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História The Selection - Selected - Parte Um


Escrita por: fecasanova

Notas do Autor


Nos vemos lá embaixo...

Capítulo 5 - Selected - Parte Um


Fanfic / Fanfiction The Selection - Selected - Parte Um

Point of View – Ambre Schreave

15 de Julho

Palácio de Illéa, Angeles – 12h35

 

  Os conselheiros de minha mãe conversavam em voz baixa e, vez ou outra, olhavam para mim. Era como se eles quisessem observar a minha aparência e decidir qual dos selecionados ficaria melhor ao meu lado. Era estranho, desconfortável, mas tinha que admitir que não me importava muito em ser observada.

  Afastei os meus cabelos dos ombros e voltei a minha atenção para a maravilhosa salada diante dos meus olhos. Finquei um dos tomates cereja com meu garfo e o levei a boca, mas antes que pudesse começar a mastigar, um dos conselheiros falou, direcionado a minha mãe.

– Majestade, – Aquele era Antoine Varys, pai de uma das minhas amigas: Barbara. Ele era um homem alto, já tinha os cabelos brancos e um longo bigode da mesma cor. A presença dele me deixava confortável, ele passava a impressão de sabedoria quase sempre. – devo dizer que já escolhemos mais da metade dos garotos para participar da seleção e... Não é querendo apressar a princesa, mas precisamos que escolha logo os seus. – Varys buscou apoio nos outros três conselheiros. Um deles era mais jovem, devia ter trinta anos; o outro se parecia muito com Varys em idade e aparência e por fim, vinha Harold Parks. Harold era asqueiroso, os cabelos escuros eram sempre engordurados e puxados para trás e a longa barba estava sempre desgrenhada. Desviei o olhar deles e assenti.

– Eu já os escolhi. – Respirei fundo e ergui algumas fotos, que estavam sobre as minhas coxas desde que tinha entrado para o almoço. Harold esticou-se para pegar as fotos e suas unhas compridas tocaram a minha pele. Uma mistura de medo e nojo tomou meu corpo, me sentei o mais rápido possível. – Eu escolhi Harry Styles, da casta 5, ele tem um belo porte e também... É um artista. A presença dele será uma dadiva ao palácio. – Disse, com cuidado, pensando bem nas palavras. – O segundo se chama Charlie White, da casta seis, apesar de estar em uma casta mais baixa, vejo nele o porte de um rei. – Os conselheiros folearam as fotos, encontrando o rosto de Charlie White. – E por fim, Scott Eastwood. Casta dois, filho do nosso falecido conselheiro Clint. Pensei nisto como uma homenagem... Além, claro, de Scott ser um perfeito cavalheiro.

  Os quatro homens se debruçaram e cochicharam baixo, busquei apoio nos olhos da minha mãe, que sorriu e assentiu com as minhas escolhas. Fiquei orgulhosa de mim mesma.

– São boas escolhas, Alteza. – Dan Jonnes, o jovem conselheiro começou. – E fico honrado por ver que não se esqueceu da família do conselheiro Clint.

– Creio que, apesar de serem da casta dois, eles precisam de carinho e atenção. Como todos nós. – Disse, sorrindo e peguei a minha taça de vinho tinto. Bebi um gole sem nenhuma pressa.

– Estamos prontas para ver as escolhas que já foram feitas. – Minha mãe disse, em tom brando, mas aquilo não foi um pedido. Ela não fixou o olhar em nenhum deles, mas conteve um sorriso quando os viu sair correndo para buscar a foto dos demais escolhidos. – Veja só, quatro homens conservadores querendo governar o meu país. – Minha mãe resmungou aquilo antes de me olhar e sorrir. – Foram belas escolhas, Ambre, estou orgulhosa.

– Obrigada. – Queria poder conversar mais com minha mãe, mas logo fui cortada pela entrada mais que desesperada dos conselheiros, trazendo um amontoado de papeis e um projetor.

– Espero que as senhoritas estejam prontas para conhecer o futuro rei. – Harold disse, mas havia ironia em sua voz. Senti um arrepio na nuca, mas escolhi ignora-lo. Logo as fotos dos escolhidos foram projetadas na parede e eu respirei fundo. Tentei simpatizar com cada um deles, juro. Afinal de contas, um deles seria meu marido.

 

- }{ -

 

25 de Julho

Studio do Jornal Oficial, Palácio de Illéa – 18h30

 

– Um mês de espera nos trouxe para este momento. – Louis começou a falar, olhando fixamente para a câmera. Eu estava ali, linda, como sempre, mas minha cabeça estava longe.

