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História The Righteous King - Capitulo Catorze


Escrita por: gabenick

Notas do Autor


E eu não demorei dessa vez kkkkk
Espero que vocês gostem

Capítulo 14 - Capitulo Catorze


— Sim, sim sou eu — ele respondeu — Simba

Não demorou muito para o choque inicial desaparecer e Nala se jogou nos braços abertos de Simba, ele caiu no chão e ela caiu em cima dele, milhares de coisas apareceram em sua mente, lembranças dele, dos dois brincando de correr, brincando de luta, os braços dele eram maiores e mais fortes e mesmo assim pareciam muito familiares, ela o apertou com força e ele devolveu o gesto rindo em seu ouvido.

— Venha cá — ela disse e ficou de pé o puxando. — Deixa eu olhar pra você.

Ela segurou seus bíceps para observar seu corpo de cima a baixo, estava vestindo uma camiseta verde clara e uma calça marrom, seu rosto está mais envelhecido e mesmo assim ela reconhecia os traços do seu melhor amigo de infância, seus olhos eram os mesmos de sempre e quando ele a abraçou outra vez pela cintura e a girou no ar ela enrolou os braços no pescoço dele e ao tocar seu cabelo reconheceu os fios, reconheceria eles em qualquer lugar, e sua risada, mais profunda agora que sua voz mudou, mas aquela risada que acendeu alguma coisa dentro dela.

Não queria que ele a soltasse, mas ele o fez.

— Como? Eu achei — ele começou a devagar — Olhe só você, você está-

— Por onde você andou? Eu achei que você estava morto — ela soltou em um sorriso.

Os olhos dele brilhavam ao encontro com o dela e ela reconheceu a saudade e felicidade por estarem juntos novamente, ele a abraçou mais uma vez enterrando o rosto em seu pescoço, Nala teria pensado que pelo tempo que andou talvez não estivesse muito cheirosa, mas no momento isso nem chegou em sua mente.

Ela apertou os ombros dele e fechou os olhos para aparecia-lo, quando os abriu encontrou dois caras um magricelo e um gorducho alguns metros dos dois o menor segurava um javali na mão e estava com uma expressão de ódio em seu rosto, o seu amigo estava tentando chamar sua atenção e conversar, mas o rapaz manteve os olhos fixos nela e Simba. Simba a apertou mais uma vez e a soltou, não que ele tenha deixado ela se afastar por que a segurou pela cintura de forma leve, mas insistente como se não quisesse que ela fosse em lugar nenhum.

— Onde você estava esse tempo todo? — Perguntou

— Ahn — ele hesitou. — Eu estava aqui.

— Por todos esses anos? — Nala questionou.

— Cinco para ser mais exato — um dos rapazes, o que trazia o pequeno javali nas mãos respondeu. — Desculpa interromper, mas como vocês se conhecem?

— Timão, Pumba — Simba puxou ela pela cintura e prendeu ao seu lado. — Essa é minha melhor amiga Nala.

— Melhor amiga ahn — o magrelo questionou com uma careta — Você poderia pedir pra sua “melhor amiga” se abster de matar o Senti.

— Vocês deram nome pro javali? Não fica mais difícil pra comer ele

O garoto maior arfou ofendido e buscou o animal dos braços do outro.

— Simba, controle sua amiga — ele disse

— Relaxa Pumba — Simba revirou os olhos e se dirigiu a Nala — Nós não comemos carne aqui.

— Nós quem? — Ela perguntou — Aqui, aonde?

— Aqui!

Simba exclamou e se afastou um pouco dos três, ele correu até uma arvore e abriu os braços em felicidade.

— Você vai amar esse lugar, tem tudo o que você poderia querer.

— Simba, você tem que voltar pra casa — Nala falou.

— Essa é minha casa, venha eu vou te mostrar.

— Eu não sei — Nala olhou em volta pensando.

— Vamos, você não está com fome.

A palavra pode ter religado seu corpo, pois naquele momento a barriga dela fez um barulho bem alto, o bastante para Simba rir e concordar, não havia por que dizer que não estava com fome depois que seu próprio corpo lhe traísse desse jeito, ela se deixou ser puxada pela mão e caminhou atrás de Simba avisando no caminho que precisava ir buscar sua flecha, arco e aljava e sua bolsa com suas coisas, eles voltaram o caminho e buscaram as coisas dela e continuaram andando ela o seguindo.

Nala não conseguia acreditar, era Simba, ele estava vivo, ela se beliscou algumas vezes para garantir que não estava alucinando de tanta fome, e mais do que uma vez ela o cutucou ou apenas chamou seu nome pois não acreditava, ele estava tão bonito, tão parecido o pai dele que chegou a doer o coração da garota, se ele estava vivo então mudava tudo, seria muito difícil convencer um líder de uma tribo desconhecida a batalhar contra Scar, mas Simba era da família real, pedir um duelo era seu direito, eles poderiam salvar as terras do reino e recuperar suas famílias.

