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História The Walking Dead- A Fortaleza (Interativa) - 2x07- Deal Price


Escrita por: KamiCheney

Notas do Autor


Personagens e Photoplayers:
Sienna Clark (Natalie Imbruglia)
Slater Hunt (Clive Standen)
Bree Ramon (Phoebe Tonkin)
Éder "Babaca" Bryan (Luke Pasqualino)
Jane Albuquerque (Megan Charpentier)
Aruna Leal* (Vanessa Hudgens)
Shivani Abbas* (Simone Ashley)
Jonathan Lupin Lillon* (Cody Christian)
Gray Martinez* (Cole Sprouse)
Sebastien (Michael Rosenbaum)
Pete Sanchez (Armie Hammer)
Alex Yorick (Andy Samberg)
Isla Ohara (Jessica Marie Alba)
Nathaniel Allen* (Miles Mcmillan)
Kara Adams (Anna Friel)
Avery Gosselin (Leo Howard)
Tori Pulchra (Kelly Gale)
Cheley Stilinski* (Holland Roden)
Darwin Green Herman* (Logan Lerman)
Saul Relish (Charlie Hunnam)
Elise Axain* (Bianca Rinaldi)

*Personagens enviados por outros usuários.

Espero que gostem e boa leitura!

Capítulo 21 - 2x07- Deal Price


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead- A Fortaleza (Interativa) - 2x07- Deal Price

~Sienna


Eu não tive escolha. Caminhamos sobre a teia da aranha sem perceber que éramos as presas. Em troca de munição, nós os trouxemos para dentro do único lugar seguro que possuíamos. Acredito que a presença de crianças no grupo tenha influenciado a decisão de Slater, assim como Jane o influenciou quando nos conhecemos.

Recusei-me a sentar nas mesas centrais, como andei me habituando a fazer. Em vez disso, optei por ocupar o lugar no qual jantava inicialmente, ao lado das janelas com vista para o jardim. Embora, agora, tudo o que poderíamos ver eram algumas penumbras bizarras, proporcionadas pelos galhos que eram iluminados pelo quarto de minguante no céu.

—O que houve?— perguntou Slater, sentando-se à minha frente. Eu sabia que se eu me sentasse por aqui, ele não resistiria a fazer o mesmo.

—Você sabe muito bem o que houve— disse, cruzando os braços.

—Eles tinham crianças— ele disse, sussurrando calma e pausadamente— Que outra decisão queria que eu tomasse?

—Não cabia só a você decidir— retruco.

—Era minha patrulha, não sua— ele responde, desviando um pouco o olhar para o lado. E, automaticamente, se interrompendo ao ver que uma dama arrastava sua cadeira em nossa direção.

—Estou interrompendo?— perguntou Tori Pulchra, a líder do grupo que tivemos o desprazer de conhecer noite passada.

Não fez quaisquer cerimônias para juntar-se a nós. Nem sequer esperou que respondêssemos para sentar-se na ponta de nossa apertada mesa de madeira com uma lata de sardinha e um copo d'água. Slater e eu nos encaramos por longos segundos, transmitindo reclamações em nossos pensamentos, sem a necessidade de usar palavras. Aproveitei o silêncio para deslizar brevemente minha colher dentro da lata de atum, batendo-a gentilmente, para continuar a conversa com Slater.

—Você faz muito barulho comendo, Sienna— disse Tori, sorrindo maliciosamente para mim. Não éramos os únicos que entendiam código morse, aparentemente. 

—Já me disseram isso— respondi, evitando me expressar com ódio— Qual é a de seu grupo, Tori?— perguntei, me referindo a um garoto, de cerca de 14 anos, escandalizando com um homem barbado — Não me parecem muito unidos.

—Temos nossas desavenças— respondeu, olhando para trás por cima de seus ombros— Ferdinando e seus filhos não se dão muito bem. No geral, Theo é o responsável pelas discussões, mas Lola segue o irmão mais velho, mesmo sem entender muito bem.

—Por que tudo isso?— perguntou Slater, ligeiramente interessado.

—Ferdinando abandonou a mãe dos garotos para ser comida viva por caminhantes quando tudo começou— Tori o respondeu— E, meses depois, deixou que seu recém-nascido fosse comido também. 