  Eu tinha passado o último mês em salas de reunião, escolhendo os selecionados, trabalhando em como seria o impacto das nossas escolhas no público, apostando quem seria o preferido do povo e qual seria o meu preferido. Mas a seleção sempre ficava de fora do meu quarto, porque ali só havia uma coisa: eu e Nick.

  Tínhamos ficado ainda mais próximos naquele mês, se é que aquilo era possível. Ele sempre vinha ao meu quarto a noite. Nos beijamos e conversávamos. Nick havia se tornado mais que um amante, ele era um amigo e um cumplice.

– E cá estamos agora para anunciar os trinta e cinco escolhidos para virem até o palácio e lutarem pelo coração da princesa e pela coroa. – Louis apontou para mim e eu me levantei. Estava vestida como uma princesa, como uma noiva. Meu vestido era branco, e as rendas de países distantes cobriam toda a saia bonita, me aproximei do microfone e fixei os olhos no monitor, aonde os nomes dos selecionados começavam a passar. Respirei fundo e abri os lábios levemente quando o primeiro nome subiu.

 

~||~

 

Point of View –  Justin Bieber

25 de Julho

Loja de Eletrônicos Malcon, Bonita – 18h31

 

– Da província de Belcourt, senhor Stephen Amell. – A voz da princesa ecoava pela loja fechada. Vários sete, e eu era um deles, se amontoavam na vitrine para conseguir ver as fotos dos rapazes que seriam os selecionados. Os sortudos que iriam passar um tempo com a bela princesa.

  Poucos da casta sete tinham feito suas inscrições, e eu também era um deles. Tinha gastado todas as minhas economias com as fotos e com os papeis de autorização. Mas, bem, apenas por correr o risco de estar ao lado da princesa me fazia sentir que aquilo valeria a pena.

– Esse tal de Stephen é bem bonito. – Carl, um dos meus melhores amigos, riu baixo quando a foto do garoto cobriu a tela, quando voltaram a câmera para a princesa, ela tinha um sorriso doce e envergonhado. – Acho que ele tem sérias chances de ser o novo rei. Consegue se imaginar ajoelhando-se perante o maravilhoso rei Stephen?

  Rimos juntos, mas logo fomos repreendidos por uma garota, que fez um sinal com o dedo indicador, levando-o aos lábios, pedindo para que fizéssemos silencio. Acatamos a garota. De certo, era uma criança e aquele era o ponto alto de sua vida.

– Da província de Bonita, senhor Justin Bieber. – A voz da princesa ecoou mais uma vez, fazendo com que o meu sobrenome ficasse em evidencia por alguns longos segundos. Olhei boquiaberto para Carl, que parecia gargalhar por dentro.

  Quando minha foto rompeu a imagem da princesa Ambre, vi os olhos de todos os sete que estavam ali, voltarem-se para mim. Eu queria poder dizer que não, mas corei. Corei e corri.

  Deus, eu era um dos selecionados. Estaria no palácio em alguns dias, sentado ao lado da princesa, comendo boas comidas. Eu não passaria mais fome. Eu estaria seguro dos ataques dos rebeldes e... E eu estaria com a bela e pura princesa Ambre.

  Aquele era, sem dúvida, o dia mais glorioso de toda a minha vida.

 

~||~

 

Point of View – Harry Styles

25 de Julho

Casa dos Styles; Clermont – 18h33

 

 

– Vamos lá, vamos lá. – Gemma gritava enquanto andava de um lado para o outro, na frente da televisão. Meus pais estavam sentados no sofá e minha irmã mais nova, Claire, estava no chão, brincando com uma de suas bonecas.

– Acalme-se, Gemma. – Minha mãe insistiu e sacudiu a mão, estava atenta as fotos que apreciam em sua tela e com o modo contido como a princesa se portava. – Ela é mesmo muito bonita.

– É sim. – Meu pai concordou. Só então abaixei o livro que fingia estar vendo e contemplei a imagem de Ambre. Era estranho, mas já me sentia intimo o bastante para não trata-la como “princesa”. Ela estava parecendo um anjo. Os cabelos longos e castanhos caiam como uma longa cachoeira de cachos sobre o decote suave, que revelava pouco, mas me fazia imaginar muito. – O que acha, Harry?

