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História The Stairway (Cancelada) - Ausência


Escrita por: AsleepHylian

Notas do Autor


Não sei exatamente que música indicar nesse capítulo...então a que vocês estiverem ouvindo muito, que eu sei que vocês gostam de ouvir muita música, vai ser o mais confortável.
Olá pessoas ;u;!Começando esse cap logo dizendo que eu sou muito agradecida pela presença de vocês aqui...é muito especial pra mim o apoio que vocês dão, comentando cada cap com carinho.Muito, muito obrigada, desculpa qualquer doidera minha também.
Esse é um dos últimos caps da fase um, então...lá vamos nós pra mais uma "transição intesifies" uUueuUEUuUEUuuuUUUuuuUUUu~.
DESCULPA A DEMORA, EU TAVA EM PROVAS, TAVA NERVOSA E TAVA DESANIMADA, MAS ESSAS FÉRIAS SIGNIFICAM QUE EU VOLTEI!

Capítulo 15 - Ausência


Russel estava sumido.Não comia, não tocava, não conversava com o restante da banda e não dormia, só fazia movimentos repetitivos dentro do próprio quarto.Não tinha volta, e disso ele tinha certeza.A dor amarga seria eterna, e isso estava certo: Não se pode esquecer da pessoa, nem preencher por completo a lacuna da sua falta, porque essa lacuna deve para sempre guardar a lembrança do amor.O mundo todo agora era sépia.Mesmo quando Del não estava lá, ele era uma ilha flutuante de sentimentos ternos.Será que com o tempo Del seria uma parte espoleta e dançante dele?Como uma caravela-viva de cores azuladas?Raiva; Raiva do amigo, raiva de si mesmo, raiva do mundo vicioso, raiva da banda que jamais poderia entendê-lo completamente, raiva de pensar que poderia ser entendido.

O baterista se recostou no chão e apanhou um parafuso da sua escrivaninha, o examinando com cuidado.Nada de especial, como do feitio da vida, bem...pelo menos para ele.Se aquele parafuso havia sido um achado centenas de anos antes, e passado por tantas mãos precursoras, não tinha mais importância.Precisava colocar as coisas no lugar, e nada melhor para isso do que não pensar em nada, e nada melhor para não pensar em nada do que construir pequenos engenhos.Ele não conseguia simplesmente parar de remoer suas memórias, e cada pequena característica atemporal era mais uma volta das hélices de seu moinho.Tomou como alicerce para continuar firme suas próprias lágrimas, que vinham de vez em quando e o impediam prosseguir aquele processo linear de pensamento, afundando e submergindo.

Lá fora, no mundo ainda mais preto e branco, Rachel Stevens chegava pela porta da sala de estar, encharcada.

– Olá? – Rachel balançou a cabeça procurando por sinal de vida, rapidamente constatando com vergonha que todos a encaravam quietos. – Eu vim ver o 2...vocês.

– Rachel. – 2D disse, se levantando e deixando o sofá.Caminhou até ela um pouco mais rápido do que gostaria de ter ido, e a abraçou, por cima dos ombros da garota e até mesmo acariciando sua cabeça. – Tá gelada. – 2D coçou a bochecha tristonho e tirou o casaco de sua namorada; Os bolsos tinham pele real de animais e manchas de neve. – Você veio andando? – Perguntou ele, fitando com uma repreensão silenciosa aquele casaco.

– Cheguei de trem, fiquei bem quentinha.Essa neve no meu casaco foi na entrada...tava entupido de neve lá fora. – Ela olhou para o sofá onde estavam Murdoc e Noodle deitados juntos. – Olá, gente.

– Rai, acho que talvez a gente deveríamos conversar em outro lugar. – Alertou Stuart a tocando na mão e coçando de leve a nuca, como sempre fez, um pouco trêmulo.

– Tá, vamos.Desculpa o incômodo. – Rachel se virou e observou baixista e guitarrista, que nada disseram.

– Por aqui. – Fez 2D a puxando pelo dedo mínimo cuidadosamente, com suas mãos de tecladista.

– Hahah, Stu...já te visitei no estúdio mais vezes do que me lembro.Eu tenho uma cópia das chaves...bem, pelo menos do portão.

 – Ah. – Não sabia como contar plenamente a ela o último ocorrido, nem que efeito isso poderia surtir, mas queria tratar aquilo tudo com sensatez. 

