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História The Reason (CNCO) - Capítulo 9.


Escrita por: klangdon

Notas do Autor


Sorry, esqueci de postar ontem.

Boa leitura!

Capítulo 9 - Capítulo 9.


(Now play: CNCO – Dejaría Todo)

– Ok. Vamos repassar o plano. – Rich pediu empolgado.

– Repassar o plano?! – Erick questionou. – Não acho que tenha alguma dificuldade nesse seu plano Rich. – Ironizou.

– Você tem noção do que estamos fazendo aqui Erick? – O garoto de cabelo vermelho chamativo perguntou sério. – Essa operação irá decidir a vida do Pimentel. Mostre um pouco mais de vontade.

– Eu acho que alguém anda vendo muitos filmes de ação. Está se achando um super-herói por causa desse plano! – Zab riu alto e não pude evitar rir.

– É sério Zabdiel. – Ele continuou. – Sem contar que se a policia nos pegar, podemos ser presos. – Rich se justificou. – Nosso empresário não pode nem sonhar que estamos fazendo isso.

– É justamente por isso que ele não sabe, gênio. – Chris zombou e riu rouco.

– Repassando então, – Erick se deu por vencido. – pegamos um enfermeiro e arrastamos ele para a van. Tiramos a roupa dele, o amarramos e assim o Joel se veste e entra no hospital. Esqueci alguma parte?

– Nossa. Se você continuar repetindo isso em voz alta eu vou desistir. – Me intrometi. – É absurdo demais. Nos filmes funciona, mas e se der errado?! Eu estou metendo todos vocês nisso... – Comecei a me sentir enjoado e culpado.

– Não começa Joel. Chegamos até aqui e vamos terminar isso. É a Wendy que está lá dentro. Vocês merecem isso. Merecem conversar, se resolver. Nós vamos te ajudar e pronto. – Zab me motivou.

Agradeci com um meio sorriso. Esperamos alguns minutos e então um dos enfermeiros saiu para fumar como eu já havia previsto. Estávamos no estacionamento dos fundos do hospital. Um lugar pouco movimentando e que também era usado pelos funcionários fumantes.

– Vamos fazer isso então. – Chris abriu a porta da van.

Meus quatro incríveis amigos saíram da van e foram até o enfermeiro. Observei tudo através do vidro, já que provavelmente seria reconhecido pelo cara. Após uma pequena conversa, Zab se aproveitou da distração do enfermeiro e colocou um pedaço grande de fita adesiva na boca do mesmo. Rapidamente os outros seguraram o cara o arrastaram para a van. Apressadamente fechei a porta e então começamos a tirar as roupas do cara. Nada confortável despir um homem, mas era necessário. Os olhos do enfermeiro se mantinham arregalados e ele tentava dizer alguma coisa mesmo com a fita em sua boca e os braços atados. Os garotos amarraram o homem por completo enquanto eu vestia as roupas dele, e então a parte mais complicada do plano estava concluída.

– Tatuagem legal cara. É bonita. – Chris comentou apontando para o desenho de um dragão na lateral do tronco do enfermeiro imobilizado. Nos entreolhamos sem entender a relevância daquilo naquele momento tão tenso. – O que? É bonita mesmo...

Peguei a touca e a mascara dentro de um dos bolsos e as coloquei. Seria mais difícil que me reconhecessem assim.

– Boa sorte cara. – Rich desejou e os outros me olharam como se repetissem.

– Obrigado.

Abri a porta da van e saí desconfiado. Não havia ninguém. Entrei no hospital e caminhei apressadamente, porém percebi que assim notariam que algo estava errado, então após virar na dobra de um corredor andei tranquilamente. Peguei o elevador e uma enfermeira sorriu me cumprimentando. Acenei com a cabeça e não falei nada. Quando o elevador finalmente parou meu coração acelerou. Passei pela recepção do andar de cabeça baixa tentando não ser notado e me aproximei do quarto de Wendy. De repente, o Dr. Fill saiu do quarto e então eu me virei fingindo estar pegando alguma coisa em um dos carrinhos com suprimentos médicos. Esperei que o doutor se afastasse e parei na porta do quarto da garota. Ela estava sozinha.

(Now play: CNCO - Solo Importas Tú)

Entrei e percebi que ela estava vendo TV. Distraída com um programa de música. Coincidentemente, o clipe de Solo Importas Tú começou a ser exibido. Um close em mim e então os lábios de Wendy se curvaram em um pequeno sorriso.

– Banda legal, não é? – Disfarcei minha voz e comecei a fingir que estava lendo o prontuário dela.

– Sim. Muito. – Respondeu com a voz muito fraca. – É a melhor do mundo.

– Não sabia que achava isso Wendy. – Falei com minha voz normal e então os olhos dela se voltaram para mim. Retirei a máscara e a touca. Wendy ficou simplesmente espantada ao me ver ali.

