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História The Snitches - Hidden


Escrita por: Jooxiumin

Notas do Autor


● Aproveitem a leitura, espero que gostem!

○ Seja educado e respeitoso comigo que eu serei com você!

📂 No meu blog você pode encontrar todas as minhas histórias escritas até hoje, no spirit só possuo as histórias em andamento!

🧠 Glossário:
X9 = Fofoqueiro

Divirta-se! 🫶🏻
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Capítulo 15 - Hidden


Fanfic / Fanfiction The Snitches - Hidden

— Bobby! – O atirador parou no beco próximo a sua moto, então se virou com uma mão no bolso observando o rapaz que havia lhe chamado. – Onde é que ta teu chefe?

— Eu jurava que ele tava aqui no meu...

— Não brinca comigo, moleque. – O mais novo riu sarcasticamente antes de dar passo por passo preguiçoso em direção ao chefe.

— Se ele te chamou tu devia saber onde ele ta, se ele não te chamou eu posso meter bala em tu, né não? – Ambos se fitavam, havia dois homens com o possível intruso, um de cada lado seu.

— O papo não é contigo, diz ai onde ele ta. – Jiwon deu a volta no mesmo procurando alguma arma com ar despojado, então colocou os braços para trás se aproximando do ouvido do mais velho.

— Sou Kris... – Lembrou-o.

— Eu vim atrás de um moleque que pertence a tua área, quero saber onde ele ta.

— Que moleque? E o que tu quer com ele?

— Ele me pertence agora.

— Então tu acorda. – Parou na frente do outro. – E vê que está na área errada, falando com o cara errado.

— Um moleque entrou na minha área armado sem passar por mim antes, tu vai me levar até ele, tu sabe das leis. – Jiwon franziu o cenho.

Se virou e caminhou até sua moto, subiu sem precisar pedir que o seguissem, então em pouco tempo estava no depósito esperando por Kris. Mas o chefe de tal área não estava nem se quer acordado, muito menos notou o chamado em seu rádio.

— Diz ai. – Jaebum chegou finalmente.

— Matias ta dizendo que teve um cara... – Jaebum olhou o chefe a sua frente. – ...que entrou na área dele armado, tu sabe quem foi?

— Não tenho nem ideia.

— Não vou vazar sem o moleque ou sem falar com teu chefe. – Ambos se olharam.

— Certo... – Jaebum jogou o cigarro no chão, logo pisou em cima ao andar em direção ao rapaz. – Tu vai voltar amanhã.

— Não mesmo.

— Não to pedindo, parceiro... Tu vai voltar amanhã e ai nós troca uma ideia, moro? – Depois de um longo tempo em silêncio o criminoso saiu esbarrando no ombro de Jaebum.

O mais velho olhou o atirador por cima do ombro, este logo entendeu que deveria ir atrás do irmão mais velho. Não foi difícil acha-lo, afinal pediu para Jeon localiza-lo pelo rádio e rapidamente ambos batiam na porta do agente, que abriu sonolento sem nem olhar pelo olho mágico quem era.

— Kris. – Jiwon passou sem nem pedir licença já adentrando no ambiente e indo direto no quarto onde o mais velho estava, acendeu a luz, em seguida se aproximou da cama cutucando levemente o irmão.

Mingyu sentou passando a mão pelos fios, HanBin observava os três da porta sabendo que não era boa coisa pela cara que Jiwon estava.

— Qual foi?

— Invadiram a quebrada do Matias armado. – Mingyu o olhou.

— Quem?

— Ainda não sabemos. – O mais velho levantou já saindo do quarto, em seguida saiu da casa.

— Posso ir com você? – Se virou olhando Hanbin na porta da casa, fez um leve aceno de cabeça e o agente adentrou, vestiu uma roupa melhor, em seguida entrou no carro do criminoso, seus irmãos já haviam ido.

Mingyu dirigiu em silêncio, mas sua mente estava a mil trabalhando arduamente para obter respostas, sabia que quem quer que houvesse feito tal coisa viria falar consigo, era assim que funcionava com seus homens.