—Então, o pai é um covarde— ele disse, um pouco sensibilizado com o garoto.

—Completamente— ela concordou— Esse é o drama da Família Hernandes. Tentamos ajudá-los, Cheley e Elise são as mais próximas de Theo, mas, convenhamos, de quem Chel não se aproxima?!

—E ele?— perguntei, sinalizando com a cabeça para um rapaz de boné e blusa de moletom, sentado sozinho no jardim— Ele não comeu nada.

—Não se preocupe— respondeu a dama, demonstrando o mesmo sorriso de antes— Ele é apenas religioso, hoje é dia de jejum, mas, provavelmente, ele há de comer amanhã.

—Sienna!— gritou Bastien, ao longe.

—Estou de saída— disse, levantando-me.

—Pensei que essa noite fosse do grupo B— comentou Slater.

—Ainda não dividimos os grupos, vou com eles— disse, ele assentiu. Caminhei pela porta do jardim, ao lado da ruiva do grupo, que levava uma lata de alimento ao rapaz de boné.

[...]

~Slater


Caminhei vagarosamente sobre os degraus da escada de madeira, que rangiam a cada passo meu, sendo o único som que ecoava no mosteiro além de meus pensamentos. Esse lugar conseguia ser bem macabro depois que todos se retiravam. Isso me trazia lembranças com o Éder, Kalel e meu antigo grupo no bangalô.

Atravessei as portas que me separavam do teatro, com os bilhetes em mãos, sentindo a textura fina e suave de cada um deles. Aproximei-me da fria porta branca de madeira, e respirei fundo antes de abrí-la, eu já imaginava o sermão que receberia.

—Onde raios você estava?— gritou Bree, levantando-se de uma das cadeiras, antes mesmo que eu desse as caras ao abrir a porta.

—Está atrasado—  disse Aruna, em um tom um pouco mais compreensível.

—Você disse para estarmos aqui às 1h AM, já são quase 3h AM e só agora você aparece?— perguntou Bree indignada.

—Tive uns contratempos— respondi, cortando-a. Bree costumava se exaltar facilmente, isso já era típico dela, mas ela não possuía mais autoridade que eu para falar assim.

—Então, vai nos falar o porquê que estamos aqui, em plena madrugada?— ela perguntou.

—É— eu disse, sentando-me na fileira à frente das que as jovens estavam e virando-me para trás, usando o encosto das cadeiras como um apoio para os braços— Nós encontramos isso, há alguns dias— disse, entrando uma metade para Aruna e outra para Bree— temos trabalhado para desvendá-lo com o máximo de sigilo possível, Sienna acha que vocês são capazes.

—São só bilhetes, o que há de tão importante?— perguntou Bree, não se importando muito com o conteúdo dos mesmos.

—"Sobrevivo sob a barra da saia da dona morte, ela não me matará"— citei, enquanto ela arqueava uma de suas sobrancelhas— ou que tal "Que o inferno receba nossas almas com carinho?"— perguntei.

—Você errou— corrigiu Aruna, olhando fixamente para sua metade do bilhete— É "purgatório", não "inferno".

—Qual a diferença?— Perguntei, não me importando muito com a resposta.

—Tem uma boa diferença, na verdade, o Purgatório é o meio-termo— ela respondeu, completamente empenhada, até perceber que Bree e eu não estávamos tão interessados— Foi mal, esqueci que vocês são tempo da onça.

—Por que nós?— indagou Bree.

—Eu sei lá, Sienna acha que são capazes— respondi, me levantando das cadeiras para deixá-las sozinhas— Vocês tem 24 horas, depois retornem o bilhete para mim e me digam o que sabem— disse, pairando meu olhar sobre Bree— Trabalhem juntas, ouviu?!

[...]

~Shivani


Eu respirei bem fundo, enquanto passava a toalha fria em seu rosto, em uma noite que parecia não ter fim. Meu pai não andava bem, embora todos os ferimentos em seu peito estivessem cicatrizando, algumas bolhas de infecção passaram a surgir nos últimos dias. Essa noite, em especial, Kabir convulsionava como nunca. Seu corpo suava, febril, e eu apenas desejava que essa não fosse a última vez que eu via seu rosto.

