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História The Virus - T04EP20: Não se apegue a ninguém


Escrita por: Bookflix2

Notas do Autor


Enfim, o último episódio dessa temporada. Mas pode ficar aliviado, pois a quinta temporada vai estrear muito em breve.

Capítulo 80 - T04EP20: Não se apegue a ninguém


Na EMDD, a briga era intensa. Mais de duas horas brigando. Linda parecia exausta e Anne que era movida pela raiva, não se cansava. As pessoas sempre trabalham melhor com a força do ódio. 

Linda desviada de socos e ia agarrando os braços de Anne. Anne tentava falhamente puxar os cabelos curtos de Linda. Mas quando Linda parecia acabar com a duradoura briga, Meryl aparecia por trás dela, com um fio, e enforcava Linda. Ela não conseguia se soltar. 

Anne vinha a começava a socar a sua barriga. O oxigênio era praticamente inexistente nos pulmões de Linda. Mas, havia uma coisa que mudaria o rumo daquela briga. Meryl estava andando de botas com salto. Um deles quebra, o que faz ela parar de enforcar Linda. Anne corre para socorrer a irmã que havia caído, esquecendo totalmente da ameaça parada na sua frente.

Anne: Você está bem? Meryl, eu não quero perder mais uma irmã!

Linda aparece por trás e da uma paulada nas costas de Anne. Foi um golpe tão forte e cheio de ódio, que acabou quebrado a coluna de Anne, que ficava imóvel no chão. Como já havia dito, as pessoas trabalham melhor com o ódio.

Quando Linda estaca prestes a sujar ainda mais as suas mãos de sangue, Peight e seus soldados chegam e atiram nela. Mas, as armas virais não faziam efeito nela. Ela era imune, e isso só fazia com que ela se estressasse ainda mais.

Linda: Chega disso! Eu não aguento isso. Atira em mim Peight. Atira sua puta!!! Está cheia de armas, pode acabar com a porra do hospital a hora que você quiser! Por que contínua fazendo esse joguinho estúpido?

Peight: Por que sem vocês tentando me impedir... Para que armas? Para que vírus? Para que tudo isso? As pessoas devem sentir a dor que eu já senti. Essa dor é a frustração de não ser bom. De não ser capaz de deter a mim. Sem essa dor... Meu plano não tem propósito.

Linda: Que se foda seu propósito. Você é doentia. Já que precisa da gente, eu estou indo embora. 

Peight: Com que...

Linda olhava para ela com os olhos amarelos. Acho que como o vírus reflete na iris dos olhos, intimidava as pessoas. Peight parou a frase e deixou com que Linda fosse embora. Mas, estava brava porque uma simples rebelde a desacatou na frente de todos os soldados.

Meryl: Ande logo... Sua inútil! Nos ajude. Nós temos que destruir essas pessoas agora. Não dá mais para pensar em... Vingança.

Peight: Do que você me chamou?

Meryl: Pare com esse vitimismo Bee. Você sabe muito bem que não funciona comigo. Nunca funcionou. Agora pare de fazer drama e venha nos ajudar.

Peight não conseguia mais suportar os insultos de Meryl. Não de inútil. Ela ouvia isso da sua mãe. "Sua inútil, não faz nada certo." Inútil era o insulto que Peight não suportava escutar. Meryl ficou olhando para ela, com aquela cara de deboche. Peight não aceitaria mais ninguém passando por cima dela. Ninguém. Nem Linda, nem Paola e nem as Diamonds. Ela tomou a arma de um dos soldados e atirou inúmeras vezes em Meryl. 

Seu corpo ia ficando marcado de manchas pretas e logo era totalmente tomado pelo vírus. Peight estava tremendo de tanta raiva. Era como se ela estivesse esses dois anos, aturando os surtos das Diamonds. Anne não conseguia de mexer e não viu a sua irmã sendo morta. 

Anne: Bee? O que está havendo? Por que esses tiros? Por que... Porque eu não estou conseguindo me mover?

Peight foi até ela. Olhou nos seus olhos e a virou. Dando de cara com o corpo de Meryl. Anne começava a gritar e se desesperar. Mas não se mexia.

