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História The Woods (NaruHina) - A pequena Hinata


Escrita por: biawallflower

Notas do Autor


oiiiii, gente.
primeiramente gostaria de me desculpar pela demora de postar, mas essa semana eu estive beeeem ocupada e eu precisava de tempinho pra desenvolver esse capítulo. eu ameeeeeeei ver a ansiedade de vocês pra esse capítulo, mas sinto dizer que os suspenses não acabaram. ainda tem umas coisinhas aí pra rolar haahaha.
GENTE, EU TO SEM ACREDITAR NESSES 238 FAV'S. vocês são uns amores meeeeesmo. muito obrigada a cada pessoa que lê, favorita, comenta, fica ansioso aguardando... isso é a melhor sensação do mundo. vocês são fodas! ainda não tive tempo de responder os comentários de vocês do capítulo passado mas logo farei isso. bommmmmm, não vou mais atrapalhar vocês hahaahaha


Vamos ao capítulo:

Capítulo 20 - A pequena Hinata


- Tudo o que precisamos é de uma confissão, um pequeno deslize. - Jiraya falava alto para os seus detetives, na pequena salinha já conhecida por todos. Hinata escutava atentamente o que o Capitão falava, apesar de ainda sentir a sensação desconfortável que lhe ocorreu quando ouviu Orochimaru dizer que queria a ela. Sentiu a sua espinha arrepiar e o seu estômago revirou de uma forma que até agora, mesmo já tendo se passado minutos desde que ele havia dito aquilo, ele ainda doía. Olhou para os seus companheiros, Naruto estava com os braços cruzados e pensativo, Temari mantinha sua expressão irritada, enquanto Tenten apenas ouvia tudo atentamente. E Sasuke… Bom, Hinata podia jurar que a qualquer momento ele explodiria. - Faça ele dizer que esteve lá. - Hinata sentiu o olhar de Jiraya sobre si e então descruzou os braços o encarando, sem muita reação apenas assentiu. Viu Naruto se desencostar da parede e abrir a boca para dizer alguma coisa, mas foi interrompido por Shikamaru que entrou de supetão pela sala. 

- Os resultados chegaram do laboratório. - o Nara já chegou anunciando e finalmente pôde-se ver a atenção de todos voltada para o moreno. Ele parou e encarou a todos, talvez ali estivesse tudo que fosse necessário para pegar de vez Orochimaru. - Eles analisaram as botas dele e… - sabia que todos estavam apreensivos mas se sentia nervoso de dar aquela notícia. - não tem resíduos de sangue. Absolutamente nada. - todos na sala o olharam incrédulo. 

- Shikamaru, isso não é possível! - Sasuke gritou e o Nara suspirou. 

- Não sou eu quem decido, Uchiha. Simplesmente não tem nada nas botas do cara. É quase como se ela fosse completamente nova. - disse mostrando o papel ao Uchiha, que simplesmente o ignorou. 

- Então ele as lavou. - Tenten constatou. - E os canos? - Shikamaru meneou a cabeça. 

- O encanamento está completamente limpo. Aliás, a perícia passou tudo por lá e a casa está completamente limpa. Não tem sequer um fio de cabelo, nenhuma evidência. É quase como se o cara nem vivesse lá. - Naruto ergueu uma sobrancelha. 

- Como assim, Shikamaru? - o moreno tossiu. 

- Cara, não conseguimos nem mesmo encontrar as digitais dele pela casa. - Temari arregalou os olhos. 

- O cara limpa as digitais da própria casa? Que maníaco. - ela disse fazendo uma careta e Hinata não pôde evitar uma pequena e rápida risadinha. Mas logo todos se encaravam se vendo novamente sem saída, sem perspectivas. Como poderia aquele homem estar tão perto de ser pego e mesmo assim parecer que estava a um ponto de escapar pelas suas mãos?

- Talvez ele nem more lá de verdade, por isso seja difícil encontrar as evidências lá. - Tenten disse dando de ombros.

- Se ele não morasse lá, as botas não estariam lá. - Naruto disse passando a mão pelos cabelos. - É mais provável que, na verdade, ele esteja lavando as roupas e sapatos em outro local. 

- A perícia não encontrou mais nenhum imóvel associado ao nome dele ou ao do Kabuto. - Shikamaru disse rapidamente. 

- Bom, seria óbvio demais. Talvez esteja em nome de outra pessoa ou, até mesmo, seja um imóvel ilegal. - Naruto pontuou, e Shikamaru assentiu.

- Não podemos simplesmente rastrear os imóveis ilegais da cidade e ir olhando? - Sasuke disse ainda com irritação na voz. 

- Você tem ideia de quantos imóveis ilegais se tem nessa cidade? Levaria um século, daria tempo dele fugir e trocar a própria identidade novamente. - Shikamaru falou como se fosse óbvio. 

- Tá, e você tem ideia melhor, gênio? - Sasuke perguntou semicerrando os olhos, e Shikamaru colocou uma mão no bolso. 

