Glomp dormia profundamente, sonhando com uma vaca se afogando no mar.
Prestes a comer, nadava até o animal.
Portanto acorda, sem o que imaginava.
E seu ovo, havia sumido. Não pode olhar, quando abriu os olhos... Ele já não estava no ninho!
No início, a peixe não entendeu muito bem, o por que de isso ter acontecido. Ainda dormia pensando naquela suculenta comida, com a casca quebrando, e... Outras coisas depois, lhe vieram a mente quando realmente despertou.
Havia um traçoeiro, conhecido muito no oceano.R Roubava utensílios, dos mais simples aos muito importantes.
Era o morcego, chamado de Ratz: maior dos vilões; acima de idem criaturas não muito bem vindas até fora das águas.
Ratz é um morcego, de pele negra e olhos também escuros. Em sua forma humana, ainda apresenta asas e cauda das mesmas cores.
Exibido, egoísta, arrogante, principalmente ladrão. Resumidamente, um típico morcego rebelde, no auge de seus quinze anos de vida: rouba tudo que vê, esconde também muitas vezes só pra ver o susto dos outros.
De tantas travessuras em seu histórico, apesar do mal caráter de Ratz, muitos sabem que ele é assim por problemas pessoais.
Sua família lhe rejeitou por ser diferente, viviam numa caverna distante. Nascera negro, e logo descobriram que ele não era filho do mesmo pai. De raça inimiga... então lhe abandonaram ainda no início da vida.
O filhote, até hoje não sabendo totalmente de seu passado e buscando descontar isto atualmente, estava perto das águas.
Lá aparece um monstro, num físico predador: a Largata da espécie Crocolargtos; répteis marinhos. Corpo rastejante, forte. Naturalmente predador, todos a teimavam.
Ela carregava uma cria na mão perto do colo, outra nos tentáculos e a terceira dentro da barriga.
Avistou o bicho diferente perto do mar, na praia. Nem sabia este que o local era conhecido por estar perto do oceano.
Os seres da praia, tanto humanos quanto monstros, animais e plantas, afastaram-se quando Crolag rasteja pelas areias, em sua forma original.
O pequeno Ratz não sabia do que estava acontecendo, apenas olhava por todos os lados com medo.
A monstra percebe sua expressão, que fica mais medonha ao percebe-la. Mas a dela reação foi boa.
Faz um sorriso com os lábios para o morcego, que havia encolhido em suas próprias asas.
E assim, Crolag, a crogolargto, levou o filho adotivo consigo, achado na praia do oceano.
A mãe era conhecida como uma grande força, temeridade: sabia lutar, defender a todo custo si mesma, principalmente suas crias e território.
Já derrotou muitos peixes valentões, enguias e outros bichos fora e dentro dos mares.
Sua mandíbula, com dentes afiados, tentáculos e corpo de cobra comprido, junto ao físico de largato dragão, permitia grande destaque.
Além da personalidade: forte, bruta, durona... Crolag era muito amorosa com quem considerava seguro ou de família.
Portanto, quem mechesse com ela estava acabado.
Então, dá para saber porque Ratz se tornou o que é hoje.
Sua mãe adotiva, bastante permissiva e carinhosa, também ensinava ele e os irmãos a lutarem, praticando outras ações não exatamente más, porém sim controversas.
Dentre os filhotes são: Kractos; do meio. Pele amarela, olhos brancos. Forma original magra, portanto com grande vantagem de espinhos. Humanicamente, continua ectomorfo, com alguns tentáculos espinhentos. Disto pode envenenar oponentes muito fácil. Exibido, otimista e descolado.
Luci, primogênita, a única fêmea entre as crias. Puxou mais a mãe do que todos, totalmente agressiva. Quebra tudo que lhe impeça de algo que queira. Não depende de alguém para resolver seus problemas, consegue se virar sozinha. Suas habilidades são luta, dar mordidas arrancando facilmente o alvo. Indelicada, agressiva e independente. Rasgava muitos brinquedos dos irmãos, quebrava ossos que a mãe guardava de adversários mortos e machucava quem mechesse com ela. Totalmente fora do padrão, não é nada feminina.