Peight: É isso que acontece quando mexem comigo. Quando não confiam na minha capacidade. Olhe para ela. Olhe bem para ela! É a última coisa que você vai ver.

Anne: Me mate mesmo. Me reúna com as minhas irmãs. Eu... Isso foi um erro.

Peight: Um erro foi deixar vocês acharem que estavam no controle. E eu vou corrigir esse erro. Quando chegar no inferno... Diga a Meryl que eu mandei ela se foder.

Peight levanta a perna e com apenas um único movimento, pisa no pescoço de Anne. O "crack" do osso quebrando fazia com que as pupils de Peight ficasse dilatadas. Matar era prazeroso. Ela gostava de matar. Assim, ela se lembra que havia muitas pessoas para matar no hospital. 

Peight: Voltem para o hospital. Mas não quero que matem nenhuma pessoa... Esse prazer será meu!

Todos iam saindo da empresa, e Morgan olhava escondido de cima da escada. Ele estava esperando todos saírem para ele ir. Sua esposa estava no hospital. Não tinha como ele fazer alguma coisa. O destino não tirava ideias do nada. 

Iris: Ok, estamos aqui na ponte Silles Dewey. Vocês vão ficar bem? Tem certeza de que não querem ir comigo para a Patagônia? Lá vocês vão estar longe de qualquer risco.

Sophie: Eu acho... Nós temos que pensar no melhor para o nosso filho. Ele já tem 10 meses. Ele... Ele não pode ficar correndo riscos. Não é essa a vida que eu quero para ele.

Ronnie: Eu também não quero essa vida para o Hugo. Mas, não quero que ele viva fugindo. Quero que ele tenha as mesmas sensações que eu tive. Que ele suba nas árvores livremente. Que tome sorvete no frio, ou que ele conheça uma garota incrível para amar. Eu quero uma vida boa para ele. A única vida que podemos dar para ele é essa.

Iris: Eu entendo. Mas, me perdoe por ter que ir embora desse jeito. Eu já fiquei muito tempo. Peça desculpas para os outros... Adeus pessoal.

Iris decolava e ia para a Patagônia. Talvez ela tivesse que fazer umas paradas para abastecer seu helicóptero, mas tudo daria certo. Enquanto eles estavam sozinho.

Sophie: Acho que aqui é perto do laboratório da Paola.

Ronnie: Aqui... Aqui foi onde meus irmãos morreram. Faz... Parece que foi a tanto tempo atrás.

Ele vai se aproximando do local. Logo vê duas silhuetas e percebe quem são.

Ronnie: Nathy? Nathy é você?

Assim que ela vira para falar com ele, ele abraça ela, mas ela acha aquilo meio estranho.

Ronnie: Por que fugiu? Porque não voltou? Eu... Eu pensei que a gente nunca mais iria se ver. Oi Alice, como vai?

Alice: Bem... Mas, porque esperava que a gente voltasse? Sabe o que a gente fez?

Nathy: Você sabe quem a gente matou? Acha mesmo que se a gente aparecesse no hospital, eles não nos julgariam até a morte?

Ronnie: É... Vocês fizeram merda. Por que mataram a Cristal? Por que fugiram?

Nathy: Eu... São coisas pessoais nossa... Esse, esse bebê é o seu filho?

Sophie: O nome dele é Hugo! Ele tem 10 meses. Quer... Quer segurar ele?

Nathy não responde, mas vai sem jeito pegar a criança. Ela segura ele, e as lágrimas voltam com toda a força.

Nathy: Eu voltei... Por que eu precisava ver eles mais uma vez. O carro ainda está lá. Provávelmente os corpos também. Eu precisava ver o santuário deles para mais uma vez. 

Sophie: Para onde estão indo? O que é esse carrinho de mão?

Alice: Estávamos indo para Kiara Harbor. Mas Nathy me encheu o saco para voltar uma última vez. E já está na hora de partir. Já está quase amanhecendo outra vez. E se o seu hospital é tão bom, porque vocês não estão lá?

Sophie: Está tendo um ataque da Psicopata. Ela invadiu o hospital, mas eles darão um jeito.

