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História The Stripper - 2.21 (Parte 1)


Escrita por: harmojeon

Notas do Autor


Primeiramente, me desculpem pela demora

Capítulo 54 - 2.21 (Parte 1)


Passaram-se semanas desde a discussão com NamJoon, Jeongguk era incapaz de olhar diretamente para seus olhos, só conseguia sentir o peso na consciência por ser tão egoísta e egocêntrico.

 

Como foi achar que era o único com problemas? Como foi esconder cada mínimo detalhe quando seu melhor amigo contava até o que não era necessário? Certo, que omitir algumas coisas não seria um crime, mas porque ele escondia tudo do cara que estava lá para ele todos esses anos?

 

“Sempre te avisei sobre isso” Taehyung diz enquanto acarícia o ombro de seu namorado-escondido “NamJoon é sentimental, além disso, ele é um ótimo amigo.”

 

"Eu não fiz por mal" Jeongguk responde abaixando sua cabeça, em uma forma de reconhecer seu erro sem precisar nos olhos de seu namorado e deixá-lo ver a vergonha e arrependimento através de seus olhos.

 

"Eu sei que não" Taehyung o garante após um suspiro "Pense em como Jin vai se sentir quando eu for o cara-de-pau a contar que eu estava escondendo nosso namoro e que Jimin trabalha no Strip Club"

 

"Ainda tem isso" O mais velho bufa "Eu esqueci que seria mais pesado ainda para você e vim todo chorão idiota para cima de você e ainda por cima te tirando do seu trabalho… NamJoon está certo, só penso em mim mesmo."

 

"Você tem seus problemas, são grandes e você tenta diariamente resolve-los, é normal acabar esquecendo dos outros ao seu redor de vez em quando. E Jeon, você já parou para pensar em tudo que já fez por mim? Você se mudou para Tailândia, abriu mão do seu tão sonhado emprego, teve que comer comida da sua mãe..."

 

Jeongguk acaba rindo no fim da frase e levantando seu rosto para olhar seu namorado, que também ria do que acabara de dizer.

 

"Eu te amo, não tenho palavras melhores para te agradecer… Mesmo… Não só por estar aqui comigo depois de uma briga com meu melhor amigo no meio do seu expediente… Mas por tudo mesmo."

 

"Eu também te amo e você não precisa me agradecer nada… É pra isso que amor serve." Taehyung responde e se aproxima para dar-lhe um beijo quando a porta é aberta de forma abrupta.

 

O culpado pelo barulho e ação agressiva é NamJoon, ele não parece irritado, mas desesperado, além de estar suado e ofegante, sua mão segura a maçaneta com firmeza e seus olhos já demonstram o quão urgente era o motivo de sua entrada repentina.

 

"Hyung, o que houve?" O enfermeiro pergunta assustado “Aconteceu alguma coisa com meu irmão? Com os meninos?”

 

"Vocês precisam manter a calma, antes de qualquer coisa" O policial mais velho diz soltando a maçaneta e entrando na sala com passos receosos, sua voz é um pouco trêmula "Eu preciso que Jeongguk venha comigo até a casa de Yoongi, Tae, você precisa ir até o SeokJin, ele pode te explicar da melhor forma"

 

No mesmo momento que o mais velho fala daquela forma os dois sentem um frio em seus respectivos estômagos e uma angustia doma seus corações, eles só conseguem pensar em uma coisa: Jeonhyung. O instinto paterno de ambos gritavam que aquilo se tratava de sua filha, não havia nenhuma razão além de seus instintos, porque poderia ter sido algo com o próprio Yoongi, Jimin, Jennie ou os gêmeos.

 

"O que foi, NamJoon?" Taehyung indaga demonstrando o nervosismo em sua voz enquanto Jeongguk sequer sabe qual tom de voz usar ou tentava pensar em motivos aleatórios que não envolvessem sua filha em perigo.

 

"Não posso conversar isso com vocês agora, nem mesmo deveria estar aqui falando sobre isso, ouvi por acaso, só preciso que façam o que eu disse antes que seja tarde demais"

 

"Aconteceu alguma coisa com Jeonhyung?" Jeongguk pergunta firme.

