O avião desembarcou. Logo estávamos em solo brasileiro. Eu e Yoongi estávamos morrendo de sono, mas Rosalie e Dak-Ho estavam mais agitados do que nunca.
*Flashback on*
*no avião*
— Mamãe, eu só vi a vovó e o vovô pelas fotos. Será que eles vão gostar de mim? - perguntou Rose, apreensiva.
— Eles amam você. E amam também o doidinho do seu irmão - apontei para Dak-Ho, sentado no colo de Yoongi, assistindo uma temporada de Game Of Thrones junto ao pai.
Ela sorriu.
— Eu tenho primos?
— Digamos que não. Eu sou filha única. Mas, eu tenho amigas que considero como irmãs, então você pode fazer amizade com as filhas delas.
— Mas, e se elas não gostarem de mim por eu ser morena igual a você? - ela olhou para os próprios pés.
— Rose - ri da inocência dela, que chegava a ser adorável. — O Brasil não é a Coreia do Sul. Estamos indo para um dos países mais miscigenados do mundo.
— Miscige... O que?
— Lá tudo é misturado. Tem negros, brancos, pardos, asiáticos. Tudo que você imaginar. Ainda existe preconceito, claro. Existe preconceito em todo lugar, mas no Brasil é bem pouco, amor.
— Que legal, mamãe! - ela me abraçou.
Rosalie estava sentada no meu colo, se preparando para dormir.
— Mamãe? - ela sussurrou no meu ouvido.
— O que?
— Eu te amo.
Sorri.
— Eu também te amo, filha.
*flashback off*
Vi meus pais de longe. Eles sorriam. Em passos largos, vieram até nós.
— Vovó! Vovô! - Rosalie e Dak-Ho os abraçaram.
— Meus netinhos! - minha mãe falou, toda contente. — Como vocês cresceram!
— E estão lindos - acrescentou meu pai, sorrindo. — Eu trouxe presentes.
— Presentes? - perguntaram animados, com os olhinhos brilhando.
— Um carrinho de controle remoto para você, rapazinho - ele entregou na mão de Dak-Ho. — E uma boneca para você, mocinha - entregou na mão de Rose.
— Desde quando seu pai é babão? - Yoongi perguntou, sussurrando no meu ouvido.
— Eu não sei. Acho que é a idade... - respondi, confusa.
— Ei, vocês dois. Eu ouvi isso! - ele olhou bravo para mim e para Yoongi, depois veio em nossa direção e nos abraçou.
— Acho que não posso mais chamar seu marido de moleque, (S/N). Ele tem barba agora - comentou meu pai, impressionado.
— Vocês devem estar cansados - disse mamãe. — Vamos para casa. Eu fiz muita comida!
— Oba, comida! - Dak-Ho comemorou. — Fez brigadeiro, vovó?
— Fiz, meu filho. Vamos logo.
[...]
A casa nova que meus pais compraram era enorme. Possuía três quartos e uma suíte.
— É bem grande, realmente - comentei. — Amor, vamos ficar em qual quarto?
— Aquele.
Yoongi apontou para a suíte, que ficava no andar de cima, afastado de todos os outros quartos.
— Por que o mais afastado? - indaguei.
— Mais tarde você descobre - respondeu maliciosamente.
— Ah, é? - ri. — Ai, como você é idiota.
— Um idiota que você adora.
— Adoro, mesmo. Agora vamos subir.
Começamos a subir as escadas com nossas malas nas mãos. As crianças resolveram ficar no andar de baixo porque o quarto era perto da espaçosa sala-de-estar.
— Estou cansado - disse Yoongi quando chegamos lá.
Ele deitou na cama. Estava realmente cansado. E eu não podia negar, também estava. Ficamos a viagem inteira respondendo as perguntas das crianças, que por sua vez pareciam ter tomado dois litros de café antes de sairmos da Coreia.
Me deitei ao lado dele e o abracei.
— Vamos tomar um banho para dormirmos agarradinhos a tarde inteirinha?