Ronnie: Fique. A gente pode voltar para o hospital juntos! Eles vão ter que aceitar vocês.

Nathy: Você não entendeu Ronnie... Lá não é mais o nosso lugar. Vocês não são mais o nosso lugar. Se um dia a gente se encontrar... Quem sabe eu estarei bem. Quem sabe essa merda já tenha acabado.

Eles todos se abraçaram e as garotas se despediram. Nathy olhou para trás e deu um sorrisinho para eles. Ronnie ficou olhando para o buraco na ponte. Eles ficaram um tempo olhando, sem falar nada. Até que Ronnie se levanta.

Ronnie: Vamos ir para perto do laboratório. Deve ter alguma casa por ali. 

Eles seguiram o seu caminho. Mas enquanto andavam em busca de um lugar para ficar, uns passos altos e a respiração abafada chegava perto deles.

Nathy: Eu sei que tudo que eu falei deu a enteder que nunca mais a gente se veria... Mas mesmo a Alice não gostando... Vamos para o nosso chalé. A gente tem um lugar aqui em Hope Town. Assim vocês contam porque estão andando aqui.

Ronnie sorriu para ela e eles viravam. Alice estava encarando eles com braços cruzados e com seus olhos azuis debochados.

Alice: Não pensem que vão morar com a gente para sempre. Daqui uns dois dias nós duas vamos partir e vocês também.

Peight já estava na frente do hospital. Havia chegado lá mais rápido do que Linda. Talvez seja por que Linda estava toda machucada. Ela não sabia, mas Morgan havia pego uma roupa de soldado e se infiltrado entre eles.

Peight já saiu entrando e foi direto para o terraço. Quando chegou lá, ficou simplesmente furiosa. Talvez até o ponto de infartar. Quando viu os seus soldados caídos, ela começou a gritar. Seus gritos de ódio eram altos e graves. Ela começou a socar o chão e sua mão ia cada vez ficando mais machucada, chegando ao ponto de sangrar.

Peight: Se espalhem!!! Andem nessas ruas e encontrem essas pessoas. Principalmente Hina. Eu preciso de todos. Agora!!!

Enquanto os soldados iam, ela ficava mais um tempo sentada e tremendo, repetindo a palavra "inútil" e ficando mais instável que uma bomba relógio. 

As pessoas no andar de baixo, se controlavam para não serem percebidas. Chloé e Steven estavam sozinhos em um quarto. Eles estavam lado a lado e olhando para a parede.

Steven: Eu não sei o que vai acontecer agora... Mas eu te amo. Sei que não fui o melhor namorado, sei que fui escroto sobre aquela conversa. Mas eu realmente amo você. Eu queria dizer isso... Antes da gente...

Chloé calou ele com um beijo. Talvez o mais curto que eles devem ter dado, mas o mais delicado. Ela se separou dele e respondeu apenas com um verdadeiro e delicado:

Chloé: Eu te amo.

Steven: Eu não sei o que vai acontecer hoje, não sei o que vai acontecer amanhã. O destino não é algo previsível. Mas eu espero que o nosso seja como um conto de fadas.

Chloé: Cara, você tem passado um bom tempo com o Charlie. Será que vai se tornar bissexual?

Steven: Eu já tenho a única coisa que faz eu aflorar meu lado sexual.

Eles dois se beijam mais uma vez. Eles dois estavam apenas curtindo o que poderia ser os seus últimos minutos de vida.

A umas duas salas dali, Terry e Flores também estavam a sós. Eles haviam dito as famosas "três palavrinhas." Mas foi em um momento caloroso. De emoção. Será que era apenas um ato precipitado? Os dois sempre perdiam as pessoas que amavam. Será que o destino iria levar os dois também?

Peight resolveu descer. Ela passou reto do quarto andar. Ela não era tão esperta assim. Ela pensou que eles teriam ido embora para o mais longe possível. Não estariam no mesmo lugar. Mas quando estava no terceiro andar... Viu os explosivos. Ela viu ali uma chance. Porque não fazer igual Linda falou. Porque não só... Explodir o que faz ela ter sua frustração? 

