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História The Wild Omegas - Um chefão, uma assinatura sangrenta e um ataque


Escrita por: AestheticKimber

Notas do Autor


Olá, meus Xuxus!!
Sentiram minha falta, amores? Eu senti de vocês kkkk

Janeiro definitivamente faltou me deixar maluca, mas acredito que agora vou poder voltar com um pouco mais de tranquilidade.
Em alguns capítulos atrás, eu creio ter dito que a calmaria que estava acontecendo seria: "uma garoazinha antes do temporal". Eu espero que todos vocês tenham pegado seus guarda-chuvas antes de iniciarem essa leitura, pois a partir desse capítulo eu os apresento "o temporal" :)

Uma boa leitura a todos, vejo vocês nas notas finais!

Capítulo 18 - Um chefão, uma assinatura sangrenta e um ataque


Fanfic / Fanfiction The Wild Omegas - Um chefão, uma assinatura sangrenta e um ataque

The Wild Omegas

Cap. 17: Um chefão, uma assinatura sangrenta e um ataque

J E O N   J U N G K O O K


 

Depois de alguns bons dias de repouso em casa, enfim me vi bem o suficiente para ir à base, já estava mais do que na hora de voltar a minha rotina de trabalho. Eu sei que os rapazes vêm aqui diariamente para colocar tudo em seu devido lugar e mesmo em casa eu não deixei de trabalhar, mas nunca é bom deixar um grupo por tempo demais longe de uma figura de liderança, as coisas podem sair do controle facilmente, principalmente para os engraçadinhos, parecer fraco não é uma opção quando se quer alcançar o sucesso.

Como seria uma visita rápida, não pedi que o Namjoon me acompanhasse, eu notei como ele anda próximo daquele ômega, Seokjin, isso será bom para ele, afinal, o grandão não experimenta qualquer tipo de relacionamento amoroso desde que se apaixonou por uma ômega charmosa a uns bons anos atrás, mas infelizmente ela já tinha encontrado seu par e rejeitou os sentimentos dele. Nam ficou por muito tempo magoado e tentou superar se dedicando a algo produtivo, assim nasceu o maior cabeça de informática que nós temos. Namjoon consegue acessar qualquer informação privada com seu computador e isso é muito útil para nossos negócios.

Nossos negócios são bastante extensos e complexos, que vão desde tráfico de armas, onde produzindo e comprando armamentos de ponta para revenda, usamos cassinos estratégicos em alguns locais como fachadas para nossos negócios fluírem, claro que a venda é apenas feita para parceiros e pessoas que tenham licença para possuírem armas. Tráfico de influência, onde uso minha posição para conseguir favores e benefícios para mim ou para terceiros, claro que recebendo antes nesse segundo caso. E também tráfego de informações, especialidade de Namjoon, onde conseguimos acessar tecnologias de qualquer veículo, conseguir informações privilegiadas e vendê-las para o interessado que mais pagar, é claro, mas muitas vezes os pedidos são diretos.

Quando enfim me vi de frente a entrada da minha base, entrei tranquilamente e pedi para não ser anunciado, queria dar uma boa olhada em todos os rapazes que estão trabalhando para mim, se estão fazendo seus trabalhos de maneira correta.

Caminhei por entre os setores discretamente, aqui a maioria dos funcionários tende a ser alphas e betas, com pouquíssimas exceções de alguns ômegas que trabalham na parte administrativa. Eles são bem dedicados e organizados em seus trabalhos e isso me deixa satisfeito.

— Chefe, é bom vê-lo de novo. — Hee Minseo, uma alpha que administra o setor de produção de armas, apareceu pelo corredor. — Não se preocupe, ninguém sabe ainda que está aqui além dos rapazes das câmeras, como está seu braço?

— Está bem, Hee, ainda anda mais na sala das câmeras do que no próprio setor. — Conclui rindo levemente enquanto ela dava de ombros sem preocupação. — Como está Pyo Jinah? Espero que não a atrapalhe em seu trabalho na segurança, preciso de seus olhos em alerta nas câmeras e não em você e suas mãos. — Disse ainda andando tranquilamente, não é de hoje que eu sei que ambas as alphas andam tendo um certo caso as “escondidas”.

