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História The throne - Number twenty-two: Unexpected help.


Escrita por: queenmaddox

Notas do Autor


Eu sei, demorei. Mas oi, to aqui sz

Capítulo 21 - Number twenty-two: Unexpected help.


Houveram três batidas na porta e por fim, acabaram adentrando meu quarto mesmo sem permissão, já que eu não tive a mínima vontade de atender. Ela estava usando um uniforme de criada do castelo, o cabelo castanho preso por duas tranças em suas mãos havia uma bandeja com o que deveria ser meu café da manhã.

—John, você está deitado nessa cama sem levantar pra nada além de tomar banho e comer de vez em quando fazem três dias. Está na hora de encarar o mundo.— Arabella disse num tom autoritário e que eu geralmente usava com ela, e não o contrário. Colocou a bandeja em meu criado-mudo e abriu as janelas, deixando que o sol entrasse em meu quarto, fazendo com que meus olhos ardessem por conta da claridade. Coloquei o cobertor em frente o rosto e ela o puxou de mim, e foi logo dobrando. 

—Arabella, eu não preciso de sua ajuda e muito menos de sua pena. Só quero ficar quieto.— Puxei o cobertor de suas mãos e voltei a me cobrir. Ela não se encolheu nem parecia decidida a sair do meu quarto quando me ouviu, pareceu ainda mais decidida a permanecer ali. Se sentou do meu lado e ficou lá, me encarando com seus olhos azuis. 

John, não sinto pena de você e não sei por quê deveria sentir. Eu só me importo o suficiente para não te deixar ficar aqui se lamentando e se colocando como vítima da história. Teu país precisa da tua ajuda, tua mãe precisa e as selecionadas esperam por você. Já pensou nisso? Porque sinceramente parece que não. Agora vai, levanta e troca de roupa. Vou te esperar. Quero te levar para um lugar que você vai gostar.—Eu ainda não estava muito convencido a levantar e encarar o mundo, de acordo com o conselho que era me dera, mas tinha mesmo deveres. Não tinha tempo para perder. Me levantei e abri meu closet. Escolhi uma camisa e um jeans, mais confortáveis porém apresentáveis para sair em público.

Saí do quarto e atravessei o corredor ao lado de minha amiga torcendo para não ser visto. Não fazia ideia de para onde estávamos indo, só sabia que era para longe do castelo. Descobrimos atrás dele alguns pequenos montes com gramado em seu topo, que dava para uma ótima vista. Subimos um deles e nos sentamos na grama verde de frente para um lago que ficava lá em baixo. Ela tirou de dentro sutiã um maço de cigarros e um isqueiro. Acendeu um e tragou. 


Vamos, acenda um.—Ela me passou o maço de o isqueiro com um sorriso empolgado no rosto. Fiz o que ela mandou e dei o primeiro trago. 

Agora podemos conversar. Quer falar sobre o seu pai e a ridícula da América?— Ela tragou mais uma vez e olhou em meus olhos, esperando por uma resposta. Suspirei. Não sabia se estava pronto para falar, porque ao falar tornava todos aqueles acontecimentos reais.

Ele se casou com a minha mãe, gostava da América. Os dois sempre tiveram um caso. Simples. Nada demais.— Não me alonguei muito ao dizer. Na verdade era nada simples, mas não sabia o que falar. Em meus lábios, havia um sorriso zombador, como se eu não me importasse. 

Simples? Ok. E como se sente quanto a isso?— Ela perguntou a mim como se não estivesse estampado em meu rosto e como se não fosse óbvio.

—Muito puto. É assim que eu me sinto quanto a isso. Meu pai se tornou um monstro. Ou talvez ele já fosse e resolveu assumir agora. Não entendo como uma mulher como América se deixa prestar um papel desses. Não entendo nada do que está acontecendo.— Resmunguei enquanto terminava meu cigarro. O joguei no chão e o apaguei com a sola de meu sapato. Não ligava se houvesse um incêndio, talvez até o apreciaria caso acontecesse.

