1. Spirit Fanfics >
  2. The Seven - BTS >
  3. A Primeira Mulher

História The Seven - BTS - A Primeira Mulher


Escrita por: WatermelonH

Notas do Autor


Oláaa, vamos pra mais um capitulo!!

Boa leitura<33

*Historia brevemente alterada por mim, para condizer com os fatos e andamentos da fanfic,
*Nessa historia, Samael e Lúcifer são entidades diferentes.

Capítulo 14 - A Primeira Mulher


Fanfic / Fanfiction The Seven - BTS - A Primeira Mulher

(...)

 

Meus olhos se abrem.

 

Sinto uma pontada em minha cabeça ao forçar meu corpo a se sentar.

 

Olho em volta, era noite, a mobília antiga de tom madeira me dava uma ideia de onde eu estava afinal.

 

Taehyung me apagou e trouxe-me até aqui, na mansão onde estive há dias atrás.

 

Me lembro da conversa que havia ouvido mais cedo, sentindo todos os meus músculos entrarem em estado de alerta.

 

Me levanto daquela cama, indo até a porta que se encontrava fechada.

 

Ignorando a tontura que fazia tudo girar, levo uma de minhas mãos até a maçaneta.

 

Ótimo, estou trancada.

 

Meus olhos vão de encontro a grande porta de vidro que levava até a varanda.

 

Vou até a mesma, agradecendo por essa não estar trancada.

 

Passo pela porta, indo até a ponta.

 

Me apoio sobre o parapeito que me separava de vários metros de queda livre.

 

Era muito alto, uns três andares pelo menos, impossível de pular e não fraturar pelo menos uma perna.

 

Passo minhas mãos pelo rosto, sentindo-as tremerem, não posso negar, estou apavorada.

 

Por que SeokJin chamou Mark de Gabriel?

 

E o que Mark quis dizer com profecia? Quem é Virtutem?

 

Me lembro do dia em que o homem de olhos azuis brilhantes apareceu enquanto estava no banheiro de casa.

 

“— Virtutem, et Misit, qui memores estis.”

 

A frase passa como um flash em minha memória, me trazendo outra pontada, essa tão forte que me faz cair ao chão.

 

Espalmo minhas mãos trêmulas sobre o chão, respirando com dificuldade.

 

De repente, uma forte rajada de vento bate contra meu corpo, fazendo meus cabelos voarem.

 

Ergo um pouco a cabeça, sentindo o vendo chicotear meu rosto.

 

Arqueio as sobrancelhas ao notar uma sombra, lá embaixo, próximo ao jardim.

 

Me aproximo mais, e sentada, me apoio sobre os pilares para ter uma melhor visão.

 

Não, não era uma simples sombra, era uma mulher...

 

Essa trajava um vestido preto que se arrastava ao chão, seus cabelos eram longos e passavam dos quadris.

 

Mas com certeza, o que mais chamava atenção em sua figura, era o grande par de chifres negros em sua cabeça.

 

Sinto meu corpo gelar quando seu olhar se eleva em minha direção.

 

Noto um leve sorriso no canto de sua boca, a mulher ergue uma de suas mãos, onde longas garras saiam pelos dedos.

 

Um simples gesto por ela é feito, como se me chamasse.

 

— Venha minha filha…

 

Ouço como um sopro em meu ouvido, que se vai junto do vento que ainda batia sobre mim.

 

Então ela se vira, caminhando para dentro do que posso chamar de labirinto com muros revestidos por plantas que havia ali.

 

No instante em que a figura da mulher some da minha vista, o forte vento se sessa.

 

Respiro fundo.

 

Ela estava me chamando?

 

Ouço barulhos vindo de dentro do quarto, alguém havia aberto a porta.

 

Me levanto o mais rápido que consigo, indo para dentro.

 

— Já acordou minha Gardenia! -Taehyung sorri ao me ver.

 

Não digo nada, apenas passo reto pelo moreno, indo em direção à porta.

 

Quando sinto minhas pernas mais firmes, começo a correr pelo grande e escuro corredor, torcendo para Taehyung não me seguir.

 

— Ei ________, onde pensa que vai? -Ele pergunta sério, era até estranho ouvi-lo me chamar pelo meu nome.

 

Não respondo, continuando a correr, agora descendo os incontáveis degraus de escada.

 

Era estranho, por mais que nunca tivesse vindo a essa parte da mansão, eu sabia exatamente onde estava indo.

