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História The Purchased Love - Capítulo Um - The purchase


Escrita por: MrsPriorEaton

Notas do Autor


Oiiie minhas leitoras lindas!
Olha só quem resolveu aparecer com mais uma fic?? Sim euzinha 😂😂😂.
Loucura eu sei, mas essa ideia veio em minha cabeça do nada e eu tive que escrever. Iria guardar ela para postar somente quando Revenge Of Love acabasse mas não aguentei de ansiedade e resolvi postar ela agora 😊😊
Espero do fundo do meu coração que gostem e ajudem-me a divulgar mais uma fic 4Tris ❤❤
Beijokas e até mais 😘😘

Capítulo 1 - Capítulo Um - The purchase


Beatrice

Há exatos um ano atrás eu resolvi largar a minha vida pacata e de moça de família, para conseguir ser alguém na vida. 

Meus pais não entendiam-me, eles queriam que eu casasse e constituísse uma família completamente submissa à um homem. Obviamente não era isto que eu queria para a minha vida. Eu queria ser independente, queria fazer uma faculdade e viver alguns anos sozinha, curtindo minha liberdade.

Mas quando cheguei em Nova York não foi bem isso que eu encontrei. O custo de vida aqui não chega aos pés ao qual eu vivia em Simi Valley e logo no primeiro mês eu me vi endividada. E como qualquer outra garota desesperada faria, eu liguei para os meus pai. Implorei por ajuda, pedi perdão e a resposta que eu obtive do outro lado foi aquele barulhinho irritante que o telefone faz quando se é desligado. 

Eu estava desesperada e em poucos dias a senhora García iria expulsar-me de seu apartamento, quando encontrei um emprego de dançarina. Consegui fazer um empréstimo com o proprietário para conseguir me estabilizar e desde então eu devo-lhe um favor. Arrependo-me amargamente por ter feito ele e por todas as escolhas que me remeteram a esta vida, mas eu ainda continha dignidade para batalhar por aquilo que eu queria.

Porém vivo com o medo de ter que pagar esta divida com  algum ato sexual, já que eu não havia virado prostituta para não ter que passar por este tipo de coisa, mas eu já havia visto Peter – o proprietário – vender algumas vezes suas funcionárias afim de quitar as suas dividas para homens muito ricos - milionários chutaria eu.

Mês passado eu havia tentando pedir as contas, mas fui forçada a ficar por não ter como pagar minha divida e hoje mais uma vez eu estava indo trabalhar naquela boate infeliz à fim de ter como sustentar-me no final do mês. 

Chego na boate cabisbaixa e entro dentro do grande vestuário feminino. Era assustador a quantidade de meninas que encontravam-se na mesma situação que eu à um ano atrás trabalhando por aqui. Eu não havia sido louca em decidir seguir meus sonhos, mas havia sido louca em não ter condições financeiras para realizar este ato. Talvez se eu tivesse escolhido ficar essas horas eu teria uma casa, um cachorro e um marido alcoólatra à minha espera todas as noites. Teria um ou dois filhos e choraria todas as noites pela infelicidade de minha vida.

Afirmo essas palavras com louvor pois meu noivo Albert era um alcoólatra disfarçado. As pessoas juravam de pé junto que ele não bebia, mas era só à noite cair que você o encontrava no bar da esquina maltratando algumas garotas por conta do alto nível de álcool em seu organismo. Eu não seria feliz lá, mas também não estava sendo aqui. 

Sento em umas das cadeiras e começo a fazer uma maquiagem. Nós meninas não precisamos nos prostituir durante a noite, mas éramos obrigadas a tentar satisfazer o máximo os homens que encontravam-se ali. Era uma vida suja, mas era a vida que eu levava. Após termina-la visto uma roupa curta – tão curta que se duvidasse mostraria o meu útero – e saio para dentro do bar sem nem sequer olhar o meu reflexo e começo a preparar alguns drinks. 

Eu não tinha vergonha de ser quem eu era – filha de um dos fazendeiros mais importantes de Simi Valley – mas eu havia vergonha da mulher que eu tinha tornado-me, apesar de orgulhar-me por não ter seguido outros meios de sustentação, mas isso não amenizava a culpa que eu sentia. 

Aos poucos as pessoas vão chegando e sou obrigada a aumentar a quantidade de drinks. Está noite para a minha sorte ficaria responsável somente pelas bebidas, já que a outra garota Molly, havia se envolvido em uma briga ontem e tinha machucado o seu pulso – impedindo de fazer os drinks com rapidez e precisão. Estou concentrada misturando vodca com sorvete quando sinto uma mão pesada tocar em meu ombro. Viro na direção da pessoa e encontro Drew – um dos homens  de Peter – encarnando-me sério. 

- Sim? – Pergunto arqueando as sobrancelhas confusa. 

- O chefe quer ver você. – Diz ele com uma voz grave. 

- Ok! – Digo fingindo naturalidade. 

