História The Stripper - 2.12 (Yeol Dul)

SeokJin anda de um lado para o outro, impaciente. Suas mãos estão suadas e passam mil e uma coisas em sua cabeça, ele não sossegaria enquanto a tão esperada hora do dia não chegasse.

Já faziam seis meses desde o nascimento de Jeonhyung e ele só havia recebido uma mensagem de Taehyung desde então, esta avisava o dia e hora que ele embarcaria em seu voo de volta para Coréia do Sul, além disso, ele também explicou que a pequena havia tido complicações de saúde e que havia feito uma cirurgia atrás de outra praticamente, não restando tempo algum para enviar mensagens ou ligar.

Quando batem na porta, ele lança um olhar mortal para Yugyeom, que iria levantar para atendê-la. O menino apenas arregala seus olhos e senta novamente, e basta isso para Jin correr até a porta frontal, quando ele abre a mesma esperava ver seu irmão, seu amigo e sua sobrinha, mas era apenas o carteiro.

— Você não deveria passar mais cedo? — SeokJin pergunta, resmungando enquanto pega o pequeno pacote.

— Hoje é sábado! — O carteiro diz, animado, enquanto procura algo dentro de sua mochila.

— Eu sei, tenho calendário, celular, televisão, várias coisas que me lembram que hoje é sábado! — O platinado rebate, frustrado e irritado por ainda não ver seu irmão.

— Aish, alguém acordou com o pé esquerdo hoje, não é mesmo? A esposa dormiu de calça jeans, huh? — O carteiro pergunta rindo e dá duas cotoveladas de leve no braço de SeokJin, que continua o encarando com a expressão séria. — Só um minutinho pra eu achar o papel pra você assinar afirmando que recebeu o pacote.

Enquanto o homem tagarela incansavelmente e procura o bendito papel, um táxi amarelo que vinha pelo fim da rua e para bem em frente a sua casa, seu coração acelera cada vez mais, ele sente vontade de correr até lá, mas se segura até ter certeza, quando a porta é aberta e Taehyung sai dela, SeokJin sente que vai desmaiar de tanta alegria.

— Aqui está, Senhor Kim. — O carteiro estende a folha, mas o que ele recebe é um empurrão de Jin, que sai correndo em direção ao seu irmão.

O mais velho não pensa duas vezes e agarra seu dongsaeng lhe dando um abraço apertado, o mesmo retribui na mesma intensidade até que os dois tropecem e caiam no gramado de SeokJin.

Os dois começam a rir após separar o abraço e logo se sentam na grama.

— Eu não acredito que é você! — SeokJin diz sentindo seus olhos arderem, indicando que ele estava próximo de chorar, mas ele não liga, nem mesmo quando as lágrimas começam a rolar.

— Eu também não! Nossa, como é bom estar perto de você novamente! — Taehyung diz com um sorriso enorme em seus lábios.

— Cadê Jeongguk e minha sobrinha? — Jin pergunta olhando para o Taxi procurando pelos dois, mas ele franze o cenho ao ver apenas as malas de Taehyung e volta a olhar para o mais novo, se preocupando mais ainda ao ver o sorriso sumir de seus lábios.

— Nós terminamos. — ele diz de uma só vez.

Os olhos de SeokJin se arregalam e seu queixo cai minimamente.

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— Hyung, muito obrigado por compreender e nos deixar ficar aqui enquanto a casa não fica pronta. — Jeongguk diz, era evidente em seu olhar que ele não estava feliz. — Não tive outra opção além daqui, a Jennie noona ainda tem o berço dos gêmeos e não teve como trazer o nosso.

— Você não tem que agradecer, por nada. — Jimin diz antes de seu namorado, o garoto está com a Jeonhyung nos braços, a pequena encara seu cabelo vermelho incasavelmente e até mesmo o puxa algumas vezes. — Mas me deixe te perguntar algo, como Taehyung te deixou ficar com ela?

— Jimin... — Yoongi o repreende.

— Nós fizemos um acordo, eu fico aos finais de semana e ele nos dias de semana, por causa do meu trabalho.

— Mas vocês terminaram tão de repente, iam se casar e se amavam tanto. — Jimin lamenta.

