1. Spirit Fanfics >
  2. The Twin Sister- Norminah >
  3. (Cap. 24) Tudo O Que Eu Tenho

História The Twin Sister- Norminah - (Cap. 24) Tudo O Que Eu Tenho


Escrita por: wtfuckDaddy

Notas do Autor


Então, a julia, vulgo dona desse perfil, me disse algo sobre eu não ter me apresentado aqui, e as pessoas estarem confundindo ela comigo....Algo assim
Eu vou usar codinome aqui como Lisle, ou Daddy, se vocês virem alguma one shot, ou fanfiction desse perfil com um desses nomes, são minhas, okay?
okay
Vou dar oque as babys estão pedindo tanto

Capítulo 24 - (Cap. 24) Tudo O Que Eu Tenho


O celular de Dinah vibra em suas mãos e ela olha-o rapidamente pensando que é Normani ligando-a mais uma vez para avisar que já estava chegando. Ela havia ligado a pouco mais de 10 minutos para avisar que já havia desembarcado no O'Hare e estava à caminho do hospital. Mas não era Normani ao telefone dessa vez.

Um número desconhecido aparecia na tela do celular da loira. Não estava realmente com vontade de atender, pois o seu chefe que, naquele momento, era a quem ela devia satisfações, ela já havia comunicado sua localização e o motivo dela. O que foi entendido perfeitamente por ele de imediato. No entanto, ela não tinha nada melhor para fazer, sua cabeça estava explodindo por causa do que estava havendo com Ashlee e ela estava contando os segundos para poder vê-la bem novamente. Então resolveu atender, para passar seu tempo, ao menos.

-Alô?

- É... Oi! Dinah? - A voz soa do outro lado da linha.

- Sim, sou eu. Quem deseja? - Fala entediada.

- Sou eu, Allan. Allan Baker! Lembra de mim? - A loira forçou sua mente para lembrar quem seria essa pessoa. Algum cliente, funcionário, alguém importante... Algo do tipo. Então sua mente parou no dia do show que ela havia ido poucos dias atrás e lembrou-se do belo rapaz que lhe fez companhia e ela havia dado uns amassos com ele no fim da noite. Ah, e depois ela havia dado o seu número a ele.

-Hum, sim. Claro! Como vai?

- Eu vou muito bem e você? - Falou empolgado.

- É... Eu estou bem. - Tentou forçar um pouco de entusiasmo. Mas o rapaz percebeu que não era real.

- Ih... Tem certeza? Parece que não ficou muito feliz em receber essa minha ligação. Quer dizer... - Limpou a garganta. - Liguei em uma hora ruim? - Emite um grunhido. -Ah, nossa. Me perdoa. Você deve estar trabalhando agora, não é? Que idiota eu sou, te ligar a essa hora. É que eu só tive tempo agora, sabe?

- Hey, calma... - Sorriu fraco interrompendo-o. - Não tem nada a ver, nem é culpa sua. - Bufou. -Desculpa, não estou muito animada para falar agora, pois uma amiga minha sofreu um acidente mais cedo e eu estou no hospital esperando notícias dela.

- Oh... Desculpe por isso. Não sabia. - Segundos de silêncio. - Então... Isso quer dizer que eu realmente liguei em péssima hora. - Deu uma risada sem graça. - Bem, Dinah... Posso te ligar em outra hora então?

-Claro. - Sorri. - Desculpe-me, é que eu não seria uma boa pessoa para se conversar nesse momento.

-Não, sem problemas. Não precisa se preocupar com isso. Te ligo outra hora, ok?

-Ok. Falo com você depois.

-Combinado. Ah, melhoras para a sua amiga. E fique bem você também.

-Tentarei. - Sorriu. Ouviu um "bip" vindo de seu celular e viu que era Normani ligando para ela. - Allan...

- Sim?

-Tenho outra ligação. Falaremos depois. Até mais!

Até mais, Dinah.