Deixo o copo e o mixer no balcão e começo a caminhar em direção a sala do Peter. Por fora eu poderia estar apesentando uma feição calma e confiante, mas por dentro eu estava tremendo como uma vara verde. Seja o que fosse acontecer dentro daquele sala o meu coração estava gritando que não seria bom.

Chego a porta e dou duas leves batidas. Peter sussurra para que eu entre e quando o faço encontro-o em pé em frente à sua mesa terminando de conversar com um homem que estava sentado a sua frente. 

- Pode-se retirar! – Diz Peter para o tal homem. 

Ele levanta-se e retira-se tranquilamente da sala, sem dirigir o olhar à mim uma sequer vez. Pelas suas roupas distinguir ser um segurança, mas o que um segurança fazia aqui a estas horas?

- Sente-se. – Diz Peter um tanto rabugento. 

Com as pernas bambas caminho até a cadeira e sento-me com cuidado para não revelar mais do que a saia já mostrava. 

- Aquele homem que acabou de sair daqui é  segurança de uma pessoa muito importante da cidade e ele veio pedir-me um favor. – Diz ele sentando-se em sua cadeira à minha frente.

- E o que eu tenho haver com isto? – Indago confusa. 

- Ele quer comprar uma companhia. – Diz Peter bufando em seguida. – E ele já tem a sua escolha. 

De repente sinto todos os meus músculos congelarem e travarem. 

“Eu seria vendida? Meu Deus eu seria vendida?” – Penso desesperadamente.

- Peter por favor, não faça isso comigo. – Digo desnorteada. 

- Eu não posso Tris, você acha que eu estou feliz em vende-la? – Diz ele elevando a sua voz irritado. 

- Eu dou um jeito de pagar a dívida que eu tenho, só por favor não me vende Peter? – Peço com os olhos embaçados pelas lágrimas que escorriam desesperadas em meu rosto. 

- Tris eu não posso fazer isto, se eu não lhe vender eu vou acabar em cana. – Diz ele bagunçando os seus cabelos. 

Solto um suspiro e sinto meu coração bater descompassadamente. Aquilo não poderia estar acontecendo comigo, isto tudo é minha culpa. Se eu tivesse escutado a minha mãe e tivesse tirado aquela ideia estúpida de vim à Nova York isso nunca estaria acontecendo comigo. Nunca. 

- Você não pode me vender. Eu não sou sua propriedade. – Cuspo as palavras nervosa. 

- Na verdade, é sim. – Diz ele retirando um pasta de sua gaveta e entregando-me.

Abro a pasta com as mãos trêmulas e vejo o meu contrato fixado nela. Leio novamente as palavras e não encontro nada que possa afirmar aquilo que Peter estava indagando-me. 

- As letras miúdas no final da página. – Diz ele levando suas mãos em direção à sua boca. 

Varro com meus olhos cada palavra infeliz que estava escrita ali e sinto-me como se estivesse acabado de levar um golpe em meu estômago. 

“Está pessoa está de pleno acordo, que a partir do momento ao qual ela assina este contrato ela torna-se propriedade exclusiva de Peter Teller , podendo ele tomar qualquer decisão à respeito de sua vida dentro do estabelecimento – ou em devidas circunstâncias para o afastamento dele.” 

Lágrimas mais violentas descem em meu rosto e taco aquela pasta no chão. Levanto-me da cadeira enfurecida e sinto todo o meu corpo tremer. 

- VOCÊ É UM MONSTRO! – Berro com todas as forças que restavam em meu corpo.

- Tris por favor, não fale isto. Você sabe que eu nunca faria isto com você. – Diz ele levantando-se da cadeira e caminhando em minha direção. 

- Nunca? – Pergunto irônica. – Pois você está fazendo isto agora Peter. 

- Tris..- Diz ele segurando meus braços.

- Eu tenho ódio de você. – Digo literalmente cuspindo na cara dele. 

Ele solta meus braços e caminha até a sua mesa pegando um pedaço de papel para limpar o seu rosto. Giro meu corpo e começo a caminhar para fora de sua sala. Saio sentindo-me atordoada e dou de cara com o segurança que estava dentro da sala. 

- Senhorita, você precisa acompanhar-me. – Diz ele encarando-me sério. 

Seguro minha barriga e sinto um embrulho invadir-me. 

- Eu não vou com você. – Digo desesperada. 

- Senhorita,  não complique as coisas por favor. – Diz o segurança engrossando a voz. 

Sinto o medo percorrer cada centímetro de meu corpo e começo a sentir-me igual à uma criança que necessita do colo de sua mãe. Engulo em seco e respiro fundo algumas vezes. 

- Tudo bem, eu irei com você. Mas por favor deixe-me trocar de roupa e pegar pelo menos minha bolsa?- Peço implorando. 