Ela tentou contar isso pra ele, mas nunca chegou no assunto, enquanto caminhavam Nala fez várias perguntas sobre o lugar, sobre como conheceu Timão e Pumba e sobre onde morava, ele perguntou como ela estava, mas em nenhum momento mencionou seu lar e todas as vezes que ela tentava falar sobre as terras do reino, ou sobre sua mãe, ou qualquer assunto sobre o que aconteceu antes dos dois se separarem ela via ele enrijecer e seu sorriso vacilava, como se fosse difícil ter que pensar naquilo, então ele sorria e mudava de assunto.

Aconteceu pelo menos 5 vezes até chegarem em um acampamento cheio de barracas brancas, ela tentou contar sobre Scar e sobre os Jabaris, mas toda a vez que ela tentava ele apontava para um lugar e contava uma história sobre o que aconteceu ali, ou chamava alguém para apresenta-la. Ao que aparentava eles moravam em uma situação de camaradagem tudo o que é meu é seu, tudo o que é seu é meu, eles não comiam carne, não acreditavam em armas, de fato uma mulher tentou alcançar suas coisas e Nala puxou para perto de si.

— Está tudo bem Kito — Simba certificou. — Ela está comigo... Venha.

Simba a segurou pela mão e os dois foram até uma mesa repleta de frutas abertas, seus estomago revirou outra vez e ela não demorou nada para pegar o maior e mais suculento pedaço de uma fruta qualquer e dar uma mordida bem satisfatória, no fundo de sua garganta ela soltou um som de felicidade que se não tivesse com tanta fome a deixaria constrangida.

 Simba riu ao seu lado pegando outra fatia de outra fruta e também mordiscando, quando levou a comida mais uma vez para sua boca Nala notou Simba encarando seu pulso outra vez, ele estava olhando o fio encerado dela, ou melhor talvez dele.

— Quando nós desmontamos seu quarto — Nala começou entre uma mordida e outra — nós tiramos tudo o que era de algum valor sentimental, para enterrarmos em uma cerimônia, eu achei isso aqui em baixo da sua cama, era parte da sua faca né.

Simba concordou com a cabeça e entregou outro pedaço de fruta para ela mastigar, Nala pegou e continuou a contar enquanto se alimentava.

— Acho que não tinha nada naquele quarto com maior valor sentimental, mas por algum motivo eu não consegui viver com a ideia de que nós teríamos que enterrar, então eu guardei, meio que virou meu cordão da sorte.

— Nós?

— Eu e sua mãe — ela disse e viu outra vez, a luz sumir do rosto de Simba, uma luta interna — ela vai ficar tão feliz em saber que você esta vivo, você não faz ideia do que isso significa pra ela, pra mim.

Simba sorriu tímido, mas não se pronunciou, ela viu quando ele pegou o que ela disse e simplesmente guardou em sua mente para pensar depois, eles continuaram comer por mais alguns momentos e Nala queria gritar, queria sacudi-lo falar para ele ter alguma reação, dizer alguma coisa, perguntar alguma coisa, como é possível que ele não queria saber sobre as terras do reino, sobre a mãe dela, sobre a mãe dele, ela queria bater nele e chamar sua atenção e ao mesmo tempo não queria assusta-lo ou fazer ele se afastar, mais do que qualquer coisa que poderia acontecer ela tinha medo de perde-lo de novo.

Por isso ela não disse nada apesar de estar enlouquecendo com tudo o que precisava dizer preso em sua garganta, seu estomago já estava reclamando de tão cheio quanto Timão apareceu com um pedaço grande de tecido perto dela e jogou em cima dos seus braços.

— Você precisa tomar um banho — ele disse com as mãos nos quadris.

— Eu vim de noite, não estou cheirando — Ela respondeu.

— Então faça pelo meu beneficio pra gente poder falar sobre você.

Nala riu, mas concordou.

— Eu te levo lá — Simba disse soltando o resto de sua comida.

— Se você não voltar rápido eu vou te buscar — Timão gritou atrás dele.

Nala olhou para trás para jogar um olhar de repreensão quando viu Pumba se aproximar de Timão e tocar em seu ombro, os dois se viraram um pro outro e conversaram, aquela distancia ela não conseguia mais escuta-los, mas Timão apontou em direção aos dois e por um momento a mascara de raiva caiu e mostrou uma expressão um tanto tristonha talvez, Nala não conseguiu observar por muito tempo pois Pumba o abraçou e Simba a puxou pelo braço para fazerem uma curva.

