar. Meu pai era o meu herói combatendo o crime.  Eu precisava me tornar um herói de alguém. Quem sabe de uma versão melhor de mim? 

No dia seguinte decidi pedir demissão do meu emprego na casa de chá e planejar meus estudos e procurar uma nova ocupação. Olhei as  economias das corridas e dava para ficar tempo sem trabalho até achar algo melhor . 

 Zeke não gostou  muito de saber que a partir daquele dia, eu não faria mais parte das corridas ilegais por respeito ao Jake e a mim. Precisava deixar de praticar este crime e ir a procura algo decente mesmo que tenha que fazer sacrifícios.

- Ei, otario! - Me chamou. - Acha que e só ir abandonando assim? 

- Já te expliquei. - Justifico. - Preciso me afastar. 

Ele já chegou me pegando pela gola da camisa.

- Você me deve mais corridas. Acho que eu pago a droga para o traficante com o que? - questiona. 

Ele não entendia e isso lhe custou alguns dias na cadeia ao me ameaçar na chegada em casa. 

- Que bom que nós encontramos, Zeke. – Disse Jake se aproximando. – Estava mesmo  a sua procura. – Disse algemando  o outro. - Assim você se incrimina. - Sorriu irônico. 

Zeke me olhou surpreso. 

- Seu desgracado! -Gritou surpreso com o que havia acabado de acontecer. - Você vai se ver comigo Levi! 

- O que foi isso? – Perguntei vendo Zeke ser levado por policiais. 

- Apenas meu trabalho. – Sorriu se afastando. 

Olhei os carros deixarem a minha casa e subi correndo. Estava tudo caminhando para o final feliz, so faltava reconquistar a Mikasa! 

 

*

          Faltavam poucos dias para o fim do inverno. Mikasa passou os dias ajudando minha mãe nas tarefas e eu estudando para prestar exames para a faculdade,  visitando o rinque para os treinos e os pais no hotel.  Ela não queria mais saber de patinação artística depois das olimpíadas que seriam no inverno seguinte. 

          Eu havia destruído seus sonhos.

Estava no meu quarto olhando panfletos de universidades e ouvi uma batida na porta. Depois de meses sem falar comigo sobre minha relação com Mikasa, minha mãe apareceu.

- Posso entrar? – Pediu. 

- A casa é sua. – Falei.

Sobre a cômoda fotos com Mikasa após uma das apresentação. Minha medalha de bronze. Várias de prata . Erwin e eu nos bons momentos.

- Mudou bastante em sua viagem a Antártida. – Observou.

- Viver entre blocos e avalanches de gelo muda qualquer pessoa. – Respondi sério. – Ter uma relação amorosa instável e não saber o que quer também me ajudaram a não ir a lugar nenhum. 

Ela riu. 

- Está pronto para assumir compromissos, voltar a viver aqui e ser responsável?

- Pensei que já vivia. – Respondi. 

- Não vive. Sobrevive. – Respondeu. 

Assenti.

- Eu conversei com a Mikasa sobre você. – Ela continuou. - É uma boa garota. Deveria incentivá-la a continuar. Vocês têm futuro juntos ou separados. – Sorriu. – Seu pai também tem a mesma opinião já que o ajudou a prender um criminoso bem procurado. 

- Não foi nada. - Desconversei. 

Podia ver que estava orgulhosa das minhas ações. 

-E ele quer ajudar você a escolher uma carreira.  Deveria aceitar sua ajuda. 

Eu me levantei.

- O que quer dizer? – Perguntei surpreso com as palavras dela. 

- Vai deixar ela ir embora sem saber que você gosta dela e sabe como consertar as coisas?

- Ela vai embora antes das olimpíadas? – Perguntei. 

Ela assentiu e eu saí correndo até o quarto dela. Respirei fundo. Bato ou não bato? Bati. 

*

 

Bati a porta do quarto apressado com medo que ela tenha partido ou que não queria conversar comigo. Parecia uma eternidade até que  Mikasa abriu e percebi que arrumava as malas sobre a cama. 

- Vai mesmo fazer isso?  - Perguntei invadindo seu espaço. 

- Vou. – Ela respondeu séria e muito surpresa pelo que eu estava fazendo. 