Ela desceu e saiu do hospital. Chamou um dos seus soldados e lhe deu um isqueiro. Ela lhe disse algo. Holly sabia o que iria acontecer. Ela levou a maca de Lily para as escadas e tirou uma caixa de explosivos. Clary e Kim estavam muito preocupadas.

Kim: Ela vai explodir isso? Todos eles vão morrer. Isso... A gente tem que fazer algo.

Holly: O que podemos fazer é ficar aqui. Com sorte apenas o andar irá desabar. Não há nada ao nosso alcance.

Clary: Com sorte? O que quer dizer com isso?

Holly: O andar desabar é a melhor opção. No caso... O hospital intero pode vir ao chão.

Terry: Flores... Você me ama mesmo? Ou disse aquilo... Só porquê eu disse?

Flores: Não precisamos fazer isso agora. Temos que manter silêncio. Eles ainda podem nos ouvir.

Terry: Eu sei mas... Eu quero dizer que eu te amo mesmo. Eu sei que estamos meio velhos para declarações de amor... Mas eu te...

Flores: Não continue essa frase. Você não me ama mesmo. Você amou a primeira. Eu amo o primeiro. Isso... Isso é um lance.

Esse é o mal do ser humano. A necessidade de priorizar seus sentimentos na hora errada. Diga "eu te amo" para as pessoas que você ama. Não fique com medo de não ser correspondido. Seja sincero. Ame de verdade. Cuide, e demonstre esse amor. Porque pode ser tarde demais para se redimir. Foi o que aconteceu.

 Quando ele olhou com olhos aguados para ela, houve um enorme barulho. Tudo desapareceu. O andar veio abaixo. Peight olhava prazerosa da rua. Apenas o andar veio abaixo, mas havia feito um belo estrago. Poeira voava por todo o lado. Alguns gritos eram escutados.

Peight: Já terminei o meu serviço aqui. Se alguém sobreviveu... Ouvirá o que eu tenho a dizer.

Morgan: Você não vai dizer porra nenhuma.

Morgan apontava uma arma para ela. Linda se aproximava dela.

Linda: O que você fez? QUE CARALHOS VOCÊ FEZ??? Eu vou matar você!

O movimento brusco de Linda deu brecha para outros movimentos de Peight. Peight tirou uma faca de seu bolso e esfaqueou Linda. Diversas vezes. Ela caiu no chão. Seus olhos estavam saindo lágrimas.

Morgan, que pode ser tachado de burro, não atirou em Peight, e socorreu Linda. Ele colocou a mão no corte dela.

Morgan: Olha para mim, Linda, foca na minha voz. Foca na minha voz.

Era o que Terry dizia para Flores. Ela estava com a perna esmagada. Presa de baixo de um enorme pedaço de concreto.

Terry: Se acalma, concentre na minha voz. Você vai ficar bem.

Ela não conseguia ouvir ele. A dor meio que impedia ela de ouvir. Ela só gritava e via uma poça de sangue se formar sobre a sua perna.

Steven e Chloé estavam presos debaixo de uma parede. Eles estavam se encostando, mas presos.

Steven: Chloé!!! Você tá bem? Acho, acho que alguma bomba explodiu.

Chloé: Steven... Minha cabeça tá doendo... Eu tô com muito sono.

Steven: Amor, não dorme. Por favor não fecha os olhos. Chloé!!! Não feche os seus olhos. Não ouse a fechar os olhos.

Do outro lado do hospital, Peridot gritava, pois um pedaço da maca,  entrou dentro da sua perna.

Amélia, que estava com a cabeça e ouvidos sangrando, viu a situação da sua ex. Ela não ajudou. Apenas saiu de dentro dos escombros e sentou-se em um pedaço de concreto.

Todos estavam sobre concreto. Sobre terra. Espalhados por todo o terceiro andar. Esse era o destino deles. Ficarem entre poeiras e pedregulhos. Serem levados como o vento leva a areia. O vento era Peight.

Dia 16 de Maio. Um dia que nunca será esquecido por Hope Town. Que de esperança não tinha nem um grão. Era um dia amaldiçoado. E no dia 17, a cidade amanheceu coberta de areia e sangue.


Continua...





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