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História The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Segunda Temporada - Um Tempo Que Não Voltará


Escrita por: Um_Negan

Capítulo 2 - Um Tempo Que Não Voltará


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead: O Inferno Na Terra - Segunda Temporada - Um Tempo Que Não Voltará

Os últimos três dias com as  pessoas desse novo abrigo tem sido bem agradáveis, todos são bem gentis na opinião de Carlos. Ele tem feito a vigia nos últimos dias, mas dessa vez, decidiu tirar uma noite toda de sono e deixar a vigia para Dimitri.

  A luz da janela entra pelas frestas e ainda sonolento, Carlos ergue a cabeça e olha ao redor no quarto, de todos os outros sacos de dormir na sala, só dois ainda estão ocupados.

 O lugar é realmente aconchegante, costumava ser uma sala para funcionários. Tem um pequeno balcão  e alguns armários de ferro. Um enorme quadro com 4 fotos estão na parede.

MELHORES FUNCIONÁRIOS

Gabriel Souza – Thaís Louise – Edson Costa – Francisco Pereira

 

Carlos olha atentamente para essas fotos. Onde estariam essas pessoas agora? Será que alguma delas era um dos mortos da quadra? Será que alguma delas está viva?

Realmente precisa parar com esses pensamentos. Isso o vem deixando tenso. Carlos se levanta e sai da sala, dando de cara com o bar. Roberto e Dimitri estão sentado polindo suas armas. Sérgio come uma lata de atum no canto da parede, distraído.

- Dia – Diz Carlos.

Os outros respondem dizendo a mesma coisa, e voltam a atenção para seus afazeres. Carlos sai do bar e encara o dia lá fora. Está bem calor. Vê Cristina sentada em um banco encarando o pequeno muro que separa o recinto da quadra e do bar, da rua. Alguns mortos-vivos sãi visíveis caminhando a alguns metros do portão. O cheiro de carne podre é bem perceptível.

- Bom dia – Diz ela se virando pra ele, sorrindo.

- Bom dia – Carlos responde se aproximando e sentando a seu lado. – O que ta fazendo aqui fora?

- Só olhando. E você?

- Vim ver se estava aqui.

Cristina da um sorriso de canto de boca e encosta a cabeça no ombro de Carlos, que a abraça de leve, sem dizer nada.

- Desculpa ter te deixado lá sem avisar. – Diz Cristina se virando para ele. – É que eu não queria te envolver...

 - Esquece isso – Diz Carlos – Não tem problema.

Carlos abre um sorriso e beija Cristina nos lábios, devagar. Ela corresponde ao beijo e o intensifica. Em poucos segundos eles já estão praticamente se agarrando. Cristina para aos poucos e afasta a cabeça, abrindo um sorriso e dando uma piscada. Ela se levanta e vai em direção a porta.

- Vamos lá comer alguma coisa. – Diz ela.

- Ok – Diz Carlos se levantando seguindo Cristina para dentro do bar.

Ele vai em direção ao balcão e pega uma lata de carne. Abre usando um abridor de lata e pega uma colher e se senta para comer. O gosto não é muito bom, parece que agora as coisas estão começando a passar do prazo da validade, mas não importa, eles estão seguros e tem comida.

- Vamos hoje no mercado pegar suprimentos, Sérgio? – Pergunta Dimitri.

- Não sei, não to muito legal. Vai com o Carlos e a garota.

- Bem, não sei. Não os conheço bem. – diz Dimitri olhando para os dois.

- É uma oportunidade de conhecer né. – Diz Cristina erguendo as sobrancelhas.

Dimitri da de ombros e encara a lata de carne agora vazia. Respira fundo e concorda levemente com a cabeça.

- Tá. Mais tarde a gente vai. – diz ele.

- Ta – Diz Carlos saboreando a carne enquanto passa a mão em sua barba, que aparentemente já está ganhando um pequeno volume.

Apesar de estar bem quente, o dia está nublado. Pelas contas de Carlos, já vai fazer cerca de um mês que tudo começou. O vírus se espalhou muito rápido. Quem diria que á um mês atrás ele provavelmente estava dando aula na escola, sem se preocupar com nada além de contas. Isso realmente o esta mudando. Não tem um dia que ele não pensa no momento em que ele teve que atirar em Marcos, ou quando Denise se transformou quando ele ia enterra-la, e ele teve que “mata-la”.

Isso realmente o está afetando.

Pablo aparece com um enorme saco bem cheio, sorrindo. Todos se viram, curiosos para ver o que é.

- Achei um carro blindado da policia meio queimado e largado à alguns quilômetros daqui. Perto do posto que vocês tavam. Estava carregado de armas, sorte que não queimaram. – Disse ele colocando o saco no chão. – Sirvam-se.