O segurança hesita por alguns minutos, mas permiti minha ida ao vestuário. Retiro aquela roupa colada com um certo alivio e visto minha velha calça jeans e uma regata preta, acompanhada de um suéter branco. 

Sento em um dos bancos que ali continha e retiro minha maquiagem – que estava borrada – sem deixar nenhum vestígio. E então começo a chorar que nem uma criancinha de dois anos. Eu não queria ir, eu não queria ser comprada. Preferia mil vezes continuar dançando em cima daquele balcão do que ser levada para a casa de um estranho, de um desconhecido que provavelmente tentaria abusar de mim, mas eu não tinha escolhas já que a minha única opção de fuga seria pela porta da frente, a onde aquele segurança aterrorizador encontrava-se. 

Enxugo as lágrimas e levanto-me da cadeira caminhando para fora do vestuário. Abro a porta e encontro o segurança esperando-me prontamente para carregar-me caso eu tentasse fugir. 

- Está pronta? – Pergunta ele encarando-me sério novamente. 

- Não. – Digo suspirando. – Mas não tenho outra escolha. – Finalizo amargamente. 

Ele concorda com a cabeça e começamos a caminhar para fora da boate. Vejo algumas das meninas dando o seu show em cima do balcão e começo a rezar mentalmente por cada uma, para elas não terem que um dia passar pelo o que eu estava passando agora. Ao sairmos sinto o vento gelado bater contra o meu rosto e sinto um arrepio passar por toda a minha espinha. Encolho-me e o  segurança guia-me até um luxuoso carro preto. 

Entro no banco detrás e ele começa a dirigir pelas ruas de Nova York. Encosto minha cabeça na janela e começo a chorar silenciosamente. E então ponho-me a pensar neste homem que havia acabado de comprar-me – provavelmente por uma quantia abusada, já que sabia que Peter não cobrava barato por suas garotas. Garotas essas que de fato eram suas. 

Solto um suspiro e permito-me questionar-me como seria esse tal homem? Será que era bonito? Por qual motivo estaria ele comprando-me? Ele não continha coração em fazer algo deste tipo? E o pior de tudo como será que ele me trataria? 

Após alguns minutos pensando naquelas perguntas sinto um embolo subir em minha garganta e começo a soluçar descontroladamente. O segurança – à qual não ousava perguntar o seu nome – assusta-se e para em uma farmácia vinte e quatro horas atrás de um pouco de água.  Aproveito a sua deixa e tento abrir a porta do carro, porém não obtenho resultado algum.  

Alguns minutos mais tarde ele volta para o carro e entrega-me uma garrafa de água. Bebo a água igual a uma louca – como se não visse um copo de água à anos – e graças aos céus os soluços cessam. Caminhamos por mais um longo tempo e então entramos dentro de um condomínio a onde continuam várias casas luxuosas. 

Fico boquiaberta com tamanha extravagância das casas de até três andares que não percebo quando o carro finalmente para.  O segurança desce de seu banco e abre cavalheiramente a porta para mim – mesmo que eu ache que ele pensa que não sou digna de tal ato, ele o faz. Desço do carro e encaro a mansão à minha frente. 

Ela era exageradamente grande e continha um conceito aberto – em suas janelas de vidro. Era de dois andares e seu designer focavam-se em suas formosas pilastras que serviam de apoio para uma varanda no andar de cima.  O seu gramado continha uma grama bastante verdinha e parecia-me ter sido aparada recentemente. E em seus jardim provavelmente haveria uma piscina – já que havia reparado a presença em algumas enquanto passávamos por sua frente. 

- Seja bem vinda. – Diz o segurança com um sorriso gentil em seu rosto.

- Ainda ponho-me em dúvida se devo sorrir ou chorar? – Digo ironicamente arrancando-lhe uma gargalhada.

- Não seja tão pessimista. – Diz ele com um humor que eu não imaginava existir naquele enorme ser. 

- Creio que é impossível, quando se é comprada para viver esta circunstância. – Digo amarga. 

Ele concorda com a cabeça e começa a caminha em direção à casa. Preciso respirar fundo algumas vezes para depois pôr-me a segui-lo. Ele destranca a porta calmamente e permite a minha passagem. Entro dentro da casa ficando mais embasbacada ainda com o seu luxo que nem consigo processar as palavras que o segurança estava dizendo-me. Só fui as entender quando escutei a porta bater-se atrás de mim e perceber que estava sozinha naquele casarão.

“Respira fundo Beatrice. Você só pegou carona com um cara desconhecido e agora está em uma casa desconhecida sozinha, por que você foi comprada por um provável velho lunático então, não há o que temer.” – Penso respirando fundo. Fecho meus olhos e por um segundo pego-me rezando por minha vida. 

- Olá! – Diz uma voz altamente rouca vinda detrás de mim.

Viro-me em sua direção e fico boquiaberta com a imagem que eu estava vendo. Ele não era um velho lunático, ele era jovem e era a personificação de um Deus.



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