Eles desligaram e a loira atendeu a outra chamada.

-Oi Normani

- Já estou na frente do hospital tirando as minhas malas do táxi. Me dá as coordenadas para eu chegar ai. - A morena fala apressada.

- Eu estou indo aí encontrar você. Espere por mim. - Desligou o telefone.

Ao levantar-se observa um médico vindo em sua direção. Seu coração gelou e ela engoliu seco.

- Senhorita Dinah Jane Hansen? - Pergunta alternando o olhar entre sua ficha e o rosto dela.

- Sim?

- Eu sou o Dr. Carter e estava na sala com a paciente Ashlee Kordei. - Olhou para os seus papéis novamente. - Vim dar-lhe rápidas notícias.

- Estou esperando. - A loira parecia muito mais nervosa que há alguns segundos. - Más notícias? - Perguntou receosa. O médico olhou em seus olhos.

- Sendo bem sincero, pelo modo que o acidente aconteceu e o estado que ela chegou aqui, eu pensei que ela ficaria pior.

-Isso quer dizer que... Ela está bem? - Perguntou esperançosa.

- Olhe, ela não está tão ruim quanto aparentava, mas também não está tão bem assim. - A loira engoliu seco mais uma vez. - Ela deslocou o ombro direito e quebrou duas costelas direitas também, que foi o lado que o ônibus bateu nela, uma fratura na patela esquerda, que foi, provavelmente, quando ela caiu e bateu com o joelho no chão, traumatismo craniano leve, que até agora não apresentou sequelas graves e... - Olhou o seu papel novamente. - Alguns arranhões e hematomas facilmente cuidáveis, pelo corpo e cabeça. - A loira estava perplexa. Boquiaberta. Piscou os olhos algumas vezes e respirou fundo.

- Ela está com isso tudo e o senhor está me dizendo que ela está bem? - Fala um pouco indignada. Porém, muito mais em choque.

-Eu não falei que ela estava bem. Falei que ela estava melhor do que aparentava estar quando chegou aqui. - Respirou cansado e abaixou sua ficha junto ao seu quadril. - Mas fique tranquila. Ela está sedada, provavelmente não acordará hoje. Demos uma dose forte para ela não sentir dor agora, ela ainda está fraca, mas vai ficar bem. Também já estamos encaminhando-a para o quarto. Logo, logo a senhorita estará sendo avisada e direcionada a acomodação que ela ficará. Eu e minha equipe ficaremos acompanhando-a.

- Certo. - Balançou a cabeça positivamente olhando para o chão.

- Hum... Senhorita Hansen? - Olhou a ficha novamente. - A Senhorita não é parente da paciente, certo? - Levantaram a cabeça e se olharam.

-É eu não sou. Sou a chefe dela, na verdade. - Respondeu engolindo seco. - Por quê? Algum problema que eu esteja aqui a acompanhando? Eu... Eu não posso ficar? Não posso vê-la?

- Não, nada disso. - Sorriu gentil. - É que não é comum ver essa relação afetiva chefe-funcionário. Perdoe-me a intromissão, só quis expressar que acho muito bonita essa sua atitude. - Ele sorriu novamente e a loira tentou sorrir de volta, mas o máximo que conseguiu foi curvar um pouco os lábios para o lado direito. - Tenho de ir. Veremos-nos depois. Até.

- Até. - A loira respondeu ainda olhando o médico.

Subitamente uma voz conhecida invade o seu ouvido e ela olha para trás dando de cara com uma Normani completamente alterada, há pouco mais de 50m de distância, andando batendo seus saltos contra o piso branco, xingando (em espanhol) a enfermeira que tentava contê-la e arrastando a sua mala corredor adentro e chamando a atenção da maioria das pessoas por onde passava. Ela avista a loira e encara a enfermeira, com os olhos cerrados, que está quase a segurando pelo braço para que diminua a intensidade de seus passos e falar mais baixo. Então a loira vê o desespero da enfermeira caminhando ao lado da morena e aproxima-se das duas.