— Eu me asseguro de manter ela concentrada em seu trabalho quando não estamos em nossos intervalos, chefe. — Quase pude notar um rubor nas bochechas dela, mas também um sorriso convencido.

— Peça logo a mão da garota, antes que ela canse dessa sua cara feia. — Alerto, de modo brincalhão, parando de andar para encará-la. — Eu sei diferenciar um caso momentâneo de algo a mais quando vejo, seja esperta, não falo isso como seu chefe, sabe disso, Minseo, vocês já estão juntas há mais de um ano, por quanto mais tempo vou precisar esperar pelo meu convite de padrinho? — Toco em seu ombro, afinal, ela é uma funcionária antiga, está coordenando o setor de produção desde que assumi e sempre realizou seu trabalho com perfeição.

— Eu entendo, se dependesse apenas de mim eu já teria a pedido em casamento, Jinah é a mulher da minha vida, mas… ainda somos duas alphas e sei como sua família é conservadora, esperam que ela apresente um ômega e não outra alpha, estou planejando isso com cuidado, a última coisa que eu quero é magoá-la, ou pior, colocá-la em uma situação difícil com a própria família. — Suspirou a alpha, era claro como a situação era de fato complicada para as duas, afinal, a sociedade ainda tem seus padrões enraizados que prezam pelas aparências acima do amor.

— Sabe que vocês têm o meu apoio certo? Pensem no que vão fazer, se precisarem de mim, para qualquer coisa, me liguem, irei ajudar como puder.

— Obrigada, chefe, vou levar isso em consideração. — Ela sorriu levemente, eu dei um sutil aperto em seu ombro antes de voltarmos a caminhar em direção ao seu setor.

— Ótimo, agora, como anda a produção das armas? Temos compradores em potencial em Gwangju, preciso das cargas prontas antes do final de semana, não podemos perder esse comprador. — Digo, retomando a minha posição séria e profissional.

— As metas semanais andam sendo cumpridas, as armas são mandadas para o setor de teste, mas está havendo um problema no nosso setor que está sendo cada vez mais difícil de conter. — Ela suspirou, massageando as têmporas, claramente era um assunto que estava lhe tirando do sério há um tempo. 

— Que seria o que exatamente? — Paro no corredor, de frente de um vidro, do lado de dentro ele é apenas um espelho, mas do lado de fora conseguimos ver tudo o que está acontecendo do lado de dentro.

— Brigas, discussões e agressões que andam nos atrasando, cumprimos a última meta com esforço dobrado e foi preciso trazer seguranças para ficarem especificamente neste setor, como pode ver e mesmo assim foi necessário usar força para separar brigas.

— Você comunicou isso a mais alguém em minha ausência? — Perguntei sério, observando uma pequena discussão se formando.

— Sim, ao Vice Kim, ele teve uma… “conversa” com os rapazes, resolveu por um tempo, mas agora voltou com força total.

— Certo, chame esses delinquentes para minha sala, irei tratar deles pessoalmente.

Pedi, caminhando novamente em direção à minha sala, ainda passando por alguns corredores e observando outros setores, sendo cumprimentado vez ou outra por alguém que estivesse passando pelo mesmo corredor que eu, mas também não vi ou ouvi mais nenhuma reclamação em relação aos outros setores. Entrei em minha sala, a última de um corredor extenso, indo até a minha mesa com uma pequena pilha de papelada. Namjoon deve ter assumido a maioria por aqui enquanto estive fora, o que é bom, sobrou apenas o que de fato precisa ser visto e aprovado apenas por mim.

