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História The Turnaround - Prologue


Escrita por: massiekur e BelieberOfJus

Notas do Autor


--> Fanfic Original.
--> Os personagens são de nossa autoria.
--> Lembre-se: Plágio é crime.

Boa leitura, e até as notas finais! <3

Capítulo 1 - Prologue


Fanfic / Fanfiction The Turnaround - Prologue

Katherine’s P.O.V

“Insegurança. Depois da tremenda reviravolta em minha vida, essa é a palavra que melhor me define. E a pior coisa que você pode fazer por uma pessoa insegura é gostar dela.” – Katherine Green Willes.

Universidade de Stanford, Califórnia.

– Está animada, amiga? Nossa, esperei tanto por esse momento! Já é um começo de sonho realizado. Tá vendo só? Estamos na f-a-c-u-l-d-a-d-e. Mal posso acreditar, me belisca! – dizia Jennef aos pulos enquanto andávamos pelo campus de Stanford.

Hoje, primeiro dia de aula na faculdade. Confesso que estou animada mas também estou nervosa e insegura. Jennef, minha melhor amiga estava dando pulos de alegria e ansiedade. Eu já parecia não estar gostando nem um pouco, mas estou. Como ela disse, é um começo de realização de sonhos mas, por instinto, senti que algo estranho iria acontecer. Só não sei distinguir se será bom ou ruim.

– É real, Jenn. Estamos na faculdade dos nossos sonhos!

Stanford sempre foi o meu sonho. Desde criança, meus planos eram me formar aqui. Confesso que batalhei muito pra conseguir entrar, talvez esse seja um dos meus medos: não valer a pena o esforço enorme que fiz. Pelo menos, papai e mamãe estão bastante orgulhosos de mim. Eu estou orgulhosa de mim, e isso é o mais importante.

Jennef é linda e alegre. Porém, bastante misteriosa. Tem cabelos ruivos não-naturais mas que a deixam linda. É bem branca, dos cabelos bem lisos estaqueados na altura dos ombros. É um charme enorme e isso faz com que ela chame a atenção de muitos caras, principalmente por ser meio "cheinha". Não digo que ela seja gorda, prefiro o termo gostosa. Sabe o corpo de Demi Lovato? Define totalmente o corpo de Jenn. Me sinto humilhada andando ao lado dela, de verdade.

Jenn sempre sonhou em ser arquiteta. Ela sempre foi ótima com desenhos, e sua mãe, quando tinha nossa idade, queria essa mesma profissão. O motivo pelo qual Jennef sonha em ser arquiteta não é pelo ato de agradar sua mãe, até porque as duas não se dão nada bem. Mas talvez essa coisa esteja no sangue mesmo.

Eu irei cursar psicologia. Por mais que muitos digam que essa profissão não dá tanto dinheiro, eu decidi que realmente é isso que quero seguir, apesar de ter desistido algumas vezes da profissão por causa desse motivo, é isso mesmo que irei fazer. Como dizem, se você segue alguma profissão por gostar daquilo, você tem chances de ser a melhor e ótima naquilo que exerce. Como papai sempre diz, não vale a pena seguir uma profissão que dê muito dinheiro se você não tiver o mínino de amor por aquilo, porque aí acaba fazendo tudo errado e acaba se tornando cansativo.

Sentei-me e esperei o professor entrar em sala.

Vai dar tudo certo.

Vai ser um dos melhores anos da minha vida.

Vai valer a pena.

Pensamento positivo.

 E foi aí que prestei atenção em um cara que sentou-se ao meu lado. Hmm... Vinte anos?
Exalava um forte cheiro de hortelã, Calvin Klein e... cheiro de homem? Sou péssima em identificar cheiros, só sei que esse perfume realmente é da Calvin Klein.

– Dezenove, na verdade. – sorriu de lado e... Uau! Ele é bem bonito. Lembrou-me de Noah. Muito parecido. Bem parecido mesmo. Arrepiei dos pés a cabeça.

– Mas... o quê? – sussurrei a última parte e eu nem entendi o porquê, talvez eu estivesse tão incrédula e abaixei o tom de voz. Ele me olhou, fez uma cara misteriosa e apontou para a frente. O professor já estava em sala.

– Você perguntou: "Vinte anos?". Eu apenas te respondi.