Eles caminharam um pouco e chegaram em um riacho, não muito longe da tal comunidade, ela acha que era assim que eles tinham chamado, a agua era corrente, mas a força do fluxo era muito menor do que o que ela tinha encontrado mais cedo, ela colocou as coisas dela no chão primeiro sua bolsa, ela tirou a faca colocando em cima da bolsa e desmontou seu arco e flecha também os colocando perto do chão.

Ela tirou uma camiseta larga de um marron tão claro que era quase branco e um short de tecido fino e curto, eram as únicas coisas que ela tinha separado para dormir e era provavelmente o que ela faria mais tarde.

Nala se sentou em uma pedra ao lado do riacho para desamarrar suas botas, Simba estava ao seu lado a assistindo, ela finalmente tirou os sapatos e mexeu os dedos aliviada, tirou o seu fio encerado do pulso e usou para prender seu cabelo em um coque meio solto, estava pronta para tomar banho e então olhou para Simba, ele não pareceu entender o que ela queria lhe dizer com os olhos, então ela se virou para a agua e depois para ele, o rosto do garoto ficou vermelho.

— Ah sim, então eu vou te deixar — Simba falou — hmm, pra...

— Sim — Nala disse e riu quando ele ficou afobado.

Simba percebeu que ela estava rindo dele e também soltou uma risadinha, ele começou a sair e parou ao lado das coisas dela.

— Quer que eu leve suas coisas?                   

— Hmnn

— Você não vai precisar aqui eu prometo

— Pode levar meu arco, flecha e aljava, só deixa a faca e pode levar a bolsa também.

— Está bem.

Ele pegou tudo o que ela lhe deu permissão de levar, quando chegou perto dos instrumentos ele colocou a faca no chão um pouco perto do riacho e se inclinou para buscar a bolsa de ombro, a aljava cheia de flechas e seu arco, ela pegou os objetos em sua mão brincando com o peso conforme mexia a aljava e pareceu pensar por um segundo ele olhou para ela e voltou par a arma em suas mãos tentando colocar pensamentos em ordem com certeza, Simba olhou para trás como se não quisesse sair dali, Nala entendia, também não queria que ele fosse, tinha medo que se se afastassem eles desapareceria novamente, mas não tinha outra opção, mesmo assim ela reconheceu o quanto doeu nos dois quando ele segurou as coisas em sua mão e se afastou do riacho e dela.

A garota observou quando ele desapareceu entre as arvores, ela olhou em volta mais uma vez para se certificar de que ninguém estava perto, estava acostumada a tomar banho em lugares fechados e desprovidos de qualquer olhos, ela vasculhou em volta mais uma vez e quando se certificou de que estava sozinha puxou a faca mais para perto perfurando a grama perto do riacho para ficar a uma distancia segura dela enquanto se banhava.

Ela tirou a blusa e o tecido amarrado que segurava seus seios e se mudou para sua calça, quando todas as peças estavam no chão ela testou a agua com a ponta dos pés, o sol estava alto bem em cima do riacho, mas como a agua se mexia não tinha tempo suficiente para esquentar, tudo bem, ela ainda precisava de um choque de realidade, ela prendeu a respiração e mergulhou de uma vez esperando que a agua gelada colocasse seus pensamentos em ordem.

 

Quando ele chegou mais uma vez na área principal da comunidade pessoas estavam conversando sobre a chegada de Nala, Timão e Pumba estavam conversando ainda, Timão parecia agitado e irritado e Pumba estava tentando sem sucesso acalma-lo, quando ele chegou carregando o arco e flecha todos se calaram e olharam para ele, se antes tinham problema com ele carregar uma faca essa arma deveria ser muito proibida.

Ele caminhou com os objetos até sua barraca e entrou, ele colocou o arco e a flecha no chão perto de seu “colchão” e a bolsa dela perto da entrada, e as botas do lado de fora para quando ela voltasse, ele não queria olhar dentro da bolsa dela, mas ela abriu quando ele a mexeu e ele encontrou algumas peças de roupas, todas em dois, ou seja camisetas e calças, algumas memorias começaram a inundar seus pensamentos.

Sarafina, mãe de Nala a entregando uma caixa dentro uma peça de roupa única que ele sabia que ela iria odiar antes dela falar, agora Nala estava muito diferente dos vestidos pomposos e coloridos que ele era acostumado a ver nela quando eram crianças, ele achava que ela até ficava bonita de vestido, mas o jeito que eles brincavam e o que ela queria fazer não ia de acordo com a vestimenta que sua mãe exigia, Nala sempre quis ser uma guerreira, ao que parece ela conseguiu, o modo como ela o imobilizou em segundos apesar dele se achar forte, o modo como ela se colocava de pé, sempre com o corpo meio virado para a saída, o jeito que ela andava e como seus olhos varriam os lugares onde estavam.