Acendo um cigarro, não sou de fumar, mas sinto que vou me estressar em breve, então, por que enrolar? Aproveito o gatilho e pego um bom copo da minha boa e velha bebida preferida. Me sento na mesa e começo a pensar, preciso analisar esses relatórios antes de ir para casa, lidar com alguns baderneiros e claro, resolver a questão do barco. Tem alguns dias que venho pensando nisso, na verdade, qual seria a minha melhor abordagem para com os ômegas resgatados, eu não tinha exatamente uma boa alternativa no começo, apenas levá-los de volta para casa ou instalá-los e ponto, mas essa história decidiu se desenrolar de uma maneira cada vez mais confusa do que esperava que fosse. 

Ainda não consegui encontrar o paradeiro dos ômegas desaparecidos, mas outro dia recebi uma ligação de que os caminhões usados para a fuga foram vistos uma última vez por uma câmera de segurança de um porto, o que me faz pensar que talvez alguém de fato tenha feito uma tentativa de resgate ou, na pior das hipóteses os sequestrou de novo. Além disso, analisamos os dardos de tranquilizantes, são dardos comuns usados em caça, mas tinha um detalhe interessante, a fabricação daquela marca específica é natural de Busan.

Ademais, fui notificado por alguns informantes, sobre uma movimentação estranha na parte inimiga. O que não deixa de me fazer ficar com as orelhas bem em pé, não é seguro manter esses ômegas aqui se houver uma segunda guerra, eu vejo como os rapazes estão completamente bobos pelas criaturinhas encantadoras, arrisco até mesmo dizer que estão começando a sentir muito mais do que uma simples atração. Eu não acho isso de um todo mal, mas preciso dos meus homens concentrados e sem distrações para que isso dê certo.

Por um certo tempo durante os últimos dias eu parei, tentando encontrar um meio em que poderíamos levá-los para sua ilha de origem em segurança, precisaria ser um meio discreto e relativamente rápido, uma embarcação vai resolver todo o nosso problema, nos levariam até a ilha, deixamos os três ômegas lá e voltaríamos, claro que seria a última viagem de barco que a tripulação faria, então de preferência deveria ter o menor número de pessoas possíveis.

Não digo que será fácil, afinal, tem algo de diferente naqueles três, algo sutil, mas que de alguma maneira não deixa de ser especial, será difícil deixá-los partir. Me peguei pensando na noite anterior em que acolhi um Jimin choroso nos braços, é estranho notar o quanto ele parecia frágil, como se um simples toque pudesse fazê-lo despedaçar. Talvez não tenha sido a decisão mais sensata que eu poderia ter feito, aceitar deitar e o deixar ser embalado em meus braços, observá-lo adormecer rente ao meu peito, com meu rosto enterrado no meio de seus fios prateados, sentindo o seu cheiro docinho de morangos. Não foi sensato, mas definitivamente não me arrependo nem por um segundo.

Batidas me tiraram da linha tênue entre o pensamento racional e algo que se parecia um pouco mais como um sonho distante.

— Entre. — Ergui a minha postura, me sentando de maneira mais confortável em minha poltrona, tragando o meu cigarro mais uma vez.

A porta se abriu, um pequeno grupo de cinco homens entrou, um atrás do outro, antes de pararem um ao lado do outro na frente da minha mesa como um paredão. Pelo cheiro, era claro que se tratava de alphas, todas com bons portes e não pareciam velhos, dificilmente haveria alguém do grupo com mais de 30 anos, pirralhinhos baderneiros.

Hee Minseo estava na porta, dei um sinal de que ela saísse, e fechasse a porta e assim ela fez. Os homens estavam de cabeça baixa e com as mãos nas costas. Eu os encarei por alguns minutos, terminando meu cigarro com calma, sem pressa, eles também não diziam nada, porém, pude notar o nervosismo sutil vindo de seus cheiros, eles ainda tentavam os esconder, mas como um alpha dominante que sou, tenho um olfato muito desenvolvido.

Enfim, terminei o meu cigarro, apagando o que restou da bituca no meu cinzeiro, na minha mesinha, dei um bom gole no meu copo e me levantei.

— O que estão fazendo parados aí, como imbecis? Sentem.