- Perdão enfermeira, ela está alterada por que a irmã dela está hospitalizada aqui. - A loira dirige-se à mulher baixinha ao lado de Normani.

- Eu não entendi nada do que ela falou. Mas por favor, peça para ela ficar quieta que isso daqui é um hospital e tem pessoas querendo descansar. - A enfermeira falava enquanto gesticulava apontando para a morena que estava resmungando algo em espanhol olhando para o teto.

- Pode deixar que eu cuido dela a partir daqui. - Apóia suas mãos nos ombros de Normani tentando contê-la. A enfermeira passa seus olhos da loira para a morena algumas vezes em desconfiança que Normani vá quebrar alguma coisa por causa de seu estresse. A morena revira os olhos olhando para ela.

- No escuchas bien? ¿Estás loca? Vaya a donde no puedo verte! - A mulher arregalou os olhos para a morena enlouquecida e olhou a loira mais uma vez. Dinah apertou os ombros de Normani e acenou para a mulher ir embora. Ela deu um passo para trás e encarou os olhos escuros de Normani a olhando com raiva. - Fuera, Fuera, fuera! - A mulher apressou o passo e saiu dali, sumindo pelo corredor e balançando a cabeça em negação.

-Normani, pare de gritar! - Dinah sussurra perto da morena ainda segurando os seus ombros. -Você está dentro de um hospital.

- Você tem problemas de perca de memória recente, Dinah? - A loira não entendeu o olhar de acusação da morena para ela. - Tem a mesma doença que a Dory?

- Mas... O que? - A loira não estava entendendo nada. - O que eu fiz? Porque está falando assim? Quem é Dory?

- Se perdeu pelo hospital e não conseguiu me achar? - Ignorou as perguntas da loira e cruzou os braços. - Você disse que iria me encontrar para que eu pudesse ver a minha irmã e você nem apareceu. Eu tive de encontrar o caminho sozinha com uma anã vestida de enfermeira no meu pé falando besteira. - Ok, agora a loira entendeu o motivo do stress de Normani com ela.

- Ei, calma. Eu ia sim, mas quando levantei o médico apareceu para me dar notícias sobre ela. - Tentava se explicar. - Desculpa. - Normani suspira.

- Como ela está? O que aconteceu? Cadê o responsável pelo ônibus? - Pergunta mais calma.

- Senta aqui que eu vou te contar tudo. Desde o começo.

Ela falou com Normani sobre o que aconteceu, contou tudo com todos os detalhes que ela sabia, inclusive o que o médico acabara de lhe comunicar.

- Mas como assim aquele filho da mãe daquele motorista ainda não está sem calças? - A morena se exalta. - Quero tirar tudo dele!

- Calma Normani! - Dinah tentava fazer com que ela voltasse a falar baixo.

- Mas como me pede calma? - Passou a mão nos cabelos, jogando-os para trás. - Você está me dizendo que eu tenho uma irmã acidentada e desacordada, cujo o responsável por isso não vai pagar pelos seus atos do modo que deve ser? -Gesticulava nervosamente.

- Ele vai sim! - Segurou as mãos de Normani. - Eu vou repetir o que eu disse para que fixe em sua cabeça, ok? - Respira fundo e fala devagar. - O advogado da empresa está cuidando de tudo. Aí você pergunta: "Mas Dinah, porque o da empresa e não um particular?" e eu respondo: "Porque foi em horário de trabalho que aconteceu do ônibus bater nela. Ou seja, de uma forma ou de outra, legalmente falando é um acidente de trabalho." Entendeu agora?

- Mas não é isso que está em questão! É que ele não será punido? É isso? - Fala em tom de quase desespero e raiva ao mesmo tempo.