– Mas eu não perguntei nada! – falei um pouco assustada. Ele com certeza leu minha mente ou algo do tipo.

– Pois juro que ouvi você dando um palpite de que eu tenho vinte anos. Você tem... dezessete? – me olhou com a testa franzida.

– Belo chute, isso mesmo. – respondi envergonhada.

– Diferente do seu chute, Kath.

– Kath? Como assim, Kath?

– É o seu apelido, ué. – ele lambeu os lábios para umedecê-los, olhou para a frente e depois voltou a olhar pra mim – Escutei sua amiga Jennef te chamar assim. Lindo o seu nome.

– Obrigada. – corei – E qual é o seu?

– Isac Collins.

– Collins? Uau! –Talvez fosse coincidência demais ou o destino estava querendo zoar com a minha cara. O mesmo sobrenome?

– Sim – ele riu – Posso saber o motivo da admiração?

– É um sobrenome que particularmente eu acho bonito. Enfim, espero que nos tornemos bons amigos, Isac. – soltei uma indireta, sem querer ser muito direta. Se ele for bastante esperto entenderá que dele eu só quero a amizade.

– É casada?

– Casada? – respondi com outra pergunta, espantada.

– A aliança em seu dedo. – apontou com o olhar para uma de minhas mãos, onde de fato se encontrava uma aliança.

– Ah, não, é uma longa história. Vamos prestar atenção na aula, por favor.

– Tenho a tarde toda livre, estou interessado em saber. Sou curioso. - sussurrou a última parte e sorriu de lado.

Não respondi.

Depois que o sinal tocou, levantei-me e abri minha bolsa para guardar apostilas e cadernos, Isac e eu éramos os únicos que ainda estavam na sala.

– Então, Kath, o que me diz? – ele perguntou ao fechar o zíper de sua mochila.

– Estarei ocupada à tarde. Não me leve a mal, Isac, mas são assuntos particulares e eu não gosto de tocar neles.

– Você espera que sejamos bons amigos desse jeito? Também tenho uma história não muito boa, Kath. Eu realmente sinto que preciso desabafar. Não tenho amigos, sou novo na cidade e eu adoraria ter uma melhor amiga. Soou carente demais? – ele riu.

– Apelativo também. – ri pelo nariz.

– Boa observação. – sorriu de lado.

– Ok, Isac, talvez eu realmente precise falar com alguém sobre isso e já que você também precisa, podemos ter essa conversa. Assim poderemos nos conhecer melhor e virarmos bons amigos. Sem falar que somos estudantes de psicologia e poderemos nos ajudar e ajudar a sermos bons e grandes psicólogos – sorri. Por que não dar uma chance a ele? Daqui a dois meses fará um ano e eu não falei sobre o que aconteceu com ninguém. Nem com Jennef. E eu sentia que eu realmente poderia confiar nele. Nossa! Estou me precipitando.

Ele pediu o meu celular e escreveu seu número lá. Mais tarde eu ligaria e nos encontraríamos para conversar. Talvez seja difícil falar abertamente com alguém sobre algo triste que aconteceu e ainda mais com ele, que eu mal conheço. Ele também estuda psicologia, vai ser bom pra mim, eu espero.

Saímos juntos para o intervalo e fizemos nossas apresentações básicas e o apresentei para Jenn, ele pareceu não gostar dela e ela o odiou amargamente, pude ver isso em seus olhos. E nem foi só isso, ela fez questão de me dar sermões durante o caminho inteiro de volta para casa sobre não ter tido uma boa impressão de Isac. Ela também odiava Noah, talvez essa seja uma das coisas que eu odeio nela. Noah foi a melhor coisa que me aconteceu e ela só tentou colocar coisas em minha cabeça e até hoje ela não gosta dele. É por isso que nunca contei a ela como me sinto em relação ao que aconteceu, apesar dela ser a minha única melhor amiga.

– Hoje á tarde vou pra sua casa, Kath. Quero assistir alguns filmes com você. – ela disse ao virar a esquina da Rua Dois.

– Não vai dar, Jenn. Marquei com Isac hoje.

– Já está assim, Katherine? Você mal conhece esse, esse, esse cara! – falou alterada e com indignação, num tom mais do que elevado.

Já está assim?