- Não sabe perder? – Falei sério. – Ainda temos as olimpíadas. 

Ela suspirou e sorriu quase inocente. Estava muito desanimada. 

- Vem comigo. – Chamei. – Ainda não acabou. – Quando disse aquilo eu não sei onde estava com a cabeça. - Eu amo você. – Falei tímido. – Somos importantes na mesma medida. E se quer saber ainda estou disposto a mudar para fazer você feliz, se for necessário. Se quer saber, eu já mudei para o meu bem. 

Ela sorri e se aproxima com os olhos cheios de lágrimas. 

- Onde quer ir? – Perguntou me olhando nos olhos e eu abaixei os meus. 

- Apenas venha comigo. – Pedi. 

Fomos de carro a um lugar distante e em silêncio. Caminhamos por alguns minutos até chegar a um parque. O olhar encantado dela para as flores me arrancou um sorriso.

- Que lugar lindo.   – Elogiou feliz e girando animada. 

Paramos e eu continuei a fitando, ela admirava as flores da estação deslumbrada.

- O tempo que passei na Antártida me fez repensar minhas atitudes. Minha forma de ver o mundo e os outros. –Fiz um pausa e ela olhou para mim. – Você me ajudou a renascer, sabia? Toda essa luz, foi você quem trouxe. Estava meio perdido. – Desabafei. – Aqui também não tive bons momentos e acho que tudo isso prejudicou nós dois. 

Ela riu tímida,  eu continuei.

- Eu amo você. – Me declarei mais uma vez e ela me olhou surpresa. – Não vá. Se treinarmos, continuarmos vamos conseguir a sua tão sonhada medalha de ouro. Quero que saiba que ajudou a moldar a alma perdida de alguém que não sabia respeitar nada e nem ninguém. Mas que aprendeu a amar você.

Ela  se aproximou e olhou nos meus olhos procurando vestígios do que eu falava era mesmo a verdade.

- Eu mereço uma segunda chance? – Perguntei.

Ela sorriu.

- Vamos treinar. – Pediu. – Ainda me deve uma vitória. – Me puxou segurando firme a minha mão. Ela estava confiando.

Dessa vez eu não posso estragar tudo.  

E não vou. 

*

 

Treinamos. Cada deslizada, tombo, passos cada vez mais técnicos e apaixonados. Cada momento mais íntimos um do outro. Após um treino, Hange  precisou sair mais cedo. Eu fui até a ela enquanto treinava. Ela parou e deslizou até a mim. 

- Diz que sente algo. – Pedi segurando seu rosto. 

- E preciso? – Perguntou me olhando apaixonada mas irritada. – Você é um idiota por brincar com meus sentimentos assim, Levi. 

Eu sorri.

- Sou. – Respondi. – E é por isso que eu estou aqui implorando para você me perdoar e iniciar o que está faltando. 

Ela sorriu e seus lábios tocaram os meus. Retiramos os patins e deixamos o rinque colados um no outro, aos beijos em direção a saída. 

- Te vejo em casa. – Falou se despedindo com um beijo. – Agora tenho curso. – Avisou saindo correndo. 

Estava em um banho demorado após algumas horas de pesquisa. Coberto de xampu, notei a presença  me agarrando ainda vestida. 

- Quem...? – Retirei a espuma e vi Mikasa ali. – Você. – Falei surpreso com a ousadia. 

Ela riu. 

- Acho que estou pronta para você. – Encorajou. 

Sorri de lado. Esperei tanto por aquele momento e ela me presenteia de um jeito único e espontâneo. 

- Sou todo seu. – Falei a pegando no meu colo e saindo dali. 

 As roupas dela começaram a deixar um rastro pelo cômodo.  Rápidos, a coloquei sobre a minha cama.  Desejei tanto aquele momento. Tocar a pele nua dela com as mãos, com os lábios, sentir seu calor e suas vibrações me deixavam louco. 

- Vamos. – Ela pediu ao meu ouvido.