Eles arregalaram os olhos e se sentaram em cadeiras de madeira de frente para mim, seus corpos estavam tensos, pobres bichinhos encurralados, sabem as merdas que fizeram na minha ausência, bom, se tiveram culhões para brigarem no meio de uma produção importante, vão ter culhões para enfrentar as consequências de seus atos.

— Eu ouvi coisas muito interessantes sobre os cinco hoje, mas quero muito ouvir o que vocês têm a dizer primeiramente, é claro. — Não que eu de fato me importasse, Hee Minseo não mentiria para mim, mas é engraçado vê-los se atropelando em desculpas que no final não farão diferença alguma. — Quero um motivo.

Porém, para minha infelicidade, todos decidiram que era uma ótima hora para calarem a boca, talvez não quisessem acusar um para serem acusados de volta, mas é claro que ainda haveria uma chance, pequena, de não ter motivo algum. Não sou conhecido por ser a pessoa mais paciente do mundo, mas respirei muito fundo, caminhando até um homem que estava mais na ponta. Pus os dedos em sua gravata e o puxei para cima, o mantendo em pé e bem perto de mim.

— Você… é surdo, rapaz? — Perguntei em tom baixo, o fitando de cima a baixo.

Ele tentou olhar para os outros, em choque com a minha pergunta, mas lhe dei um tapa no rosto e o agarrei com as mãos, os dedos pressionados em suas bochechas, forçando-o a olhar para mim.

— Eu perguntei se você é surdo, responda quando eu te faço uma pergunta, seu pedaço de merda. — Exigi, já sentindo minha pouca paciência indo embora.

— Não, não, senhor, eu não sou surdo. — Ele afirmou, sinceramente, parecia estar prestes a molhar as calças.

— Ótimo, ótimo, então, me diz… — Lhe dei uma cabeçada abrindo um corte em seu nariz e ouvindo um bom som de “crack”, mas não parei por aí, tirei um pequeno punhal que sempre deixo dentro do meu paletó e a cravei em seu estômago, o grito que ele soltou deixou os outros presentes em estado completo de pavor, bom, estamos começando a conversar agora. — Por que caralho você não respondeu quando eu te fiz uma pergunta? — Perguntei retoricamente, girando a lâmina ainda dentro da sua barriga antes de puxá-la com tudo, vendo o corpo dele cair em seguida. — Bom, menos um, quem é o próximo engraçadinho que vai se fingir de surdo aqui? — Perguntei limpando a lâmina do meu punhal nas roupas do rapaz caído no chão.

— Ninguém, senhor, vamos falar. — Um dos quatro que sobraram falou, o mais alto deles.

— Eu estou esperando. — Caminhei tranquilamente de volta para a minha cadeira, mas não guardei meu punhal, o mantendo em mãos como um aviso singelo, mas claro.

— Senhor, este homem me roubou algo. — O mais alto deles apontou para outro homem, sentado na ponta e com sardas por todo o rosto. — Uma corrente de prata, com um pingente de trevo.

— Senhor, eu já estou cansado de explicar que não roubei nada, eu não sou ladrão. — Se defendeu o rapaz de sardas. — Estamos nisso há semanas, ele não aceita que eu não tive nada a ver com o sumiço dessa porcaria de corrente!

— Eu vi você e sua carcaça pintada andando próximo aos armários onde guardamos nossos pertences. Horas depois, eu fui até o meu armário, ele estava arrombado e minha corrente havia sumido. — Se exaltou o mais alto, cuspindo palavras para o sardento.

— Não ouse falar assim do meu irmão, seu canalha, você não tem provas de nada. — Um rapaz ruivo, ao lado do sardento, se ergueu, também cuspindo alguns xingamentos.

— É melhor abaixar a bola, ruivinho, você e seu irmãozinho de merda podem confessar que roubaram o nosso amigo e então vamos acabar com isso de uma maneira justa! — O último homem, um careca, ao lado do mais alto, disse, defendendo o amigo, com suas mãos em punho.