Tudo isso ele já notou e discutiram quando eram crianças e assistiam treinamento, ele não gostava disso, ao mesmo tempo ver Nala era extasiante, mas ele não queria lidar com as memorias que a familiaridade dos dois trazia. Ele ouviu a voz de seus 3 amigos do lado de fora da barraca.

— Qual é a barraca do Simba — Nala perguntou.

— Por que quer saber? Nós vamos achar uma só pra você se você quiser ficar.

 — Ficar? Eu não posso ficar, nem Simba, nós temos que voltar pra casa.

— O que? — Timão falou alto e ele começou a discutir, mas Pumba o cortou.

— A barraca dele é aquela ali, pode ir, parece que você têm muito o que conversar.

— Sim, obrigada.

Silencio por alguns segundos, mas Simba escutava ainda Timão e Pumba murmurando um com o outro, o tecido da entrada de sua barraca de moveu um pouco e Nala apareceu entre as frestas, ela estava agachada do lado de fora.

— Oi — ela cumprimentou — Posso entrar?

— Claro que sim, venha

Ele se sentou em seu colchão improvisado e Nala entrou e se sentou ao lado dele, os dois se olharam.

— O que achou da comunidade?

— Pacifico de mais, não sei como você sobreviveu.

— Você acaba de acostumando.

— Você se acostumou? Por isso eu te vi encarando meu arco e flecha?

— De todas as armas que você escolheria, arco e flecha não foi a que eu imaginei.

— Por causa do que aconteceu?

Simba sentiu a cor sumir de seu rosto, não queria pensar no que tinha acontecido, se pensasse no que tinha acontecido teria que pensar por que aconteceu e a linha do tempo traria a tona coisas que ele levou um bom tempo esquecendo, coisas que nem deveriam fazer ele perder a perspectiva se lembrou. Hakuna Matata.

— Acho que eu escolhi elas por causa do que aconteceu... Depois de tudo aquilo eu fiquei com medo e hesitante. Quando aquela flecha me machucou.

Nala tocou o lado esquerdo em sua barriga.

— Foi como se ela tivesse tirado um pouco da minha coragem, como se eu tivesse perdido o controle, me senti abalada, eu aprendi a lutar com ela por que eu acho que isso foi como o modo de retomar controle sobre o que aconteceu, reescrever a história, eu não preciso ter medo de algo que eu controlo, sabe.

Simba acenou com a cabeça.

— Me impressiona que sua mãe tenha deixado.

— Depois que Scar tomou o trono e os Jabaris assumiram militância ela não teve muita opção.

— A tribo da montanha?

— Sim, eles lideram tudo nas terras dos reinos, destruíram tratados de paz e acordos, eles quebraram as tribos, é por isso que eu acabei aqui, eu estou procurando ajuda.

— E eu sei que você vai achar.

— Simba.

— Você vai achar.

— Simba você é o que eu estava procurando, você tem que voltar e tomar o seu lugar de rei.

— Rei? — Eles escutaram Timão dizer e soltar uma risada do lado de fora.

Pumba o seguiu e juntos estavam gargalhando e dizendo reverencias a Simba.

— Vocês podem nos deixar em paz, por favor.

— Akila está te chamando, ela quer conversar sobre a situação da sua — Timão limpou a garganta — Melhor amiga.

Simba suspirou e passou a mão no rosto para limpar seus pensamentos.

— Eu já volto.

— Espere onde esta indo? — Nala perguntou — Ainda tem tanto que precisamos conversar.

— E vamos, mas eu preciso conversar com Akila ela é quase que a líder aqui, você não está cansada de ter caminhado a noite inteira.

— Um pouco, mas, Simba.

— Eu já volto, está bem.

Nala concordou com a cabeça hesitante, e ao olhar em seus olhos Simba teve um flash de sua infância, Nala deitada em uma cama de enfermaria, sangue saindo de uma ferida que ele quase causou, ele se lembrou do medo que sentiu quando achou que iria perde-la, e se lembrou da expressão dela na ultima vez que conversaram. Como tinham mudado os dois, como sofreram até ali, naquele momento ele foi preenchido com uma necessidade de se aproximar novamente, mas antes que pudesse reconhecer a vontade estranha que surgiu no fundo de sua mente e fez seu estomago remexer Timão bateu palma e ele saiu de dentro da barraca.


Notas Finais


Fiquem atentos o próximo capitulo teremos *tosse, tosse* mais de Nala e SImba


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