E Zule, o mais novo. Azulado claro, cabelo branco espetado pro alto e olhos roxos.
Tímido, queito e mais intelectual, não gosta muito de confusões.
É mais pacífico, então não gosta muito de seguir os hábitos da família.
Seus gostos são ler, pesquisar sobre a biologia marinha, conhecer o mundo ao redor... a procurar briga em profundezas com ou sem justificava.
Prefere valorizar conhecimento, do que o destruir.
Crolag mesmo sendo de um jeito, aceita os filhos de qualquer forma, dando liberdade a eles.
Não se incomodou quando a filha saia fazendo o que quisesse, por exemplo voltando pra casa com queixas dos vizinhos da caverna, que tinha feito algum apronto.
Ou quando Kractos tinha muito Ego, Zule ficava estudando o tempo inteiro ao invés de sair, Ratz atormentava os outros...
Ela cuidava deles, mas dando total livre árbitro. Caso não quisessem seguir os ensinamentos de batalhas e outros antagonismos, estava tudo bem.
A reputação não lhe preucupava muito.
O morcego cresceu neste ambiente familiar, desenvolvendo sua indentidade.
Assim quis saber mais sobre sua família; a Crocolargta disse a verdade sobre sua origem, portanto não sabia que biologicamente foi abandonado. Somente a versão da praia, e hoje em dia o oceano de Glomp.
A mãe dava total apoio para as decisões dos filhos, não ligava quando faziam algo errado.. mesmo que não tivessem dissernimento.
Ratz, sendo junto destes vilões, atarantava mais ainda o oceano.
Até que um dia, os quatro adolescentes, cada um com seu eu, estavam pela casa.
É uma caverna, perto de onde Glomp mora. No fundo das cavidades, ficava o subsolo aquático.
A moradia tem a caverna principal, onde ficam muitos cadáveres pelos cantos.
Como dá pra nadar, não há muita necessidade de cômodos. É meio que livre.
Crolag acabou de ter mais três filhotes; todos gêmeos. Pequenos Largitinhos, envolvidos na cauda da mãe, que descansava.
Já tinha feito algumas coisas, agora os filhos mais velhos davam conta.
Luci, um pouco meio atônita por não entender o por quê da progenitoras ser tão liberal e despreocupada, mas ao mesmo tempo dando cuidado e atenção, decidiu falar:
- Mãe, eu queria conversar.
Crolag olha para a filha atentamente, totalmente de boa.
- Você é meio que... Como deixa a gente fazer tudo da vida?
Entendendo o jeito da adolescente, bravo e direto, a Crocolargta sabia do que ela estava tentando dizer. Sem pressa, ouvia e respondia sobre o assunto.
- Minha filha, sou super legal com vocês! O que houve? - Pergunta despreucudamente, dando algumas gargalhadas.
- Não é isso, mãe! É que a senhora deixa eu e meus irmãos fazerem tudo o que quiserem da vida. Tudo, pelo jeito... Hoje desmanchei metade de um castelo público de área, roubei até lá no céu, importunei um monte de peixe. E tu nem falou nada! Eu no início nem me importava com o que faço, achava bom ter liberdade até pra zoar aquelas enguias elétricas. Mas agora, parece que você está negligente... Na questão de ensinar a gente, mãe! Cara, parece que vamos virar um bando de tiranos...
Ela não consegue dizer mais nada. Apesar de sua rebeldia, se sentia mal pela própria liberdade. A mãe demora para responder, refletindo sobre o que a filha disse: tinha razão. Portanto havia justificava por ser assim.
- Eu deixo você e seus irmãos cometerem o considerado errado, porque é uma forma de aprendizado. A vida "ensina" vocês, como cada ação tem sua consequência e assim dou liberdade.
A mãe explicou não muito indiferente, dando a compreender. Luci reparava nos filhotes, que dormiam em sono profundo. Mas entendeu o que a mãe falou: não precisava de muito resumo.