Chegou no galpão e adentrou olhando Jaebum sentado no capô de seu carro, estacionou, saiu do carro acompanhado de Hanbin, então olhou Jiwon e Jungkook.

— Bora esperar, quem fez vai aparecer. – Hanbin olhou Mingyu, por algum motivo sabia que Mingyu já tinha ciência de quem havia feito tal coisa, mas não entendia porque era tão terrível assim algo tão simples, sempre estavam armados em vários cantos, porque agora era tão ruim?

O silêncio reinou, Jiwon limpava sua metralhadora, Jaebum trocava o óleo de seu carro e Jungkook estava sentado em uma cadeira com as bochechas infladas, quem olhasse não imaginaria que fosse um criminoso.

Minutos se passaram, mas ninguém apareceu.

— Esse cara já deve ta bem longe daqui, Kris.

— Foi eu. – Todos olharam na direção da entrada do galpão, lá vinha Kihyun com o revólver na mão, jogou na mesa de vidro que tinha ali e olhou Mingyu. – Eu que entrei em outra área armado. – Mingyu suspirou, sabia quem tinha sido, mas queria estar enganado.

— Tu sabe que esse cara agora é meu, Kris. – Olhou a entrada do depósito onde o criminoso surgiu com os mesmos homens. – Sabe das leis. – Kihyun olhou Mingyu.

— Pensei que tivessem dito pra tu voltar amanhã.

— Eu to pouco me lixando pro que ele pediu, eu vim aqui acertar as coisa, tu sabe... Pra não deixar a parada mais em baixo. – Fez um gesto com as mãos curvando levemente os joelhos.

— Me dá um dia.

— Não, ele tava na minha área, armado... E ainda apontou um revólver pra um inocente.

— Todo mundo sabe que tu nem se importa com inocentes.

— Foda-se, minha área...

— Se ele apontou teve motivos.

— Entrega o moleque, Kris.

— Um dia.

— Não, a cabeça dele é minha.

— Vem pegar então. – O chinês levantou do capô de seu carro parando na frente de Kihyun.

— Está disposto a entrar em uma treta comigo por causa de um homem? – Hanbin revezava o olhar entre os dois criminosos, Kihyun não ousaria interromper Mingyu em uma troca de farpas, mas precisou.

— Vou com você. – Saiu de trás do chinês, que desviou o olhar.

Naquele momento Jiwon levantou destravando sua metralhadora.

— Manda teu parceiro baixar a arma, Kris.

— Ele não vai contigo, ta escutando? – Mingyu olhou Jiwon, mas o atirador sabia bem qual era o olhar de Mingyu para recuar.

— Ele vai ficar, se tu quiser negociar bem, senão rala. – Indicou a porta com a cabeça.

— Não sabe onde tu ta pisando.

— Ah pode apostar que eu sei. – Ambos se fitaram por um tempo antes do intruso se virar e ir embora com seus homens.

— Kris, eu...

— Eu te falei pra não invadir a área dos outros, eu te falei pra tu ficar de boa.

— Espera...

— Não quero saber porque fez, eu te dei uma ordem! – Suspirou erguendo a mão, logo socando a pilastra com força.

— Se está tão nervoso porque não deixou ele me matar?

— Porque tu é família! – Se virou para o menor novamente. – Sai. – Kihyun riu nasalado antes de sair do depósito, em seguida entrou em seu carro e tomou um único rumo: o aeroporto.

No mesmo instante o celular do chinês começou a tocar, atendeu sem nem olhar quem era.

— Kris? – Era Jimin, suavizou a expressão e comprimiu os lábios.

Era incrível o fato de que se acalmava somente ouvindo uma voz mansa como a da mais nova.

— Fala, princesa... To ocupado agora.

— Yoonji chegou em casa, eu soube o que aconteceu... Agradeça ao Kihyun por nós. – Mingyu franziu os olhos desviando olhar da pilastra para os irmãos.

— Agradecer pelo que?

— Soube que o pai dela tentou agredi-la... Ele a salvou, mas ela nem teve tempo de agradecer, nem nós... Ele parecia apressado, disse que precisava falar com você. – Mingyu fechou os olhos suspirando.

