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História The Roommate - Chapter Three


Escrita por: jookyunaa

Notas do Autor


Opaaa! Voltei!
Sei que atrasei (mesmo não tendo definido direitinho a frequência de postagem), mas peço que relevem pelo fato de estarmos no fim do semestre. Correria pura kkk
Espero que curtam o capítulo, pois eu escrevi com carinho.
Boa leitura!

Capítulo 3 - Chapter Three


Os soluços e fungadas eram tão frequentes que fizeram Kihyun, que estava na cama paralela, acordar. O ômega, ainda grogue de sono, deu uma olhadela no relógio de parede e afirmou o que pensava: era cedo demais, cerca de uma hora da manhã.

Mesmo emburrado por ter sido acordado de um sono tão bom, ficou preocupado com o colega de quarto.

Hyunwoo havia saído por volta das 19:00, dizendo que voltaria tarde, então Kihyun deixou a porta destrancada para não ser incomodado por um alfa que possivelmente não levou a chave. Sabia que o nível de esquecimento do bronzeado só não era maior que o de sua beleza. E olha, achava Hyunwoo muito belo.

Olhou para o corpo coberto de edredom, sentindo o coração apertar ao ouvir os barulhos sôfregos. Considerava o alfa um amigo, mesmo não sendo confidentes um do outro.

O rosado, percebendo que o choro alheio estava longe de cessar, resolveu seguir até a outra cama, tentaria confortar o outro pelo que fosse. Com cuidado, abaixou o edredom até descobri-lo.

Cabelos negros.

Cheiro de baunilha com morango.

Pele tão branca quanto a sua.

Um par de olhinhos encharcados e assustados lhe encarando.

Ah, aquele estava longe de ser Hyunwoo... Era Changkyun!

- AAAAAAAAAAAAH!!! - Kihyun puxou o gritou, sendo acompanhado pelo menor, que deu um pulo da cama.

Changkyun encarou o quarto, totalmente perdido, e observando alguns detalhes pôde perceber que aquele realmente não era o seu. Ficou tão desnorteado que nem percebeu seu choro cessar.

Seus olhos voltaram para o rosto delicado e assustado do colega, vendo que o mesmo estava tão confuso quanto si.

Ficaram se encarando durante um bom tempo, mas a troca de olhares foi interrompida pelas perguntas curiosas e afobadas do Yoo:

- O que 'tá fazendo aqui? O que aconteceu? Você estava chorando.

- Me desculpa, hyung, pensei que fosse meu quarto. - Com as bochechas quentes pela vergonha, respondeu, se xingando mentalmente pela burrice de ter confundido o quarto.

- Como você não percebeu o cheiro de alfa no cobertor? - Franziu o cenho, realmente não entendendo a situação.

Changkyun abriu e fechou a boca, tentando formular alguma frase, pois só percebeu o cheiro amadeirado ao ouvir a pergunta do outro ômega. Porém, ambos foram interrompidos pelo barulho da maçaneta se mexendo.

- Ki, abre a porta agora! - Hyunwoo dizia em um tom alto, ora batendo na porta ora mexendo na maçaneta. - Eu ouvi os gritos! Se não abrir, eu arrombo!

Kihyun balançou a cabeça negativamente enquanto ria soprado, achando engraçado a preocupação desnecessária alheia.

Changkyun era muito mais inofensivo do que si.

Quando a porta foi aberta, revelou a imagem não só de Hyunwoo, mas também de outro alfa.

Changkyun arregalou ainda mais olhos ao ver Jooheon ali, ao lado do alfa - até então, desconhecido - de pele amorenada. Se perguntou o porquê do outro ter aparecido ali, nenhuma de suas hipóteses chegando no que realmente havia acontecido:

Jackson falou tanto, mas tanto sobre a atitude - nem tão - impensada de Jooheon, que o alfa mais novo não conseguiu tirar da cabeça as falas do amigo.

"E se algum alfa tentar alguma coisa com ele?"

"Já faz meia hora que ele saiu, ele pode ter se perdido."

"Honey, Hoseok te mata se souber que expulsou o ômega dele a essa hora."

"Saeng, 'tá muito tarde, vou embora. Mas é sério, vai atrás do garoto, você sabe que ômega nenhum deve ficar andando sozinho a essa hora."