Todos levantam animados e se dirigem até o enorme saco. Carlos pega munição para suas duas armas. Ele pega também um cinto para colocar cartuchos e munições, e enfim, um m-16, e vários pentes para a arma.

- Sabe usar uma dessas? – Dimitri pergunta olhando para Carlos.

- Usei umas duas vezes quando eu estava em um acampamento perto da cidade.

Dimitri da de ombros e concorda com a cabeça, enquanto pega também uma m-16. Cristina pega munições para sua 1911 e Henrico e Denilson pegam  uma Ruger .22 cada.

- Vamos então? – Pergunta Carlos olhando para Cristina e Dimitri.

- Filha. Não sei se é bom você ir sozinha só com eles. – Diz Henrico enquanto analisa sua arma.

- Vou ficar bem pai. Relaxa. – diz a garota.

O homem não diz nada e da as costas para a filha, andando em direção a prateleiras de bebidas e pegando uma garrafa de whisky.

- Certo então, vamos. – Diz Dimitri com seu sotaque russo forte.

Carlos e Cristina concordam com a cabeça e o seguem para fora. Eles entram em um carro 4x4, Dimitri no volante. O carro é aparentemente bem arrumado e limpo por dentro. Roberto abre o portão para eles, acertando vários mortos-vivos ma cabeça com uma faca.

- Voltamos em no máximo umas duas horas – Diz Dimitri abaixando o vidro.

- Certo – Diz Roberto fazendo sinal de positivo com o dedo.

O carro sai pelo portão, agora para uma pequena rua de terra com poucas casas ao redor. O lugar parecia ser bem classe media baixa, tem vários muros pichados e casas com vidros quebrados.

- Vamos pro centrinho da cidade. Tem um mercado bem grande lá. Quase ninguém saqueou. – Diz Dimitri olhando para Carlos, no banco de passageiro.

A viagem demora cerca de quinze minutos. O mercado tinha paredes pichadas e vários carrinhos bloqueando a passagem. Pablo tira eles da frente e abre a porta. O lugar é enorme e está todo revirado. Não há nenhum sinal de mortos no local.

-Bem quieto, né? – Carlos comenta.

- Vamos, bora saquear tudo que der. Dia de promoção – Cristina diz sorridente.

Eles pegam os carrinhos lá de fora e saqueiam várias prateleiras, pegam muita água e muitos enlatados. Boa parte do lugar está com os alimentos no chão, largados. As frutas estão todas podres e impossíveis de consumir, as carnes na parte do açougue estão todas podres e começando a cheirar mal. Os três pegam o que precisam e colocam tudo no porta malas do carro.

- Acho que já deu, né? Essa comida já da pra um tempinho. – Dimitri diz em seu forte sotaque russo.

Então, fecham porta e cobrem com os carrinhos novamente, e voltam pro carro. Eles chegam no bar e todos se surpreendem com a quantidade de comida que trouxeram. Sorte deles terem achado um carro com um porta-malas tão grande. Vai ser bem útil.

 Durante a semana tudo ocorre normalmente, a comida ainda dura bastante. Eles reparam que a quantidade de mortos vem aumentando. Carlos ajuda Dimitri a fazer meio que fazer uma barricada envolta do portão usando alguns carros, por precaução.

O único problema é a quadra, alguns mortos caíram de lá do barranco e estão agora lá dentro. Por sorte a porta está trancada, mas mesmo assim anda incomodando a todos. Mas não há muito o que fazer, se matarem todos, em breve alguns vão acabar caindo lá. O carro derrubou boa parte da cerca da quadra, deixando um enorme espaço aberto, permitindo que qualquer coisa entre se decidir ir pelo canto da quadra, sem precisar cair o barranco. 

A relação entre Carlos e Cristina começa a ficar cada vez mais forte, e cada vez mais difícil de esconder de todos. Como Carlos prevê, cedo ou tarde terão que abrir o jogo.

A noite está escura e lá está ele, fumando um cigarro sentado no banco de fora do bar, perdido com tantos pensamentos. Cristina aparece e senta ao seu lado.

-Então... acha que da? Meu pai deitou agora... e o Deni está lá destraído, bebendo?

- É

- Uhum. Vamo? - Ela sorri maliciosamente. 

Carlos sorri e concorda com a cabeça, e os dois levantam. Caminham até a barricada de carros, e a pulam, partindo pra rua. Andam por alguns metros até chegarem num enorme caminhão de mudanças batida na lateral de uma casa (abrindo um buraco enorme na parede).

Carlos ajuda Cristina a subir dentro da traseira do caminhão, e assim, sobe também, fechando as portas logo em seguida. Cristina liga a lanterna e coloca no chão, iluminando todo o ambiente, e assim, sem hesitar, começam a se beijar freneticamente, e é claro, a se despirem.

 



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