- Eu já disse que ele vai! Só que há uma coisa que acho que você não ouviu direito quando falei, Normani. Eu disse que a Ashlee também estava errada, atravessou a rua imprudentemente só que o ônibus vinha mais rápido do que deveria. Se ele tivesse na velocidade máxima permitida, ele teria batido nela? Não... Mas se ela tivesse deixado a pressa de lado e olhado para os lados isso também não aconteceria. - Normani respira fundo e fecha os olhos. A loira ainda está segurando as mãos dela. - Olha... Eu sei que quando algo ruim acontece com alguém que amamos, nós procuramos jogar a culpa em algo ou alguém. Isso é normal. Muito mais do que pensa. - A morena abre os olhos que neste momento estão marejados.

Normani respira cortadamente algumas vezes e desvia os olhos dos da loira. Balança a cabeça de um lado para o outro para tentar manter a calma. Alguns segundos de silêncio instalam-se ali.

- Ela é tudo o que eu tenho. Ela é minha família. - Sua voz sai fraca e cortante. - Só me diz que ela vai ficar bem. - Continua encarando a parede ao lado delas. - Por favor. - A loira aperta as mãos da morena tentando transmitir confiança.

-Ela vai ficar bem. Ela é forte. - Normani olha a loira e ambas sorriem fraco.

Alguns minutos se passaram e elas estavam sentadas uma ao lado da , quase que pacientemente, esperando notícias. O celular de Normani tocou algumas vezes, mas a morena nem se mexeu para atendê-lo, ou melhor, pegou-o para colocar no silencioso e guardo-o novamente. Porém o barulho dele vibrando ainda dava para ser ouvido por Dinah que estava ao seu lado. Ela iria perguntar se Normani não iria atender, mas preferiu não ser intrusa a esse ponto.

Uma enfermeira aponta no fim do corredor olhando os seus papéis. Ela olha para frente e avista algumas pessoas sentadas e esperando notícias. Todas as pessoas olham apreensivamente para a enfermeira e a mulher olha de novo o seu papel.

-Dinah Jane Hansen? - Pergunta quando para bem no meio das pessoas sentadas.

- Sou eu. - A loira levanta-se juntamente com Normani ao seu lado.

- Olá. A paciente Ashlee Kordei já está acomodada. Me acompanha até o quarto?

-Claro. - A loira responde calmamente. A enfermeira olha para Normani e dá alguns passos seguidos por elas.

- E a Senhorita, obviamente, é irmã da paciente. Certo? - Dirigiu-se à Normani com o olhar mais uma vez. A loira franziu a testa discretamente, por um intervalo de falta de inteligência onde ficou pensando em como que a enfermeira sabia que elas eram irmãs. Então ela começou a acreditar que só ela julgava Normani e Ashlee diferente ao extremo psicologicamente falando- e acaba sempre esquecendo que são gêmeas univitelinas. A partir daí, questionou a sua intelectualidade durante o curto período de tempo até a morena responder à enfermeira.

-Sim, eu sou. Meu nome é Normani Kordei. Observou a enfermeira anotar seu nome em sua ficha. - Como minha irmã está? - Perguntou aflita.

- Ela está sob o efeito de tranqüilizantes e analgésicos. Está dormindo e, provavelmente não acordará hoje, pois as doses foram fortes para a paciente não sentir tanta dor, principalmente ao acordar. - Dinah e Normani ouviam atentamente o que a enfermeira estava falando e continuavam a seguir os seus passos. - Pelos exames feitos e a reação positiva dela à eles, vai ficar tudo bem. Ela só precisa descansar bastante. - De repente, Dinah lembra-se da poça de sangue que ela vira quando Ashlee estava caída no chão.

- É... - Hesitou em falar, pois não havia comentado isso com Normani anteriormente. Mas era mais importante saber sobre isso do que esconder de Normani e levar alguns minutos de reclamações em espanhol, as quais ela não iria entender nada. - Eu vi uma pequena poça de sangue que estava perto da cabeça dela quando ela estava caída no chão. - Normani virou a cabeça em direção à ela com uma velocidade tão grande que ela poderia ter quebrado o seu próprio pescoço. - O que aconteceu para ter ocasionado isso? -A enfermeira a olhou e olhou os seus papéis. O fato da enfermeira não ter conhecimento disso preocupou a Normani e Dinah.