– Nossa, Jennef! Está bastante neurótica. – falei e voltei a olhar para a janela, percebendo que ela havia estacionado o carro em frente à minha casa. – Acalme-se e me ligue mais tarde. – falei por fim e saí do carro.

– Eu só não quero que você tenha mais uma terrível desilusão amorosa e que despedace o resto de Katherine Green Willes que ainda existe aí. – ela gritou e eu fechei a porta em sua cara, adentrando minha casa rapidamente.

Ela faz questão que eu lembre dele.

Parece que o mundo inteiro faz questão que eu relembre o que aconteceu. Sempre tem alguém pra perguntar "Como se sente, Kath?" "Foi a vontade de Deus querida." "Sinto muito. Como está lidando com isso?”. Não preciso de consolos, essas palavras não adiantam nem um pouco porque assim que fico sozinha me derramo em lágrimas. Essas palavras não aliviam a dor de ninguém.

Todos os dias, alguém fala algo que me lembre a Noah. Isso é difícil, foram cinco anos com ele. Tantas coisas me fazem lembrá-lo, como se não bastasse eu por si só lembrar dele todos os dias através de canções, frases, textos, mensagens, fotos, e mil e umas coisas, as pessoas ainda perguntam dele. Eu realmente tento ser forte, mas eu não aguento. É difícil ser forte.

. . .

Já estava cochilando quando escutei o som da campainha. Levantei-me rápido da cama, passei a mão em meus cabelos para arrumá-los e fui atender a porta. Isac mexia em seu celular, usava uma blusa branca com uma jaqueta de couro por cima, com um gorro preto na cabeça, calças pretas e caídas que deixavam boa parte de sua cueca da Calvin Klein à mostra, não pude deixar de reparar. Calçado com um par branco de Supra, bastante estiloso. Ele tocou a campainha mais uma vez, eu o observava pelo olho-mágico. Resolvi abrir.

– Oi, Isac. Entra. – ele me olhou dos pés a cabeça. Camisetinha verde com short preto e bem curto, com blusa de frio preta por cima que cobre todo o braço e um par de meias pretas que iam acima dos joelhos. Amo short curto, mesmo com clima frio.

Ele sorriu e me abraçou apertado. Um abraço tão bom e que eu realmente estava precisando sentir há tempos.

Quando desfez o abraço, dei espaço para ele entrar e assim o fez. Fechei a porta atrás de nós.

– Pode ir subindo. Última porta à esquerda. – falei e ele assentiu. Subiu as escadas e eu fui à cozinha pegar alguns lanches.

Quando cheguei ao meu quarto, ele olhava alguns porta-retratos que estavam na escrivaninha ao lado de minha cama. Entre eles, um estava Noah e eu abraçados com sorrisos de ponta a ponta. Nesse dia tínhamos ido ao show do Michael Jackson e foi um dia bastante especial pra ele e pra mim. Ele era um grande fã do Michael, e eu também.

– É o seu namorado? – Isac perguntou ao notar minha presença.

– Era. – coloquei o pacote de salgadinhos, biscoitos, doces e sucos em cima da cama.

– Sour Patch Kids? Eu amo! Meu doce preferido! – ele disse em meio a um sorriso bobo.

– O meu também. – ri de sua alegria e nos sentamos na cama, que por sinal eu havia esquecido de arrumar – Eu estava pensando, somos dois estudantes de psicologia, pensei que além de nos conhecermos melhor, poderíamos nos divertir. Eu poderia ser a sua paciente e você o doutor, o que acha? Depois trocamos os “papéis”. – fiz aspas com os dedos.

– Ótima idéia, Kath. Eu pensei sobre isso também durante o caminho, por isso trouxe dois gravadores. Vamos testar sua inteligência psíquica, doutora Willes.

– Veremos o seu nível e se é um bom psicólogo, doutor Collins. – rimos. – Estamos em sua sala e serei sua paciente. Ele assentiu.

Eu estava mais do que insegura por estar prestes a desabafar com um cara que havia conhecido naquele mesmo dia. Mas Isac tem algo diferente, sinto que posso confiar e além disso, preciso mesmo me abrir com alguém, isso está me degolando por dentro.

– Primeira sessão. – disse Isac e posicionou o gravador na escrivaninha.


Notas Finais


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