- Fazer ele falar. - Sasuke então riu do comentário óbvio do colega. Logo estava gargalhando. 

- Eu não sei se você se deu conta, cabeça de abacaxi, mas nós já tentamos isso. - falou olhando cinicamente para Shikamaru. 

- Nem todos nós. - ouviram a voz do Capitão e perceberam que ele falou isso encarando Hinata, que mantinha-se ainda parada observando todo aquele caos que aquele departamento tinha se tornado nas últimas horas. Assentiu para Jiraya. 

- Vocês não podem estar falando sério. - olharam para o loiro, dono daquela vez, que estava parada com os punhos cerrados. - Você não pode estar me dizendo, Jiraya, que vai mandar a Hinata lá pra dentro com aquele sádico! - Jiraya suspirou. Algo dentro de si havia lhe avisado que Naruto provavelmente reagiria daquela forma. 

- Naruto, é a melhor e única chance que temos agora. - tentou acalmar o loiro, que jogou a cabeça para trás. 

- Você tá doido? - Jiraya lhe dirigiu um olhar que dizia basicamente “você perdeu o respeito?”, e então o Uzumaki tratou de se acalmar. Respirou fundo. - Jiraya, ele pediu pela Hina lá dentro. Ele tá esperando por ela pra brincar com ela de alguma forma que pode ser muito cruel. Além de que ele pode tentar algo, sei lá. Você não pode permitir que a Hinata entre lá. Eu não vou deixar que ela entre! - era nítido o desespero na voz do Uzumaki, ele tentava desesperadamente proteger Hinata de tudo o que eles já tinham passado ali dentro. Até mesmo Sasuke, que estava no auge da sua ira, conseguia se compadecer pelo desespero do amigo. 

- Naruto-kun. - Hinata finalmente se pronunciou, se aproximando do loiro e tocando-lhe a mão. - Não precisa se preocupar comigo. Eu vou ficar bem, eu estudei para isso, não foi? - ela lhe deu um sorriso mínimo, enquanto ele ainda a encarava com desespero. - Além disso, ele não vai tentar nada contra mim, estamos em um departamento policial, ué. Se ele tentar, provavelmente vai morrer. - ela tentou soar divertida, mas Naruto ainda a encarava sério. Ela suspirou. - Eu te entendo, sério. Mas eu me preparei pra isso, vai ficar tudo bem. Ele não pode me fazer mal. 

- Pode sim, Hina. - Naruto abaixou a cabeça. - Você não vai! - Naruto olhou autoritário para Hinata, e todos na sala arregalaram os olhos com aquela maneira de agir dele. Nunca viram ele falar assim com ninguém. Então Hinata respirou fundo. 

- Naruto, chega! - ela falou alto e foi a vez do loiro arregalar os olhos pela maneira da Hyuuga falar com ele. Há tempos não sabia como era ser chamado por ela dessa forma, sem o “kun” acompanhando. Ou seja, ela realmente deveria estar muito irritada com ele. - Eu sei que você quer me proteger e eu agradeço muito. Mas você não toma as minhas decisões por mim. Assim como você fez o seu trabalho, é hora de fazer o meu! Então, por favor, só confie em mim. - Hinata sempre ficou muito comovida com toda a preocupação e cuidado que Naruto mantinha por ela. Mas aquilo estava passando de todo e qualquer limite. Ele não podia pensar que decidia as coisas por ela, simplesmente por achar que ela estaria segura. Aquilo fazia com que ela se sentisse fraca, vulnerável e inútil. E ela precisa se totalmente o oposto disso porque, naquele momento, ela era a única esperança que eles tinham de levar Orochimaru preso naquele momento. Naruto suspirou. 

- Tudo bem, Hinata. - foi a última coisa que ele disse antes de se afastar dela e se e se encostar na parede novamente. Ficaram um minuto em silêncio, só absorvendo tudo o que estava acontecendo. Viram Hinata chegar próximo à Shikamaru e falar algo em seu ouvido. O moreno assentiu e saiu da sala dizendo que procuraria pelo Lee. O restante continuou na sala, pensando em tudo e olhando para o nada. 

- Vocês vão começar agora? - Sasuke perguntou se levantando. 

- Não, ainda daremos alguns minutos. - Jiraya disse e o moreno assentiu. 

- Tudo bem. Vou pegar um café. - ele já estava com a mão na maçaneta da porta quando Hinata falou. 

- Você está bem? - ele encarou a Hyuuga e parece que a pergunta dela foi como abrir a caixa de Pandora, porque logo o Uchiha estava em um acesso de fúria e sem pensar em mais nada, deu um soco na porta. Temari e Tenten olharam de olhos arregalados a reação do homem, enquanto Hinata mantinha uma expressão assustada. 

- Ele precisa… pagar. - foi tudo que o Uchiha disse enquanto olhava para a mão que parecia estar machucada. Hinata se aproximou dele. 

- Sasuke-kun… sua mão. - logo viu Naruto pegando o amigo pelos ombros. 