 

NamJoon abaixa sua cabeça e suspira, pensando em como contar isso para eles, nesse momento os dois não conseguem esquecer até mesmo como respirar.

 

"O que aconteceu, NamJoon?!" Taehyung pergunta exaltado.

 

"Jennie ligou para policia quando ouviu a porta da frente tentando ser arrombada, ela correu com os gêmeos e Jeonhyung para o banheiro e se esconderam lá, ele conseguiu arrombar a porta… Houve uma luta corporal e… Quando Jennie acordou novamente, ele tinha fugido com Jeonhyung."

 

Jeongguk nesse momento sente seu chão esvaindo-se aos poucos, era como se estivesse em constante queda, esperando espatifar-se no chão. Ele deu alguns passos para trás tentando equilibrar-se mas isso só piorou a situação deixando-o mais tonto. Enquanto Taehyung encostou-se na mesa com a respiração ofegante, sentindo sua ansiedade domar completamente seu corpo, suas mãos trêmulas e suadas apertavam a madeira e ele não conseguia pensar propriamente.

 

"Eu preciso que Jeongguk venha comigo, nós precisamos saber quem é esse cara e achar a minha sobrinha"

 

"Eu sei quem foi" O enfermeiro diz com um bolo formado em sua garganta

 

"Aquele filho da puta!" Jeongguk diz após um tempo calado, tentando se manter firme para dizer ou fazer algo que venha ajudar na situação e não agir pela emoção e piorá-la.

 

Assim, o policial mais novo desencosta da mesa praticamente arracando dali e andando com passos fundos até a porta, mas ele é impedido por seu amigo, que segura seus ombros enquanto ele se debate tentando escapar.

 

"Eu vou matar aquele filho da puta!" O moreno grita tentando sair dos braços de NamJoon "Me larga! Eu quero a minha filha!"

 

"Jeongguk!" NamJoon grita e chacoalha o mais baixo "Você precisa se acalmar, olha o estado do Taehyung e olha a situação, você não pode sair assim daqui e nem saber pra onde vai!"

 

Ele olha para seu amigo com os olhos marejados e engole a seco, de fato não sabia o que estava fazendo, seu desespero estava falando mais alto do que a razão.

 

Até que em meio ao silêncio, a tensão que corroía e dominava o ambiente, Taehyung se pronuncia com a voz baixa e tão densa quanto um trovão:

 

"Eu sei quem sabe"

 

SEUL, 2:30PM

 

"Vocês têm certeza que estão bem?" NamJoon pergunta ao parar a viatura em frente ao prédio.

 

"Eu só vou ficar bem depois que encontrar minha filha" Jeongguk diz abrindo a porta e saindo do carro, sem mais nem menos.

 

"Sei que você não queria me trazer e aprecio você ter tentado amenizar a situação... Eu iria descobrir de uma forma ou de outra e a forma como me sinto seria a mesma." Taehyung diz sentado no banco de trás “NamJoon, imagine alguém tomando seu filho de você…”

 

"Imagino se acontecesse algo a Yugyeom, eu também estaria assim, tentei esconder porque meu instinto de policial falou mais alto, este seria o protocolo a ser seguido... Eu preciso voltar à central e cobrir vocês, não podem nem desconfiar que vocês estão envolvidos. SeokJin disse a eles que vocês estão lá em casa e preferem ficar reclusos por um tempo, só ligarão ou procurarão vocês caso haja alguma notícia"

 

Taehyung acena sua cabeça positivamente e sai da viatura, assim segue em direção de seu namorado parado na entrada da clínica de reabilitação, quando o alcança eles entram no prédio seguindo até a recepção.