— Vai, anda, vai atrás dele. – Jungkook subiu na moto de Jiwon e acelerou saindo do depósito. – Não agradeça.

— Ir atrás de quem?

— Depois a gente troca uma ideia, moro? Eu tenho que ir.

— Ta...

— Jimin?

— Hm?

— Vá dormir.

— Ta. – A ligação foi encerrada.

Jungkook acelerou o máximo que pôde e assim que chegou no aeroporto segurou o braço do outro.

— Kris quer falar contigo. – Kihyun permanecia de costas, estava irritado, mas voltou, afinal se estava vivo ainda era porque Kris acaba de declarar guerra com outra área.

Assim que entrou no depósito com Jungkook se deparou até mesmo com Changbin, havia muitos homens ali.

— Podia ter dito que fez o que fez por causa da garota. – Kihyun permaneceu calado.

— Eu diria se você me escutasse. – Soltou após um tempo.

Mingyu andava mais estressado que o normal, em muitos casos não agiria por impulso, mas fez.

— Foi mal. – Murmurou, sabia quando devia abaixar a cabeça e pedir desculpa.

— Ta, muito lindo, muito gay também, mas o que a gente faz agora? Tu vai entregar ele? – Vernon quis saber.

— Não.

— Então?

— Me deixa resolver isso.

— Resolve com tu morto, torturado e depois morto, isso se ele não quiser que tu trabalhe pra ele, tu não vai ficar contra mim, vai preferir estar morto do que estar contra mim... Morto tu não vai estar porque não vou deixar, deu pra entender?

— Eu não entendi. – Todos olharam Hanbin.

— O que o fardadinho ta fazendo aqui mesmo? – Junhoe quis saber.

— Ta comigo. – Mingyu lhe respondeu. – A gente vai fazer o seguinte. – Mingyu caminhou pelo depósito, logo pegando o revólver em cima da mesa, voltou a andar e quando chegou perto de Kihyun lhe estendeu ainda andando. – Eu ainda não pensei, JK?

— Também não.

— Então essa reunião é inútil, vazem, amanhã conversamos. – Todos deram de ombros e saíram.

— Vai pra minha casa. – Kihyun assentiu seguindo Jaebum até o carro após deixar a chave de seu carro ali.

Mingyu olhou Hanbin.

— Porque é tão ruim assim? Vocês não vivem armados?

— Só que... – Entrou no carro, logo Hanbin entrou também. – ...é uma lei não dita entre as áreas, tu não pode invadir sem consultar o chefe dela. Nesse caso Kihyun cometeu duas falhas, primeiro quando um chefe deixa outro cara de outra área entrar as armas ficam confiscadas.

— Porque?

— Porque é de outra área, ele pode matar um dos homens desse chefe ali dentro ou matar o próprio... Nisso que as armas ficam confiscadas é só se o chefe deixar ele entrar e ficar, caso contrário ele não pode entrar. Normalmente os cara sempre deixa, desarmado, mas deixa.

— Então porque tanta raiva?

— Porque deixar é uma coisa, entrar sem nem pedir e ainda armado é outra.

— E o que acontece?

— Bom, o chefe da área a qual pertence o maluco que entrou tem que entregar o maluco, entregar não é tipo: ah vai com ele. Não, entregar é tu dar a cabeça dele pra outro chefe, ele pode fazer o que quiser e tu não pode dizer algo, ele pode torturar, pode matar, pode usar como cobaia em uma estratégia de roubo, pode usar para trabalho... O último é o pior.

— Usar para trabalho ele é obrigado a falar tudo que acontecia/acontece na área de onde ele veio.

— É... – Mingyu parou no farol. – Os cara entrega de boa entendeu? Porque normalmente sempre matam e pra eles nem fede nem cheira, então eles entrega os cara e foda-se. Mas comigo o buraco é mais em baixo, sou o único chefe filho de mafioso, no caso eu já fui mafioso, então todo mundo quer saber minhas paradas, sacou? Então provavelmente ele não mataria o Kihyun... Mas tu sabe o que acontece com um X9 dentro da máfia?

— Nem quero saber. – Mingyu riu minimamente dando partida.