Engoli em seco. Beijei sua boca com um pouco de ansiedade. Aquele momento era importante demais para ser rápido ou cometer erros.   Poucos minutos depois estávamos envolvidos pelas carícias e pelos beijos.  Eu sobre ela, Mikasa sorrindo, olhando nos meus olhos. Se preparando para ser completamente minha. Pouco depois por cima, conhecendo cada parte de mim, deslizando suas mãos macias sobre meu corpo.

 Deixei que ela tivesse o tempo que quisesse sobre mim. Que conhecesse cada parte do meu corpo. Ela também deixou que eu acariciasse cada parte dela. Com as mãos, com os lábios sobre toda a sua pele. Permiti que me conduzisse, que me guiasse onde fosse mais prazeroso. Quando beijei seus seios, seu abdômen, coxas, e sua intimidade. 

Me preparei para o momento, penetrando sua cavidade, sentindo seu calor e um gemido mais alto, meu corpo contra o dela, o dela contra o meu, ávidos pelo prazer de estarmos juntos proporcionando um momento único um ao outro. Era perceptível a felicidade dela por compartilharmos o momento. E o melhor ter conseguido faze-la atingir um ápice  completo. 

 Foi algo mágico, sem pressa e mútuo. 

Quando terminamos, ela continuou com a cabeça sobre o meu peito. Eu aproveitei o calor que eu queria tanto sentir. O perfume que ficaria na minha lembrança. Trocamos um sorriso,  um beijo longo e apaixonado. Deixamos que a água quente levasse nossos corpos do que havia acabado de acontecer. A partir daquele momento ela significaria mais que uma parceira. Uma amiga, namorada, confidente. 

- Você vai fugir de mim? – Perguntei a trazendo nos braços de volta para cama. 

Ela negou se afastando para me olhar. 

- Agora você vai ter que me suportar. – Riu se aconchegando em mim. – Terá que fazer amor para sempre assim comigo. 

- Farei. – Respondi fazendo carinhos em seu rosto e seus cabelos. – Nada vai te tirar de mim. – Prometo disse beijando seus cabelos. 

Eu não suportaria, eu a amaria por toda a minha vida. 

*

O rinque estava lotado e estávamos ao lado um do outro esperando a nossa vez. As Asas Liberdade estavam lá nos prestigiando loucos por Levimika, não entendo muito bem o que e isso, mas Mikasa diz que e legal. Os fãs apoiam nossa relação. 

- Ainda quer voltar para sua terra de gelo? – Perguntei vendo a torcida vibrar e gritar o shipp. 

- Não vou a lugar nenhum sem você. – Disse. – Vamos vencer, sermos felizes e teremos muito amor. 

- Todo amor do mundo. – garanti. 

Ela sorriu.

- Você me prometeu. – Lembrou mexendo nos cabelos. – Eu  quero um futuro. Você irá para a faculdade e eu quero ir também.- Explicou. 

Eu ri baixinho.

- Cansou de construir castelos de gelo? – Perguntei.

- Eu o amo esporte e já conquistei o que eu queria. Tenho algumas conquistas e vou em busca de outras. – Avisou quase me beijando, senti seus lábios tocando os meus. – E uma delas inclui você. O príncipe do meu castelo de gelo. 

A fitei surpreso e notei quando  Hange se aproximou.

                  - Hora do show.  – Sorriu notando o clima de romance. 

Ela me deu a mão e fomos para o rinque. Executamos tudo que ensaiamos nos  últimos dias. Trocamos sorrisos. Gratos, íntimos,  dançamos e executamos os passos como se houvesse  apenas nós dois ali. A salva de palmas, os gritos foram suficientes para compreendermos nossa vitória. 

- Obrigada. – Disse emocionada  enquanto recebia o buquê de rosas vermelhas, a medalha e o troféu.  Eu a abracei. Toquei seu rosto e beijei seus lábios.  Ouvi nossa torcida vibrar com nosso beijo apaixonado e descobrir que agora o shipp era real.

Acho que sempre foi. Eu que não tinha visto.  

- Vencemos. – Falei enquanto ouvia dizer que essa era minha última apresentação. Estava oficialmente me aposentando. – Agora casa comigo. – Pedi  olhando para ela. 

Ela ficou vermelha e eu aguardei impaciente a sua resposta. 


Notas Finais


Muito obrigada e até o último capítulo!


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