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História The Walking Dead: Path Of Death (S-1) - Encurralados


Escrita por: Emanoell115

Capítulo 4 - Encurralados


Fanfic / Fanfiction The Walking Dead: Path Of Death (S-1) - Encurralados

A calorosa recepção da família Henderson afagava os corações perturbados dos sobreviventes, com exceção de Olivia que desde o primeiro momento da chegada estava receosa. A morena olhava ao seu redor observando todos os altos muros e casas cheias de vida com pessoas entrando e saindo a todo momento. Com certeza o condomínio teria cerca de umas 10 a 20 pessoas, porém além desse repentino mar de rosas um pensamento pairava pela cabeça de Liv: como um lugar daqueles conseguiu se sustentar e sobreviver por tanto tempo? De repente, enquanto estava perdida e imersa em seus pensamentos, foi despertada pela voz de Joseph que avisava sobre algo a todos ali presentes.

— Dana e Hector irão acompanhá-los e levá-los até suas novas casas, não ficam muito longe daqui, portanto será um caminho rápido. Enfim, foi um prazer conhecê-los. - Diz Joseph enquanto virava-se para os seus pais quase que imediatamente tentando conter um sorriso. — Nós conseguimos, vamos sobreviver! - Disse entusiasmo para Edward e Christina, seus pais, que em seguida era abraçado de forma amorosa por ambos.

— Vamos, nos acompanhem, por favor. - Dana tomou a frente enquanto chamava os sobreviventes para segui-la até suas casas.

O olhar turvo de Olivia espiava os Henderson, com mais dúvidas e incertezas instaladas em sua cabeça, mas desta vez era sobre o que significava aquela frase dita por Joseph. Mesmo que praticamente ninguém tenha escutado, essa seria  uma frase que se apagaria tão facilmente de sua mente. Dana e Hector os conduziram até os alojamentos que foram indicados mais cedo não sendo muito longe do portão principal e eram estruturas bem próximas que mais pareciam locais gêmeos por conta da semelhança. O único detalhe notável para poder diferenciar eram as portas sendo uma azul bem claro e a outra verde musgo.

— Podem escolher, fiquem a vontade. - Disse Hector em um tom animado.

— Eu gostei mais da azul. - Emma disse já chegando perto da mesmo quebrando o súbito silêncio que havia se instalado. — É, a azul, vamos ficar com ela. - Empolgadamente ela constatou ao tomar a decisão por sua família que continuavam calados.

— Bom, parece que não sobrou muito para nós escolhermos, não é? - Disse Lauren em um tom de divertimento, enquanto Emma olhava para ela com um sorriso envergonhado e bochecha coradas.

— Agora são as duas suas, podem entrar e explorar o quanto quiserem. - Disse Dana os incentivando a  conhecerem seus novos lares. — Anthony, Olivia, teriam um minuto? - A mulher perguntou em um tom mais baixo ao se virar para eles. 

— Sim, pois não? - Olivia, que ainda mantinha-se  desconfiada, tentou dar um sorriso enquanto se aproximava com as mãos no bolso de trás.

— Temos sim, claro. Aconteceu algo? - Anthony como sempre o mais caloroso de todos já se preocupou afinal era tudo muito novo.

— Então, eu imagino que vocês sejam os responsáveis de suas famílias, então logo alguém tem que trabalhar por aqui. - Hector falou cruzando os braços encarando os novos amigos que assentiram em seguida.

— Amanhã de manhã vamos sair para procurar suprimentos em um supermercado um pouco longe daqui. Imaginamos que queiram ir conosco. - Disse Dana colocando as mãos sobre a cintura.

—  Claro, estamos dentro. -  Informou Anthony ao encarar Olivia que concordou sem dizer uma palavra sequer.

— Ótimo! Encontremos vocês amanhã de manhã no portão principal, lá lhe entregaremos suas armas que estavam nas mochilas. - O homem informou antes de se retirar com Dana para o encontro de Joseph.

(...)

As casas, ou alojamentos, enormes sendo muito maiores do que eles um dia poderiam ter imaginado. Ambas com 3 quartos e 3 banheiros, uma clássica casa tradicional do subúrbio da Geórgia. Todos estavam maravilhados com a limpeza impecável, afinal era de se impressionar o fato de como uma casa daquelas foi mantida tão bem cuidada por tanto tempo. A eletricidade também era presente, tudo graças a painéis solares ainda operantes nos campos abertos do condomínio. Para os Williams tudo era um sonho, um verdadeiro recomeço no meio do caos, finalmente teriam uma vida assim como era idealizado pelos Davis. Na manhã do dia seguinte, Olivia já estava pronta quando não passava muito das oito, mas não era só ela que planejava sair, Emma também estava pronta e bem vestida.

—  Posso saber aonde vão as duas senhoritas? - Questionou Arthur que em seguida dava uma garfada nos ovos mexidos preparados para o café da manhã.

