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História The Purchased Love - Capítulo Vinte e Quatro - Do you believe me?


Escrita por: MrsPriorEaton

Capítulo 24 - Capítulo Vinte e Quatro - Do you believe me?


Beatrice

O táxi para em frente á empresa de Tobias e automaticamente sinto minhas pernas travarem. Eu não estava preparada para aquilo, eu iria ter um ataque de pânico. 

- Senhorita? Senhorita? - Diz o motorista balançando a sua mão em frente ao meu rosto. Viro meu rosto em sua direção e encontro os seus olhos encarando-me confusos. - Esta tudo bem? 

- Sim, obrigada. - Digo abrindo minha bolsa e retirando o valor da corrida.

Abro a porta do táxi com as mãos trêmulas e fico parada encarando o prédio de Tobias. Eu nunca havia vindo aqui e nunca em milhões de anos poderia imaginar que eu estaria vindo aqui por esse motivo, conosco daquela forma. 

Fecho meus olhos e engulo em seco criando coragem para dar os primeiros passos em direção aquele imenso prédio. No hall haviam algumas balconistas atendendo telefonemas feito umas loucas e com uma enorme plaquinha em cima de seus balcões com os dizeres: Posso ajudar? Eu estava completamente perdida naquele lugar, mas não iria pedir ajuda para nenhuma delas já que provavelmente elas iriam anunciar a minha chegada e Tobias iria impedir a minha subida antes mesmo que eu botasse os pés naquele elevador. 

Presumindo que o chefe ficaria no último andar - como vemos nos filmes - ciclo no último botão e aquele pequeno pedaço de aço começa a subir para cima. Fecho meus olhos e começo a sentir o arrependimento bater em meu coração quando as portas abrem-se revelando uma enorme sala com uma secretária bem no meio dela.

Com as pernas um pouco bambas e as mãos suando caminho até uma loira - que continha uma cara de antipática. Paro em frente a sua mesa e engulo em seco. 

- Bom dia. - Balbucio nervosa. - Tobias está?

- O senhor Eaton não deseja rece...- Ia dizendo ela quando uma voz familiar ecoa pela sala. 

- Beatrice! – Diz uma voz vindo de meu lado. 

Viro meu rosto na direção daquela voz e encontro Zeke encarando-me com uma feição preocupada.

- Zeke! - Digo quase berrando de alívio. Caminho em sua direção deixando a loira antipática para trás. - Preciso falar com Tobias. - Sussurro somente para ele ouvir. 

- Tris, eu não quero ser inconveniente, mas ele não quer lhe ver. - Diz Zeke suspirando frustrado.

- Eu sei que ele não quer. - Digo abaixando a cabeça com os olhos marejados. - Mas eu preciso falar com ele Zeke, nem que seja do outro lado da porta. - Peço com um olhar pidão.

Zeke fica mudo por alguns segundos pensando em todas possibilidades, quando ele finalmente solta um suspiro e encara a loira atrás de mim. 

- Vá, deixe que eu me resolvo com a Cara. – Diz ele dando-me um sorriso simpático e começa a caminhar em direção a secretária antipática que se chamava Cara. 

Aproveito a minha deixa e ando apressadamente para o lado adentrando um pequeno corredor que continha somente uma sala. Neste momento meu coração parece que ia sair pela minha boca e com as mãos completamente suadas puxo a feichadura da porta abrindo-a. 

Coloco o meu corpo para dentro da porta correndo e Tobias sobe o seu olhar em minha direção encarando-me confuso. Meu coração faltou parar de bater quando o seu olhar encontrou o meu. Eu estava com saudades. 

- O que você está fazendo aqui? – Pergunta ele levantando-se de sua cadeira. 

- Eu sei que você não quer me ver, mas nós precisamos conversar Tobias. – Digo fria assim como ele. 

Eu sinceramente não sabia da onde estava criando tanta coragem para desafiar ele, mas eu estava. Aquela seria a minha única chance, eu precisava falar isto hoje e agora. 

- Já conversamos sobre tudo o que tínhamos para conversar. – Diz ele ríspido. 

- Temos, nós temos mais um assunto para conversar Tobias. – Digo aproximando-me de sua mesa. 

Ele estava acabado. Seus olhos estavam inchados e seu rosto estavam com olheiras profundas. Seu terno estava um pouco amassado e sua gravata estava frouxa. Seu rosto estava obscuro, tomado pela raiva e pela fúria. Aquele Tobias a qual eu havia me apaixonado não estava mais ali. 

- É o que nós temos para conversar? – Diz ele encarando-me nervoso. 

- Não tem jeito fácil de falar isto, ainda mais em nossa situação, mas...- Digo abaixando a cabeça e sentindo a coragem ir embora de meu corpo. 

- Mas? – Pergunta Tobias incentivando-me a prosseguir. Levanto a minha cabeça e encontro aquele par de íris castanha que faz meu corpo inteiro amolecer. 