— É, no fim eu que teria que fazer algo com o Kihyun... De quebra ainda iam saber muitas parada minha. – O chinês olhou o agente.

— O que seria uma treta? – Questionou curioso.

— Não é como se fosse uma guerra, mas vira um caos... A partir do momento que eu não sigo uma lei ou declara um certo desentendimento entre dois chefes de áreas distintas, ele, assim como eu, pode sair invadindo a área um do outro, matar, roubar, incriminar, entregar pra policia, enfim, pode fazer o que quiser, não tem mais leis, já foi quebrada.

— Mas isso somente entre os dois chefes que estão desentendidos?

— É, os outros fica de boa, ta ligado? Não tem essa de se aliar, é cada um por si.

— E como acaba?

— Um morto. – Hanbin arregalou os olhos. – Ou ele... ou eu.

— É sério?

— É, e tem que ser morto pela bala do chefe, não por outra.

— Então não é só você entrar lá e matar ele?

— Não é assim que a banda toca, gracinha. – Hanbin fez uma careta com o apelido.

Dia seguinte

— Que foi? – Jinny sorriu olhando Yoonji que observava as duas há um tempo em silêncio.

— Ontem a noite... – Começou mordendo os lábios um tanto nervosa. – Aquele cara que me ajudou, o amigo do pai de vocês...

— Uhum. – Jimin concordou para a mais velha continuar.

— Ele estava armado. – Pendeu a cabeça para um lado. – Porque ele anda armado? – Ambas se entre-olharam sem saber o que responder. – Isso é bem estranho, sabe?

— Não temos ideia, como assim armado? – Yoonji apenas assentiu, já havia notado que ambas não falariam muito sobre o assunto, então decidiu não perguntar mais.

Quando Jimin foi trabalhar acabou se deparando com Mingyu a esperando próximo ao ponto de ônibus, sorriu indo até o carro e deu dois toquezinhos no vidro, o mais velho logo destravou a porta permitindo que a garota entrasse.

— E ai, princesa.

— Boa tarde.

— Sobre ontem a noite...

— Já sei, não precisa pedir... Não contamos nada a ela. – O mais velho sorriu, logo dando partida.

Mingyu franziu o cenho por um momento com seus pensamentos a mil, quando deixou Jimin próximo ao trabalho decidiu voltar em sua casa, assim que adentrou foi surpreendido por Jungkook no tapete da sala com o gatinho. Como dito não era exatamente onde moravam, já que ninguém sabia tal coisa.

Assim que chegou na cozinha notando Jiwon e Kihyun conversando, sentou observando o amigo.

— Tu não precisava entrar na área dele, o que tu tava fazendo la justo na hora que ela ia ser agredida?

— Eu tava esperando uma ligação, depois iria pro aeroporto.

— Tu podia esperar a ligação aqui ou no aeroporto, diz ai Kihyun... Sabia que ela encontraria o pai e foi atrás, não foi? – O mais novo trincou o maxilar, só de pensar em ajudar alguém isso o irritava.

Mas não iria mentir.

— Vi ela saindo de casa, pensei que tava bem tarde, ta ligado? Então segui por curiosidade. 

Mingyu franziu os olhos, de fato Kihyun era muito curioso, apostaria uma bala no peito de que o mesmo estava sendo sincero, afinal antes curioso do que bonzinho e ajudar alguém.

— Eu vou trocar uma ideia com Jamal, ver o que ele pode fazer pra me dar uma força com isso.

— Vou contigo. – Kihyun levantou, logo ambos saíram da casa restando apenas Jiwon e Jungkook, que ainda estava no tapete com o gato.

Jiwon caminhou até o sofá com a garrafa de cerveja em mãos, então sentou recebendo o olhar de Jungkook sobre si.

— Qual foi?

— Tu não tinha um serviço hoje? – Murmurou, Jungkook era o que mais sabia das agendas de seus irmãos.

— Não to afim. – Deu de ombros de modo despojado. – O que tu ta querendo? – Sabia que quando Jungkook vinha todo mansinho assim era porque ia pedir algo.

Vidrado no vídeo game seus dedos se moviam habilidosamente, o óculos quase na pontinha do nariz, o gato em seu colo, os lábios franzidos, Jungkook sem dúvidas era um nerd da tecnologia.