– Joel?! Como você...?! Porque essa roupa de enfermeiro...?!

– Eu precisava te ver Wendy. Eu já te disse que não consigo te deixar. Como posso fazer você entender isso?! Não posso ficar longe de você.

Os olhos sem brilho de Wendy pareceram comovidos, porem ela mudou de expressão.

– Vou chamar o enfermeiro. – Tateou nervosa a lateral da cama, procurando o botão de emergência. – O enfermeiro verdadeiro. – Ela me ameaçou.

– Não. Por favor. Não faça isso. Eu preciso conversar com você. Nós precisamos conversar.

Me aproximei e sentei na cama de Wendy. Curvei meu corpo ficando ainda mais perto dela e toquei seu rosto pálido.

– Eu disse para você me esquecer... – Wendy praticamente sussurrou piscando lentamente.

– Eu não posso. Não consigo te esquecer. Nem se eu tentasse. Você não pode me pedir algo assim Wendy. É loucura!

– Por favor Joel. Vá embora. Não faça isso comigo.

– Não faça isso com nós. – A cortei. – Não desista de nós Wendy. Eu sinto sua falta amor.

Sinais de choro começaram a aparecer nos olhos de Wendy.

– Eu... Eu senti sua falta também. – Confessou enfim. – Em alguns dias tudo que eu queria era ouvir você me chamando de amor pelo menos uma vez. – Ela não conseguiu mais reprimir o choro.

– Savannah me ligou e me fez perceber que eu estava errado em te obedecer. Foi preciso que uma garota de 15 anos me alertasse da besteira que eu estava fazendo em te ouvir.

– Ela é esperta.

Sequei as lágrimas de Wendy e ela me ajudou nisso.

– Por favor, me diz que estamos bem novamente. Eu não posso suportar a ideia de ficar longe de você. Não de novo.

– Me desculpe. Me desculpe por te mandar embora. Eu me arrependi amargamente, porém achei melhor não voltar atrás na minha decisão. Eu sempre achei que seria melhor para você ficar longe de mim...

– Shhhhhh... – Interrompi as desculpas desnecessárias de Wendy e toquei meus lábios nos dela. Percebi que estavam ressecados, provavelmente pela medicação forte. Passei minha língua pelos lábios dela e então a beijei novamente. – Eu entendo. Eu não preciso te perdoar.

– Eu amo você. Eu amo você mais que tudo. Eu preciso de você mais que tudo. – Ela sussurrou deixando mais uma lágrima escapar.

– Eu amo você também. Lembra-se dos nossos votos? Eu prometi que sempre estaria ao seu lado. É assim que tem que ser meu amor. – Beijei Wendy com delicadeza. E encostei nossas testas. Ficamos ali em silêncio por um bom tempo. Meu coração estava calmo e cheio de esperanças novamente. Nós poderíamos enfrentar tudo.

(...)

(Now play: Why Don’t We - Grey)

Dois dias depois de nossa reconciliação, o quadro de Wendy piorou. Ela voltou a ter dificuldades para respirar e sentia fortes dores no peito. Sua memória falhava cada vez mais e algumas vezes ela parecia esquecer os nomes dos objetos. Wendy não saía mais da cama. Ela não tinha forças. Um monitor cardíaco foi colocado no quarto e ela voltou a usar a máscara de oxigênio. Cansada, ela pegou no sono depois dos enfermeiros terminarem as alterações.

Saí do quarto para tomar um pouco de chá no refeitório, porém ao me ver no corredor o Dr. Fill me chamou. Me aproximei dele e então o médico fez um sinal para que eu me sentasse em uma das cadeiras do corredor tranquilo.

– Aconteceu alguma coisa? – Perguntei.

– Joel, você sabe que a saúde de Wendy vem só piorando. O sistema imunológico dela está comprometido. É um câncer terminal...

– Eu sei disso. – Não deixei que ele continuasse falando o que eu já tinha consciência. – Aonde o senhor quer chegar?

– Pelos exames que fizemos, o coração de sua namorada está sofrendo alterações. O corpo dela está reagindo mal. Não temos nenhuma medicação que possa ajuda-la além de aliviar a dor. Eu aconselho que você fique ao lado dela o máximo que puder. E sinto muito ter que te dar essa notícia.

– Você quer dizer que ela está perto de morrer. – Concluí de forma bruta toda a fala cuidadosa de Dr. Fill. O homem assentiu com os olhos tristes. Além de médico, ele também era colega de trabalho de Wendy. Levei minhas mãos ao rosto e abaixei minha cabeça. Eu ouvi as palavras, entendi perfeitamente o que o médico disse, porém não quis acreditar. Era triste demais acreditar que o fim realmente estava próximo. Após bater levemente em minhas costas Dr. Fill me deixou sozinho.