Sinto vontade de tocar em seu rosto, de abraçar o seu corpo, de beijar os seus lábios, porém, contenho-me em meu lugar, mesmo ele aproximando-se de mim a cada minuto á qual eu demorasse para lhe contar o que eu havia vindo dizer. Respiro fundo e crio a coragem que havia ido embora covardemente. 

- Eu estou grávida. 

Tobias congela o seu corpo no mesmo momento e encara-me estarrecido. Esta com certeza não era a reação que eu esperava quando eu dissesse finalmente estas palavras, mas no meu real estado eu não poderia pedir nada. Eu já sabia qual seria a sua reação, eu já havia vindo preparada para o pior, mas me doía do mesmo jeito ver ele me tratando assim. 

- Grávida? – Diz ele soltando uma gargalhada abafada. – Então este era o plano de vocês? Golpe  do baú? 

- Tobias, eu não estou aplicando golpe de baú, em ninguém. – Digo sentindo meu coração se apertar. Eu já imaginava que ele fosse falar aquilo, mas ouvir aquilo saindo da sua boca era pior do que eu poderia imaginar. 

- Não? Você me traí, eu descubro as suas safadezas e no dia seguinte você me aprece grávida? – Diz ele incrédulo.

- Tobias, pela última vez eu não lhe trai. – Digo com as lágrimas já escorrendo em meu rosto. – Eu fui enganada. 

- Sério Beatrice? – Esbraveja ele nervoso. – E agora vem o que? A pensão alimentícia?

- Tobias, eu não vim aqui atrás do seu dinheiro, eu vim aqui para lhe avisar que você vai ter um filho. Que daqui a nove meses o  seu sangue vai estar vivo, perambulando por este mundo. – Digo ficando nervosa. 

- E quem me garante que esse filho é meu? – Diz ele encarando-me friamente. Fecho meus olhos e tento controlar meus batimentos cardíacos. 

- POR QUE EU NÃO SAI ABRINDO MINHAS PERNAS PARA QUALQUER UM TOBIAS. – Berro chegando ao meu limite. 

Sinto meu corpo tremer e uma tontura atingir-me. Lentamente – quase caindo – sento-me na cadeira e tento puxar o ar que estava me faltando. 

- Agora vai apelar pro meu lado sentimental?- Diz ele com ignorância. 

Minhas mãos começam a suar e tudo vai ficando turvos demais, tudo vai queimando demais. 

- O que está acontecendo aqui? – Diz Zeke entrando esbaforido na sala. 

Ele encaro primeiro o seu amigo assustado e depois o seu olhar cai para mim, a onde ele caminha apressadamente em minha direção. 

- Você está bem? – Pergunta ele pegando em minha mão. – Você está gelada. 

Percebo Tobias espichar o seu pescoço para encarar-me sobre o ombro de seu amigo, mas naquele momento nada estava fazendo sentindo – estava tudo meio girando, embaçado demais para eu conseguir enxergar algo com cem por cento de certeza.

- Estou. – Digo fraca. 

Zeke caminha até Tobias que cochicha algo em seu ouvido e logo então ele retorna ao meu lado. Tobias não estava me encarando mais – ele estava de costas – tenso demais para deixar que eu o visse de uma maneira frágil. 

- É melhor irmos. – Diz Zeke jogando-me um olhar sincero. Assinto com minha cabeça e levanto da cadeira que havia sentado. 

- Eu só preciso dizer mais uma coisa para ele. – Digo recebendo uma careta de Zeke. – Por favor. – Finalizo com o meu olhar pidão.

Ele assente um sim com a  cabeça e retira-se da sala, deixando eu e Tobias sozinhos novamente. Ele continuava virado, olhando para a parede e eu preciso pigarrear para ter a sua atenção novamente. 

- Eu não vim aqui pedir pensão, eu não vim aqui pedir para você assumir o seu filho, eu só vim aqui avisar que você vai ser pai Tobias, o resto é você que escolhe. Essa criança vai nascer com ou sem o pai dela e eu vou criar ela sozinha. Eu já me virei uma vez, e irei fazer isso novamente. – Finalizo jogando um olhar frio em sua direção e saio da sala sem olhar para trás.

Se ele queria continuar agindo como uma criança, que haja, mas vai ser longe de mim. Eu não iria ficar me estressando com as acusações maldosas que vinham de sua parte, era hora de descansar, era hora de me cuidar para o meu filho nascer da melhor forma possível. 

Saio da sala e encontro Zeke encostado na parede esperando-me pacientemente. 

- Zeke, muito obrigada eu nem sei como lhe agradecer. – Digo dando-lhe um sorriso amigável. 

- Venha, irei levar você para a sua casa. – Diz ele tocando em meu braço e guiando-me para fora daquele lugar.

- Você não precisa se preocupar comigo Zeke, eu pego um taxi e...- Ia dizendo quando ele me cortou. 

- Beatrice eu não irei deixar você neste estado ir embora sozinha, eu não sou um ogro para fazer isto com você. – Diz ele encarando-me com sinceridade no olhar. 