- Eu cuido dele. Prepare-se para lá dentro. - ela não conseguia decifrar que tipo de olhar era aquele que o Uzumaki dirigia para ela, mas sabia que ele não estava nada feliz. Não demorou muito e ele saíram da sala. Logo era apenas ela e Jiraya, e ele também já se preparava para sair. Antes, chegou ao lado dela. 

- É só uma confissão. Coloque ele naquela floresta, Hinata. - o olhar do mais velho era impenetrável, cheio de fúria, e Hinata conseguia sentir isso. Fez a única coisa que estava ao seu alcance no momento, assentiu. 

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Hinata pedira a Shikamaru que organizasse a sala de uma maneira diferente para ela. Primeiro, solicitou que o quadro com as fotos das vítimas identificadas estivessem de frente para a mesa onde Orochimaru se encontrava sentado. Segundo, pediu para que uma cadeira fosse colocada também de frente para ele, pois poderia fazer uso dela. E, por último, pediu que fosse colocada na gaveta da mesa o dossiê com as informações que a equipe de Shikamaru tinha reunido sobre o possível assassino. Garantido que tudo estava como ela solicitou, era a hora de entrar. Ela sabia que seus colegas já estavam do outro lado do vidro observando, aguardando a sua entrada. Sabia que provavelmente Naruto estava tendo um ataque de nervos, e preferia entrar naquela sala sabendo que ele não estava sofrendo tanto por ela. Mas claro que num trabalho como aquele, sempre teria de ter adversidades para atrapalhar. Mas não se deixaria abalar por aquilo. Respirou fundo e fechou os olhos. Tratou de limpar a mente. Naquele momento, tudo o que importava era aquela sala, aquele homem e aquelas mulheres que perderam as suas vidas. Hinata faria aquilo por elas. 

- Gosta de estar nessa sala, Orochimaru? - foi a primeira coisa que perguntou assim que passou pela porta. Ainda a estava fechando quando viu um pequeno sorriso surgir no rosto pálido do homem. Ele não respondeu, então ela caminhou calmamente até a frente do quadro com as fotos das vítimas. Naqueles míseros segundos, tudo o que se pôde ser ouvido foi o toque do seu sapato no chão. Encarou o quadro, e então olhou para Orochimaru, que ainda a olhava com o sorriso de canto. - Brincar com os policiais… é isso que o excita? - ela perguntou parando na frente do quadro, e semicerrando os olhos na direção do homem pálido. Ouviu uma pequena risada escapar dos seus lábios.

- Dra. Hyuuga Hinata… - riu novamente. - Sabe, observei você, ocasionalmente, desde o primeiro dia que entrou aqui. Você é uma figura cativante. Intrigante, eu diria. - Hinata manteve sua expressão indecifrável, e jogou a cabeça para o lado. 

- Hum… é mesmo? - viu ele fazer uma cara de deboche. 

- É mesmo. - então sorriu mostrando os dentes, e Hinata pensou rapidamente que aquele sorriso não lhe agradava nem um pouco. Então ela sorriu para ele. 

- Então quer dizer que você ficava lá da sua salinha de arquivos me observando? - andou um pouco pela sala. - Por favor, não me diga que se tocava pensando em mim. - ela simulou uma expressão assustada e ouviu ele gargalhar. 

- Eu não ficaria tão lisonjeada se fosse você. - ele a encarou de cima a baixo. - Você é, de fato, uma linda mulher. Mas meu interesse em você não é desse tipo. - Hinata o encarou. 

- Hum… Então você só se excita na floresta, é isso? - ela sorriu de lado. - Ou nem mesmo lá? - ele suspirou. 

- Sabe, quando eu pedi por você, achei que tivesse truques melhores. Esse é um pouco fracassado, Hina. - Hinata tentou conter a expressão de nojo ao ouvi-lo chamá-la daquela forma tão íntima. Queria poder dizer o quanto sentia asco dele, mas conteve-se. - Eu já vi isso antes e não vai dar certo. Me dá até um pouco de sono, na verdade. - ele disse debochado e então Hinata riu, se aproximando da mesa. Ela então sentou na cadeira de frente para ele, colocando as duas mãos na mesa. 

- Muito apressadinho você, Sr. Orochimaru, mas estamos apenas aquecendo. - disse sorrindo para ele. 

- Bom, então vamos lá. - ele sorriu. 

- Vamos lá. - Hinata disse se encostando na cadeira. 