— Balas azuis. – Jiwon suspirou bem umas trinta vezes desejando mais que tudo que um dos cinco chegasse para ir comprar aquelas benditas balas.

Era só dizer não, certo? Mas isso não funcionava com Jungkook, ele pedia as coisas subliminarmente e se ninguém fizesse o mais novo virava a cara para todo mundo.

Já até ficou sem falar com Jaebum um mês porque o mesmo não o ajudou com um protótipo de um robô, porque Jungkook estava fazendo um protótipo de robô? Bom, vamos deixar isso de lado.

O fato era que Jungkook podia ser muito paciente enquanto mexia em coisas minúsculas relacionado a tecnologia, mas se tinha alguém fazendo algo errado enquanto o ajudava o mais novo ensinava uma vez, duas vezes, na terceira já estava vermelho de raiva.

Ninguém gostava de ajuda-lo.

— Isso fica do outro lado da cidade. – Resmungou com o cotovelo no braço do sofá enquanto massageava a testa.

— Hm. – Jiwon olhou o irmão de canto de olho, levantou resmungando mais que tudo, faria isso até chegar na loja, se duvidar faria isso até a hora de dormir. – Com recheio de creme, por favor. – Jiwon queria esganá-lo.

Parou uns minutos segurando a maçaneta da porta, estavam sozinhos em casa, se fizesse algo ninguém ia saber, não é?

— Jungkook...

— Está pensando em me esganar? – Revirou os olhos se virando para o mais novo. – Se fizer isso eu vou chamar o June. – Jiwon cruzou os braços. – Ele ta ali na rede. – Indicou a rede do lado de fora, na varanda.

Ao olhar direito Jiwon notou o mais novo dormindo pesadamente como se não houvesse o amanhã.

Porque ele não ia buscar?

Caminhou em passos largos até a varanda, abriu, saiu e se curvou deixando o rosto bem próximo do irmão.

— Se continuar tão perto assim de mim eu vou te chutar. – Jiwon prendeu o riso, até dormindo Junhoe conseguia ser estranho.

Suas habilidades eram impressionantes e seus irmãos até chegavam a invejar, tinha ótimos sentidos fora que nada nunca lhe passava despercebido.

— Balas azuis, ímpar.

— Par. – Ambos abriram as mãos, Junhoe nem precisou abrir os olhos para saber que ganhou. – Boa sorte. – Jiwon saiu de casa resmungando em dobro, devia fazer Jungkook ir buscar.

— Aquele fedelho. – Assim que chegou na garagem subiu em sua moto, colocou o capacete e deu partida deixando que o portão se fechasse sozinho atrás de si.

Sentiu seu celular vibrar no bolso quase perto da panturrilha, quando se curvou para pegar um pedestre atravessava a rua, freou bruscamente ao endireitar na moto, mas ainda assim o rapaz foi ao chão.

 Tirou o capacete e desceu da moto indo até o rapaz, logo agachou no chão o ajudando a levantar em seguida.

— Tu não ta vendo que o sinal ta fechado pra pedestre? – Vociferou entre dentes, quando o rapaz virou o rosto Jiwon riu nasalado.

— Se você não ficasse ocupado pegando a porra do seu celular no bolso teria visto que o sinal já estava laranja! – Hanbin empurrou o peito do mais velho, com isso uma fila de carro se formava.

— Tão raivosinho. – Hanbin revirou os olhos.

— Me solta. – Empurrou-o no peito e saiu mancando, mas Jiwon o puxou pela mão fazendo-o parar de encontro ao seu peito. – Bora ali naquelas paradas que cuidam dessas coisas. – Hanbin franziu o cenho afastando-se do mais velho.

— Quer dizer hospital?

— É isso ai. – As buzinadas começaram.

— Não, estou bem. – Dito isso voltou a andar, Jiwon negou com a cabeça enquanto ria, logo subiu na moto, estacionou e esperou o outro terminar de atravessar a rua, assim que fez ia passar direto pelo pistoleiro.

— Ei, ei, devagar... Eu não mordo, florzinha.

— Não torra, Bobby.