 

Logo saio pela porta dos fundos, chegando ao jardim que havia visto pela varanda do quarto.

 

Por sorte, era noite de lua cheia, o que ajudava para que o local ficasse mais iluminado.

 

Miro meus olhos na entrada daquele labirinto, por onde a desconhecida mulher passara a momentos atrás.

 

Fecho minhas mãos em punho, tomando coragem e andando até lá, entrando no lugar até então, desconhecido por mim.


 

(...)


 

~Narrador.


 

— Taehyung, onde está indo? -SeokJin pergunta ao parar o irmão que corria até o jardim da mansão.

 

— Atrás de ________, ela correu até o labirinto! -Conta e estranha ao ver o sorriso que cresce nos lábios do mais velho. — O que foi?

 

— Você não irá atrás da garota Leviatã.

 

— E por quê não? Ela está tentando fugir, ficou assustada com a conversa que ouviu. -Tenta explicar, se irritando com o fato de Jin não o entender.

 

— Ela não está fugindo Dongsaeng -SeokJin diz simples, confundindo ainda mais a Taehyung.

 

— O que está fazendo então? -Pergunta cruzando seus braços.

 

— É a Mamãe… -Diz por fim, fazendo seu irmão arregalar os olhos.

 

— O que? Mamãe? Você quer dizer que ela... -Surpreso, deixa a frase morrer no ar, vendo Jin assentir.

 

— Temos que terminar de preparar tudo! -O mais velho conclui.

 

—Certo! -Taehyung responde.


 

(...)


 

A garota corria por entre as passagens revestidas por plantas espinhosas.

 

Apenas a lua iluminava o local, fazendo com que a jovem acabasse tropeçando em raízes que ali cresciam.

 

— Venha até mim… 

 

A frase sopra em seu ouvido, fazendo-a sentir que estava no caminho certo.

 

Sentia uma adrenalina fora do comum, corria o máximo que podia.

 

— Estou lhe esperando…

 

Mais uma vez a voz suave soa em seus ouvidos.

E então a garota chega ao centro do labirinto, onde uma grande fonte se encontrava, essa permanecia desligada e coberta de limo, como se o local não fosse cuidado a muito tempo.

 

Ela olha em volta, notando estar sozinha.

 

Ainda em estado de alerta, ela caminha pelo lugar, se perguntando se tudo não havia passado de uma alucinação.

 

— Olá querida! -Seu corpo se vira de supetão ao ouvir a mesma voz soar atrás de si. — Finalmente nos encontramos!

 

________ mede a mulher de cima a baixo, notando sua beleza estonteante.

 

— Quem é você? -Ela pergunta na defensiva, vendo a bela mulher sorrir.

 

— Sou... Uma amiga, não tenha medo. -Responde, se sentando sobre a borda da grande fonte.

 

— E o que quer comigo? Por que me chamou até aqui? -A jovem dispara suas dúvidas, notando as presas afiadas por entre o sorriso calmo da mulher à sua frente.

 

— Vejo que está confusa com tudo que vem lhe acontecendo, não é criança? -Pergunta, cruzando suas pernas.

 

— O que sabe sobre mim? -Continua a perguntar, decidida a ter suas dúvidas sanadas de uma vez por todas.

 

— Venha querida, se aproxime… -Mesmo desconfiada, ________ decide se aproximar, visto que aparentemente a desconhecida não aparentava ser uma ameaça.

 

A garota para à frente da misteriosa mulher, notando seus olhos vermelhos como sangue, assim como os de Jungkook na noite em que a salvou.

 

— Posso lhe contar uma história meu bem? -Torna a falar.

 

________ assente, observando à mulher passar calmamente suas garras por sobre seus longos cabelos escuros.

 

— Então vamos lá…

 

“...Depois que Deus criou Adão, que estava sozinho, Ele disse: Não é bom que o homem esteja só. Ele então criou a mulher para Adão, da terra, como Ele havia criado o próprio Adão, e chamou-a de Lilith…

 

Adão e Lilith imediatamente começaram a brigar.

 

Lilith disse: Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual!

 

Adão retrucou: Eu não vou me deitar abaixo de você, apenas por cima. Pois você está apta apenas para estar na posição inferior, enquanto eu sou um ser superior!

 

Lilith respondeu: Nós somos iguais um ao outro, considerando que ambos fomos criados a partir da terra.