—Pode ir, se quiser— dizia Éder, um pouco ofegante e com o rosto completamente suado. Eu conversava com ele sobre a amputação de Bree quando as convulsões de meu pai começaram— Eu vigio ele.

—Não, vá você— respondi— beba um pouco de água, deve estar cansado.

—Não mais do que você— ele disse, um pouco relutante para deixar a enfermaria— Volto logo, e vou te trazer uma garrafa também.

—Obrigada, Éder— respondi. Aproveitando da gentileza do rapaz e da calmaria que se instaurou após o último surto de Kabir.

Embora ele esteja nessa condição, não sei nem como descrever a alegria que senti ao identificar o homem com um grande buraco, jorrando sangue, no peito, e que entrava nos braços de Slater. Eu não via meus pais há anos, mas os amava com todas as minhas forças.

Me lembro de quando meus pais trabalharam duro para ajudar a pagar minha tão sonhada faculdade de medicina veterinária e, mesmo quase perdendo nossa casa por conta das dívidas, eles sempre batalharam para me fazer sorrir.

É indignante pensar que meu querido herói, o mais temido policial do quartel da Geórgia, está acamado e convulsionando bem na minha frente. Eu mal consigo acreditar que pensei que havia o perdido anos atrás quando Nalini e ele sumiram e que, agora, posso perdê-lo bem na minha frente, com as mãos atadas e sem poder ajudá-lo. Eu nem mesmo pude perguntá-lo sobre minha mãe.

Eu vi um pequeno espasmo tomar conta do braço esquerdo de Kabir e, com toda a certeza, eu já sabia o que estava por vir.

—Éder!— eu o gritei, enquanto o homem sobre a cama passava a tremer-se por completo. Eu o segurava pelos braços, mas ele era grande e forte demais para mim, eu não conseguiria contê-lo sem Éder— Socorro!— eu gritei mais uma vez— Éder?

Vieram me ajudar, mas não era o Éder. Um rapaz magro, de olhos azuis e cabelos escuros, entrou pela porta rapidamente, retirando um pequeno frasco escuro do bolso de sua calça e colocando-o sobre a mesa, enquanto revirava as portas dos armários.

—Onde ficam as agulhas?— perguntou ele, calmamente, apesar de todo o caos.

—Segunda gaveta à esquerda, perto das muletas— eu disse— Qual o calibre?

—22G 1"— respondeu— Já encontrei.

O rapaz, colocou, então, um líquido claro dentro da seringa, retirando do frasco que havia trago. Caminhou até meu pai e empurrou seu pescoço para cima, aplicando o conteúdo da seringa em um músculo de seu pescoço. Em poucos segundos, Kabir foi acalmando-se e a convulsão foi cessando.

—O que era isso?— perguntei, admirada com a velocidade do medicamento. 

—Carbamazepina— ele respondeu— 600mg. Aplique pelas próximas 2 semanas.

—Ficou louco?— indaguei— Meu pai possui um alelo HLA-B*1502, o pai dele era asiático.

—Não há como testar as HLAs dele agora— ele retrucou— Não em nossas condições atuais. Mas não se preocupe, o máximo que pode acontecer é ele ter algumas erupções cutâneas.

—Obrigada— eu disse, ainda boquiaberta, aguardando um nome para agradecer. Quem quer que fosse esse rapaz, ele era inteligente, talvez até mais do que eu.

—Darwin— ele respondeu— Darwin Green Herman.

—Sou Shivani— disse, sorrindo.

—Eu to aqui!— gritou Éder, entrando pela porta e trazendo minha garrafa de água nas mãos, fazendo Darwin dar um pequeno pulo com o susto que babaca causara— Eu precisei ir ao banheiro, desculpe, o que eu perdi?— perguntou.

[...]

~Sienna


Correndo contra o tempo, vasculhamos cada cantinho do aglomerado de lojas. Não havia nada, nem uma única bala perdida pelo chão. Guiados, somente pela luz da pequena lua no céu, não encontramos absolutamente nada que o grupo de Tori pudesse estar escondendo de nós.

—Nada por aqui!— exclamou Nathaniel, retornando ao centro do lugar.