— Anda, sobe. – Entregou o capacete para o agente e logo subiu na moto. – Anda logo.

— Acha que não sei que está pagando de bonzinho e me socorrendo porque os comerciantes viram você me atropelar? – Jiwon sorriu revelando seus dentes totalmente brancos e alinhados.

— Não seja dramático, não foi um atropelamento.

— Fui. – Devolveu o capacete e ia voltar a andar.

— Anda logo a menos que prometa que não vai dizer nadinha ao Kris. – Hanbin se virou na hora.

— Kris? Ele... falou de mim?

— Quanto interesse. – Hanbin revirou os olhos, logo cruzou os braços. –  Hm, parece que tu e ele tão bem chegado, e tem mais... Ele não gosta que eu pilote com o celular na mão. – Deu de ombros.

— Entendi, ele vai te dar umas palmadas se souber? – Jiwon bufou irritado.

— Sobe nessa moto... E fica quieto.

— Sabe que eu posso te multar por andar sem capacete, não sabe?

— Tu é agente, não fiscal de trânsito. – Hanbin o fitou antes de subir na moto, não adiantaria negar nada para um dos sete, já aceitou isso.

[...]

Quando Jiwon chegou em casa Jungkook ainda jogava, deu o pacotinho com as balas para o irmão e este logo se foi trancando-se em seu quarto.

— Ah... – Changbin suspirou ao sentar ao lado do irmão após chegar. – Ah... – Suspirou novamente recebendo uma olhada de Jiwon. – Eu disse: AH! – Jiwon queria esganá-lo, sinceramente passava todo o tempo querendo esganar seus irmãos mais novos.

— O que é?

— Nada. – Começou a cantarolar de boca fechada.

— Fala, fala, o que é?!

— Kris mandou eu ir na casa do Hanbin.

— E dai?

— Pegar a carteira dele que ele esqueceu lá. – Jiwon o fitou. – Mas estou muito cansado. – Deitou a cabeça no encosto do sofá, Jiwon o fitava tão intensamente que jurava que a qualquer momento seu irmão viraria pó.

Mas, notou que o menor estava de fato suando, levou a destra até o pescoço do mesmo notando a febre, suspirou e o pegou no colo levando logo para o quarto.

Avisou Junhoe e logo saiu de casa, dessa vez sem reclamar.

Junhoe caminhou até a cozinha afim de preparar um chá, quando terminou colocou na bandeja, separou uns comprimidos e logo estava adentrando no quarto dos três mais novos. Deixou a bandeja ali sabendo que o mais novo acordaria em breve e veria, então saiu deixando a porta encostada não se preocupando muito já que Jungkook estava ali dentro escrevendo em seu caderno.

Jiwon não demorou para chegar na casa do agente, assim que este abriu a porta a deixou aberta sabendo o porque do rapaz estar ali, logo trouxe a carteira.

— Como foi lá no hospital?

— Bem. – Jiwon o observou da cabeça aos pés, a mesma roupa a qual o viu na rua, devia ter acabado de chegar. – O que você está olhando? – O pistoleiro ergueu o olhar para a face do outro, então sorriu.

— Nada.

— Você já pode ir, eu estou meio ocupado. – Jiwon observou o ambiente antes de sustentar o olhar de Hanbin novamente.

— É um revólver calibre 38 SPL com capacidade para 8 balas? – Indicou o revólver em cima da mesinha de centro, Hanbin não teve tempo de guardar.

Jiwon pegou o revólver e deu uma boa olhada, não havia nada no mundo que lhe atraísse mais do que armas.

— É sim... – Jiwon simplesmente quebrou o revólver fazendo Hanbin arregalar os olhos.

— Vo-Você quebrou o meu revólver?!

— Toma. – Tirou o revólver da cintura e entregou para Hanbin. – Essa porcaria não vale nada. – Indicou o revólver quebrado antes de colocar na mesinha de centro novamente.

Hanbin olhou o revólver e hesitou.

— Nunca vi um revólver desse antes.

— Eu sei, eu que fiz. – Pegou o revólver da mão do pistoleiro.

— E porque está me dando?

— Te achei bem sexy nessa calça de couro. – Hanbin o olhou.