— Opa, eu quero - respondi.
Yoongi andou até o banheiro e eu fui atrás. Tirei a camisa dele e ele tirou a minha. Tranquei a porta e ele me pegou no colo, deixando beijos no meu pescoço.
— Não vamos transar agora - avisei.
— Por que não?
— Acabamos de chegar, Yoongi.
— E daí? Pode ser que não tenhamos outro momento sozinhos, você sabe que as crianças vão querer passear por aqui mais tarde.
— Ok. Tudo bem. Vamos.
Me despi e ele fez o mesmo, ligando o chuveiro gelado. Estremeci.
Yoongi colocou as mãos gélidas na minha cintura. Selamos os lábios, deixando o momento fluir naturalmente. Minhas mãos passeavam por entre suas madeixas e as dele pela lateral do meu corpo nu. Mutuamente, passávamos sabão um no outro enquanto a água fria estava a cair sobre nossos corpos. Os beijos eram inevitáveis. O banho era relaxante. Me imergi em pleno prazer quando ele se ajoelhou e começou a me chupar, de modo que nunca havia feito antes. Eu gemia alto, descontroladamente. Após sairmos do chuveiro, deitei-o na cama e sentei no seu colo. Forte. Ele me penetrou e os movimentos eram cada vez mais rápidos, mais ainda quando ele inverteu as posições e ficou por cima, dando estocadas fundas e precisas. Bastou pouco para fazer-nos chegar ao ápice.
Seu peitoral agora era o meu travesseiro. Yoongi beijou o topo da minha cabeça enquanto acariciava minha bochecha. Trocávamos olhares apaixonados. E então, dormimos.
[...]
Acordei assustada com meu celular tocando. Era meu alarme. Olhei para o lado e Yoongi ainda dormia, tendo sua nudez escondida debaixo do cobertor branco. O relógio marcava 17h da tarde e nós havíamos chegado de viagem as 11h45 da manhã. Suspirei e fui em direção à minha mala, pegando um traje aleatório para vestir. Peguei minha cartela de anticoncepcional.
— Que cara de sono é essa? - perguntou minha mãe quando eu cheguei na cozinha.
— A viagem foi bem cansativa, mãe. Eu e Yoongi dormimos um pouco.
— Você não precisa fazer a sonsa comigo, menina. Deu pra ouvir da casa inteira! - exclamou, rindo.
— Ah, meu Deus! - respondi envergonhada.
— Tivemos que ligar a televisão da sala e colocar o volume no máximo para as crianças não escutarem. Vocês estão nos devendo alguns favores por isso.
Peguei um copo de água e coloquei a pílula na boca. Tomei.
— Já pensou em ter mais um bebê?
— Já pensei, mãe. Mas agora não é o momento. Eu e Yoongi já temos dois.
— Sinto falta de ter um bebê para pegar no colo - comentou.
— Então por que você e o papai não fazem um?
Ela pegou uma colher-de-pau.
— Não pense que só porque cresceu pode me desrespeitar, menina! Olha que lhe dou nas pernas, ein!
Comecei a rir.
— Você nunca muda, né, dona Marilene?
— Robson, eu vou bater na abusada da sua filha! - ela gritou para o meu pai ouvir, da sala.
Meu pai veio e as crianças vieram atrás.
— Mamãe, quando vamos na praia de Poca Bacana? - Dak-Ho indagou.
— O que? - o olhei confusa.
— Ele está falando de Copacabana, menina - respondeu minha mãe.
— Ah, sim. Vamos amanhã.
— Mas e hoje, vamos fazer o que? - Rosalie se sentou na cadeira. — Podemos nos dar um rolê na cidade? Aliás, cadê o papai?
— Ele está dormindo - falei. — Nada de rolê pela cidade hoje. E olha as gírias! Você só tem seis anos.
— Aish, okay. Vou preparar o meu biquíni, já que nós vamos para a praia amanhã - respondeu a menor.
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