Jooheon, após a saída de Jackson, refletiu as palavras do mesmo. Se algo acontecesse a Changkyun, realmente estaria ferrado; Hoseok não olharia mais na sua cara, Jaebum brotaria no Campus pronto para lhe dar uns bons socos, ficaria com a consciência pesada e de brinde levaria advertência da reitoria por ter sido imprudente.

O alfa Lee, no entanto, acordou de seus devaneios por gritos de, aparentemente, dois ômegas, vindos do quarto ao lado, que sabia ser de Hyunwoo e Kihyun. Sua audição apurada permitiu que reconhecesse que a voz de um deles pertencia à Changkyun. Assim, nem percebeu e já estava ao lado de Hyunwoo, entrando ao cômodo, e torcendo mentalmente para que até mesmo a pele pálida do Lim estivesse intacta.

Ao encarar o mais novo dali, Jooheon percebeu as marcas de lágrimas em seu rosto, além dos olhinhos arregalados estarem encharcados. Queria não sentir nada em relação aquilo, como sua expressão imparcial aparentava, mas aquele ômega, naquele momento, possuía um olhar tão tristonho que seu coração se apertou por um instante. Suspirou profundamente, querendo se bater por sentir aquilo. Não era costume seu agir friamente, mas queria poder controlar seu emocional por um momento.

Kihyun observou os dois se encarando profundamente; Changkyun parecendo receoso, temeroso, talvez, e Jooheon... Indecifrável. Diferente de Hyunwoo, que era parceiro de futebol do Lee, conhecia o alfa apenas por raros encontros entre amigos em comum, então não conseguia nem de longe decifrar aqueles olhos encolhidos. Porém, pelas vezes que conversara com Changkyun, pôde saber que Jooheon não gostava nada do garoto. E apesar de não ter a mínima ideia do que se passava na cabeça do alfa de covinhas, o ômega Yoo acabou unindo os pontos:

1 - Changkyun parecia estar chorando há muito tempo e estava tão desnorteado que entrou no quarto errado.

2 - Jooheon chegou ali do nada, após os gritos, e não tirou os olhos de Changkyun.

3 - Os dois estavam se encarando como se não houvesse mais ninguém no local.

- Como você tem coragem de fazer um ômega tão bonitinho chorar desse jeito? - Kihyun questionou, após deduzir parte do que havia acontecido. Estreitou os olhos enquanto encarava os confusos de Jooheon. - Idiota! Eu sempre achei um absurdo você tratar mal o Changkyunnie, que nunca te fez nada, mas fazer o garoto chorar já é demais, Jooheon.

- Ki, sem barraco... - O Son tentou intervir, tocando no ombro do rosado, mas somente o olhar ameaçador do menor fez com que travasse.

Ah, Kihyun podia ser uma fera quando queria.

E talvez fosse por isso que se sentisse tão instigado pelo ômega... Ele não era nada comum.

Changkyun alternava o olhar entre os três ali, completamente envergonhado (e agora desconfortável), por estar sendo encarado novamente por Jooheon.

- Essa boca pequena sua esconde uma língua enorme, ein!? - Acusou ao menor dali, que o encarou confuso. Adentrou por completo ao quarto, parando pouco a frente do garoto. Seu olhar foi do mais novo até os donos do dormitório. - Eu expulsei ele do quarto só por alguns minutos, tá!? Não ia adivinhar que ele iria ser tonto a ponto de entrar no quarto errado.

- Jooheon, sem ofensas, o garoto já está prestes a chorar. - Hyunwoo repreendeu o outro alfa, que observou Kihyun ir de encontro ao mais novo dali, segurar suas bochechas e sussurrar:

- Você 'tá bem?

Changkyun pensou em dizer que sim, mas tinha certeza de que seus olhos diriam o contrário, então apenas negou lentamente com a cabeça.

- Mas vai ficar, okay? - Kihyun foi otimista ao perceber que o garoto estava prestes a chorar, porém sua fala foi o estopim para que as lágrimas descessem.

Segurou sua vontade de estrangular Jooheon - que, ao seu ver, era o principal culpado das lágrimas alheias - e abraçou o outro ômega, apoiando o rostinho molhado do mesmo em seu ombro.

Era sempre assim com o Lim em situações em que estava triste; segurava ao máximo seu choro, mas quando o confortavam, desabava. Não queria demonstrar sua fraqueza ali, na frente de um alfa desconhecido e de outro que lhe odiava, porém foi impossível de se segurar. Além disso, Kihyun transmitia carinho, segurança e conforto com seu abraço, como se ali, em seus braços, pudesse chorar até que suas lágrimas secassem.