Eu respirei fundo quando uma nova discussão estava se iniciando novamente. Certo, eu já entendi o que está acontecendo aqui. Dei um soco forte e alto na minha mesa, suspirando enquanto massageava as têmporas.

— Então, toda essa briguinha infantil que tem colocado a reputação impecável do meu império na beira do abismo foi devido a uma mísera corrente de prata? — Eu os encarei, me levantando mais uma vez da minha mesa, já cansado de ouvir toda essa baderna sem sentido. — E nenhum de vocês não tem sequer um pingo de vergonha em admitir isso? — Perguntei, furioso. — Eu fiquei pouquíssimos dias fora, soube que o meu braço direito já teve uma “conversinha” com vocês e mesmo assim vocês decidiram passar por cima de qualquer autoridade desse lugar, dando trabalho para os seguranças, para a administradora dos seus setores, arriscando atrasar entregas e entregar um produto com falhas para compradores. — Rosno, com ódio, batendo e prendendo o punhal na mesa com força. — Eu estou pagando vocês para trabalhar ou para brigarem como pirralhos? Por que caralhos vocês não estão fazendo o mínimo? — Me aproximei novamente deles, tirando meu paletó, o jogando na minha cadeira e subindo as mangas até meus cotovelos. — Pouco me importa o motivo das brigas, não quero mais saber motivos ou detalhes, mas estou vendo que vocês gostam de trocar alguns socos, não é? Bom, nós temos algo em comum, vamos deixar nossos socos conversarem agora e então ver se assim vocês entendem bem o recado.

Sem mais dizer nenhuma palavra, senti quando meus olhos faiscaram de raiva, com certeza adquirindo agora o tem vermelho do meu lobo, isso é, além de sentir uma dormência nas pontas dos dedos, quando minhas garras se fizeram presente, grandes e afiadas. Senti uma coceira nas minhas gengivas, além de um leve desconforto quando senti minhas presas maiores e ameaçadoras, roçando e arranhando levemente minha boca enquanto ainda me acostumava com as mudanças. Minha presença dominante contornou toda a sala, abri um sorriso de canto, exibindo meus dentes, quando notei o grupo sufocar com os meus feromônios, quando eles são liberados em um estado de raiva, consegue deixar os adversários sufocados, me dando vantagem em lutas. Eles se ergueram das cadeiras, dando alguns passos para trás, pareciam entrar em um estado de autodefesa, isso seria interessante, vamos ver do que são capazes.

Um deles, o mais alto, tentou avançar, com os punhos cerrados e os olhos acesos. Mas, sem hesitar, desferi um golpe certeiro em seu rosto, deixando uma marca funda das minhas unhas, indo da sua mandíbula, por baixo do queixo e parando no pescoço. Ele caiu no chão, gemendo de dor, segurando o próprio rosto ensanguentado. Os outros quatro tentaram reagir logo em seguida, tentando me pegar desprevenido ou me desconcentrar ao ter todos vindo em minha direção de uma só vez, mas eu fui treinado para isso, isso e muito mais. Então, fui rápido e implacável em revidar suas tentativas de ataque. Distribui socos e até mesmo alguns bons chutes, um deles se afastou após receber um bom soco no estômago. Nunca se deve relaxá-lo em uma briga ou pode acabar como ele, sem fôlego, mas pirralhos como ele nunca saberiam disso, é claro. Logo notei todos atordoados e feridos, incapazes de revidar com eficiência. Eu já estava cansado dessa briguinha de moleques, e continuei a dar socos, mas agora de maneira preguiçosa. Apenas quando, enfim, desferi um golpe em cada um, lhes deixando marcas, alguns até passando por seus olhos até o queixo, outros da bochecha até o pescoço, foi que, enfim, eles se afastaram e bastou um movimento preciso em uma área da nuca para que todos eles caíssem no chão, a confusão enfim cessou. Seus sangues manchariam meu carpete se ele não fosse estrategicamente preto.