—Aqui também não!— eu respondi, me direcionando ao mesmo lugar que ele estava, sob um pequeno sobrado, protegidos da chuva— Bastien?— eu chamei. A chuva e a ventania estavam fortes demais para que eu reconhecesse a silhueta de nosso careca, não restando outra solução que não fosse gritá-lo.

—Nada!— ele gritou de volta, e, em seguida, ouvimos um som de ossos quebrando— Só alguns andarilhos por aqui.

—Encontrei um rastro!— gritou Gray, mais ao norte. Deixamos nossa cobertura seca e, consideravelmente, quente para ir de encontro ao jovem.

—Onde está?— perguntei.

—Bem à sua frente; um rastro de veículo e algumas manchas de sangue— ele respondeu, apontando para o chão.

—Está escuro e chovendo demais para que consigamos enxergar qualquer espécie de marca em tal solo úmido— alertou Nathaniel, cordialmente.

—Mas eu consigo— respondeu Gray, olhando para o céu rapidamente— está forte demais, mas se não seguirmos agora, podemos perdê-lo pela manhã— disse ele— O que faremos?

—A patrulha é sua— respondi— Você decide o que é melhor.

—Então, me sigam, e cuidado onde pisam— respondeu ele, de forma curta e rápida, como era o habitual de Gray. Ele não era de conversar muito e, nem sempre, escolhia as melhores palavras para se expressar, mas sabia o que fazia, caminhava à nossa frente, como se o frio e a ventania não o atrapalhassem em nada.

[...]

~Slater


Deixei que as damas tentassem entender o bilhete sozinhas e fui em direção ao meu quarto, antes que o sono me dominasse completamente. "Sobrevivo sob a barra da saia da dona morte", eu repeti uma última vez. Esses tipos de frase, por algum motivo, sempre ficavam presos em minha cabeça. 

Caminhando pelo corredor do térreo, vi Jane sentada ao chão da biblioteca, completamente cabisbaixa e olhando para o lado de fora da janela, com a cabeça encostada na parede.

—O que há de errado, pequena?— perguntei, sentando-me no chão com ela, enquanto todas as minhas juntas estralavam.

—Não é nada.

—Não mesmo?— eu insisti.

—Eu só tava pensando em meus aniversários  passados e no quanto eu gostava de quando chovia neles— ela respondeu, desgrudando seu olhar da janela e olhando para mim— Tenho boas memórias com meu pai nesses dias.

—E por quê?— perguntei, imaginando que os dois tomassem banho de chuva juntos e prestes a oferecer uma volta na chuva com ela.

—Porque os infectados não o ouviam lá fora, e ele conseguia ir atrás de um presente pra mim— ela respondeu, sorrindo. Nunca havia me dado conta de que Jane não tivera uma infância normal. Era muito pequena quando tudo começou e, portanto, cresceu nesse mundo cruel.

—Sente falta de seu pai?— perguntei.

—Não, só dos presentes— ela respondeu, deixando um sorriso escapar por detrás dessa mentira deslavada— Só queria que ele estivesse vivo pra apresentar meu pai à Lola e ao Theo, eles são bem legais e a Lola já me apresentou ao Ferdinando— ela completou, voltando a olhar pela janela— O pai deles parece ser bem incrível.

—Então, minha filha— eu disse, compreendendo perfeitamente o lado de Jane. Sempre foi muito difícil não poder entregar um cartão a alguém no Dia dos Pais— Chame essa tal de Lola aqui, e pode me chamar de "Slater Albuquerque", porque eu serei seu pai a partir de hoje.

—Sério?—ela perguntou, completamente empolgada— A Lola vai morrer de inveja, não tem nada mais incrível do que um pai que é Líder!— ela se levantou para chamar a amiga, mas fez uma breve pausa— Espera, não posso ter um pai sem uma mãe!— alegou.

—Tudo bem, então, que tal...— eu parei por um instante, tentando pensar em uma mulher que aceitaria ser minha esposa de mentira para Jane. E, por algum motivo estúpido, a única que me vinha em mente, era Kara— Que tal a Sienna?— perguntei.


Notas Finais


Continua no próximo capítulo: "Deal Price, parte 2".
Previsão para a postagem: 08/07/2020.

P.s.: Tragam seus lencinhos.


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