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História The Real You - Stony - Professional


Escrita por: ironamerica

Capítulo 4 - Professional


– Por que está agindo tão estranho comigo?– Stephen pergunta enquanto ando ao seu lado pelas ruas de Washington com pessoas nada discreta nos fotografando.– Até poucos dias você estava bem.

Oh Stephen! Talvez seja pelo simples fato de que você assinou um contrato de relacionamento comigo sem nem ao menos me consultar, babaca!

– Só estou com dor de cabeça.– cerro a mandíbula, semicerrando os olhos por baixo dos meus óculos escuros.

– É por causa do contrato, não é?– pela visão periférica noto que ele olha para mim.– Veja pelo lado bom, vamos ganhar uma boa grana só por ficarmos aparecendo juntos nos lugares de mãos dadas e etc.

– O problema não é esse, Stephen.– paro de andar, me virando para ele ao girar meus calcanhares enquanto uso meus inseparáveis coturnos que me deixam um pouco mais alto.– Você aceitou isso sem mesmo falar comigo sobre! Aquele dia na padaria foi só por causa desse contrato, não foi? E eu achando que você só estava sendo um bom amigo...

Ele se mantém quieto mas sei que seus olhos se mantém nos meus mesmo por trás dos óculos escuros.

– É, como eu imaginei.– volto a andar e ele me acompanha logo atrás.– Quebrei minha dieta por causa da porcaria de um contrato e nem sabia disso.


[…]


Volto à rotina exaustiva...mas ainda em Washington pelo menos no conforto da “minha” casa. Ou quase isso. 

– Me dá esse refrigerante!– Natasha arranca a lata de Coca-Cola das minhas mãos, me entregando uma garrafa de suco de laranja.– Parece que não aprende nunca.

– Estou estressado.– admito, checando as araras das roupas que usaria no ensaio de hoje, levantando as sobrancelhas ao notar que usaria o moletom da nova coleção onde as siglas CK estavam destacadas no tecido preto em caligrafia branca.– Com todo aquele negócio do contrato.

– São só alguns meses, relaxa.– dá um tapinha nas minhas costas, checando meu cabelo imóvel.– Não é como se você estivesse namorando escondido.

Visto o moletom e o jeans, tentando ao máximo não bagunçar meu topete estrategicamente moldado.

– Hum...Nat, só por curiosidade...– digo antes que ela saia do camarim.– Não é aquele fotógrafo da última vez?

– Quer dizer o fotógrafo ousado que você beijou na After Party?– ela sorri de escárnio.– Sim, é ele, o trabalho dele é muito bom e estão o chamando para tirar todas as fotos possíveis.

Bufo, passando a mão pelo meu rosto que tinha uma grande quantidade de pó. 

Assim que saio do camarim, vejo o mesmo painel branco com várias luzes direcionadas ao mesmo.

Natasha sai do meu lado, indo até o tal assistente do Steve. Este estava ajustando as lentes da câmera, então provavelmente não me viu chegando e me posicionando no painel.

– Ah, oi, Tony.– ele diz ainda com o olho na lente, me vendo por lá.– Vamos começar.

Ele soa completamente profissional, não olhando diretamente para mim como se tivesse enfiado a língua na minha boca.

Assinto apoiando as mãos nos joelhos enquanto sento na cadeira de madeira que faz parte do cenário. 

– Lembrando que as primeiras 20 fotos são descartadas.– vejo um resquício de um sorriso sugestivo em seu rosto, olhando diretamente para meu rosto pela primeira vez no dia.

– Como esquecer?– dou uma risada sem humor, abrindo as pernas e encostando as costas na cadeira, posicionando minhas mãos nas coxas e olhando para a câmera, sentindo o flash me cegar temporariamente.

Depois das fotos usando a cadeira, Steve pede para que eu fique em pé com as mãos nos bolsos do moletom e com as pernas um pouco abertas com o rosto um pouco levantando, porém nunca desviando o olhar da câmera.

– Acho que essa roupa já deu...podem fazer a troca.– ele se vira para Natasha que se encontrava conversando com Bucky no canto da sala, mas logo ela se levanta e vai até mim enquanto ando até o camarim.

– Aquele Bucky parece interessante pra’ você não parar de babar nele durante todo o ensaio.– digo rindo e tirando a roupa enquanto ela ri baixo, me entregando a camisa cinza fina quase transparente que eu usaria e depois o jeans skinny.– Ou é só a boca dele?

– Fica quieto, Anthony.– ela dá um peteleco na minha orelha, ajeitando os fios desordenados do meu cabelo.

Termino de me vestir e volto para o painel e sinto a sensação de frio atravessar minha espinha quando noto Steve me analisando da cabeça aos pés.

– Hum...certo, precisamos dar destaque no seu busto.– ele diz não desviando os olhos azuis do meu peito.– Coloque as mãos no bolsos traseiros, os ombros para trás e...estufe o peito, quero ver como vai ficar.

Assim faço, dois cliques são ouvidos e ele olha as fotos, analisando-as.