- Obrigada. – Digo dando um sorriso fraco. 

Saímos do prédio pelo lado interno a onde dava em um grande estacionamento amarrotado de vários carros – alguns de luxo, outros populares. Zeke abre a porta de seu carro e começamos a sair daquele lugar. 

- Tobias me contou o que rolou entre vocês dois. – Diz ele prestando  atenção no trânsito. 

- Contou? – Pergunto hesitante. 

- Sim, a história original. – Diz ele tranquilo. 

Sinto um embrulho em meu estomago e encolho-me no banco. 

- Olha Beatrice, eu não sei você fez ou não todas as coisas que o Tobias esta lhe acusando, eu conheço bem o meu amigo e sei que quando esse tipo de coisa acontece ele adora dá uma aumentada nos fatos, mas o que eu sei é que vocês dois se gostam de verdade, dá para ver no rosto de vocês dois. Só dê um tempo para ele. – Diz ele de uma forma reconfortante. 

- Eu sei que ele precisa de um tempo, mas tem certas coisas que não podem ficar esperando ele parar de ser um grosso e cair na real. – Digo um pouco emburrada. 

- Eu sei que não, mas as coisas irão funcionar assim Beatrice, você precisa dar este tempo para ele. – Diz ele analisando-me pelo retrovisor. 

- Zeke o problema não sou eu, o Tobias não quer falar comigo, não quer mais olhar na minha cara, tudo bem eu aguento. Mas agora vai dizer isso para uma criança. – Digo sentindo o peso de suas palavras caírem sobre o meu ombro. 

- Meu Deus, você está grávida? – Pergunta ele chochado. 

- Estou Zeke. – Digo suspirando. 

-Meu Deus, meus parabéns! – Diz ele animado. 

- Obrigada, você é a primeira pessoa que me diz isso. – Digo sentindo meu coração apertando-se. 

- Deve estar sendo difícil para você com tudo isto acontecendo. – Diz ele com uma pitada de pena. Não culpo ele, até eu estou sentindo pena de mim mesma. 

- Não esta mesmo. – Digo suspirando.

Zeke para o carro na frente da casa dos meus pais, no mesmo instante que uma morena está batendo na minha porta. A morena ao ouvir o barulho do carro volta o seu corpo em nossa direção e  a reconheço – Shauna. 

Zeke desce do carro e abre a porta para mim. Shauna desce os degraus que continha para chegar até a casa e caminha em nossa direção.

- Tris, que bom que lhe encontrei. – Diz ela parando em nossa frente. No exato momento em que os olhos de Shauna caem sobre Zeke, eles começam a brilhar, e percebo a mesma reação vindo da parte dele.

- Oi Shauna. – Digo com um sorriso largo no rosto. – Zeke esta é minha amiga Shauna, Shauna este é o Zeke. – Digo apresentando-os. Os dois respondem um Oi bastante tímido, e fazem um comprimento lento e demorado com as mãos. O amor estava no ar! 

- Er..Então...- Diz Zeke desgrudando a mão dos dois e ficando sem graça em seguida. – Eu preciso ir mais qualquer coisa, qualquer coisa mesmo que você precisar Beatrice você pode me ligar. 

- Tudo bem. – Respondo-lhe grata.

- Aqui está o meu número. – Diz ele estendendo um cartãozinho para mim. – E caso ela não consiga me ligar Shauna, fique com um por precaução. – Diz ele entregando um para ela também. 

- Obrigada. – Diz ela com as bochechas ruborizadas. 

“Esse Zeke não perde tempo!” – Penso zoando-o em minha mente. 

- Eu vou indo. – Diz ele desviando o seu olhar para eu. 

- Zeke eu nem sei como lhe agradecer, de verdade. – Digo com um pouco de vergonha, eu havia dado um trabalho danado para ele hoje. 

- Não precisa agradecer, eu estarei aqui para lhe ajudar. – Diz ele com um sorriso torto. – Foi um prazer conhecê-la. – Diz ele apanhando a mão  de Shauna novamente e depositando um leve beijo nela. 

- Igualmente. – Diz ela tímida. 

Zeke se despede de nós e volta-se para o seu carro, sumindo pelas estradas. Shauna solta um leve suspiro e não consigo controlar a risada que estava teimando em sair de meus lábios. 

- O que foi? – Pergunta ela confusa. 

- Igualmente. – Digo tentando imitar a sua voz. 

- Ah Tris, por favor né. – Diz ela ficando mais vermelha. 

- Como você me encontrou aqui? – Pergunto puxando o fôlego que havia perdido maiando de sua cara. 

- Sua mãe, eu liguei no seu celular e ela me atendeu. – Diz ela dando de ombros.

- Hm! -  Digo lembrando-me de que precisava descobrir o que Natalie estava aprontando. – Venha, vamos entrar assim eu lhe conto algumas coisinhas sobre o Pedrad. – Digo maiando ainda de seu rosto. 



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