— Vou trabalhar, chamaram eu e o Anthony para ir lá para fora, vamos procurar por suprimentos junto a Joseph, Dana e Hector. - Respondeu Olivia enquanto se olhava no espelho amarrando seu cabelo em um rabo de cavalo tão típico de seu cotidiano.

— E eu vou me encontrar com o Eric na praça do condomínio. - Respondeu Emma enquanto tentava dividir o espelho com a irmã que a todo custo queria todo o espaço só para si.

— Huuum, por acaso isso é um encontro? - Olivia questionou em malícia enquanto ria baixo com as sobrancelhas arqueadas.

— Vai se fuder Olivia Davis. - Emma esbravejou revirando os olhos antes de dar um leve empurrão de brincadeira na irmã.

— Olha a boca, Emma. - Arthur a advertiu com a boca cheia enquanto ainda mastigava.

— Desculpa, pai. - Respondeu Emma fazendo careta emburrada enquanto Olivia apenas gargalhava com a situação.

— Bom, já vou indo, até mais tarde. - Olivia se despediu no momento que já saia da casa logo se encontrando rapidamente com Anthony que a esperava na calçada.

— Bom dia, Olivia, pronta? - Indagou Anthony se levantando para esticar os braços.

— Bom dia! Estou sim, vamos então.

Se dirigiam até o portão principal ao encontro de Joseph, Dana e Hector como havia sido marcado no dia anterior. Assim que chegaram da caminhada de no máximo cinco minutos, encontraram com Joseph que vinha ao encontro dos dois no mesmo momento em que se depararam com outro carro militar recebendo suprimentos como comidas e medicamentos quando de repente a situação foge do controle e o militar que dirigia o carro e o outro que recebia os suprimentos se estressam pela falta de alguns deles, forçando Joseph a ir lá resolver.

— Esperem aqui, só um instante. - Joseph antes de ir correndo até local para tomar controle da situação.

Olivia e Anthony chegam mais próximo do portão principal, onde receberam de voltas suas armas. A morena sorriu ao empunhar sua querida machete e Anthony sua machadinha recém polida, além de terem sido entregues aos dois uma pistola carregada. Olivia observou de longe o carro militar sumindo no horizonte e se perguntando: Pra onde vão aqueles suprimentos? Isso ainda angustiava ela. 

Os 5 entram na picape do falecido Samuel Ross, que dessa vez fora dirigida por Joseph com Dana e Hector sentados nos bancos traseiros e Olivia e Anthony na carroceria da picape, deixando o lugar do carona vago. Olivia não contou muito o tempo para saber se demoraram para partirem, porém ainda sim mantinha-se pensativa e reflexiva em relação aos últimos acontecimentos durante toda a viagem.

(...)

— Acha que tem alguma coisa errada com aquele lugar? - Questionou Olivia ao chegar mais perto de Anthony sem que chamasse  a atenção das pessoas à sua frente.

—Ótimo saber que não é só eu pensando nisso. Tem alguma coisa por trás de tudo isso, da transmissão de rádio, dos carros militares, de estarmos saindo hoje, acha que estamos em algum tipo de armadilha? - Perguntou Anthony em um tom de preocupação.

— Sinceramente não sei, mas eles nos deram armas, então não estamos totalmente a mercê. - Disse ela ao mesmo tempo em que tentava se convencer das próprias palavras.

— Tem razão, mas nossas famílias estão. Por enquanto vamos manter os olhos bem abertos, fechado? - Perguntou Anthony que estendia seu pulso com a mão fechada esperando receber o comprimento de volta de Olivia.

— Fechado. - Ela que ergueu seu pulso com a mão fechada, dando um soco gentil na mão fechada de Anthony.

O grupo chegou até o supermercado estacionando na frente da porta de entrada enquanto já planejavam uma fuga rápida em caso de qualquer incidente. Os arredores pareciam limpos, com exceção de um pequeno grupo de errantes aglomerados não muito longe dali que haviam sido vislumbrados por Olivia. Tinha cerca de uns 20 indivíduos com alto potencial de serem atraídos por algum barulho alto. O quinteto adentrou no estabelecimento de maneira rápida logo se deparando com os grandes, escuros e vazios corredores, sob o risco de conter alguns caminhantes lá dentro escondidos.

— Separem-se e procurem por comidas, medicamentos ou o que for útil  para colocar na mochila. Fiquem atentos e atirem somente em situações extremas. - Alertou Joseph enquanto fechava a porta de entrada cautelosamente colocando sua mochila nas costas.

— Mas e aquele grupo lá no final? - Indagou Olivia, se referindo ao aglomerado de errantes no horizonte que lentamente se aproximavam sem terem os notado.

— Contanto que a gente não chame muito a atenção eles vão ficar longe, relaxa morena. - Respondeu Joseph se distanciando.