- Tudo bem, mãe... Me desculpe. Na verdade, você é muito legal conosco. - A Crocolargta descendente disse, se aproximando mais. A mãe também compreende, dizendo que não tinha problema. A mensagem tinha ficado no ar.
- Já assaltou alguém hoje? - Pergunta Kractos, o irmão um ano mais novo, catorze anos. Entrou no quarto, escutando a conversa.
- Boboca! - a irmã dá um soco em seu ombro, quando o Crocolargto faz mais deboche.
- Quer virar do bem agora, né? - provoca mais o ganancioso.
- Eu sei que você de tanta coisa que faz, desta vez ajudou Ratz a roubar o ovo. Admite, está com medo... - sussura em seu ouvido, deixando Luci fora de si.
- Para! - Grita um pouco transformada em sua forma humana, dando um golpe violento no irmão.
- Kractos, deixe sua irmã em paz. - Defende Crolag tentando parar a briga, não saindo da cama onde dormiam os filhotes.
O amarelo levanta, saindo da parede que tinha quebrado com o impulso da Crocolargta.
- Sou forte, bocó. Posso estar com medo... Mas e você, já matou enguia e comeu no churrasco? - a fêmea diz de um jeito cínico, não assustando a mãe.
Já sabia que a filha matava até seres que lhe tiraressem do sério.
Ela sai do quarto, sem dar o braço a torcer.
- Ô mãe, não vai fazer nada? Olha só! - protesta o Croglato em sua a forma humana um pouco transformada na original, numa expressão engraçada e revoltada.
- Vocês que lutem! - responde a criatura agora mais humanoide, dando boas risadas.
- Ah é, pode cair o mundo que você tá de boa.
O adolescente também sai do quarto, não levando isso a discutir também. Estava com preguiça de saber mais, diferente de Ratz que até arrumou esta confusão do ovo, e o restante dos outros irmãos com seus objetivos: pra ele, nem ficar se mostrando pelos lugares lhe interessava tanto como antes. Exausto estava, de muita coisa na sua vida.
Mais tarde, já de noite; não dava pra saber o tempo portanto era possível indentificar clima e relógios: sono, frio, calor, eram perceptíveis.
Todos estavam deitados, já exaustos.
Luci mechia em seu celular, com as pálpebras quase cerrando de cansaço. Foi um dia intenso, e agora curtia postagens dos amigos diversos. Sua melhor amiga, uma peixinha de pequeno porte e interna, e seu melhor amigo, uma piranha verde e feroz; conversavam em grupo.
A porta tem alguns toques, fazendo barulho. Luci diz pra entrar, sendo assim aberta.
Era Zule, o irmão mais novo antes dos trigêmeos recém chegados. Com treze anos de idade, dois anos a menos que a irmã.
O mais sensível da família de Crocolargtos, segurava sua boneca junto a um livro e travesseiro, arrastando seu lençol.
- Que foi? - pergunta a irmã, naturalmente superprotetora, observando a expressão de medo e hipersensibilidade no introvertido.
- Eu estou com medo.... - gagueja, saindo fumaça gélida de sua boca, olhando pro lado no chão - o Ratz está me assustando muito, ele fica botando caveiras no meu quarto, não consigo dormir, maninha...
Ele não consegue mais prosseguir, e a maior já lhe entende. Sabia que sua família não era das "boas", mas pelo lado bom, este irmão é super legal. Quieto, bonzinho, diferente, e então o acolhe.
- Tá bom, pode dormir aqui - Luci puxa os cobertores, e Zule deita do seu lado abraçado sua boneca - não liga pra eles não, nossa família é doida mesmo. Mas pode contar comigo, fofo.
Luci estava calma novamente, não se importava com mais nada agora. O quarto caçula, mais calmo agora, tinha caído em sono profundo.
Ela ajeita algumas coisas do quarto, a cama, e desliga o celular. E assim, a madrugada passa dando início a mais um dia.
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