- Bom, se você me der a honra, eu gostaria de iniciar a nossa pequena brincadeirinha. - ele disse sorrindo e Hinata se mostrou impassiva, não sabia bem o que fazer naquele momento. - Eu quero falar um pouco sobre Hyuuga Hinata. - ela respirou fundo, e ele aumentou o sorriso. - Talvez devêssemos falar um pouco sobre porque você decidiu seguir essa área da psiquiatria, não é? Ou, que tal falarmos sobre aquele assunto que você nunca contou a ninguém? - Hinata permanecia calada, sem mudar a expressão. Algo dentro dela se revirava, e todo o seu corpo estava formigando. Ele quase não havia falado nada e ela já queria vomitar. - Que tal falarmos sobre aquela coisa ruim que aconteceu a pequena Hinata, há muito, muito tempo atrás. - ele falava como se estivesse tendo um orgasmo a cada palavra proferida. Hinata pensou que apesar dela não estar demonstrando o incômodo, ele devia saber como ela estava por dentro. Ou, pelo menos, imaginava. Se ele de fato sabia o que acontecera com ela, seria humanamente impossível ouvir aquilo e não reagir, ainda que internamente. Não queria chorar, há muito tempo deixara de chorar por aquilo. Mas tentava controlar a raiva e o desespero que sentia ao se lembrar. Tentava evitar o nojo que sentia de si mesmo ao lembrar daquilo. - Eu li o seu arquivo. - ele disse arqueando o corpo mais sobre a mesa, se aproximando dela. 

- Hum, você leu? - Hinata permaneceu parada, como se não tivesse acabado de ouvir nada daquilo. Fez uma expressão como se estivesse pensando. Viu ele sorrir. 

- Você ainda sonha com aquilo, Hinata? - encarou profundamente os olhos perolados da morena. 

- Na verdade, há muito tempo não sonho com isso. - ele riu. 

- Você é realmente fantástica! Continue mentindo para si mesma, Hyuuga. Eu fico pensando quanto tempo você vai conseguir esconder isso do detetive Uzumaki. Você não contou, não é? - ele gargalhou quando viu, pela primeira vez, o olhar de Hinata vacilar. - Será que ele vai te odiar, Hina? Será que ele vai continuar tão apaixonado por você quando souber de tantos demônios que você carrega no seu passado? - ele gargalhou como um louco. - Eu devo admitir que de todos, a sua história é a que eu mais gosto. Eu ainda me pergunto como sua mãe pode tê-la deixado sozinha com aquele homem. Eu queria saber o que você sente ao ouvir o nome dele, se é prazer ou medo. Se você pensa nele, se as suas pernas tremem. Se você se toca pensando nele. - olhou bem para o rosto de Hinata. - Você está pálida, Hyuuga. Eu disse algo errado? - fez uma expressão cínica. - Desculpe, eu não queria magoá-la. Eu só acho que você merecia um tratamento igual ao de todos os outros. Sinto muito se, de todos, a sua história é a mais terrível. Se me permite dizer, não acho que você merecia isso. Uma criança não deveria passar pelo que você passou, mas temos de admitir que isso só ajudou você a se tornar a pessoa que é hoje. Tem orgulho de si própria, não tem Dra. Hyuuga? Tão concentrada, mesmo eu falando tudo isso. Talvez se colocássemos ele aqui na sua frente agora, você nem se importasse, não é? Poderíamos fazer um teste, que tal? Chamar ele aqui. Vamos se ver se você realmente tem todo esse autocontrole. - ele sorria, e apesar de ter tentando, Hinata não pôde evitar lacrimejar. Ele tinha sim conseguido ultrapassar uma barreira dela, e sim ela sentia nojo e temor só mesmo da menção àquele homem. Mas Hinata não era mais aquela criança, e não deixaria um doente se aproveitar disso para brincar com ela. Mas ela precisava agir rápido. Se parasse para pensar em tudo aquilo, absorver, e só então resolver agir, ele teria tempo o suficiente para atravessar mais uma barreira e então tudo estaria perdido. Hinata havia estudado isso. Era um clássico, na verdade, atingi-la a ponto de ficar abalada e não conseguir mais conduzir normalmente o interrogatório. Foi o que ele fez com todos e, de certa forma, havia conseguido. Mas talvez não precisasse conseguir com ela também. Respirou fundo, e passou o dedo pelos olhos. 

- Conheça seu inimigo. - Hinata disse antes de suspirar. - Eu devo admitir, Orochimaru… Você fez bem a sua tarefa de casa. É quase como se soubesse que viria parar aqui. - ele riu. 

- Eu só estava esperando uma chance para bater um papo. - respondeu cinicamente, e dessa vez foi Hinata quem sorriu. 

