História The Selection - (Imagine Jeon Jung-kook) - Bad Things

Algumas horas antes...

(POV's S/n off~)
(POV's Jeon Jung-kook on~)

Eu e meus pais estamos reunidos no escritório do meu pai para me falarem a respeito da Seleção.

— Filho... — Minha mãe começou. Já até imagino, da última vez que ela veio conversar assim comigo, meus amigos passaram mais de meses com medo de vir me visitar. Culpa dela, ela deu maior bronca em todo mundo!

— Mãe, se vai falar para eu ser a coisa mais fofa do mundo com aquelas garotas... Desiste, porque desdo início eu não queria nada disso.

Ela fez uma pausa e olhou nos meus olhos. É agora.

— Eu queria apenas te falar uma coisa, se você deixar barato para aquela menina que está se achando A Rainha na minha casa, saiba que eu mesma posso tirar ela daqui. Resumindo: Não quero te ver sendo todo carinhoso, gentil e fofo com ela. Ela é igual a todas as outras.

Permaneci em silêncio. Está bom que ela é minha mãe, e me arrependo do que estou pensando sobre ela, mas... Quem ela pensa que é para me falar o que fazer? Eu sou com a S/n do jeito que eu quero...

Eu levantei rapidamente e fui logo para a porta, queria sair dali o quanto antes possível.

— Espere... Só pense, se quiser ser bom para com ela, terá de ser para todas as outras. E se não for com as outras, e tiro ela da minha casa.

Eu não ligo para você mãe...

Eu passei um tempo pensando sobre aquilo e vi que era melhor não ser diferente com S/n. Ser como sou com as outras. Se eu conseguir.

Entrei no meu quarto e vi meus amigos todos ali, me esperando. Jimin estava no celular, Yoongi lendo, Namjoon também, Taehyung lendo um mangá que eu tinha, Jin deitado, Hoseok jogando...

— Você foi falar com sua mãe, não foi? — Perguntou Jimin.

— Fui.

— O que ela falou desta vez? — Perguntou Yoongi.

— Que não posso ser como eu quero com a S/n.

Todos ficaram em silêncio.

— Você vai sair com ela agorinha não vai? Fale para ela o que sente.

— S/n isso, S/n aquilo, nossa você só fala dessa menina Kookie! — Reclamou Jimin.

— Não reclama que você só fala da Wendy!

Wendy é a namorada do Jimin. Eles namoram já faz dois anos, e Jimin só fala dela desde 2014.

— É verdade...

— S/n deve ter terminado de se arrumar, vou indo.

— Boa sorte!

Estava saindo do quarto e só peguei um casaco. Fui ao quarto de S/n e pensei nas palavras de minha mãe... Talvez seja melhor obedecê-la não é?

Momento atual...

Eu permaneci em silêncio, tentando disfarçar minhas bochechas coradas, peguei a mão de S/n e comecei a guiá-la para dentro novamente. Suas mãos estavam geladas.

— J-Jung-kookie... Eu estava pensando numa coisa...

— O que foi? — Falei olhando em seus olhos.

— V-Você vai... Sair com todas as outras? — Ela disse corada e eu sorri.

— Você terá que suportar, minha mãe vai me obrigar. Espere... Está com ciúmes?!

Ela olhou pra mim e falou um "Não!" tão falso e manhoso, que eu não suportei, comecei a rir.

— Está com ciúmes! — Falei várias vezes enquanto fazia cócegas na mesma.

— P-Para! — Tentou falar em meio a risos. — F-Faz cóceguinhas!

Ela olhou com uma cara de vingativa e começou a fazer cócegas em mim.

— Não... — Falei começando a correr.

— Você não vai fugir!

Eu corri sem direção, apenas tentei fugir. Cócegas. É a minha fraqueza.

Eu parei de correr e percebi que ela não conseguiu parar! O chão estava escorregadio e ela acabou esbarrando em mim, fazendo-nos cair.

Ela estava em cima de mim, nossos corpos se tocando, nossos lábios a milímetros.

— D-Descul...

Não deixei ela terminar de falar. Peguei-a pela cintura e a coloquei em baixo de meu corpo, roubando-a outro beijo.

Desta vez, foi mais intenso. Ela me deu a passagem e eu me aventurei dentro de sua boca. Ela segurava meus cabelos próximos da nuca.

Ouvimos um estalo forte. De balas.

— Jung-kookie? — Ela percebeu minha cara de preocupação. — O que foi isso?

Ouvimos vários outros estalos, e gritos. Gritos lá de fora. Muitas pessoas passavam na frente de nossa mansão, mas só gritavam quando os rebeldes atacavam. Eles nos odeiam. Rebeldes não atacaram nos últimos três meses, então por que hoje?

