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História The Selection Series: The Heirs (Interativa) - Unidos pela dor


Escrita por: _moonfloweer

Notas do Autor


IAM SER QUASE 7 MIL PALAVRAS DE CAPITULO
EU REESCREVI ISSO 30 VEZES
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Capítulo 8 - Unidos pela dor


Fanfic / Fanfiction The Selection Series: The Heirs (Interativa) - Unidos pela dor

Sumner, 9 de setembro, 14:54

 Mesmo que o Jornal Oficial tenha anunciado as selecionadas ontem, hoje a minha casa já fora invadida por uma legião de funcionários do palácio. Desde costureiras até soldados e médicos, claro, era estranho ter estranhos em casa já que sempre fomos muito fechados eu e meus irmãos, mas rapidamente eles ficaram amigo dos guardas já que um deles, Jake, era amigo de Yonin. Eu suspeitava que era mais que amigo. Já Astor e Aaron estavam cantando as costureiras a todo custo, mas antes que eles pudessem fazer qualquer movimentação predatória Tarcus os arrastava para fora do local causando risos em todos.

 Enquanto uma mulher tirava as minhas medidas Tarcus permanecia do meu lado como uma coruja, falando minhas medidas que ele sabia de cor. Uma coruja bem estilosa diga-se de passagem.  Mas claro ele ficava com ciúmes quando outras pessoas tiravam minhas medidas visto que ele que era o “costureiro” da casa. Nunca precisamos ter gastos com roupas depois que ele aprendeu a costurar e só evoluiu com o tempo.

—Você ainda vai usar meus vestidos certo? —Ele pergunta enquanto me envolvem na fita métrica.

—Tarcus, você sabe que é meu designer favorito. —Falo sorrindo.

—Eu fiz algo para você. Vou pegar. —Ele diz e sai do quarto voltando um tempo depois com uma caixa grande nas mãos. 

—Só abra quando estiver lá ok? —Ele fala e eu assinto, a caixa branca com a faixa preta e as letras douradas da loja que ele trabalha. A loja que não é dele, a loja que ele merecia ter. Sorrio triste, meus irmãos merecem muito, muito mais. Hesito antes de chamá-lo:

—Tarcus. —O chamo.

Não era justo, não é justo. Os vestidos são dele, ele que merece a própria loja, a própria marca. Tarcus sempre foi muito grato pelo que teve e não gosta de contestar superiores, exceto em alguns casos muito específicos.

Eu não posso deixar essa oportunidade única passar, não podia. Eu tinha a chance de dar tudo isso a eles, tudo e mais se eu conseguir entrar para a elite. Eu preciso entrar na elite, não me importo de ser uma moeda de troca.

Eu devo isso a eles.

—Sim? —Ele fala. Olho para a costureira e resolvo não falar nada. Nego com a cabeça e sorrio.

—Obrigada, muito obrigada. —Sorrio. Quase contei a ele meu plano, mas resolvi guardar para mim.

 Às vezes era necessário esconder uma coisa ou duas. 


 



 

Da noite para o dia minha liberdade virou de cabeça para baixo. A casa que eu moro havia virado uma espécie de fortaleza, rodeada por diversos soldados do palácio, era até engraçado pensar nisso, que eu tinha um valor para a coroa. Mas claro não era de todo ruim, há vantagens em ter soldados em sua porta, por exemplo, sem visitas chatas de pessoas que eu nunca vi na vida, bem, algumas visitas de políticos eu não podia evitar de acordo com Vahaim isso poderia me dar vantagens dentro da competição já que eu era uma arma política, e de fato, muitos políticos e pessoas influentes quiseram me conhecer. Vahaim ficou responsável por ficar do meu lado nesses encontros, isso quando não mandavam cartas, que eu devia responder, por mais que não quisesse.

 

Não sei o que eu seria sem meus irmãos, sinceramente.