- Sangue na cabeça? - A enfermeira procurou em suas anotações. - Mas como assim? Ele estava saindo de onde? - As duas começaram a entrar em desespero, suas respirações ofegantes e olhos arregalados. -Ah, não... Podem ficar calmas. Está aqui o problema que ocasionou isso. - Elas sentiram aos poucos o coração voltar ao normal. - Ela levou um corte grande profundo no supercílio. Dentro da fissura encontramos um pedaço de vidro que, ao julgar pelo grau que o vidro tinha, era de óculos. Ela usava óculos na hora do acidente, certo?

- Sim. - A loira respondeu um pouco mais aliviada.

-Quer dizer que a poça de sangue na cabeça dela foi somente isso, não é? Os óculos dela quebraram e o vidro rasgou a pele... Certo? - Normani perguntava receosamente.

- Sim, o sangue na cabeça foi isso. O vidro foi encontrado bem próximo do globo ocular, o corte está um pouco abaixo da sobrancelha. Por isso não estranhem que um dos olhos dela está com um curativo tapando-o por completo.

- Isso poderá prejudicar algo na visão dela? - Dinah pergunta curiosa.

-Não. Como eu disse anteriormente, o pedaço de vidro foi encontrado próximo ao globo ocular, mas não o atingiu de maneira alguma.

-Alguma sequela? - Normani pergunta.

- Apesar da bela pancada na cabeça, anda não temos sequelas de nada que possa ter ocorrido. Com o passar do tempo, observaremos a paciente e tiraremos conclusões. Peço que quem ficar com ela aqui, observe também o comportamento dela. - Ambas consentiram. A enfermeira pára em no meio de um corredor onde há vários quartos. Onde, provavelmente Ashlee está em um daqueles. -Falando nisso... - Olhou a ficha em suas mãos. - Senhorita Hansen... A sua ligação com a paciente é profissional, não é? É a chefe dela no caso, certo?

- Sim, sou chefe dela. - A loira responde sem entender o porquê que isso é importante agora.

- Bem... Já que a Senhorita Normani Kordei já está aqui e, evidentemente é irmã da paciente, a Senhorita não poderá mais acompanhar a paciente. - Dinah franze o cenho. - As regras do hospital dizem que, na presença de um familiar, só ele poderá acompanhar a paciente. E como a Senhorita tem o vínculo estritamente profissional com ela, só poderá vê-la em horário de visitas.

- Mas... Mas eu quem a acompanhei até agora, inclusive a acompanhei até o aqui no hospital dentro da ambulância, assinei alguns documentos de entrada dela... Como que, de repente, eu não posso mais ficar? - A loira parecia começar a ficar nervosa.

- Eu entendo perfeitamente a sua dúvida, porém só foi permitido que a Senhorita tenha feito isso porque não havia familiar algum presente. Mas agora a Senhorita Kordei já está presente. - Falou calmamente olhando para a loira. Dinah sabia que era uma regra geral nos hospitais e que ela não podia contestar. Mas era Ashlee quem estava ali e ela queria estar por perto, pois se preocupava com o estado dela e principalmente sentia-se culpada pelo que aconteceu. Ela estava se sentindo deixada de lado. E, definitivamente, não é um sentimento agradável. Olhou para baixo e tentou pensar em algo para rebater o que a enfermeira disse o olhou para cima e, quando ia dar-se por vencida, ouviu Normani falar em sua frente.

