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História The Second Chance - Alice, a brilhante!


Escrita por: itscammi

Notas do Autor


Alice teve uma ótima ideia, mas pode ser arriscado tentar...mas também pode ser a melhor saída. Mesmo 'debilitada' e assustada com a gravidez inesperada, Vale vai precisar se esforçar para acabar com a palhaçada que Jenny criou.
Alice é ou não é brilhante?

Capítulo 41 - Alice, a brilhante!


Madrid, Espanha. - Capitulo 41.

Abri os olhos com certa dificuldade por conta da claridade e quando um par de olhos castanhos e um topete perfeito surgiram diante meus olhos eu reconheci Morata, senti meu corpo dolorido mas precisei sorrir por vê-lo ali.

- Que bom que acordou. - ele disse beijando minha testa.

- Oi Morata. - eu disse.

- Está se sentindo bem? Se lembra do que aconteceu? - perguntou.

- Me lembro sim, o táxi me atropelou...só dói um pouco minhas costas e minha perna. - eu disse olhando ela engessada para o alto.

- É, você vai ter que aguentar esse gesso por mais ou menos um mês. - ele riu e eu também.

- Você avisou aos meus pais? - perguntei.

- Sim, eles estão aí fora junto com o Isco. O Asensio e a Alice foram buscar algumas coisas pra você, pra se distrair aqui. - ele explicou.

- Caramba, porque isso foi me acontecer agora? Na faculdade vai ser complicado andar com esse gesso. - eu resmunguei.

- Vale, você não vai voltar a faculdade até melhorar. - ele disse.

- Morata, eu preciso voltar. - eu ressaltei.

- Me diz o que aconteceu, porque eu sinceramente não entendi muito da briga entre você e o Isco. - ele disse sério e eu respirei fundo.

- Eu o traí com um cara da faculdade. - menti sem conseguir olhar pra ele.

- É mentira. - ele disse de imediato.

- Não é, eu transei com ele antes do baile. - continuei.

- É mentira. - ele repetiu.

- Porque acha que é mentira? - perguntei.

- Porque eu sei o quanto ama meu amigo e o quanto lutou pra tudo dar certo entre vocês dois, e o fato de não me olhar nos olhos enquanto diz isso só me dá mais certeza de que está mentindo. - ele disse e eu senti meus olhos marejando.

- Chama a minha mãe, por favor, preciso falar com ela. - eu pedi.

- Tudo bem, eu só vou...- suas palavras foram interrompidas por batidas na porta.

- Deve ser o doutor. - Morata disse e a porta foi aberta.

Era Isco.

Seu semblante era de alguém desgastado, haviam olheiras debaixo dos seus olhos e seu cabelo estava completamente bagunçado. Ele olhou em nossa direção e Morata se despediu de mim com mais um beijo na testa antes de sair do quarto, eu mal conseguia olhar pra ele sem lembrar de tudo o que eu o fiz sofrer ontem.

Ele se aproximou da cama em passos lentos e acariciou meu rosto com a ponta dos dedos me fazendo fechar os olhos, em seguida sentou-se ao meu lado e perguntou algo com a voz mais calma que eu já o vi ter.

- Você está se sentindo bem?.

- Estou, dói um pouco, mas dá pra aguentar. - respondi.

- Eu tive muito medo de te perder, Vale. - ele disse com um olhar entristecido e sem brilho.

- Está tudo bem agora. - confortei.

- Não está, eu disse aquelas palavras horríveis pra você no meu momento de raiva...jamais iria imaginar a força que elas tinham. - ele disse pegando minha mão e entrelaçando na dele.

- Me perdoa. - ele pediu

- Eu sei que não queria dizer aquilo. - eu disse.

- Mas eu disse, eu nunca deveria ter dito isso. Perder você seria a minha morte. - ele disse e eu senti meu coração derreter.

Ele estava triste por minha causa.

- Eu não preciso te perdoar, porque eu sei que você não queria ter dito aquilo. - eu disse e ele beijou minha mão.

- Vale, você não vai voltar atrás com a sua decisão? - perguntou.

- Não, eu te fiz mal Isco...você sabe disso. Assim que eu melhorar voltarei pra Segóvia pra continuar meus estudos. - eu expliquei.

- Você ama o cara com quem se relacionou lá dentro? Sente alguma coisa por ele? - perguntou.

- É claro que não, não há sentimento. - eu respondi e ele olhou nos meus olhos.

- Então porque não fica comigo? - perguntou com a voz embargada.

- Te destruí demais ontem, você não merecia. Seus pais tinham razão sobre mim...- eu me forcei a dizer sentindo os meus olhos voltarem a marejar.

- Não, destruído eu vou ficar se eu não tiver vocês dois do meu lado. - ele respondeu.

- Dois? - perguntei sem entender.

- O doutor que te examinou foi o mesmo que cuidou de mim no acidente com a Laura, e ele me disse o que descobriu ao te examinar hoje. - ele começou a dizer e eu estava confusa.

- Você tá grávida, Vale. - ele disse quase como um sussurro.