— Estava olhando o meu corpo?

— Estava. – Respondeu na lata sem nem hesitar.

Não iria mentir, achava Jiwon atraente, mas claro que não diria isso em voz alta só para aumentar o ego do rapaz a sua frente.

— Ai quer saber, Jiwon? Vai embora, anda. – O empurrou em direção a porta, mas assim que abriu a mesma Jiwon a fechou virando e o puxando para si.

— Não ganho nem um beijinho? Te dei um revólver novinho e tu me trata assim?

— Não pedi nada.

— Tão agressivo. – Mordeu os lábios aproximando o rosto do agente, mas este logo virou a face.

Jiwon riu minimamente mordiscando o lóbulo da orelha de Hanbin.

— Vai... embora. – Apoiou as mãos no peito do mais velho o afastando enquanto pedia pausadamente, mas até que estava gostando.

— Está resistindo porque tu é um agente e eu um criminoso... Ninguém vai saber, escondido é mais gostoso.

Hanbin riu negando com a cabeça, aquele cara era inacreditável, em meio a esse pensamento foi surpreendido pela boca do pistoleiro na sua, a língua invadindo a mesma sem autorização nenhuma. Jiwon agarrou seus fios da nuca o colando mais a si pela bunda, então chupou a língua do mais novo não deixando de, logo em seguida, mordiscar os lábios do mesmo.

Era bruto, tão bruto quanto as vezes que estava com uma arma na mão e Hanbin podia sentir suas pernas ficando bambas somente com um beijo, suas mãos relaxaram no peito alheio, seus olhos se fecharam, não estava acreditando que estava cedendo a tal situação.

Com a força tirada de algum lugar finalmente afastou o criminoso, os lábios de ambos vermelhos, o fio de saliva os ligando, arregalou os olhos, virou Jiwon e o empurrou para fora após abrir a porta. Fechou no mesmo momento enquanto escorava as costas na porta e tocava involuntariamente o próprio lábio inferior.

Jiwon sorriu, antes que pudesse falar algo a porta havia fechado, mordeu os lábios girando a chave da moto no indicador, então foi até a mesma, subiu e deu partida.

No final do dia todos os irmãos estavam ali pela sala juntamente com Kihyun, o silêncio era bem presente senão por alguns murmúrios de satisfação vindo de Jungkook quando conseguia dar um xeque-mate em Changbin durante as partidas de xadrez.

O caçula ainda estava doente, suas bochechas vermelhas juntamente com a ponta do nariz, fora as dores que sentia. Estava muito bem agasalhado e, também, o aquecedor estava ligado pela casa, mas ainda assim estava com um pouco de frio, isso de certa forma preocupava os demais.

— Faz um acordo com Matias. – Vernon deu a ideia.

— Ele não quer saber de acordos. – Seu celular começou a tocar, quando avistou o nome na tela checou o horário no relógio da parede.

— Matias?

— Jimin. – Atendeu a ligação.

Mas, antes de dizer o que foi dito em tal ligação, vamos voltar um pouco no tempo. Jimin saia do trabalho para buscar seus irmãos e ao chegar na creche a tutora informou que já haviam ido buscar os dois, então Jimin decidiu ir para casa achando que Jinny havia ido buscar os mais novos.

Ao chegar em casa a notou vazia, Jinny ainda não havia chego, mas logo Jimin decidiu tomar um banho e preparar o jantar, afinal poderiam chegar a qualquer momento. Mas, uma hora depois, Jinny chegou sozinha, logo depois Yoonji chegou indicando que nenhuma das duas estavam com os pequenos.

— Cadê os meninos? – Riu nervosa já discando o número de Seung Wa, a amiga poderia ter buscado ou até mesmo Youngjae, mas não, nenhum dos dois pegou as crianças na creche.

— Como assim eles sumiram? – Youngjae quis saber assim que chegou, nem havia passado em casa já que receberam a ligação a caminho da mesma.

— Você perguntou para as professoras? – Seung Wa lhe questionou ainda mais nervosa.

Se apegou as crianças, afinal as vezes até ficavam em sua casa quando Jimin, Jinny e Yoonji precisavam trabalhar.