 

Mas eles não deram ouvidos um ao outro. Quando Lilith percebeu isso, partiu, para longe do Jardim do Éden. Adão orou ao seu Criador: Soberano do universo! A mulher que você me deu fugiu!

 

Ao mesmo tempo Deus enviou três anjos para trazê-la de volta; Snvi, Snsvi e Smnglof.

 

Os três anjos foram e insistiram que ela voltasse, ameaçando afogá-la, porém ela se recusou a voltar.

 

Com isto, viu Deus que o homem estava só, e disse Deus novamente: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea.

 

E da costela de Adão, Deus formou Eva, sua esposa. E disse Adão: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘mulher’, porquanto do ‘homem’ foi extraída.

 

Lilith, com toda sua fúria, pronunciou o Nome Inefável, assumindo sua verdadeira forma, um demônio feminino com grande asas negras.

 

Lilith então voa até o mar vermelho, onde estava rodeada de todas as criaturas perversas saídas das trevas, num lugar maldito, onde cresciam-se espinhos e abrolhos.

 

Ela então encontra o que seria seu ‘par perfeito’, um anjo caído chamado Samael.

 

Deus, decidido a punir Lilith por seus pecados, a aprisiona sobre as trevas onde estaria condenada a passar o resto da eternidade…”

 

A mulher termina sua história, observando a expressão confusa da garota à sua frente.

 

— Por que está me contando isso Senhora? -A jovem pergunta sem entender o que aquela história bíblica tinha haver com sua situação atual.

 

— Oh por favor, Senhora não meu bem, eu tenho um nome! -Brinca em tom calmo, não queria assustar a garota, não agora…

 

— Me desculpe, como se chama? -Pergunta, vendo um grande sorriso crescer sobre os lábios da mais velha.

 

— Me chamo Lilith, a história que acabo de lhe contar , é a minha história…


 

(...)


 

~________.


 

Meus olhos se arregalam, me afasto da mulher à minha frente no mesmo instante.

 

— O-o que? N-não é possível… -Me sentia paralisada, não conseguindo acreditar no que acabo de ouvir.

 

— Sabes que é mais que possível… Ou pensa que tudo que vem lhe acontecendo é coisa da sua cabeça? Você não é uma humana normal meu amor. -Lilith carregava um sorriso amigável em sua face, muito diferente da Lilith da história.

 

Pensando bem, ela tinha razão, eu realmente não era uma humana normal, tão pouco os anfitriões dessa mansão; A questão era, quem são eles afinal? E mais importante, quem sou eu?

 

— Mas… Lilith, ainda não entendi o porquê de me contar tudo isso.

 

— Na verdade, eu queria uma opnião! -Diz e eu arqueio minhas sobrancelhas. — Me diga ________, acha justo o que aconteceu comigo?

 

Desvio o olhar, pensando em sua pergunta.

 

Se a história for verdadeira, Lilith pagou caro apenas por não aceitar ser tratada como um ser inferior, e isso, do meu ponto de vista, era bem injusto.

 

— Não, não acho… -Respondo depois de um tempo, vendo-a sorrir satisfeita.

 

— Sabia que eras inteligente. -Ela continua. — Fui condenada a ficar presa apenas por não concordar com o idiota do Adão, e então o Criador me substituiu por Eva, aquela sim era o tipo de mulher submissa que Adão tanto queria!

 

— Ele realmente parecia ser bem irritante. -Tenho que concordar com suas palavras, fazendo-a assentir.

 

— Um ogro! -Brinca, me arrancando uma leve risada. — Sabe querida, depois de tanto tempo presa, eu estou realmente exausta, tudo que quero é sair daqui e…

 

— O que quer dizer? Digo, você não parece estar presa para mim. -A interrompo em dúvida, visto que a mulher que se dizia presa, se encontrava em minha frente, e eu não via grades ou correntes a impedindo de sair para qualquer lugar que fosse.

 

— Oh minha criança, eu não estou realmente aqui…

 

— Como assim? -Fico ainda mais confusa.

 

— Continuo presa, isso que está vendo é apenas uma projeção de minha imagem. -Ela suspira. — Estou usando muito da pouca força que me resta para ter essa conversa com você!

 

— Mas por quê? Por que desperdiçar seu tempo comigo? -Pergunto, andando de um lado para o outro, nervosa com a situação.

 

— Não estou desperdiçando tempo querida, muito pelo contrário, estou aqui para pedir-lhe sua ajuda!