Jooheon podia negar quantas vezes quisesse internamente, mas ficou desconcertado ao ver o roommate desabar em lágrimas. Ficou confuso, sua consciência pesou, não imaginaria que o ômega se atingiria tanto pelo que fez e falou.

"Pelo visto, Hoseok não havia mentido ao dizer que Changkyun era extremamente emocional", pensou.

[...]

Como não havia conseguido dormir, ao amanhecer, Changkyun apenas se levantou de sua cama e se pôs a pegar as coisas necessárias para se arrumar. Não fez questão de pegar no celular, pois sabia que provavelmente teria notificações de Hoseok, então apenas olhou o relógio de parede para verificar se estava no horário de arrumar. E estava.

Antes de sair daquela parte do dormitório, olhou de soslaio o corpo adormecido do colega de quarto, achando estranha a forma em que o mesmo parecia tão sereno ali e, quando acordado, agia de forma tão rude consigo. Suspirou brevemente, seguindo para o banheiro enquanto encarava o chão, como se as cerâmicas fossem as coisas mais interessantes do mundo.

Depois que tomou seu banho, saiu do banheiro já vestido, porém, ainda secando seus fios escuros com a toalha. Parou em frente ao espelho, achando deplorável a imagem que ali refletia. Acima das maçãs de seu rosto apareciam grandes olheiras, resultado da quantidade de choro e da noite em claro. Seu nariz parecia maior que o normal, achava feio, aquilo lhe incomodava. Seu corpo então... optava por desviar o olhar, não gostava de ser magro daquela forma.

Talvez Hoseok tivesse razão de ter o trocado.

- Nossa, você está horrível. - Jooheon comentou, agora sentado na cama, numa voz sonolenta, mas que, ainda assim, demonstrava deboche. Se referiu ao estado atual do garoto, mais especificamente sobre as olheiras. Apesar de também não ter dormido bem, devido a sua audição apurada captar os soluços alheios e da sua consciência pesada, tinha certeza de que suas olheiras não estariam tão fundas.

- Me deixa em paz, Jooheon hyung. - Respondeu, ficando mais abatido pelo comentário do rapaz.

"Eu sempre fui horrível. Não havia percebido?", pensou, interpretando a fala do outro da maneira errada.

- Espera, o que você disse? - Estreitou os olhos enquanto via o menor pegar suas maquiagens em cima da cama e logo voltar para frente do espelho.

- Pra você me deixar em paz! 'Tá surdo? - Retrucou, já estressado, começando a passar o corretivo de forma bruta e desajeitada. Já não era tão bom maquiador, apenas fazia o necessário para ficar mais apresentável, e o Lee ainda o irritava. Realmente não notou que havia chamado-o de hyung, pois era um costume seu ao falar com alguém mais velho.

Jooheon franziu o cenho pela fala atrevida do menor, e chegou a achar engraçado um ser tão pequeno responder daquela forma.

"Parece até cria de Kihyun", pensou.

- Quero que me diga do que me chamou, garoto. - Respondeu calmamente, observando, pelo reflexo do espelho, Changkyun fazer uma careta para se lembrar.

Achou fofo o rostinho do ômega, mas se segurou para não bater em si mesmo por ter pensado naquilo.

- Jooheon... Hyung!? - Não afirmou e nem perguntou, estava duvidoso se repetia ou não. Suas bochechas coraram levemente ao perceber o olhar cortante alheio sobre si, então apenas voltou ao seu "kit-faz-milagres", como gostava de chamar.

A expressão de Jooheon ficara imparcial, mas, internamente, o alfa se divertiu com a mudança alheia; Changkyun havia ido de atrevido à tímido em poucos segundos. Além do mais, ao perceber isso, se aliviou levemente pelo fato do menor ter se distraído a ponto de não estar mais com os olhos lacrimejando.

- Não te dei liberdade pra isso. - Após alguns segundos em silêncio, disse de forma preguiçosa, pegou o celular na cabeceira e levantou-se da cama. Ajeitou rapidamente os cabelos com os dedos e começou a caminhar em direção ao ômega, que estava tão entretido em melhorar a aparência que nem reparou a aproximação.

- Não me chame de hyung. - Usou uma voz grave ao dizer próximo ao ouvido do garoto, que deu um pequeno pulo pelo susto.