Virou a maçaneta de seu quarto e começou a procurar pelas suas pílulas.Não estava com tanta enxaqueca, mas precisava, e alguma coisa o obrigava.Encostou o casaco de Rachel no criado-mudo e se apoiou em seu raque, abrindo uma pílula vermelha e derramando o continente num copo com um resto de água.

– Ei. – Stevens estralou o dedo na frente do rosto de 2D, que levantou o olhar, franzindo um pouco a testa. – Que foi, hein?

– Aah...bem, – Iniciou o azulado engolindo seu analgésico. – aconteceu uma das piores coisas que poderia, dentre tudo mesmo.Tá todo mundo triste e calado...acho que não foi boa hora.Me desculpa, Rai.

– Não, não...que foi que aconteceu? – Quis saber a loira, acariciando o rosto do cor-de-ciano. – V-você tá precisando mesmo tomar isso agora?

– Nem tanto, mas...eu me sinto estranho.

– Usar remédios assim é horrível.Precisa se cuidar...e, não gosto quando você se cala desse jeito, me deixa puta.Me deixa insegura e eu me sinto...insignificante.– Ela deu um soco fraco na madeira.

– Desculpe...mas não fique chateada.O Del foi embora.

– Del?

– Amigo do Russel...nosso amigo, ele foi embora...morreu.

– Esse...é um motivo realmente pequeno. – Rachel começou a movimentar a cabeça em negação. – A vida...é tão finita.Não pode deixar as coisas irem assim, você tem deixado tantas coisas para trás, Stu.Precisa mostrar suas verdadeiras cores.Você é um cara tão calado...e-eu nem sei o que tu pensa durante a maior parte do tempo. – O rapaz se calou.

– As pessoas morrem o tempo todo.Pra quê chorar?Cada uma passou e viu o que tinha que ver.Você deixa as coisas para trás.Você realmente tenta me atingir, não dá a mínima para os meus sentimentos, eu que tô aqui e tô na sua vida durante tudo isso.Eu te amo. – Disse Rachel puxando o queixo dele.

– E-eu... já ouvi você dizer isso. 

– Deveria gravar, talvez.Você se submete às pessoas, até pra mim tem papas na língua, isso é uma merda.Deixa que os outros pisem em você, e eles o fazem.

– Eu s-sei.

– Simplesmente...se recusa.A viver, a discutir, a prosseguir.Você é um covarde..

– O QUÊ EU ESTOU DEIXANDO PARA TRÁS?O QUE VOCÊ REALMENTE SABE SOBRE MIM OU ESSAS PESSOAS?!O QUE VOCÊ SABE SOBRE A VIDA?! – 2D derrubou o copo com resquícios de sua aspirina no chão.

– Você é um ingênuo, 2D.Mas eu te amo...de uma forma que eu nunca antes gostei de ninguém..

– Você não me ama. – Stuart cobriu seu rosto com as duas mãos, fazendo pequenos movimentos perturbados. – Você pensa que eu sou só um vocalista de banda.

– Eu te amo... eu vejo suas imperfeições, e...cada uma delas...eu as vejo como parte de ti.

– P-para, por favor.Eu estou cansado das suas mentiras.Cansado de engolir seu pseudo-amor para não estar sozinho.Não preciso fazer isso comigo mais, nunca mais.Cansado de ouvir suas músicas pop exatamente iguais e midiáticas.Cansado de suas redes sociais e conhecer essa gente tão diferente que você diz gostar.Me deixe sozinho.

– Espere... – Rachel bruscamente puxou as mãos de Stu e roubou-lhe um beijo. – Eu ainda te amo.E esperarei o que for preciso.

2D cuspiu no chão, a entregou o casaco e trancou a porta de seu quarto, escorregando por ela.Arranhou um tanto as asas das costas, mas em uma porção completamente suportável e deitou em sua cama bagunçada, entre lençóis embaraçados.Um misto de alívio e desprezo preencheu seus pulmões, e os encheu d'água.Despencando em queda livre e sentindo as minúcias do vento, algo lhe dizia que poderia sobreviver, por pouco, mas teria apoios e os outros três.

 

 

 

 


Notas Finais


E é isso...eu estou tendo problemas ainda com essa coisa de mudanças de relações, e aí elas soam drásticas e rápidas, mas é uma questão de falta de maturidade no bagulho do ofício, e eu vou pegar o jeito, um dia ;-;.
Beem...não valeu um mês de "sumiçência", mas eu gostei de ter feito o 2D mais autônomo na minha história...e pá.
Muita obrigada por ler.


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