- Sério? Que ótimo, porque eu também! - rapidamente ela puxou a gaveta da mesa e pegou de lá o dossiê com o nome de Orochimaru, colocando em cima da mesa. Ele encarou a pasta na mão da mulher e, pela primeira vez, Hinata podia assumir que ele estava desconfortável. Ele levou uma mão até a nuca, e se encostou na sua cadeira. - Bom, parece que aos 18 anos você foi reprovado no exame de admissão da Academia de Polícia. Aos 20 anos você foi reprovado para… o que é isso aqui mesmo? - então a Hyuuga começou a gargalhar com deboche. - Segurança. De. Shopping. Center. - Hinata falou tudo pausadamente, e o encarou. O olho dele estava mais escuro, ela pensou, parecia carregar mais raiva, mas não apenas isso. Carregava decepção, vergonha e desagrado. - Parece que nem mesmo um policial de mentirinha você conseguia ser, Orochimaru. - ela respirou fundo. - Então eis você hoje, aos 45 anos de idade, arquivando uns pedacinhos de papel. Não me surpreende que você goste de se fantasiar. - Hinata pegou o arquivo em suas mãos, e jogou na mesa, Orochimaru seguiu a trajetória dos papéis com o olhar. A Hyuuga se recostou na sua cadeira. - Sabe, se você quiser ir embora, fique à vontade. Eu terminei com você. - rapidamente Hinata colocou impulso nos braços e se levantou da cadeira. - Ah, e mais uma coisa. - ela foi até ele e se sentou na mesa, ficando ao seu lado. - Aos 12 anos, sua mãe foi assassinada. - se agachou, ficando com o rosto próximo ao ouvido dele. - O que ela poderia ter feito com você? - parou um segundo e viu o rosto dele contorcido em uma careta de desagrado. - Você sonha com isso, Orochimaru? - levou a mão até o ombro dele mas ele se afastou bruscamente, olhando para baixo. - Não me surpreende que você seja um homenzinho tão pequeno. - e tão brusco ele se afastou dela, ela levantou da mesa e lhe deu as costas, indo em direção à porta.  

- Não me dê as costas! NÃO ME DÊ AS COSTAS! - o grito dele ecoou pela sala, e do outro lado do espelho Naruto, que até então estava atordoado com as coisas que Orochimaru falara para Hinata, se assustou e temeu pela morena. Mas viu que o homem pálido se manteve sentado, com as mãos cruzadas sobre a mesa. Mas sim, de fato, Hinata conseguiu irritá-lo. Se ela soubesse aproveitar, aquela poderia ser a chance perfeita para pegá-lo. Viu a Hyuuga virar o corpo e encarar o suspeito. - Lá ele não é um homenzinho pequeno! - Hinata semicerrou os olhos. 

- Lá onde? - ele a encarava com ódio, como se tivesse acabado de transferir para ela todas as frustrações que passou em toda a sua vida. - Na floresta? - Hinata falou alto, impondo a sua voz tanto quanto a dele. - Me diga… - Hinata começou a falar enquanto caminhava em direação a ele. - quem você é na floresta. - ele pareceu titubear por uns segundos. Abriu a boca, mas nenhum som saiu. Finalmente fechou os olhos. 

- Ele é… - permanecia de olhos fechados. 

- Você! - Hinata falou alto, se apoiando na mesa. - Quem você é! - ele abriu os olhos e a encarou. 

- Deus. - saiu quase como um sussurro, e Hinata sentiu seu corpo estremecer. - Imagine as coisas incríveis que ele pode decidir naquela floresta, como matar ou não uma mulher que está implorando por sua vida porque precisa voltar para a filha que não tem mais ninguém nesse mundo… O olhar de desespero quando as pernas já não aguentam mais correr, e ela acredita que aquela corrida é a única coisa que pode salvá-la no mundo. É ele quem puxa o gatilho. É ele quem decide. É ele quem escuta uma última vez a mãe dizer que ama a filha, e só então vê o corpo agonizando cair naquele chão lamacento. Ele é Deus. - Hinata sentia seu corpo gelado ouvindo aquele homem falar daquela forma. Ele não matava simplesmente porque era divertido, ele as matava porque aquilo lhe dava forças, lhe tornava uma pessoa diferente. Era quase como se fosse um combustível para que ele permanecesse sendo ele. A Hyuuga viu o homem pálido esticar os braços e começar a se levantar da cadeira. - Bom… eu terminei com você. - ele disse dando um sorriso de lado. Hinata o encarava atônita. 

- Me conte como você a matou. - Hinata falou com a voz em desespero. - É de Terumi Mei que você está falando, não é? Me diga como você a matou! - ele a olhou com uma expressão de estranhamento. 

- Eu já dei minhas opiniões e pensamentos, Dra. Hyuuga. - ele estava de pé em frente a ela. A diferença no tamanho era perceptível, e Hinata podia ouvir a respiração dele. - Até onde eu sei, isso é apenas uma conversa. Já ofereci a vocês tudo que eu tenho. - ele a encarou como se aquilo fosse óbvio. Tentou passar pelo lado de Hinata, mas ela se colocou na frente. 

- Me conte o que fez com a cabeça dela. - Hinata estava com a cabeça um pouco levantada, para poder encará-lo. Ele fez uma cara de tédio e suspirou. 

- Você quer dizer, o que ele fez? - disse arqueando a sobrancelha. 

- Onde você as colocou, Orochimaru? - a respiração de Hinata estava descompassada. Era estranho estar tão perto dele, parecendo que as respostas estavam bem na sua frente, e mesmo assim parecia que tudo estava tão distante e todo aquele esforço fora em vão. 

- Pergunte a ele. Eu não faço a menor ideia. - disse dando de ombros. - Acabou, Hyuuga. 

- Não, não acabou. Sente-se! - Hinata disse autoritária e ele riu. 