– Vamos tentar de outro jeito.– diz, fazendo um sinal para que Bucky levasse um banco alto até mim.– Quando sentar certifique-se de que está sentado para trás o suficiente pra’ não cair e posicione as mãos na parte da frente que sobra do banco, ok?

– Ok...– digo após alguns instantes, fazendo o que ele diz tentando entender.

– E seus pés apoiados na parte de baixo do banco.– diz se posicionando atrás da câmera novamente.

Quando a sessão acaba, tenho a liberdade de bagunçar meu cabelo de mauricinho e deixar rebelde do jeito que eu gosto.

Natasha foi até a cafeteria do outro lado da rua alegando que lá tinham cafés melhores do que os do estúdio, pedindo para que eu a esperasse aqui.

Estou sentado em uma cadeira no canto do ambiente bebendo a garrafa d’água atrás da mesa coberta por uma toalha branca, onde tinham cerca de outras 8 garrafas.

Steve pega uma das garrafas e dá um longo gole. Estreito os olhos por ele estar agindo como se eu não estivesse aqui.

Normalmente não costumo implorar por atenção, geralmente sou aquela pessoa de “one night stand”, que não exige contato depois e nem faço questão de manter. Mas Steve me intriga, talvez pelo fato de que ele não corre atrás de mim como os outros caras.

– Então...– começo, pigarreando para conseguir sua atenção e consigo.– Vamos fingir que nunca aconteceu?

Suas sobrancelhas se tornam uma linha reta, parecendo processar algo e cerra a mandíbula.

– Te incomoda o quão profissional eu sou?– dá um sorriso de canto, voltando a beber a água.

– Realmente muito profissional da sua parte me beijar naquela noite.– provoco e o vejo revirar os olhos.

– Na verdade, foi você que me beijou.– deixa a garrafa vazia sobre a mesa e me pergunto como ele acabou com ela tão rápido.

– Não me lembro de você tentar me afastar.– sorrio de lado, o vendo estreitar os olhos azuis.– Ou de impedir suas mãos na minha bunda.

– Você não está namorando, Stark?– muda de assunto, inclinando a cabeça para o lado.

Stephen. Droga.

– Quer que eu responda a verdade ou o que eu deveria dizer?– digo em meio a uma risada carregada de sarcasmo, não é preciso que ele responda para que eu saiba a alternativa que ele escolheu.– Não estou, recebo dinheiro pra’ fingir que sim.

Steve assente, colocando as mãos dentro dos bolsos do jeans escuro.

– Entendi...–suspira, parecendo bolar uma frase.– E eu não poderia fingir que não aconteceu, fiquei com vontade de atacar você enquanto posava hoje, mas como eu disse...sou profissional.

Com essa, ele sai do ambiente, pegando as chaves do carro que imagino ser dele, me deixando sozinho e piscando várias vezes, atônito.

– Ei, voltei.– Natasha aparece com dois copos de café para a viagem e me entrega um.– A fila estava enorme...vi o Steve saindo agora a pouco, falou com ele.

– Só o básico.– minto, bebendo o café e queimando a língua.– Ai!

– Está quente, esqueci de avisar.– diz, bebendo o dela com cuidado.– Vamos indo?

– Vamos.– levanto da cadeira, indo até lá fora colocando os óculos escuros e me perguntando como diabos os paparazzi sabiam que eu estava aqui.

Por cima dos fotógrafos aloprados, vejo Steve no final da calçada, entrando no carro junto de Barnes.

Huh.


[...] 


Com esse relacionamento de faixada preciso sair mais de casa para aparecer com Stephen, é tão cansativo. 

Estamos em um restaurante de comida italiana, próximos à um janelão e alguns maníacos com câmeras estão tirando fotos para jogarem na internet e fazendo matérias especulativas.

Stephen está sentado na minha frente, estamos quietos há mais de 20 minutos, as únicas vezes que conversamos desde que cheguei aqui foi o cumprimento quando cheguei e decidindo o que beberíamos.

O celular dele começa a vibrar e sorri até um pouco diabolicamente ao notar que era seu agente ligando. 

– Só um instante...– me diz antes de atender e eu apenas continuo o encarando com atenção.– Diga!

Ele continua falando algumas coisas, mas sorri e me olha, tirando o celular do ouvido e clicando no viva-voz.

– Diga à ele.– Stephen pede para mim e eu franzo a testa.– Como nosso relacionamento está indo bem.

– É, claro.– dou de ombros, ouvindo o riso satisfeito do homem do outro lado da linha.

– Isso é ótimo, rapazes.– ele diz e tenho certeza que tem um sorriso no rosto.– Vocês estão prestes a atingir o ápice da carreira de vocês!

Dou um riso debochado, pegando a taça de vinho branco e dando um breve gole. Por favor, eu já estou no ápice da minha carreira, não preciso do Stephen para isso.

Eles voltam a conversar e tiro meu celular do bolso ao que ele vibra, em meio a outras notificações do Instagram uma delas diz:

“Steve Rogers seguiu você.”

“Steve Rogers curtiu sua foto.”



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