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História The Therapy - Vou Descobrir!


Escrita por: LuBer

Capítulo 2 - Vou Descobrir!


Demi P.O.V

Depois de dizer aquilo um silêncio se instalou, e o olhar do doutro sobre mim era estranho, era como se ele tentasse descobrir quem eu era, o que eu sentia, mas ele não conseguirá entender, ninguém conseguirá, por que nem eu mesma entendo.

A minha tensão abaixou um pouco, então meu corpo parou de tremer. O desejo de me drogar e beber ainda estavam ali, mas diminuíram. 

Wilmer- Sabe Demi, eu já tive pacientes com bulimia que acabaram morrendo.

Ele disse quebrando o silêncio que havia sido imposto há pouco mais e dez minutos. Aquilo não me surpreendeu, já havia ouvido essas histórias.

Demi- Então talvez você seja um terapeuta ruim.

O mesmo suspira.

Demi- Quero ir para casa e nunca mais voltar aqui.

Wilmer- Não pode viver assim.

Demi- Eu não estou vivendo, não percebe? Eu não me importo. Sempre foi assim, sempre será.

Wilmer- Seus pais me disseram que você era atriz...

Ele diz mudando de assunto. 

Demi- Era.

Wilmer- Você gostava de atuar?

Wilmer P.O.V

Demi- Sim, mas eu não me encaixava nos padrões, então parei..

Wilmer- Você não precisa se matar para entrar nos padrões.

Demi- Não quero mais ser gorda.

Wilmer- Você não é gorda.

Demi- Sou sim...

Disse ela de cabeça baixa.

Wilmer- Você é uma bela moça, Demi. Não deixe que os outros a façam acreditar no contrário.

Demi- Todos conseguem controlar uma dor, excerto quem a sente. 

A fito. 

Wilmer- Eu quero que você me escreva, me escreva sobre o que sente. Pode acreditar, vou te ajudar a controlar essa dor.

Fui até minha mesa e peguei uma folha e uma caneta, estendi os mesmos para ela que suspirou...

Depois de dez minutos escrevendo, apagando, escrevendo, segurando o choro, escrevendo... Ela havia terminado.

'' O que eu sinto? Eu simplesmente não sinto. Não sinto alegria, não sinto a brisa do mar batendo em meus cabelos, não sinto um aconchego de um abraço, não sinto um chamego de palavras doces. Eu não sinto. A cada sorriso que eu dou é um grito silencioso, um grito de desespero, um grito que molha o papel, um grito que ir embora, mas está confortável demais para ir. Eu poderia ficar horas escrevendo sobre o que eu sinto, ou talvez não, por que meu problema é esse, eu não sinto. ''

 

Li tudo aquilo e a encarei. 

Wilmer- Você escreve?

Demi- Sim... Eu tenho uma caderninho, escrevo nele todos os dias.

Wilmer- Se importaria de me mostrar na próxima consulta?

Demi- Eu não sei... 

Wilmer- Então pense, se você se sentir a vontade na próxima consulta me traga para eu ler.

Demi- Vou pensar. E não mostre isso aos meus pais.

Wilmer- Tudo que conversarmos e fizermos aqui fica apenas entre nós.

Percebi que essa palavra tomou um duplo sentido, mas acho que Demi entendeu o que eu quis dizer.

Demi- Tudo bem...

Wilmer- Por hoje é só, espero te ver de novo.

A garota se levanta apressadamente. Provavelmente irá se drogar quando chegar em casa.

Demi- Tchau.

Wilmer- Pulseiras legais.

Disse encarando seu braço esquerdo que estava repleto de pulseiras.

Vejo a mesma ficar tensa e esconder o braço atrás do corpo. Estranho...

Demi- Obrigada...

Saímos da sala encontrando seus pais aflitos na sala de espera. Demi não fala com eles e sai da clínica indo provavelmente a seu carro.

Eddie- Como foi doutor Valderrama? 

Wilmer- Melhor do que eu esperava. Tragam Demi aqui amanhã, no mesmo horário.

Dianna- Traremos, obrigada doutor.

Assenti e os dois foram embora.

Fui na minha sala e pensei um pouco... Tem algo nessa garota, algo que ela esconde, talvez atrás dessas pulseiras, ou desses ''sorrisos''. Não importa, vou descobrir.

 



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