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História The Way You Came To Me - Capítulo 5


Escrita por: DaniKaulitz

Capítulo 5 - Capítulo 5


Decidimos, então, ser um casal. Saímos, fomos comer juntos, tiramos selfies fofas e constantemente expressávamos nossos sentimentos um pelo outro. V não precisou desmaiar mais ninguém, pois agora eu não respondia mais se alguém flertava comigo. Não que as pessoas flertassem comigo frequentemente. Só estou dizendo.

Naquela noite, havíamos decidido sair para ver um filme. Não havíamos visto filme algum, pois havíamos ficado beijando-nos o tempo todo. Oh, estou corando por me lembrar.

Íamos para casa, de mãos dadas. Passamos pelo beco onde, semanas antes, eu havia encontrado o gatinho, que na verdade era o V. Não pude deixar de sorrir. É engraçado como a vida muda de repente. A minha vida mudou completamente quando encontrei um gato e levei-o para casa. Nunca pensei que eu me apaixonaria tão rapidamente e, bem, ainda menos por um extraterrestre! As pessoas sempre dizem que o amor pode estar onde menos se espera. Mas eu não acho que elas falavam de seres de outros planetas, quando inventaram essa frase...

—Oh não! — V bufou.

Olhei para ele, sem entender. Ele apontou para a frente da nossa casa. Digo "nossa casa" porque, desde que ele chegou, não saiu de lá mais. Era um pouco estranho morar com alguém quando se namora essa pessoa, mas acabamos nos acostumando. E é bom. Muito bom. Mas o que estava deixando V atormentado agora era o fato de ter umas vinte pessoas, do lado de fora.

—Mas quem é toda essa gente? — perguntei, não entendendo nada.

Vasculhei os rostos e não reconheci nenhum. Vinte pessoas pareciam pouco! Deviam ter umas sessenta. Continuei parado sem entender, até que V explicou.

—São meus irmãos. Minha mãe deve ter descoberto que eu fugi do planeta.

Foi então que entendi. Eram apenas 13 garotos, mas eles eram tão hiperativos que, por mudarem muito de lugar, pareciam 50 pessoas. Realmente, não devia ser fácil conviver em uma casa cheia deles.

V foi correndo para a entrada e eu fui atrás. Quando chegamos, os garotos abriram caminho e, parada na porta, havia uma mulher.

—V! Quando eu, finalmente, reuni todos os garotos e contei-os, descobri que você não vem aparecendo em casa! — ela logo gritou.

A mãe de V me surpreendeu por parecer muito nova e bem cuidada. Quando descobri que ela havia tido 14 filhos, pensei que ela não teria tempo para ficar bonita. Mas talvez seja isso. Ela vai se arrumar e, por isso, os garotos somem. Então deve ter sido assim que ela demorou a notar a ausência de V. Isso ou os 13 garotos são tão hiperativos que é difícil se saber quem está faltando.

—Mas mãe — V disse, olhando os irmãos — Aqui só tem 12.

A mãe de V ficou desesperada e começou a contá-los novamente.

—Falta o C. — ela resmungou.

Então, pediu a todos que se dividissem e o procurassem, mas pediu que não saiamos de frente da casa. Pelo visto, ouviríamos muito.

~~

—Mas mãe! — V resmungou — Eu estou entediado do Bangtan!

Três horas depois, a mãe de V havia voltado para nossa casa. Trazia um garoto risonho. Mas foi só chegar, já começou a brigar com V. Claro que ela estava certa, para mim. Eu mesmo havia reconhecido que o que V fizera foi errado e havia chamado-o de delinquente! Mas agora a situação era diferente. Ela não podia levar V de volta.

—Não me interessa. Você pode comprar um novo videogame.

—Sério? — os olhos de V brilharam.

Não acreditei naquilo! Ele podia ser convencido por um videogame? Um videogame, por acaso, era mais interessante que eu? Tudo bem que eu não tenho fases e roupas mirabolantes...nem tenho truques (além do meu olhar) ou poderes...mas, ainda assim! Cutuquei-o, com força.