O Lim não entendeu a atitude alheia, além de que era assustador ouvir inesperadamente voz de um alfa rente ao ouvido.

Jooheon, ao ver o menor desnorteado, sorriu ladino - mostrando suas covinhas - e saiu em direção ao banheiro. 

Talvez não fosse tão entediante assim dividir o quarto com o ômega que - na sua mente - pretendia se vingar de seu amigo.

Dos seus pensamentos à uma música de rap, Jooheon foi interrompido por Hoseok lhe ligando. Achou estranho, o mais velho raramente fazia chamadas de voz, então atendeu prontamente pela preocupação.

- Honey. - Arrastou a voz, assim que percebeu a ligação ser atendida.

- Tudo bem, hyung? - Perguntou, sabia que Hoseok não era manhoso daquela forma.

- Eu traí meu Kukkunggie. - Sua voz estava estranha, mas não estava mais bêbado... Agora era ressaca de uma noite em claro bebendo e preocupado.

- Quem? - Franziu o cenho e parou de andar, mas logo seguindo a parede clara, encostando-se na mesma, para não atrapalhar o transitar das pessoas.

- Changkyun, meu Kukkunggie! - Disse como se fosse óbvio.

- E qual é a novidade, hyung? - Realmente não entendeu, Hoseok traía todos seus peguetes (inclusive o próprio Changkyun) e nunca pareceu arrependido como no momento.

- Ele viu, Honey.

- E daí? - Suspirou, já estressado. Para si, assim como as outras "putinhas" de Hoseok, Changkyun era ciente de que não significava nada além de pegações para o mesmo.

- Como assim e daí? - Não escondeu sua inconformidade na voz. - Honey, o Chang era o único que não sabia que eu pego metade da faculdade.

- Você 'tá louco, hyung? - Riu soprado, incrédulo. - É impossível ele não ter ficado sabendo disso. Todos sabiam.

- O Changkyun é diferente, Jooheon, e eu já te disse isso.

O alfa mais novo percebeu o tom cansado do amigo, e pelos barulhos pôde deduzir que o outro estava se deitando.

- Eu sei que é difícil de colocar isso na sua cabeça, já que ela só tem espaço pra suas paranóias sobre o garoto, mas ele é diferente. - Deu uma pausa, ouvindo somente a respiração calma do Lee. - Eu o conheço há mais de cinco meses, e te garanto que ele é o ômega mais... - Pensou em um adjetivo para definir o pequeno, mas, como sempre, não conseguiu. Changkyun deveria ser uma característica. - Enfim, eu 'tô preocupado com ele.

- Não é como se ele fosse se jogar de um prédio por conta disso, hyung. - Jooheon revirou os olhos ao dizer.

Hoseok apenas suspirou, não podia e nem queria contar ao amigo sobre as marcas no pulso de Changkyun.

- Ele não me atende, e provavelmente vai fugir de mim. - Comentou após um tempo em silêncio. - Eu só queria saber se ele 'tá bem. Ele saiu chorando ontem à noite e correu até um quarto. Do lado do seu, aliás.

- Ele chorou a... - Contaria que o ômega era seu roommate (coisa que estava confidenciando para contar pessoalmente), mas foi aí que se tocou.

Changkyun não havia entrado no quarto de Kihyun e Shownu por simples tolice, e sim por estar chorando demais para reconhecer o próprio dormitório. Changkyun não havia chorado por ter sido expulso do quarto por alguns minutos, e sim porque dentro daqueles minutos viu o "quase-namorado" se pegando com outro ou outra.

Então, Changkyun realmente era apaixonado por Hoseok?

Havia sido um idiota por todo aquele tempo em vão?

- Honey, por que não responde?

Ouviu a voz de Hoseok, só aí percebendo que estava perdido nos pensamentos.

Não sabia o que responder, encerraria a chamada e depois inventaria alguma desculpa. Afastou o celular do rosto, agora observando a tela e podendo ver outro alguém o ligando.

O destino só podia estar de brincadeira.

Era Jaebum.


Notas Finais


Huuuum... O que o senhor Im Jaebum quer com Jooheon? Os dois têm alguma ligação?
Como Jooheon vai agir com Changkyun daqui pra frente?
Bom, deixo isso no ar kkkk
Sentiram cheiro de outros shipps do Monsta X com esse capítulo? Kkk E ainda tem gente pra entrar na estória...
Enfim,
Até a próxima!!!


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