- Não, doutora… Acabou. - ele mantinha um sorriso sádico no rosto. Se aproximou de Hinata, ficando com o rosto bem rente ao dela, encarando profundamente em seus olhos. A psiquiatra o encarou procurando qualquer tipo de pista que um olhar pudesse lhe dar, mas novamente não havia nada lá. Estava apático novamente, como se nem existisse alguém ali. Ele se dirigiu à porta, deixando Hinata de costas para ele. 

- Ele vai se safar? - Tenten perguntou incrédula da sala de observação, Sasuke estava tão irritado que Temari pensou que seria necessário todo mundo ali para segurá-lo e impedir que ele fosse até lá bater ele mesmo no homem pálido. 

- Ele não confessou. - Shikamaru falou simplesmente, com as mãos nos bolsos e encarando a sala do outro lado. Todos estavam nervosos, era difícil dizer o que sentiam. Aquele homem, definitivamente, era diferente de qualquer criminoso que já tivessem conhecido. Inclusive pela forma que ele fazia com que se sentissem. 

- Ela estava tão perto… - Tenten murmurou mais para si mesma do que para qualquer outra pessoa. 

- Eu vou ficar de olho em você. - Hinata disse, ainda de costas, enquanto ouvia Orochimaru abrindo a porta. Ela não pôde ver, mas ele estava dando um sorriso de canto. Ele então se virou para ela. 

- Eu estive pensando… Talvez seja bom sair de Konoha por um tempo. Viajar um pouco… Não sei se você sabe, dra. Hyuuga, mas o nosso país é muito lindo. Cheio de florestas vazias… - ele suspirou como se estivesse inalando algum tipo de cheiro. Encarou Hinata novamente. - Você caça? 

- Não. - Hinata disse meneando a cabeça. Ele fez uma cara de surpresa. 

- Oh, então deveríamos fazer isso uma hora dessas… Juntos. - Hinata fechou o punho. 

- Talvez façamos isso. - ele a encarou, inexpressivo. 

- Eu esqueci de te dizer, dra. Hyuuga… Sobre o que eu li na sua ficha que mais me chamou atenção em você. Aparentemente você é uma lutadora também, não é? Porque quando ele veio até você, você lutou contra todas as vezes. Até o dia em que conseguiu escapar. Isso é fascinante. Mas, se eu fosse você, ficaria de olho. O assassino ainda está a solta, não é? É muito perigoso para uma mulher lutadora estar tão… vulnerável. - ele sorriu. - Espero que não esqueça de mim, Hinata, porque onde eu estiver, sei que não vou esquecer de você. - ela abriu o sorriso sem tirar o contato visual dela. Se aproximou novamente, foi até a porta da sala e deu um tchauzinho para o vidro, com um sorriso irônico. E então Hinata apenas observou ele se virar, e andar livremente para o lado de fora do departamento. Ele estava certo. Não podiam prendê-lo ali. Não havia provas contra ele. Não havia nada. Apenas o que eles passaram com aquele homem pálido dentro daquela sala. Mas Hinata não conseguia mais pensar em nada, tudo que acontecera naquela sala estava voltando de uma vez para ela, e ela já não suportava mais. Do outro lado, seus colegas apenas a viram correndo em direção ao banheiro. 

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Foi imediato, assim que Hinata saiu correndo, Naruto saiu como um furacão da sala e foi correndo atrás dela. Ele nem mesmo se deu conta de que estava entrando no banheiro feminino, até que Temari segurou o seu braço. 

- Naruto, esse é o banheiro feminino! - ela disse esbravejando com o loiro, que tentava se soltar dela. 

- Foda-se, Temari! Eu preciso ver se a Hinata tá bem. - Temari bufou. 

- Sinto muito, gênio, mas não vou deixar você entrar aí. A Hinata pode não estar sozinha. Tenten e eu iremos lá e logo a traremos aqui. Agora vai pra sala do Jiraya porque essa história não pode simplesmente terminar assim. - Naruto encarou ela e logo olhou para a entrada do banheiro. Seus ombros caíram e Temari viu que havia vencido, por isso soltou o braço dele. 

- Tudo bem. Mas diz pra Hina que eu tô aqui por ela. - Temari apenas assentiu e fez um gesto com a cabeça para que Naruto se retirasse. Ele respirou fundo e mesmo querendo muito entrar ali, seguiu em direção à sala de Jiraya. 

- Quando entraram no banheiro, Temari e Tenten conseguiam ouvir o som de alguém vomitando. Se entreolharam, era óbvio que só podia ser Hinata. Não demorou muito para que o som parasse, e logo elas passaram a olhar cabine por cabine, encontrando a perolada na última. Hinata estava sentada no chão, com a cabeça entre as pernas e o que antes era o som de vômito, agora era o som dos seus soluços. Tenten se agachou, ficando na altura dela. 

- Hina, vem cá. Hina, olha para mim. - Hinata colocava todo peso em seu corpo para que Tenten não conseguisse puxá-la. - Hina, não precisa ficar assim. Vai ficar tudo bem. - é quando Hinata levanta a sua cabeça, e mostra o rosto todo molhado para a Mitsashi. 