— Isso é o que acontece com aqueles que desrespeitam as regras da nossa organização. Espero que tenham aprendido a lição, pirralhos. — Disse, enfim, voltando até meu armário de bebidas, enchendo meu copo novamente e dando um gole antes de apertar um botão em minha mesa, vendo alguns homens entrarem em seguida. — Levem esses trastes até o porão, os coloquem para nadar um pouquinho nos tanques gelados, quero que eles abram bem os olhos e fiquem espertos o suficiente antes de voltarem a trabalhar. — Disse voltando a me sentar na minha mesa, tirando meu punhal da madeira. — Avisem a administradora do setor de montagem que eles não terão intervalos até que a meta dessa semana seja batida, isso vai fazer eles ficarem bem ocupados para não arranjarem mais brigas e se por acaso tiverem mais alguma notificação sobre eles, o tragam aqui de volta, teremos uma última conversa, agora vão. — Os dispensei, bebendo mais um bom gole da minha bebida.

Os corpos desacordados deles foram arrastados para fora da sala, deixando manchas de sangue pelo piso, logo um beta entrou com produtos de limpeza para limpar toda a bagunça causada por nossa pequena “conversa”.

— O que faremos com esse, chefe? — Perguntou um dos homens, erguendo o corpo do rapaz que golpeei na barriga — Está morto. 

— Traga aqui. — Pedi, e assim ele o fez, trazendo o corpo do homem até mim, fiz questão de deixar uma marca com as unhas, lentamente, passando por todo o rosto, da testa até o pescoço — Ótimo, o coloque no jardim, quero que ele sirva de exemplo, deixe até feder.

Enfim, todos saíram da minha sala, agora eu posso voltar a lidar com assuntos mais importantes.

 

-.-.-.-.-.-

 

Já era muito tarde quando eu enfim terminei de resolver todos os assuntos pendentes. Eu passei pela entrada, caminhei pelo jardim observando um pequeno grupo de curiosos, um pouco distantes, observando o corpo no meio do gramado. Quando me viram, correram em disparada, a marca das minhas garras no rosto do homem denunciava a minha assinatura, um exemplo bastante claro de o que acontece quando você sai da linha com o chefe, vulgo eu.

Entrei em meu carro, meu motorista já estava dentro, me esperando, bastante proativo.

— Para casa. — Ele deu partida e seguiu, eu afrouxei minha gravata e abri os botões do meu paletó.

O resto da viagem foi tranquila, eu aproveitei para relaxar no banco de trás. Quando o carro enfim estacionou na minha propriedade, eu, preguiçosamente, saí e caminhei até a entrada, abrindo a porta e entrando, me livrando do meu blazer e o colocando em um porta-casaco. Já pensava no longo e relaxante banho que iria tomar antes de enfim ir para a cama dormir o máximo que conseguisse.

— Gguk? — Uma vozinha bem conhecida sussurrou.

Quando eu me virei em direção da voz, notei Jimin descendo as escadas, usando uma camiseta muito grande para seu corpinho pequeno e coçando os olhos, claramente sonolentos, com as costas das mãos.

— Olá, o que faz acordado a essa hora, danadinho? — Perguntei me aproximando dele, sorrindo levemente.

— Eu estava esperando por você, tinha sumido, a onde foi? — Ele me encarou com aqueles olhinhos pequenos, assim que desceu o último degrau da escada.

— Eu precisei ir ao trabalho, mas eu já estou de volta, vê? Que tal você ir dormir agora, está muito tarde para pequenos ômegas sapecas como você ficarem acordados, amanhã será um longo dia. — Digo sorrindo levemente para o pequeno ômega, acariciando levemente sua cabeça.

— Na verdade… é por isso que decidi esperar por você. — Ele sussurrou, visivelmente tímido, se aproximando mais de mim. — Você se importaria em dormir comigo novamente essa noite? Não quero incomodar, mas… eu me senti seguro ao seu lado na noite passada.