– É bonitinha. – Menti e então a vi sorrir. Um sorriso que derreteria até a pedra de gelo mais resistente. Que derreteria um iceberg.

– Da província de Calgary, senhor William Moseley. – A princesa disse com muita tranquilidade e a foto de um garoto loiro cobriu sua imagem angelical. Fiz uma careta. O tal do William não parecia ser tão interessante assim. Pelo contrário, parecia chatíssimo.

– Argh, princesa. Eu não quero saber sobre Calgary. Vamos logo, fale sobre Clermont. – Gemma conversou com a televisão, estava sendo ridícula, mas mesmo assim, uma graça.

– Da província de Clermont, - A princesa começou, mas tossiu entre as palavras. Abandonei o meu livro por um instante. Ela parecia mais intocável a cada momento, como se nem fosse real. Talvez era isso. Ambre era um sonho. – senhor Harry Styles.

  Ela abriu um sorriso orgulhoso antes da tela ser bruscamente cortada para uma foto minha, que não era a melhor das fotos. Revirei os olhos, mas não tive tempo de ficar nervoso. Meus pais estavam pulando de um lado para o outro junto as minhas irmãs.

  A pequena Claire não entendia o motivo de tanta felicidade, mas mesmo assim estava rindo, gargalhando.

– Parabéns, Harry. – Meu pai gritou, me puxando para um abraço forte. – Agora vá até lá e conquiste aquela princesa.

 

~||~

 

Point of View – Ed Sheeran

25 de julho

Casa dos Sheeran; Hansport – 13h37

 

– Quantas vezes eu vou ter que dizer que não quero ser como você. – Eu estava berrando. Tive certeza de que eu estava tão vermelho quanto os meus cabelos. Meu pai também estava alterado, enquanto minha mãe se encolhia em um cantinho, olhando fixamente para a princesa na tela da televisão.

– Você não tem escolha, Ed! – Meu pai berrou e deu um soco forte na parede, o que fez minha mãe dar um grito de pânico. – Enquanto estiver debaixo do meu teto, você deve e vai me respeitar e obedecer.

– Eu não sou sua marionete, pai.

– Mas é meu filho e eu decido o que é melhor para você.

– Eu já sou grande o bastante para decidir o que é melhor para mim. – Respondi, ríspido, o que fez minha mãe gritar mais uma vez e cobrir os ouvidos. Às vezes, eu tinha certeza que minha mãe ainda era apenas uma criança. – E além do mais, eu teria orgulho de não ser como você.

  Um soco forte no meu rosto me calou. Cambaleei até cair sobre o sofá. Senti vergonha e medo. Minha mãe gritou e correu até mim, abraçando meu corpo. O sangue que pingava do meu nariz tocou meus lábios e eu senti seu sabor. Era esse o sabor da raiva. Tinha gosto de sangue.

– Você está louco, Ben? – Minha mãe gritou, estancando meu sangue com sua blusa branca. A vi manchar com meu sangue lentamente. – Ele é seu filho. É só uma criança ainda.

– Crianças não desrespeitam os pais. – Meu pai estava prestes a dizer mais alguma coisa quando a voz da princesa encheu a sala. Em meio a toda aquela loucura, ao sangue e ao medo, a voz de Ambre trouxe a paz que todos nos buscávamos.

– Da província de Hansport, senhor Edward Sheeran.

  Calamo-nos. Era isso. Eu estava indo embora e nem me importava mais em ir para o palácio participar daquele circo de horrores. Tudo seria melhor que o que eu estava vivendo ali. 


Notas Finais


OI, OI Brioches! Tudo bem com você?
Como prometido (e sabido) aqui está o capítulo de Domingo! (efeito sonoros de aplausos e trombetas)

Pretendo postar toda semana, nos Domingos. Mas, quero fazer um trato com vocês. *u* Vou estipular metas e a cada meta batida vou liberar mais uma capítulo. Exemplo: quando completei 30 favoritos, liberei um capítulo extra. E vai funcionar assim, quando chegarmos a 50 favoritos, libero mais um capítulo e assim por diante.

Mais uma coisa, adoraria que cada um de vocês me adicionasse porque eu quero ter um contato bem próximo com cada um. Não quero ter essa relação fria de autora-leitor, quero uma relação de amizade e já peço, desde já que me digam o que estão achando, no que posso melhorar e o que estão pensando da história.
Amo vocês.

Beijos, Khaleesi

P.S.: #TadinhoDoSheeran


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