— Sim, eu perguntei, ela disse que buscaram mais cedo, eu pensei que tinha sido a Jinny, ai meu Deus isso não esta acontecendo! – Ainda sem acreditar Jinny foi no quarto das crianças, mas de fato não estavam.

Mas, tinha um bilhete ali.

“Se chamar a polícia os pirralhos morrem”

Engoliu em seco voltando para a sala, Jimin pegou o bilhete da mão da mais velha, então leu cuidadosamente evitando entrar em total desespero.

— Pegaram eles, ai meu Deus...

— Quem pegou? – Yoonji questionou sem entender, era evidente o desespero em todos os rostos.

— Vamos ligar para a polícia.

— Não! – Seung Wa parou segurando o celular, como assim não?

— Não? Seus irmãos foram sequestrados.

— Liga pro Kris. – Jimin olhou Jinny.

— Quem é Kris?

— Jinny liga pro Kris agora, anda! – Jinny ainda estava em estado de choque ao ler o bilhete no quarto. – Jinny!

— Quem é Kris?

— Um advogado.

— É uma boa ideia. – Youngjae informou.

— E você vai pagar a ajuda dele como?!

— Pagar? Não, ele...

— Sinceramente eu não estou entendendo mais nada. – Yoonji informou, estava confusa desde a aparição de Kihyun, mais confusa agora com essa história de advogado.

— Vou ligar pra ele e ele vai ajudar. – Jimin olhou Jinny esperando uma confirmação.

— Liga.

— Vocês tem dinheiro pra pagar um advogado? – Jimin pegou o celular e discou o número de Mingyu.

— Me da aqui isso! – Yoonji pegou o celular da mão da amiga, a ligação foi encerrada antes mesmo de ser atendida. – Vamos ligar para a polícia... Como vão pagar um advogado depois?

— Foram claros, eu não vou ligar para a polícia, eu vou ligar para ele.

— Jimin... – A mais nova se virou para a entrada da cozinha, lá vinha Mingyu com seu capuz. – Porque me ligou duas vezes e desligou? O que ta pegando? – Na hora seus amigos pararam de falar, estavam assustados, a presença do homem era intimidadora e assustadora. 

— Levaram eles, eu fui buscar na creche e levaram eles, aqui, eles deixaram esse bilhete. – Se apressou em ir até o mais velho lhe entregando o bilhete. – E eles sumiram, eu fui lá e eles sumiram, eu não sei o que aconteceu, eu... – Mingyu fitava o bilhete com estrema atenção, logo desviou o olhar para a mais nova.

— Aonde tava isso? – Ergueu o bilhete segurando com a ponta do indicador e médio.

— No quarto deles.

— Então tu ta me dizendo que pegaram na creche e ainda vieram aqui?

— E-Eu não sei. – Mingyu suspirou, estava nervosa, não saberia dar tanta informação assim.

— Volto depois, fiquem de boa. – Mingyu saiu da residencia deixando os adolescentes atordoados, logo estava se aproximando do grupo. – Vai na creche, se informa direito lá. – Junhoe assentiu.

— Falou. – O rapaz saiu andando.

— Quero as digitais disso aqui. – Jungkook se aproximou e pegou o bilhete das mãos do irmão. – Quanto tempo?

— Uns dez minutos.

— Vaza. – Jungkook saiu com a folha, então Mingyu olhou Jiwon. – Segura a onda. – Sabia que Jiwon era o mais apegado a Yuan, mas meter os pés pelas mãos aquela altura poderia não ser bom.

Jiwon subiu em sua moto e logo pilotou em disparada deixando o grupo para trás.

— Fico por aqui? – Mingyu assentiu para Vernon, logo o chinês partiu em seu carro. 

Ouviu passos atrás de si, ao se virar lá estava as duas irmãs. 

— V-você vai ficar aqui, não vai? – Jimin o olhou, o mesmo estava tragando.

— É... Vou sim.

— E q-quem faria isso? Nós não fizemos nada.

— Não precisa ficar preocupada, Kris resolve. – Afirmou distraído olhando o final da rua.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Obrigado por lerem! 🥰😘

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