Os outros sobreviventes se separaram alguns segundos depois começando a caçada por qualquer coisa útil que pudessem encontrar. Na fileira dos carboidratos, quando estava preste a pegar algumas latas, Olivia se deparou com 2 caminhantes. Eram duas mulheres, uma com 1,65 de altura e a outra com 1,70, a primeira portava uma gigantesca mordida no braço direito e a outra uma mordida na altura da cintura, vestiam uniformes de atendentes do caixa. Olivia sacou rapidamente a sua machete e a desliza pelo pescoço da primeira mulher fazendo com que sua cabeça decepada rolasse pelo chão sujo, sendo em seguida perfurada pela lâmina da machete na altura da testa. A segunda mulher tinha sua cabeça cortada ao meio mas não totalmente, pela lâmina afiada da arma, sujando-a toda com o líquido gosmento e obscurecido que emanava do crânio da vítima. 

Não muito longe dali, Dana procurava no açougue por algumas carnes que talvez ainda estivessem boas como comer quando é surpreendida pelo açougueiro já transformado. Um homem robusto de 1,75 de altura, pesando um pouco mais do que 100kg e com um pouco do braço direito faltando, sobrando apenas o osso do úmero a mostra. Ao ouvir os passos estrondosos da enorme criatura, ela se virou puxando a pistola atirando euforicamente, porém nenhum disparo acertou o crânio da criatura, até que sua munição chega ao fim. Tentou correr em uma tentativa de fuga, porém foi surpreendida por outro errante que a mordeu fatalmente no pescoço, dilacerando sua veia jugular e a lançando no chão. Não demorou para que fosse, também, devorada pelo outro caminhante açougueiro fazendo com que seus últimos gritos de desespero ecoasse por todo o local.

— Droga, é a Dana. - Joseph disse desesperadamente quando correu para fora da fileira dos lipídeos indo em direção ao açougue, chegando acompanhado de Olivia, Anthony e Hector, onde todos se deparam com a monstruosa cena de Dana sendo ingerida pelos andarilhos.

Hector, completamente pertubado pela cena vista, rapidamente virou-se e vomitou todo o café da manhã em um canto da parede no mesmo momento em que Olivia, com a sua machete, decepou a cabeça do errante que devorava as tripas de Dana, e Anthony cravava e retirava rapidamente sua machadinha da cabeça do açougueiro, eliminando-o.

— Hector, deixa de ser um bundão e pega a mochila dela, vamos dar o fora daqui. - Joseph ordenou rudemente sem expressões faciais enquanto já os chamavam para ir embora.

O grupo deslocou-se rapidamente até a porta da frente do supermercado, quando se deparam com a horda de mais de 20 caminhantes indo em direção ao estabelecimento. Em poucos segundos de coragem os quatro rapidamente correram para fora do local entram no carro em seguida. Com Joseph dirigindo e Hector no banco do carona e Olivia e Anthony nos bancos de trás. Em questão de segundos eles se veem rodeados pelos andarilhos que cercam o veículo fazem força para entrar no mesmo.

— Nós nunca deveríamos ter vindo aqui! - Disse Olivia em indignação olhando pela janela os errantes famintos. —  Foi estupidez, porque viemos nos arriscar tão longe? 

— Não tínhamos mais por onde procurar, o único lugar que ainda restava vasculhado era esse. - Respondeu Joseph enquanto tentava dar partida no carro que morria em menos de 1 minutos sem ao menos conseguir acelerar.

— O que você está escondendo Joseph? - Indagou Olivia determinada, afinal se fosse morrer não ia levar suas dúvidas consigo.

— O que? Não estou escondendo nada de vocês, estou tentando salvar as nossas vidas se não percebeu. - Retrucou Joseph desgostoso enquanto continuava na luta para que o automóvel ligasse, 

— Por que você nos chamou pela transmissão de rádio? Por que desde que chegamos tem carros militares recebendo suprimentos de vocês? POR QUE NOS TROUXE AQUI? - Gritou Olivia quando os chacoalhos do carro se tornaram maiores a estressando mais.

— É sério que você quer brincar de fazer perguntas justo agora? Estou tentando ligar essa merda de lata velha que você chama de carro pra sairmos daqui. - Joseph disse nervoso e trêmulo, deixando as chaves caírem no chão do carro.

— Me responda, agora seu idiota! - Olivia ameaçava apontando a lâmina de sua machete para o pescoço de Joseph que havia se levantado de pegar as chaves. No mesmo instante, Hector aponta a sua arma para a menina, porém recua ao ver Anthony mirar em sua cabeça com a machadinha.

— Tudo bem, tudo bem, tudo bem, vamos resolver isso já que quer tanto. - Diz Joseph, tentando apaziguar a situação enquanto os errantes aumentavam os chacoalhos. — Eu os chamei na transmissão de rádio porque precisamos de pessoas para procurarem suprimentos comigo para entregar a outras pessoas. - Tentou contar com detalhes sob a ameaça da afiada machete de Olivia ao mesmo tempo que encarava os errantes o observando logo a frente.

— E quem são essas outras pessoas? - Perguntou Olivia impaciente.

— As forças paramilitares de Diane Andrews.


Notas Finais


Betado por @killC.


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