 

"Como pretende-”

 

“Jeongguk, antes que a gente entre, saiba que eu só precisava de explicações e eu vi que ele precisava de ajuda, eu não sei muito bem como tudo isso começou, como o ódio passou mas… Ele me deu muitas respostas” O enfermeiro diz enquanto anda para dentro do prédio com Jeon, o local tem cores claras e as pessoas na entrada parecem mais serenas do que ele imaginava para uma clínica de reabilitação, muitos estavam apenas sentados lendo alguma revista, outros se despediam de seus entes, enquanto o fluxo de funcionários que passavam era moderado, seus uniformes brancos muito bem passados, sorrisos não artificiais nem não-existentes, mas simpáticos ao nível de parecerem trabalhar em um escritório de boa gestão, não em uma clínica de reabilitação. “Por favor, não me julgue, não faça muitas perguntas, depois que tudo isso passar, prometo que te explicarei tudo o que eu sei e como vim parar aqui com clareza e calma”

 

“Taehyung, eu não estou compreendendo… Eu só quero entender-”

 

“Boa tarde, em que posso ajudá-los?” Jeongguk é cortado pela recepcionista, que olha atentamente para os dois.

 

“Estou aqui para visitar Do Kyungsoo” Taehyung diz, dando um breve olhar para Jeongguk, que começava a buscar em sua memória quem era, até que ele se lembra que ele era o homem que ele prendera meses atrás por tráfico de drogas e que coincidentemente era ‘atual’ de HyunJoong.

 

“Está na lista de visitas? Preciso da sua identidade”

 

“Certo, estou”

 

O moreno pega seu documento que se encontrava na carteira em seu bolso, ele entrega para a recepcionista, que lê seu nome e começa a clicar e digitar algumas coisas no computador a sua frente em seguida.

 

“O senhor também vai entrar?” Ela pergunta enquanto devolve o documento para Taehyung “Só posso permiti-lo caso também esteja na lista”

 

“Mas, ele é policial, precisa conversar com Kyungsoo” Taehyung rebate com um tom preocupado, ele não teria capacidade de fazer tais perguntas para o outro sem Jeongguk, ele era a pessoa do relacionamento que dominava das estratégias de interrogar.

 

“Sinto muito, se o senhor quiser ir, pode ir, sua entrada está autorizada por estar na lista. Eu não posso permiti-lo entrar caso não tenha o cadastro. Mesmo sendo policial, eu preciso de um mandato para deixá-lo entrar sem as informações e normas cadastrais necessárias”

 

“Não posso fazer o cadastro agora?” Jeongguk se antecipa e pergunta antes de Taehyung.

 

“Infelizmente nós temos um dia específico para realizar cadastros, o senhor pode voltar lá pela quinta-feira com os documentos necessários e em três dias estará liberado para visitar o paciente que deseja”

 

“Aish!” O policial murmura e se vira para seu namorado, iniciando os sussurros para que a recepcionista não ouvisse a conversa “Taehyung, você vai. Eu fico sem problemas, pergunte a ele tudo que for possível, tudo que nos leve para Jeonhyung, não se esqueça de ser breve, nós não temos tempo a perder, esse cara é maluco e eu quero tirar minha filha de perto dele o mais rápido possível”

 

“Jeon… Eu não sei interrogar ninguém, eu…”

 

“Tae, não interrogue, você não precisa bancar o policial bom policial ruim com Kyungsoo, apenas lhe pergunte! Pergunte onde ele está, qual foi a última vez que o viu, se ele comentou sobre seus seguintes planos, se ele comentou alguma coisa sobre nossa filha, pra onde ele iria hoje e todas essas coisas que nos levem mais perto de encontrá-lo”


“Tudo bem… Eu vou fazer de tudo para encontrar nossa, Jeonnie. ELE NÃO ficará com ela nem mais um segundo, seria um RETROCESSO nos meus príncipios deixar com que ele vença dessa forma. Nossa filha voltará para nossos braços.”


Notas Finais


Quem entendeu o que está grifado na última frase, entendeu meu posicionamento á respeito da atual situação do nosso país. ENFIM. Estou de volta (se Deus quiser), não prometo atualizar todos os dias, pois como eu expliquei no capítulo anterior, estou muito atolada. Mas vou postar pelo menos 1 vez por semana algumas fanfics. Beijinhos

Twitter: @harmojeon


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