– Jovem... – Uma voz bem próxima de mim chamou depois de um tempo. Ergui meu rosto e então uma freira idosa de feições amigáveis me encarava. – Tem uma capela no hospital. Você pode rezar por Wendy lá. Só um milagre pode salvar aquela moça. – Ela avisou com a voz doce. – Eu sinto muito. – Após lamentar, ela se retirou. Praticamente todos no hospital conheciam Wendy, ou pelo menos sabiam do caso dela.

Fiquei curioso quanto a tal capela. Não sou tão religioso, porém acredito em Deus. Talvez eu encontrasse algum conforto lá. Alguma resposta. Perguntei a recepcionista e fui informado da localização da capela. Quando entrei no pequeno espaço não havia ninguém. Um altar de certo improvisado, uma grande imagem de Jesus crucificado e algumas cadeiras vazias. Encarei por longos segundos a imagem imponente em minha frente. Deus sacrificou seu filho por nós. E se pensarmos que todos nós somos filhos de Deus, podemos concluir que Ele também nos sacrifica constantemente. Fome, violência, guerras, doenças... Nós sempre sofremos. Eu nunca havia estado numa posição como essa. Só um milagre poderia salvar Wendy, porém para inicio de conversa, porque Deus a colocou em tal situação?! Totalmente injusto. Não há sentido algum.

– Eu sei que não costumo falar com você. – Disse baixo ainda com os olhos na imagem. – Eu sempre fui grato por tudo que conquistei, mas talvez não tenha agradecido em voz alta. Eu nunca precisei pedir nada, porém agora, acho que preciso de um milagre. Não sei como pedir isso direito. – Confessei envergonhado. – Eu só quero que Wendy viva mais tempo. Eu quero que ela tenha a chance de ficar velha. Sou egoísta demais para agradecer pelo que tenho. Sou egoísta demais para deixa-la ir. Me perdoe por ser egoísta, mas simplesmente não posso ficar sem ela. Wendy era uma garota cheia de vida. Porque você resolveu tirar isso dela?! Eu não consigo entender. Se isso for uma piada, como ela mesma disse, você está vendo alguém rir aqui?! Não. Só há lágrimas e mais lágrimas. Você a colocou nisso, você pode tirá-la. Eu não sei mais o que fazer. Não há nada que eu possa fazer. Minha namorada não passará dos 20 anos. Isso parece uma vida por acaso?! E quanto ao garoto que morreu com apenas 8 anos de idade?! Eu não entendo. Qual é o seu problema?! – Reclamei exaltado. – Nós nos amamos. Nós poderíamos nos casar de verdade e ter filhos. Wendy seria uma mãe maravilhosa, porém você está tirando as chances dela. Ela poderia ter tudo, mas não terá nada. E a culpa é toda sua! Você é o culpado de tudo isso! Por quê?! Você não pode simplesmente me dizer por quê?! Porque me fazer ama-la e então vai tirá-la de mim desse jeito?! – Senti o gosto salgado das lágrimas em minha boca. – Porque ela?! Tantas pessoas ruins no mundo. Pessoas que realmente merecem morrer. Porque ela?! Não é justo! Eu trocaria de lugar com ela se fosse possível. Eu faria isso. Eu só queria entender...

Não consegui mais falar ou gritar, apenas chorar. A mesma freira apareceu na minha frente e então me puxou para que eu me sentasse. Não ofereci resistência e ela sentou ao meu lado. A mão dela permaneceu em meu ombro até que eu me acalmasse. A encarei e ela mantinha o mesmo olhar pacífico e acolhedor.

– Deus tem um plano. Ele sempre tem um plano. Podemos não saber. Porém tudo faz parte do grande plano. Nada acontece em vão. Nada acontece por acaso. Nossos destinos estão determinados desde que nascemos e então Deus faz suas pequenas alterações de acordo com nossas escolhas. Você pode não entender agora, mas talvez um dia entenda. Não culpe Deus pelo que acontece meu filho. Ele sempre faz o melhor.

Não encontrei nada sensato para dizer para a freira. Eu ainda estava com raiva. Assenti e saí da capela. Me enfiei no primeiro banheiro masculino que vi e continuei chorando. O maldito plano estava fazendo duas pessoas sofrerem extremamente. Realmente não dava para entender algo assim.

(...)


Notas Finais


Próximo capítulo já é o último
Leitores fantasmas, comentem, por favor. Nunca pedi nada. hsuahuashsuahs

Músicas: https://www.youtube.com/watch?v=jn6HKbUDGNI | https://www.youtube.com/watch?v=lhb3nl_jj7Y | https://www.youtube.com/watch?v=ypAK92SpglI

Beijokas.


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