-Opa, opa... Espera um momento aí. - A morena massageou as suas têmporas e falou bem devagar. - Você está dizendo agora que ela não poderá mais ficar aqui agora porque não tem laço sanguíneo com a minha irmã? - Levantou os olhos e cruzou os braços assumindo uma postura um pouco mais séria. - Está expulsando-a com palavras bonitas? É isso? - A loira olhou para Normani e viu sua postura e então olhou de volta para a enfermeira que estava estática.

- Nã-não... Senhorita Kordei. De maneira alguma... Eu... - Limpou a garganta. - Eu só estou cumprindo ordens. - A loira observou o nervosismo da enfermeira diante da postura de Normani que agora estava de olhos fechados respirando fundo, provavelmente para não voar no pescoço dela. Aquela cena seria até cômica, se a situação não fosse tão trágica.

- Então o que quis dizer se não foi isso? - Abriu os olhos devagar e deu um passo para frente. A enfermeira engoliu seco. - Eu não acredito que a minha irmã está hospitalizada e você implicando com o DNA dela. - A enfermeira achou melhor não encarar mais o olhar negro da morena e abaixou o olhar para a sua ficha e depois olhou para Dinah pedindo socorro, mas a loira também não parecia muito feliz com a notícia de ser deixada de fora. Mas Dinah realmente não podia ficar. Eram as regras. O que mais ela poderia fazer? - Perdeu a língua?

-Bem... Senhoritas Kordei e Hansen... Eu entendo a insatisfação das Senhoritas. - Limpou a garganta e revezou seu olhar entre os olhos negros e os castanhos. - Mas é que, infelizmente essas são as regras. - Normani Bufou e abaixou a cabeça. Dinah suspirou e olhou para cima. - E-eu só não posso fazer nada, entendem? Por favor, compreendam. - Normani apertou as mãos tentando se conter e, repentinamente, como uma lâmpada que acende acima de sua cabeça, um lampejo divino faiscou em sua mente. Resumindo: Ela teve uma idéia. Olhou para cima devagar e encontrou o olhar apreensivo da enfermeira. - Desculpem-me. Eu não posso desrespeitar as regras, se não eu... - É interrompida pela morena.

- Você tem noção de quanto tempo estamos perdendo com essa bobagem toda? Nós já poderíamos estar lá no quarto com a minha irmã. - A Morena fala preparando o terreno para por em prática o que tinha pensado. A loira tinha a plena consciência de que a enfermeira estava de mãos atadas. Então resolveu ceder, afinal, com Normani perto, ela teria notícias sempre e Ashlee estaria bem acompanhada.

- Olha... - A loira respirou fundo. - Eu entendo você e sua impotência em relação a isso. - Normani percebeu no tom de voz de Dinah que ela não iria discutir mais e então resolveu intervir logo, mas a enfermeira falou primeiro.

- Escutem Senhoritas, sei que as duas querem muito estar por perto, mas só a Senhorita Kordei poderá ficar. Não adianta tentar me convencer, pois eu ao posso deixar a Senhorita Hansen entrar. - A morena cruza os braços e respira fundo.

- Olha aqui... - Levanta um dedo em direção a enfermeira. Um médico de cabelos brancos e óculos de grau na ponta do nariz saiu de dentro do quarto que elas estavam paradas na frente.

- Com licença. - Falou o médico antes de interromper a conversa. Olhou para a enfermeira e tirou os óculos. - A conversa está atrapalhando nossos trabalhos. Pode também está atrapalhando o descanso dos pacientes. Isso é um corredor de hospital não uma sala de bate papo, enfermeira.

- O senhor é um superior? - A Normani pergunta de braços cruzados.

- Bem, sou, eu sou o Dr. Biggs.Talvez possa ajudar. - Estende a mão para cumprimentar a morena e depois a loira. - Qual o problema aqui?