- Bem, Tenten? Depois de tudo o que aquele homem causou, nada nunca mais vai ficar bem. - ela falava entre soluços. 

- Você tá assim porque não conseguiu tirar a confissão dele? - Temari perguntou se agachando também, e Hinata joga a cabeça para trás, encostando na parede. 

- Eu tô assim por tudo. - ela fecha os olhos. - Eu tô assim pelo que ele fez vocês passarem dentro daquela sala. Eu tô assim porque de alguma forma ele conseguiu escapar. Eu tô assim porque ele me fez lembrar do que é ter medo. Porque todas as vezes que eu pensei em tudo que me aconteceu, eu fechava os olhos e tudo sumia. Mas agora não… Agora eu fecho os olhos e é como se eu revivesse tudo. Eu fecho os olhos e consigo sentir o pavor nas minhas veias, e o ódio que eu tenho por tudo e todos. Eu odeio o fato dele ter me quebrado e saído impune por todas aquelas mortes! - Hinata abriu os olhos e falou com raiva, socando o chão. Tenten a abraçou de lado. 

- Hinata, isso não acabou. Nós vamos fazer alguma coisa, vamos pegá-lo. - temari falou com convicção para a Hyuuga, que a encarou. 

- Como, Tema? Não temos nada contra ele. Aliás, ele parece ter muito mais contra nós do que o contrário. É quase como se estivéssemos nas mãos dele, e é isso que me dá medo. - Temari parou para pensar nas palavras da morena e se deu conta de que aquilo fazia muito sentido. Suspirou. 

- Eu não sei como, mas vamos dar um jeito. Devemos isso àquelas mulheres. E nós mesmos. - ela tentou sorrir, mas Hinata apenas olhou para baixo. - Você precisa limpar esse rosto. O Naruto tá a um passo de entrar aqui, e você não quer que ele te veja assim, não é? - Hinata levantou a cabeça com os olhos arregalados. 

- O Naruto-kun… - murmurou. - Não, ele não pode me ver!

- Então, vamos arrumar esse rosto. - Tenten disse sorrindo, mas o sorriso morreu ao ver o semblante de desespero no rosto de Hinata. 

- Não, Tenten, eu não quero ver o Naruto! De todas as pessoas, ele não… Vocês ouviram tudo que ele disse, não foi? - elas assentiram. - Vocês sabem que o Naruto vai querer saber e eu… eu simplesmente não posso. Não quero lidar com isso agora. Eu preciso ir embora daqui! - Hinata falava em um tom de voz desesperado, e Temari estava assustada pois nunca vira a Hyuuga daquela maneira. Tenten tentava contê-la. 

- Hina, calma. Olha, tudo bem. Eu vou te levar pra casa, ok? Depois você conversa com ele. Mas você precisa se acalmar agora. - a Hyuuga apenas assentiu. Queria sair dali o mais rápido possível. De todas as pessoas ali, ele era a última a quem ela queria encarar. Era a última pessoa a quem queria ter que contar com todos os detalhes o inferno que fora a sua infância e que agora estava atormentada por lembranças que um maldito assassino trouxera para ela, um assassino que ela não conseguiu pegar, ela pensou. 

- Mas Hina, - Temari começou e a perolada a encarou. - você conhece o Naruto. Uma hora ou outra você vai ter que contar a ele. Não só por contar, mas porque aquele cara falou claramente que você pode estar em perigo por causa disso. E o Naruto não vai deixar algo como o que rolou hoje acontecer com você de novo. Só tô dizendo isso pra você se preparar. - Hinata assentiu. Sabia que o que a loira falava era verdade, mas não queria ter que pensar sobre aquilo agora. Pensaria depois, agora queria sair dali, tomar um banho porque toda a sua pele parecia imunda por ter ficado tão perto daquele homem. Temari suspirou. - Tudo bem, vou lá dentro pegar as suas coisas e a Tenten vai te ajudar a se arrumar. - olhou uma última vez para as duas, e se virou para sair do banheiro. 

- Vem, Hina, vamos limpar o seu rosto. - Tenten disse ajudando a colega a se levantar e pensando o que realmente teria acontecido com Hinata. Muitas coisas passavam pela sua cabeça, a partir do que Orochimaru dissera, mas olhando bem para uma pessoa doce e calma como Hinata, era difícil acreditar que alguém como ela pudesse ter passado por aquilo que Tenten estava imaginando. Mas aprendera que tudo nessa vida era possível. E não ignoraria nenhuma possibilidade. Mas pensaria nisso mais tarde. Agora a sua colega precisava dela. 