Olha, minha vida é uma merda. Mas eu com certeza não ia querer ser você. Sua vida ganha no quesito ser uma merda. Quer dizer, ter que fazer tudo de acordo com a vontade dos outros, ter toda essa responsabilidade e não poder fazer nada quanto ao que você não concorda...Eles merecem uma lição, todos eles. —Ela apagou o cigarro dela também e tirou do bolso um pacote com chicletes.

É de menta, vai querer? —Ela esticou o pacote e o balançou na minha frente. O peguei de sua mão e coloquei dois de uma vez na boca. Odiava o de menta, preferia o de hortelã mas naquele momento, aquele servia.

—Seu discurso me deixou até mais animado agora, Arabella. Muito obrigado por me lembrar de como minha vida é uma merda. —Revirei os olhos e a observei fazer uma bola de goma de mascar, rindo logo depois de meu comentário.

Desculpa, estou sendo verdadeira. Achei que estivesse cansado de mentiras e de ser tratado com dó e pena. Só estou fazendo o que me pediu para fazer. —Ela deu de ombros, ainda achando graça. Se aproximou mais de mim sem mesmo perceber. Gostava da companhia de Bella, ela era completamente engraçada e inteligente e não agia como todo o resto. Me conheceu como Jack, um cara qualquer num bar, além de qualquer título ou pilhas de dinheiro. Gostava disso também.

Me aproximei também e a puxei pela cintura contra meu corpo, coloquei uma de minhas mãos em sua nuca e juntei seu rosto do meu. Ela colocou as mãos por dentro de minha camisa e passou suas unhas por meu tórax, então colamos nossos lábios e nos beijamos. Caímos para trás na grama e ficamos ali deitados. Tirei sua blusa e ela tirou a minha. Passei meus lábios dos seus para seu pescoço, e depois continuei a descer e ela que antes acariciava meu cabelo, o puxou e me impediu de completar o que eu estava prestes a fazer. Me toquei do que estava fazendo e me deitei do seu lado, sem saber ao certo o que dizer. Permanecemos em um silêncio completamente desconfortável por conta do que acabara de acontecer.


—Sabemos que isso não acabaria mesmo bem. Quer dizer, eu sou uma criada, você é você e tem que escolher uma garota para casar. Nossa amizade ia ser completamente arruinada. Tentamos ignorar quem nós somos e não deu certo. Não nesse caso. Se precisar conversar como meu amigo e eu como a sua, vou estar é...aqui. —Deu de ombros, se levantou e vestiu sua blusa, me deixando lá plantado. Fiquei por um tempo refletindo sobre tudo e de como as coisas estavam confusas. Perto do fim da tarde, vesti minha blusa e voltei para casa. Estava próximo do horário do jantar, então tomei um banho e fui para o salão, onde todos esperavam, incluindo as garotas e meus pais...e América. Revirei os olhos ao vê-la, mas controlei minha raiva. Sentei-me ao lado de Itália e servi a mim mesmo um pouco de sopa. Ela olhou para mim com preocupação.

Você sumiu, Johnny. Estive preocupada contigo. Tentei ir atrás de você mas dessa vez haviam homens que não deixavam ninguém além de suas criadas entrarem no seu quarto. —Ela colocou um guardanapo no colo e tomou um pouco da sopa. Parecia ansiosa, nervosa, inquieta.

—Desculpa, Lia. Queria e precisava de um tempo para ficar sozinho. —Tentei comer a sopa o mais rápido possível para terminar e sair de lá, ou ia acabar sendo grosso sem ter a intenção de fazê-lo. Estava sem paciência para conversas e garotas. A existência delas tem me irritado bastante ultimamente. Terminei e me levantei, deixando o salão e indo direto para o meu quarto. Abri o frigobar e tirei de dentro uma garrafa de vodka. A bebi pura e acabei dormindo abraçado a ela.


Notas Finais




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