 

— Minha ajuda? Como eu poderia ajudá-la? -Paro de andar, encarando Lilith.

 

— Venha aqui, quero lhe mostrar uma coisa. -Sem pensar muito, ando até ela.

 

Lilith aproxima suas mãos, levando-as até minhas têmporas.

 

Observo suas longas garras virem em minha direção, logo seus dedos tocam minha pele.

 

— Veritat ostendit, sicut verum... -Sussurra soprado.

(mostre a verdade, apenas a verdade)

 

De repente, uma forte dor se estende por minha cabeça, como um choque.

 

Fecho os olhos, ainda sentindo a pressão de seus dedos sobre minhas têmporas.

 

Logo, vários gritos eram ouvidos por mim, gritos de agonia, dor, sofrimento…

 

Por instinto, abro meus olhos, me arrepiando com a visão que tinha agora.

 

Fogo, muito fogo, criaturas deformadas de todos os tamanhos caminhavam por ali, dentre elas, o que me aparentavam ser pessoas, essas eram torturadas de todas as formas possíveis.

 

Elas gritavam por socorro;

 

Por misericórdia...

 

Era a cena mais horrível que eu já havia visto em toda minha vida…

 

— Sicut verum… -Sua voz sopra novamente, e em um piscar de olhos, eu estava em outro lugar.

(apenas a verdade)

 

O que era aquilo? Eu não conseguia ver nada, era apenas uma escuridão sem fim, como se não houvesse um único resquício de luz por ali; Ao contrário do outro lugar, esse era silencioso, não se ouvindo um único ruído. Chego a sentir meus ouvidos doerem devido falta de som, se é que isso era possível.

 

Então um único barulho ali se faz, como de correntes se arrastando.

 

Viro minha cabeça, procurando de onde o som vinha.

 

Era Lilith, a mesma se encontrava com as mãos e pés acorrentados, por sobre as correntes era possível ver várias pontas, essas perfuravam a pele pálida da mulher, fazendo-a ficar coberta por sangue.

 

Seu corpo nu e coberto de feridas abertas parecia exausto, jogado ao que presumo ser o chão, não sabia dizer na verdade, era tudo tão escuro que nada podia ser bem definido.

 

Chocada com aquilo, tento me mover e ir até a pobre mulher que parecia estar em agonia, mas falho, eu não tinha poder sobre meus atos, não podia me mover, nem produzir nenhum som.

 

— Revenite.

(volte)

 

Meus olhos se abrem, puxo meu ar com força, agora eu estava de volta, em meio aquele labirinto.

 

— O-onde você m-me levou? -Pergunto, ainda atormentada pelas imagens que acabo de ver.

 

— Aquilo meu amor, é onde estou realmente, eu te levei ao inferno! -Meu corpo treme com suas palavras.

 

Como era possível a mulher que claramente não se mantinha em pé devido a tanta tortura estar em minha frente, sorrindo como se nada estivesse acontecendo?

 

Lilith com certeza é um ser extremamente poderoso.

 

— M-meu Deus… Mas aquilo é…

 

— Horrível, sim eu sei bem disso. -Sorri, um sorriso carregado de tristeza. — É por isso que preciso da sua ajuda!

 

— Mas… O que posso fazer quanto a isso? E-eu não sei como ajudá-la, me desculpe.

 

— És mais poderosa do que imagina criança, você pode me ajudar a sair dessa prisão! Você pode me libertar!

 

— Eu não posso! -Rebato, zonza com toda a informação que me era jogada. — Olha Lilith, creio que se enganou, eu não sou quem você procura!

 

Ela nega.

 

— Não estou enganada, mas você não sabe quem és… -Repito seu ato, negando com a cabeça.

 

— Não, eu não sei, e isso é tudo que eu mais quero saber desde de que essas merdas começaram a acontecer! -Esbravejo, o desespero era notável em minha voz.

 

— Entendo que se sente perdida agora meu bem… Mas logo encontrará as respostas que tanto procura! 

 

— Mas quando? Eu não aguento mais tudo isso Lilith! -Explodo, desviando o olhar, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.

 

— Quer fazer um acordo...? -Pergunta calma, torno a encará-la. — Se me libertar, eu prometo lhe ajudar a descobrir tudo que quer saber!

 

Pondero sua proposta, interessada no que me dizia respeito.

 

— Eu gostaria de aceitar mas, realmente não sei como poderia te libertar. -Suspiro, ciente de que nunca teria minhas dúvidas sanadas.