— Rebeldes. S/n, corre! — Digo levantando e a puxando pelo pulso.

— Rebeldes? — Disse ela confusa, tentando acompanhar meu ritmo.

— Sim. Eles são contra as empresas, eles nos odeiam e sempre atacam. Hoje parece que será mais intenso, eles estão atirando diretamente para cá. Fica calma, eu vou te levar para um abrigo.

— E o resto?

— Todo mundo já está protegido, tem guardas nossos por toda a mansão. Eles são responsáveis por nos levar aos abrigos. Eu vou te levar para um abrigo melhor, o meu abrigo. Meu pai sempre me protegeu melhor do que todos, e hoje eu vou te proteger. Não quero te perder.

Ela não falou mais nada. Apenas me acompanhou, mas ela não corria tão rápido e já estava ficando cansada.

— J-Já está chegando? Corra mais devagar!

— Aish, você nunca fez exercício na vida não garota? — Digo a pegando no colo e levando-a comigo.

— E-Ei! Quando te dei essa...

— Cala a boca, isso é sério! Os rebeldes estão atacando dentro da mansão.

— C-Como sabe?

— Escute com atenção. Os tiros estão muito mais altos agora. Eles querem me achar.

— Jung-kookie, me deixa aqui, assim você pode ir mais rápido.

— Nunca.

Corri mais um pouco, estávamos perto. Quando cheguei a porta do abrigo, um rebelde estava bem na nossa frente.

— Olha, se não é o queridinho e a queridinha de Seul. — Disse sorrindo maliciosamente. — Hoje eu terei um trabalho e tanto.

Ele apontou a arma para S/n.

— Solte-a e me entregue, se não ela morre aqui mesmo.

Não soltei. Olhei para S/n, ela estava chorando. Ela olhou pra mim e falou baixinho "Me deixa aqui...".

— Vou te dar quinze segundos para soltá-la.

Eu soltei. Coloquei-a no chão com cuidado.

— Olha, se não é o príncipe entregando sua princesa. Saiba que não é só por isso que vou deixar barato pra você.

Ele pegou a S/n bem forte pelo braço, o que a fez gemer de dor. Eu tentei avançar nele, mas ele ameaçou a matar S/n de novo.

— Abre a porta do abrigo.

Eu abri. Senti ele me empurrar lá pra dentro e entrar com a S/n logo em seguida.

— Agora tranca.

Tranquei.

— O showzinho vai começar.

Ele jogou a S/n no chão e veio na minha direção. Ele me prendeu numa cadeira e prendeu S/n na outra logo a minha frente. Ele a vendou.

— O-O que está fazendo? — Disse ela apavorando-se. — Jung-kookie, você está aí?

— Estou aqui sim...

Dava para perceber na minha voz que eu estava chorando, assim como S/n.

— Ain, que casal mais fofo. Acabou a diversão de vocês.

Logo após dizer ele pegou um chicote e começou a bater na S/n. Ela gritava de dor, gritava por mim, eu gritava por ela.

— PARE! PARE POR FAVOR! FAÇA ISSO COMIGO, DEIXE-A EM PAZ! PARE!!! — Gritei o mais alto que pude e escutei S/n gritar por mim de volta.

Fechei meus olhos. A pele frágil de S/n estava sangrando nos braços, nas pernas...

Eu não aguentava mais, ouvir a risada daquele monstro enquanto a mulher que eu amo gritar de dor.

— ARGH! JUNG-KOOKIE!!! — Gritava ainda mais forte. — Me ajude...

Ela falou por último baixinho, chorando, sentindo uma dor terrível.

Eu me debati na cadeira, tentei sair de todo jeito... Não consegui.

— Acho que já está bom, vou fazer uma pausa. Vou soltar o príncipezinho para poder tocar a princesa coitadinha.

Ele me soltou e a primeira coisa que fiz, foi pegar no rosto dela, apoiando meus joelhos no chão.

— J-J-Jung-kookie... — Tentou falar em meio a dor. — Kookie, nos tire daqui... — Disse chorando ainda mais.

Peguei a arma que aquele monstro tinha deixado em cima da mesa e atirei em sua perna.

— Argh! Moleque desgraçado!

Coloquei meu dedo no sensor da porta e a abri, soltei S/n da cadeira e a peguei em meu colo, correndo para um abrigo hospitalar.

— Jung-kookie... — Ela disse levando a mão ao meu rosto, minhas lágrimas caíram sobre ela. — Não chore assim, eu vou ficar bem. Obrigada por me salvar...

Seus olhos estavam fechando.

— S-S/n! Me diz que está apenas com vontade de fechar os olhos!

— Eu quero dormir... Não quero morrer ainda...

— Você não vai, não enquanto estiver comigo. Por favor...

— Jung-kookie... Desculpa...