- Pois então. Vou lhe dizer o problema aqui. A minha irmã está hospitalizada em algum desses quartos aqui e essa enfermeira aqui... - Apontou para a mulher à sua frente. - Está impedindo que a minha namorada entre para vê-la. Alegando que não estamos em horário de visitas e que ela não é familiar da paciente. - Dinah levanta as sobrancelhas em surpresa pela palavra namorada e a enfermeira abre a boca também surpresa. - Isso é um absurdo! Como assim a cunhada da paciente não é familiar só porque não é do mesmo sangue? - A morena finge estar irritada. - Onde estão os superiores desse hospital? Isso é uma falta de respeito. - A morena aproveita a situação e faz um drama maior. - Cadê o direito de ir e vir? Porque ela não é da família? Pelo fato de sermos duas mulheres não somos consideradas um casal de verdade? Isso é o que afinal? Homofobia? - O médico arregala os olhos e prepara-se para falar algo limpando a garganta. - Porque se for, eu vou processar o hospital! - Fala um pouco mais alto gesticulando. Então a loira resolve entrar no jogo. Ela aproxima-se de Normani e põe a mão em seu ombro.

- Tudo bem, amor. - A loira fala com um tom falso de tristeza. - Deixe isso para lá. Eu vou embora e você fica com a sua irmã. - Normani olha rapidamente para ela.

- Não, não. Nem vem que eu não vou aceitar isso. Isso é preconceito! Um absurdo! - Começou a chamar a atenção de algumas pessoas que estavam ali. Então o médico resolveu intervir.

- É... Senhorita...? - Falou o médico.

- Kordei. - A morena respondeu.

-Senhorita Kordei. Perdoe-nos por isso. Não é nada disso que está aparentando. Poço mil desculpas, mas não sei o que aconteceu na mente de nossa enfermeira para ela fazer esse tipo de coisa. - Olhou para a enfermeira com os olhos cerrados. A enfermeira engoliu seco.

-Mas... Eu não sabia que... - A enfermeira tentou falar. Mas o médico interrompeu.

- Sem mais, enfermeira. - Cortou-a e olhou para Normani e Dinah novamente. -As duas podem entrar e perdoem-nos por isso. A enfermeira será punida pelo ato indevido. - Dinah viu que a injustiça seria cometida caso não fosse falado nada então resolveu amenizar as coisas.

- Não... Não precisa punir ninguém. - A loira fala olhando para o médico. - De fato, esquecemos do grande detalhe de mencionar claramente sobre o nosso relacionamento e por isso que a enfermeira tomou conclusões erradas sobre isso. Deixaremos passar. Não é, amor? - Olhou para Normani que estava de braços cruzados olhando feio para a enfermeira.

- Claro que sim, amor. - Respondeu ainda olhando para a enfermeira. - Agora será que alguém pode mostrar onde é o quarto? Ou vou ter que discutir mais um pouco sobre a árvore genealógica da minha irmã?

- Não vai esperar mais nada. - O médico disse. - Enfermeira, leve-as até a paciente em questão. E... Perdoem novamente o mal entendido. - Sorriu para as duas, elas deram um sorriso forçado de volta. - Com licença. - Virou as costas e saiu. A enfermeira ainda de olhos arregalados ficou olhando para elas.

- É... Me-me perdoem, eu não tinha idéia de que... - Dinah interrompeu antes que Normani falasse e fosse grosseira com a pobre mulher.

- Olhe, está tudo bem. Deixe isso para lá, ok? Agora nos leve até a Ashlee - A enfermeira assentiu e virou de costas andando alguns passos de distância sendo seguidas pelas duas. - Obrigada por isso. - A loira sussurra para a morena.

- Não seria justo você ficar de fora. - Disse a latina em resposta arrastando a sua mala ao lado de seu corpo. A enfermeira para em frente a um quarto e abre a porta para as duas entrarem.

- É aqui que a paciente Ashlee Kordei está. - Entra no quarto e logo em seguida as duas entram também. - Bem... - falou atraindo a atenção das duas para si. - Se precisarem de qualquer coisa, podem nos chamar. - Elas acenam com a cabeça e a enfermeira sai do quarto fechando a porta atrás das duas.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...