—Quero dizer... — V se apressou — Eu não posso ir embora, mãe! Agora eu trabalho em uma loja, falo Coreano bem e estou tendo um relacionamento romântico!

Sorri, satisfeito, ao ouvir aquilo.

—Mas, meu bebê! — A mãe veio abraçá-lo — Você já está tendo um relacionamento, tão novo? Eu me lembro como se fosse ontem quando você andava pela casa correndo, dizendo que não queria crescer!

V franziu o cenho levemente, ainda deixando que a mulher o abraçasse.

—Mãe, aquele era o T.

Ela fez uma careta e se desculpou. Eu acho que entendo. Deve ser difícil se lembrar com precisão quem era quem quando eram crianças. Todas as crianças são praticamente iguais. Mas o V devia ser diferente...será que ele sempre foi fofo?

—Mas filho, você pode morar conosco e vir vistá-lo. — ela tentou convencê-lo.

Eu, que só assistia a cena, congelei. Se V fosse embora, seria difícil. Eu já havia ficado acostumado a tê-lo sempre por minha casa, comendo minha comida, estudando os objetos ao nosso redor e, claro, namorando comigo.

—Não, mãe! — V resmungou — Eu não posso voltar para Bangtan!

V parecia ter pensado em algo. Aguardei em expectativa o que ele poderia dizer.

—Por que? — a mãe perguntou.

V hesitou por um momento. Olhou para mim rapidamente e, depois, encarou a mãe.

—Porque...nós vamos nos casar!

A mãe ficou pasma. E eu também. Até os 13 irmãos, que brincavam de pular no sofá, também ficaram chocados.

—Eu vou me casar com JungKook! — V pareceu ganhar mais coragem — Aquele ali. O terráqueo.

Todos, de repente, se viraram para mim. Eu corei. Nunca imaginaria que receberia um pedido de casamento de um extraterrestre. Muito menos na frente de sua família extraterrestre.

—Tudo bem. Se vocês estão apaixonados... — a mãe suspirou cansada — Mas apareçam lá para nos visitar, de vez em quando.

Fiquei animado com aquilo. É claro que eu adoraria visitar Bangtan! Conhecer todos os lugares interessantes, ver costumes diferentes. Deve ser demais estar circulando entre pessoas extraterrestres e, claro, pessoas transformadas em gatos.

Quando viram que não havia mais jeito, a mãe se retirou, com seus 13 filhos barulhentos. Disse que devíamos chamá-la quando decidirmos a data e local do casamento, que ela voltaria, com o marido. Fiquei curioso para saber como faríamos para ter contato com uma pessoa de outro planeta. Será que a nossa linha telefônica tem cobertura para ligações extra planetárias? Depois eu perguntaria a V sobre isso. Também precisava perguntar como poderíamos viajar para Bangtan. Gostaria de saber, quando formos visitar seus pais e irmãos, que tipo de roupas eu deveria levar na mala.

—Eu não pedi do jeito da Terra. — V se aproximou de mim quando já estávamos sozinhos.

Aguardei, ansioso.

—Nos amamos. Vamos nos casar? — perguntou, sorrindo lindamente.

Eu sorri também. O pedido foi bem diferente da forma como os terráqueos costumam pedir-se em casamento, mas estava bem. E era até bem original.

—Sim, vamos! — respondi, antes de me levantar do sofá e lhe dar um beijo.

Não importa quantas vezes eu beije V. Sempre sentia a mesma coisa. Ansiedade, carinho e muita paixão me dominavam.

—Vamos, vamos planejar o nosso casamento! — V sorriu, animado.

Sorri também, sentindo a felicidade me dominar.

E foi assim que eu acabei casado com um extraterreste, de cabelo cor de lavanda ou algo assim, que podia se transformar em gato e tinha 13 irmãos. Minha vida nunca mais foi a mesma. E nunca mais foi entediante, isso eu garanto. 


Notas Finais


Este é, tecnicamente, o último capítulo da fic, mas logo vou trazer um capítulo especial com a lua de mel dos dois, que já estou escrevendo. Obrigada a todos que acompanharam e sempre deixaram comentários carinhos, vocês sempre me fazem feliz e motivada ♥


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