No mesmo instante uma lágrima rolou pelo meu rosto enquanto minha cabeça estava em pleno nó, como eu poderia estar grávida e não saber? Eu abria e fechava a boca inúmeras vezes mas eu não conseguia dizer nada, eu não sabia o que dizer e fiquei mais nervosa ainda quando ele me mostrou o papel.

- Faz pouco mais de um mês que tem alguém nosso aqui dentro. - ele disse colocando a mão na minha barriga.

- Meu Deus. - eu sussurrei.

Eu não imaginava e muito menos estava preparada, eu nunca soube como eu seria mãe, quando, porque, e essas perguntas acabavam de parar de rodear a minha cabeça. Isco estava chorando e sorrindo enquanto olhava pra mim e eu me perguntava se essa era a chance de acabar com a palhaçada que a mãe dele me fez criar?

- A gente vai ter um bebê...- eu finalmente consegui dizer.

- Sim, a gente vai ter a coisa mais linda que se pode nascer do amor. - ele disse inclinando-se para me abraçar.

Sentir seu abraço me encheu de energia.

Eu estava em choque mas também estava feliz com aquilo, com a ideia de ter um bebê meu e dele; a felicidade era tão grande que eu só caí na real de como seria a minha vida academica quando conversei com a minha mãe. Óbvio que ela estava feliz com a notícia e repetia que sempre viu nos meus olhos e nos de Isco que o nosso relacionamento não era qualquer coisa, meu pai chorou de emoção e os meninos também não se continham de tanta felicidade.

A última que vi no dia foi a Alice e ela estava muito quieta quando entrou no quarto, achei estranho e ela confessou ter ligado para o campus aqui de Madrid perguntando se havia alguma vaga disponível para alunos em transferência. De início imaginei que ela estava falando do próprio curso, mas a mesma estava era falando do meu...ela me queria em Madrid na mesma faculdade que ela e eu fiquei feliz quando me explicou seus motivos.

- Eu queria muito que você e o Isco ficassem por perto, desde o baile eu vi o quanto vocês dois amavam e se importavam um com o outro. Quando eu o via pelo computador na época em que a Laura morreu, eu sentia o Isco morrendo também...e quando o vi com você parecia que ele tinha renascido. - pausou.

- Não acho justo vocês dois longe um do outro, me desculpa se fui muito intrometida mas eu juro que eu tive a melhor das intenções. - ela completou.

- Você encontrou algo? - perguntei.

- Haviam 3 vagas disponíveis, duas acabaram de ser preenchidas por alunos de outras cidades e eu pedi pra segurarem a última até hoje...você ainda tem algumas horas pra aceitar, se quiser. - ela disse.

- Alice...- sussurrei chocada.

- Eu acho que você prefere Segóvia né? Desculpa Vale, só queria uma amiga por perto e queria você e o Isco mais perto ainda. - ela pediu.

- Me empresta seu celular pra eu ligar pro Morata? Preciso consultar o padrinho do meu bebê sobre isso. - eu disse e ela me encarou.

- Padrinho do seu bebê? - perguntou confusa.

- Esse acidente me fez descobrir que há uma vida aqui dentro. - eu disse colocando a mão na barriga.

- Você tá grávida? - ela levou as mãos à boca enquanto praticamente pulava pelo quarto.

- Sim. - sorri.

- Meu Deus....mas...espera, você e o Isco brigaram por causa disso? - perguntou sem entender.

- Não, nós descobrimos hoje depois de um exame...brigamos por outro motivo. - eu disse.

- Ouvi ele dizer que você o traiu, esse filho não é dele? - perguntou.

- O filho é dele, não há outro alguém no mundo que eu escolheria pra ser pai do meu bebê sem ser o Isco. - sorri de leve.

- Mas eu não o traí Alice, eu precisei dizer isso. - fechei os olhos lembrando do que Jenny disse.

- Porque? Porque fez isso? - perguntou totalmente confusa.

- Promete não contar pra ninguém? Eu só preciso saber como resolver isso. - pedi.

- Prometo.

E eu comecei bem do comecinho, desde o jantar onde ela me humilhou de todas as formas possíveis e o tanto que ela foi contra o nosso relacionamento desde que descobriu que eu e Isco éramos mais do que melhores amigos. E quando expliquei da ameaça que ela me fez ontem pela manhã e que foi por causa dela que eu terminei com ele da pior maneira possível, seus olhos se arregalaram assim como a sua boca. Era surreal o que Jenny podia fazer pra conseguir o que ela quer, mesmo que isso machucasse o próprio filho dela.

- Você pode mudar isso Vale. - ela disse quando terminei.

- Como? O bebê não vai impedi-la de me afastar dele. - perguntei.

- Não o bebê, mas, a faculdade. Se transfira pra Madrid e conte ao Isco...ele não vai deixar ela destruir sua carreira. - ela disse.

- Como não? Ela é uma Alarcón cheia de influências em Madrid e fora daqui também e já me provou isso. - eu disse.

- Mas aí você já vai ter contado ao Isco, se ela fizer algo ele saberá como te ajudar. - ela disse.

- E se ele não acreditar em mim? - perguntei.

- Então ele vai ter que acreditar em mim. - ela disse me estendendo seu celular.


Notas Finais


Me contem o que estão achando...


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