Não pude segurar um bom sorriso, ele parecia adorável com as bochechas coradas e com toda essa timidez ingênua. Sei que, se fosse qualquer outro ômega, eu acreditaria que esse pedido teria segundas intenções e o intuito não seria de fato dormir, mas é Jimin que está me pedindo isso, posso ver em seus olhos uma inocência extraordinária. Eu o puxei para meus braços, o abraçando carinhosamente, algo dentro de mim, bem lá no fundo, implorava para que eu protegesse esse pequeno ser.

— Então você quer que eu te proteja, hum? — Sorri acariciando seus cabelos macios e prateados. — Pois bem, vou velar seu sono para que nada o acorde.

— Fará isso amanhã também? — Ele me encarou com um sorriso largo.

— Quantas noites forem necessárias. — Sussurrei, dando um leve beijo em sua testa. — Vamos subir agora sim? Já para a cama.

Eu o soltei do abraço, ele sorriu para mim, parecia que iria dizer algo, mas se conteve a segurar minha mão e então começamos a subir as escadas. Teria sido uma situação completamente normal. Nós subiríamos as escadas, deitaríamos em uma cama confortável, eu o assistiria dormir tranquilamente e adormeceria ao seu lado, observando sua face tranquila ao meu lado. Porém, algo me chamou atenção nas janelas, como se algo tivesse passado muito rápido e furtivamente por elas, isso foi o bastante para me fazer parar no meio da escadaria. Era algo sutil, mas para meus olhos bem treinados e meu instinto experiente deram alertas em minha mente que a deixaram imediatamente esperta para qualquer movimento estranho.

— Jimin, suba agora, no final do corredor você vai encontrar uma porta, é meu escritório, eu preciso que entre lá e se esconda dentro do armário do canto, dentro dele tem um botão vermelho, se você escutar disparos ou barulhos, vou precisar que o aperte para mim e se mantenha lá em segurança, eu vou voltar para te buscar. — Eu sussurrei beijando sua testa e tirando minha arma do coldre axilar por baixo do meu paletó.

Ele não fez perguntas, arregalou os olhos como dois pires grandes. Em seguida, concordou com a cabeça e subiu as escadas com pressa, mas em silêncio. Eu desci os poucos degraus da escada, segurando minha pistola nas mãos, uma Desert Eagle . 50, fui sorrateiramente até a janela, mas me mantendo rente às paredes para não ser visto. 

Abro levemente um pouco da cortina de uma delas, justamente a janela que dá para o jardim. Parecia tudo normal, isto é, até eu abaixar meu olhar e me deparar com um dos meus homens, morto, com um corte profundo na garganta, seu corpo estava caído no jardim e havia uma poça de sangue ao seu redor. Eu precisei fechar a janela, estávamos no meio de um ataque, isso não tinha dúvidas. Levei minha mão até o meu relógio no pulso, puxando sua coroa por cinco segundos antes de soltá-la, afinal meu relógio não é um relógio normal, é um dispositivo especial que os rapazes e eu usamos e não o tiramos para nada, pois ao puxar sua coroa soará um alarme em todos os outros relógios, alertando que há algo errado acontecendo. Uma vez feito isso, eu enfim subi as escadas em direção ao meu escritório. Precisava me armar e tirar todos da casa em segurança.


Notas Finais


Oi, Oi, Xuxuzinhos!
O que dizer sobre esse capítulo, hein? Kkkkk
Primeira postagem de 2024 não poderia ser nada diferente do que uma bombinha sutil, vocês já estão acostumados, mas quero ouvir suas teorias, me contem aí!!

O que acharam do nosso JK chefão mafioso em ação? Simplesmente perfeitinho demais.

E o Jimin todo cuti-cuti de mamãe esperando o JK chegar em casa? Sério, se vocês não tiveram um surto de fofura comigo naquela cena, eu vou ficar bem triste kkkkkkk

Além disso, é claro, temos um início de um ataque, não vou fazer grandes comentários sobre isso, isso está no planejamento da fic há muito tempo, mas digamos que a estória estava muito "parada" não é mesmo? Vamos movimentar isso aqui então :)


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