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Havia quatro homens dentro da sala, e embora apenas três deles estivessem falando, a cabeça de Jiraya quase explodia com tanto barulho. O Capitão estava extremamente irritado. Primeiro, Orochimaru fizera não apenas os seus detetives, mas também a si próprio, de palhaços, brincando com seus sentimentos e seus passados. Segundo, ele havia destruído a psiquiatra Hyuuga. Jiraya se culpava por não ter olhado antes o histórico da garota. Na verdade, em nenhum momento pensou que o histórico de vida de cada um ali viria a ser tão importante. Nunca pensou que encontraria um criminoso como aquele, e agora estava pagando pela sua culpa. Se o que aquele homem falou era verdade, e Hinata realmente passou pelo que ele estava pensando, aquela mulher era mais forte do que pensava. Era extremamente forte, e quase conseguiu pegar ele. E assim ele chega ao último motivo que o estava deixando extremamente irritado: Orochimaru escapara. Queria gritar de tanta frustração. Aquele desgraçado estava por aí, livre, e o Capitão da Força Policial de Konoha simplesmente não fazia ideia do que fazer. 

- Chega! - Jiraya falou alto chamando a atenção de Naruto, Sasuke e Shikamaru que discutiam ideias milaborantes há alguns minutos. 

- Mas Capitão, precisamos pensar em alguma coisa! - Sasuke disse quase sem respirar. 

- Alguma ideia para o que? - Jiraya perguntou passando a mão pelo rosto. 

- Orochimaru, é claro! Ele não pode sair por aí como se fosse um homem inocente. Temos que dar um jeito de prendê-lo! - o moreno falou como se fosse óbvio. 

- Ótimo, sou todo ouvidos. Se você tiver uma forma eficiente de prendê-lo, vamos lá. - Jiraya falou com a sobrancelha arqueada. 

- Bom, primeiro eu pensei em falar com o promotor Hyuuga. Pedir que ele consiga com um juíz uma ordem para que o Orochimaru não possa sair da cidade, assim o teremos sempre à nossa vista. - Jiraya encarou com um olhar feio o Uchiha. 

- E baseado em quê vamos pedir essa ordem? - Sasuke franziu o cenho. - Porque até onde eu sei, nenhuma das provas que testamos nos deu resultados positivos. - Sasuke abriu a boca meio surpreso, como se fosse falar algo mas logo a fechou. Pigarreou. 

- Bom, podemos mostrar ao juíz as gravações das conversas que tivemos com ele hoje. - Jiraya riu. 

- Ah, claro, gravações de um interrogatório que nem era oficial. - ele deu um muxoxo. - Ótimo, detetive Uchiha, leve você mesmo essas gravações ao promotor Hyuuga, tenho certeza que ele vai amar te escorraçar de lá. Faça-me o favor, Sasuke! - Jiraya bateu na mesa, deixando o Uchiha envergonhado. Logo a sala ficou em silêncio. 

- Jiraya, precisamos fazer algo. Aquele homem claramente ameaçou a Hinata, mesmo que indiretamente. - Naruto falou com as mãos nos bolsos, olhando para baixo. Jiraya suspirou. 

- Eu sei, Naruto, mas… - o Capitão não pôde terminar a frase, pois logo o telefone tocou. Ele olhou para Naruto como se fosse terminar a frase depois e logo atendeu o telefone. Prestou atenção no que lhe diziam do outro lado da linha, mesmo que pudesse ouvir alguns burburinhos entre os três homens à sua frente. Mas logo a informação do outro lado prendeu a sua atenção, e Jiraya sentiu seu corpo estremecer e sua pupila dilatar. Não podia acreditar no que estava ouvindo, aquilo era completamente absurdo. Agradeceu pela informação e logo se despediu. Nunca imaginou que precisaria dar uma notícia como aquela. Nunca fora tão pessoal. Observou os subordinados à sua frente e respirou fundo. Tinha que fazer o que era certo. 

- Shikamaru! - Jiraya falou alto na sala, chamando a atenção e fazendo os homens calarem a boca. 

- Sim, senhor. - Jiraya o encarou. 

- Sinto muito, mas você precisará ser bastante forte pela sua noiva. - o Nara franziu a testa. 

- Temari? Como assim, senhor? - Jiraya se levantou da cadeira. 

- Acabei de receber uma ligação de uma equipe que recebeu um chamado mais cedo. Acabaram de retirar um corpo do rio Schuylkill, e a partir dos seus documentos ele foi identificados como Sabaku No Gaara. - todos arregalaram os olhos sem acreditar no nome que havia sido dito. Shikamaru sentiu sua mão tremer e a imagem da sua noiva vir à sua mente. Depois daquela notícia, Shikamaru podia jurar que estava sem respirar. 


Notas Finais


pelo amor de deus, não pensem que não tem nada mais pra rolar na história pq ele escapou pq tem muuuuuuuuuuita coisa boa pra rolar ainda hahaahahaha mas além do que rolou com o gaara, ainda temos que ver as reações individuais do que tá acontecendo com cada. e para quem me pergunta TODO DIA onde o Danzou entra nessa história, se preparem pq nos próximos capítulos ele ta chegandooooooooo hahaahaahaha obrigada pela atenção até aqui, gente. até o próximo! beijos da tia. por hoje, é isto.



love always,
B.


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