 

Bem, ainda falando em visitas, quase todo dia um funcionário do palácio me visitava, fazendo perguntas ou exames. Além disso eu recebia uma hora de aulas de etiqueta com uma idosa de cabelos brancos e longos, e sinceramente não tinha ideia de como ela ficava num salto alto de ponta agulha. Minha mente ficava letárgica de tanto gravar o nome de garfos, facas, taças, pratos e colheres. Ash e Aaron gostavam de ver meu sofrimento espiando a sala de jantar, que era onde eu recebia as aulas.

Além disso odiei a visita de uma mulher com cara mal humorada e personalidade intragável que duvidou de todas as informações da minha ficha:

 

—Você fala 6 línguas? —Ela me olha, seu rosto me dá raiva e sinto vontade de gritar. Castas baixas não podem ter direito a educação? Os mais privilegiados são os mais ignorantes.

—Sim. —Digo sorrindo a todo custo. Vahaim sorri vendo eu me controlar. Leio seu olhar tão facilmente quanto leio textos em latim:

As aulas de etiqueta estão tendo efeito. 

Sorrio para ele e arqueio a sobrancelha:

Eu não diria isso se fosse você.

 

Ele ri esfregando a ponte do nariz entre os olhos

—Grego? —A mulher fala incrédula. Acho que ela não teve aula de etiqueta 

—Sim, senhora. —Falo mordendo a ponta da língua para não xingá-la em todas as 6 línguas que ela duvida que eu conheça.

Depois… disso outra mulher —graças a alguma entidade— mais educada, veio me dizer as regras, e claro, meus irmãos não gostaram nada da parte em que eu não devia negar nada a Easton. Nós não o conhecíamos, ele podia muito bem ser um lobo em pele de cordeiro, mesmo assim ele não se compararia a semanas sendo refém de rebeldes. Na mesma hora que lembro das noites sangrentas eu fechos os olhos e respiro fundo. Nós aprendemos a nos defender, da pior ou da melhor forma. Principalmente Sawer.

Sorrio triste ao lembrar do sorriso já borrado pela memória do meu irmão mais velho.

Ah sim, nosso grande Sawer...

 

Nos dias que se passaram meus pais voltaram para Sumner, já que era véspera da minha ida à Angeles. Para alguns esse era o único motivo por trás da volta, mas na verdade era só para passar a imagem de família feliz. As vezes meus pais são tão previsíveis que chega a ser irritante. Para completar, ninguém mais ninguém menos que Maverick teve a audácia  de me visitar. Não segurei meus irmãos em momento algum, e deixei que eles o assustasse o quanto quisessem, acho que até eu ficaria com medo tendo meus irmãos me olhando fixamente com cara de sanguinários, eles eram altos e fortes graças ao trabalho e treinamento, e talvez algumas brigas. As vezes fazemos jus ao veneno em nosso sangue. Faço uma nota mental de agradecer a minha mãe por ser tão desgraçada. Levo Maverick para a cozinha tentando  ser o mais educada possível.

—Asterin, eu.. —Ele se aproxima e eu junto cada célula e fibra do meu ser para não o estripar com as unhas, um dos soldados se mexe em resposta vendo meu desconforto.

—É proibido se aproximar da senhorita Asterin. Ordens de Vossa Majestade. —O soldado fala. Maverick o ignora.

—Desculpe Asterin, eu vim me explicar. Eu juro que não sabia de nada. —Ele diz. Sorrio.

As vezes é necessário usar o veneno no meu sangue.  

  —Você sabia.  —Falo sorrindo.  —Sabia de tudo, sabia que Kristen te queria e me odiava e gostava de ter mais uma garota caindo por você, porque era interessante ser desejado mais e mais. Porque você precisa que te desejem e precisa desejar algo, você só serve pra isso. É um riquinho podre, escroto e ignorante, que nunca teve nada negado na vida. Desapareça, porque eu não vou ser mais uma na sua lista infindável de garotas usadas. O Maverick que eu amava ficou no passado, junto da Kristen que era minha amiga e queria ser professora. Essa realidade ficou pra trás, não ouse sair de lá.  —Falo. Ele fica vermelho e envergonhado, ele infla o peito e o soldado se aproxima de mim ficando na minha frente.

 —M-mas nós somos amigos desde pequenos.  —Ele tenta voltar atrás. Eu nego com a cabeça.