 

— Deixe que meus filhos lhe guiem pelo caminho certo! -Responde e noto que sua imagem ia desaparecendo vagarosamente. — Espero vê-la novamente querida…

 

— Espere! Tenho mais perguntas a fazer! -Me desespero, vendo-a sumir sobre meus olhos.

 

— Não se esqueça, et Misit…

 

E então ela se vai, me deixando sozinha.

 

“Misit”, lembro que SeokJin uma vez me disse que significava A enviada.

 

Olho para cima, encarando a imensidão do céu estrelado, sentindo um leve pingo sobre minha bochecha, seguido de mais outros.

 

Por mais que não quisesse admitir, eu estava apavorada.

 

Não podia acreditar que acabara de estar frente a frente com Lilith, a primeira mulher criada.

 

Meu corpo era consumido pela adrenalina, e ali, sentindo os pingos da chuva que ficava cada vez mais intensa, eu sentia vontade de gritar e correr como uma louca.

 

Penso em voltar à mansão, mas não queria acabar esbarrando com algum dos rapazes, no momento, tudo que quero é ficar sozinha.

 

Sem pensar muito, tomo uma decisão, saindo dali em passos largos.

 

Logo encontro a saída daquele labirinto, checando se ninguém aguardava por mim.

 

Por sorte, eu estava sozinha.

 

Continuo então meu caminho, contornando a mansão pelo lado de fora, chegando aos grandes portões de ferro que me separavam da floresta que rodeava o local.

 

Abro um pouco um dos portões, passando pelo mesmo e sem olhar para trás, corro para fora.

 

Depois de minutos correndo, paro, apoiando as mãos em meus joelhos, sentindo minhas roupas encharcadas enquanto puxo com força o ar para dentro de meus pulmões.

 

Agora, em meio a todas essas árvores, eu penso em fim;

 

Onde caralhos estou indo?

 

Olho em volta, sentindo um arrepio subir pela espinha.

 

Estava tão apavorada com todas as informações rodando em minha cabeça, que não ponderei que talvez fosse idiotice de minha parte correr para a floresta durante uma noite chuvosa.

 

Ouço um barulho, entrando em estado de alerta.

 

O barulho continua, como se algo se arrastasse sobre a mata.

 

Engulo seco, mantendo meus olhos atentos a qualquer ameaça.

 

O som se aproxima.

 

Arregalo os olhos ao ver o que vinha em minha direção.

 

Um lobo.

 

Seus pelos eram pretos como a escuridão, e seus olhos possuíam um tom vermelho vivo.

 

Ele rosnava enquanto se aproximava vagarosamente, o predador rodeando sua presa.

 

Fecho as mãos em punhos, sentindo minha respiração descompensada.

 

Eu estava perdida, se eu corresse, o animal claramente me alcançaria, e se eu ficar, ele certamente me atacará em poucos segundos.

 

O lobo rosna, dessa vez mais forte, se abaixando levemente, preparando o ataque.

 

Grito e me encolho, vendo o animal avançar sobre mim.

 

Me assusto ao de repente ver o grande corpo ser arremessado para longe, logo uma sombra passa como um raio em minha frente, indo até onde o animal havia caído.

 

A pessoa que até então não sabia quem era, se abaixa ao lado do grande lobo, e com suas duas mãos, arranca a cabeça do animal sem piedade.

 

Um grito distorcido se faz, como o daquelas criaturas que me perseguem, em seguida, o corpo do animal simplesmente desaparece.

 

A pessoa se levanta, vindo em minha direção, não conseguia ver quem era, pois essa trajava um manto escuro com capuz.

 

Dou alguns passos para trás, com receio de quem poderia ser.

 

Meu corpo se choca contra uma árvore, merda, estou encurralada.

 

— Onde estava com a porra da cabeça quando decidiu correr para cá sozinha? -Reconheço a voz carregada de raiva.

 

Noto os olhos completamente negros do moreno me mirando enquanto abaixa seu capuz, ele parecia furioso.

 

— T-Taehyung…


 

[...]

 


Notas Finais


Personagem novo no recinto huehuehu

Divulguem pro amiguinho que gosta desse tipo de historia, favoritem e comentem se se sentirem confortáveis, comentários me ajudam a saber se estão gostando da fic!!!

Espero que tenham gostado, até o proximo capitulooo<333


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...