— Nós ainda nos amamos ainda, mas a nossa relação estava começando a ficar conturbada demais, ele denunciou o assistente social porque nós fomos tomar uma cerveja, depois disso nada mais foi como era antes, ele perdeu a confiança em mim e eu acabei perdendo a confiança nele, aí vieram as cirurgias de Jeonhyung, nós não tínhamos tempo nem pra gente, e muito menos para ajeitar as coisas do casamento. — Jeongguk explica, enquanto se segura para não chorar. — Prometemos que quando voltássemos à Coréia do Sul, íriamos conversar melhor, mas ele veio me evitando da Tailândia até Incheon, onde nós pegamos táxis diferentes, ele foi para casa de SeokJin e eu vim pra cá. No fim das contas, eu me arrependi de não ter lutado mais pela gente.

— Vocês vão se resolver, isso é apenas uma fase. — Yoongi diz com certeza. — Você mesmo disse que ainda se amam, foi apenas uma turbulência no relacionamento, todos passamos por isso um dia.

— Eu não se-...

— Aigoo! Aigoo! — Jimin exclama, e todos os dois olham para ele.

Jeonhyung havia enrolado suas mãos em seu cabelo e não queria soltar, Yoongi e Jeongguk tiveram que dar risada daquilo, Jeon até mesmo tirou uma foto da cena.

— Vem com o papai. — Jeongguk diz e oferece seu colo para a pequena, que não pensa duas vezes e solta os cabelos de Jimin.

Sendo ela agora segurada por seu pai, Yoongi e Jimin observam como os dois pareciam entrosados, eles viam no olhar de Jeongguk como ele era um bom pai e como gostava daquilo, mas também estava evidente a tristeza.

“— É o que você quer? — Jeongguk  pergunta, sentindo que estava prestes a chorar, ele só queria que  Taehyung começasse a rir e dissesse que era uma brincadeira, mas seu olhar triste e firme diziam ao contrário.

— Eu errei, você errou, estamos estremecidos desde então. — O mais novo abaixa sua cabeça, ele já estava chorando. — Acho que é melhor Jeonhyung ter dois pais amigos e separados, do que dois pais juntos e brigados.

— É só por causa daquilo? Por favor, não vamos acabar assim, qual é o sentido se tudo isso acabar? Tudo o que passamos foi por nada?

— Jeon... — Taehyung murmura e levanta sua cabeça, seus olhos transbordavam lágrimas, a ponta de seu nariz estava vermelha. — Você não confia mais em mim depois do que eu fiz, Jeonhyung já passou por três cirurgias de emergência, nós estamos prestes a voltar para Coréia, é um momento de mudanças onde não podemos estar assim. Já tentamos tantas vezes nos reconciliar, mas em qualquer discussão você me acusa de ter feito o que fiz, claro que eu não fiz certo, eu sei mas... E se eu não tivesse te buscado? Você estava completamente bêbado.

— Está vendo? Você não confia em mim!

— E nem você em mim. — Taehyung responde óbvio, fazendo o outro congelar naquele momento para refletir.

Jeongguk balança sua cabeça positivamente enquanto as lágrimas escorrem sem permissão, ele morde seus lábios tentando segurar seus soluços e murmúrios de protesto ao fim da relação, mas ele também sentia que Taehyung estava certo.

Aquilo doía nos dois de forma inexplicável, era uma dor interior que eles não desejavam nem mesmo para seu pior inimigo.

— Só saiba que eu ainda vou te proteger e dar o meu melhor de todos os modos... Me dá um beijo de despedida, por favor? —  Jeongguk pede.

Os dois se aproximam, as mãos de Taehyung vão até a nuca de Jeongguk o puxando para um beijo necessitado, entre as lágrimas e já com saudades.”

— Taehyung? — SeokJin o chama, tirando-o de seu devaneio.

— Sim?

— Quero saber se tudo bem chamar Jeongguk para o almoço de boas-vindas amanhã, você sabe, ele está com Jeonhyung e eu, querendo ou não, sinto falta dele...

— Está tudo bem por mim. — Taehyung suspira.

— Hyung? — Yugyeom chama atenção do mesmo. — Vocês vão voltar?

— Eu não sei.

— Você ainda o ama?

— Eu tenho certeza que sim, senão não estaria doendo tanto.