 —Nós éramos amigos quando pequenos, você se apega ao passado e usa pra justificar o presente sem sentido algum. Se vocês tratam seus amigos assim prefiro ser uma estranha. Eu era assim não? Até ser selecionada, até começar a ter valor. Faça um favor e se foda. Saia da minha casa, porque eu não vou hesitar em te expulsar a pauladas, e com certeza os soldados não irão.  —Falo. —Se importam de levar o lixo para fora? Sugiro que não toquem, pode ser tóxico. —Digo saindo do cômodo, sinto o olhar de Maverick no meu pescoço. E sinto a ameaça, mas não me importo nem um pouco com ela.

 

Faz muito, muito tempo que eu não durmo direito, desde os 12, quando Sawer foi embora, hoje é mais um dia desses, meu único consolo era o colar de Tarcus que dava um calor familiar no meu peito. Aproveitei minha insônia e sai do quarto com minha calopsita ao meu encalço e fui pra sala com um dos notebooks de Aaron nas mãos. Sentei numa das poltronas e comecei a ver reprises dos Jornais Oficiais e reportagens onde Easton aparecesse. Será que fiz a escolha certa? Entrar na seleção, escolher Easton… Ou será que eu estava fugindo todo esse tempo?

 

Suspirei e concentrei na tela, numa reportagem do aniversário dos príncipes onde Easton parecia um pouco aéreo. Notei no canto da tela o reflexo de uma loira usando um vestido vermelho claro com ondas, ele olhava para ela. 

 

Felicity. A que foi condenada a reduzir de casta.

 

Fiquei sem fôlego ao perceber que tipo de olhar era. O mesmo olhar que tenho com Maverick. Ele deve ter se apaixonado por ela, e ela o usou. 

Parece que esse príncipe está partido

 

Não, não era possível. Eu devo estar com muito sono. Mesmo assim não consigo tirar da cabeça e odeio admitir que temos isso em comum. E acabo por dormir com a imagem de um príncipe com sardas, cabelos dourados e olhos azuis como o mar de Bonita.

 

E a infeliz vontade de conhecê-lo.



 



 

Por mais incrível que pareça eu consegui acordar às 08:40, eu devia sair às 13:00 para minha despedida na praça central de Sumner. Mas antes disso eu e Tarcus revisamos minha mala enquanto tomávamos café. Haviam roupas a caixa que Tarcus havia me dado, uma pasta de desenho e uma paleta de lápis de cor. Eu queria levar algum dos meus instrumentos musicais mas o castelo os providenciará. Botei alguns livros e sem ninguém ver um foto da minha família no bolso e uma na mala.

—Vai ser estranho acordar e não ver você com o launchpad nas mãos e sua calopsita dançando. —Olho pra trás vendo Astor na frente da porta. 

—Jogando com Ash? —Pergunto. Ele afirma. Eu belisco a lateral da barriga do mesmo e ele ri. —Vai tomar um banho Titã de Ataque. —Falo rindo. Mesmo que sejamos gêmeos, Astor é diferente de mim em muitas coisas, a começar pela altura, ele parecia um titã, e eu um smurf. Ele tinha olhos verde claros e eu não e era moreno como eu. Mas temos a mesma fissuração por música. Eu não era parte do ideal de beleza Sumneriano, pálida de cabelo loiro e olhos azuis. Eu era morena, 1,60 cabelos cacheados pretos e olhos escuros como petróleo.

—Sua ignorante, vim expressar todo meu amor e carinho por você me manda embora. Isso é um absurdo. —Ele faz cara de choro e eu rolo os olhos rindo. Ele pisca e sai indo fazer o que eu mandei, eu sorrio triste.

—Vou sentir falta de vocês também. —Falo para ninguém. Olho o jardim de rosas do deserto tentando gravar o máximo de detalhes possíveis.

Me pego chorando pela enésima vez naquela manhã.

Talvez eu entenda Easton um pouco, parece que vamos ter um laço.

Duas pessoas, unidas pela dor.

 


Notas Finais


*bebendo água*

amarrem seus fornos, no próximo capitulo já teremos selecionadas aparecendo


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