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História The Youngs - Aimee Collins - Capitulo UM


Escrita por: Sweet1975Girls

Capítulo 2 - Capitulo UM


 


    Caralho. Acho que nenhuma cidade me fez sentir tão viva quanto Nova York, a cidade literalmente não dorme, tem as melhores boates, os melhores shows. Porra! Nós temos a Broadway, que artista em sã consciência não quer se apresentar lá? Mas se existe uma sensação melhor do que morar numa cidade fodidamente maravilhosa como esta, é ter essa cidade sob os seus pés, exatamente como eu tenho agora. Eu moro na ilha de Manhattan, e apesar do prédio onde eu moro não ser um Empire State Building ele é alto o bastante para eu ter uma vista de quase um terço da cidade. E todas as vezes que eu olho para baixo, me vejo sonhando com o dia em que aquelas pessoas vão saber o meu nome. O dia em que os estádios vão estar lotados e todos ali vão gritar por mim. Gritar o meu nome. Egocêntrica, eu sei. Mas essa sou eu. 
 - Aimee, desce daí porra! Você ainda vai cair prédio abaixo sua idiota. 
     Certo, talvez algumas pessoas não admiram a cidade aos seus pés assim, por isso quando o Aiden teve o seu pequeno surto eu desci do parapeito do prédio e caminhei em direção do sofá que meu primo se encontrava quase comendo minha ex namorada e melhor amiga Deborah, nosso trio era bem estranho, eu e Aiden nunca nos importamos dessa escolha da Deborah de sair com os dois desde que não fosse ao mesmo tempo é claro, e ela respeitava isso muito bem. Por isso quando um de nós dois estávamos com ela o outro simplesmente ficava de boa, porque sabia que logo teria a sua chance.


- Sabe, minha vontade é de sair Estados Unidos afora atrás de garotas com o mesmo sonho que o meu e formar uma banda. 


Sim, meu sonho sempre foi formar uma banda, até porque meu único talento é tocar guitarra e cantar um pouco, o que torna impossível fazer sucesso sozinha. 


- Aimee não viaja! Já conversamos sobre esse teu sonho impossível, ele é impossível! E perigoso!


E ai vai à opinião da Deborah. Esse foi o maior motivo pelo qual não deu certo o nosso namoro, esse medo dela de viver o momento e esse pessimismo destruiu tudo. 


- Não acho impossível, só acho que deve ser elaborado melhor. 


     E aí acabou a conversa civilizada, pois o Aiden e Deborah começaram a discutir a minha vida na minha frente, como se eu não existisse. Eu me levantei do sofá que estávamos sentados e me apoiei novamente no parapeito do prédio, era noite e eu não podia ver nenhuma estrela porque todas aquelas luzes lá embaixo não me permitiam ter esse luxo. Tanto dinheiro e eu não conseguia fazer algo tão simples e barato quanto olhar as estrelas, aquilo me esgotou de certa forma e a vontade de chorar veio, mas do mesmo jeito que veio, foi embora. Eu voltei a olhar pro céu e simplesmente comecei a cantar um trecho de uma música que fiz aos dezessete anos:


"Vamos sentar aqui sobre as luzes da cidade,


E olhar para o céu,


Vamos fingir ver estrelas onde apenas brilha a escuridão.


Vamos dançar sob as falsas luzes

 

 

Apenas esta noite,


Finja que sou tudo o que você precisa,


E quando a manhã vier, vamos ser desconhecidos novamente.


Pois já não encontro mais forças para negar,


Que tudo aquilo que vivemos não existe mais.

Preciso me sentir viva novamente"

     Eu precisava me sentir viva de novo e isso só seria possível quando conseguisse ver as estrelas novamente.Enquanto ouvia os dois discutindo atrás de mim,  peguei meu celular e comecei a procurar passagens de avião para o Overland, Kansas, mas algo me parou, eu queria relaxar, ver as estrelas, só que eu poderia aproveitar e ir atrás de mais três garotas e formar a minha tão sonhada banda, então eu mudei de ideia,eu ia ir de carro. Eu tinha o começo de um plano,mas como Aiden disse,preciso elaborar isso melhor. De preferência de um jeito em que ninguém me encontrasse, e o único jeito que eu conhecia era não usar cartões de crédito, então eu teria que fazer uma média do quanto gastaria nessa cidade, pra saber quanto de dinheiro vivo que eu levaria.
Talvez ir para outra cidade não fosse algo tão fácil, não porque eu não tinha dinheiro mas sim porque eu tinha dois amigos grudentos. Parecia que eles sentiam que eu estava prestes a aprontar algo, então a maior dúvida surgiu, como fugir desses dois seres? Eu não fazia a mínima ideia, onde eu fosse eles estavam atrás como dois cachorrinhos que necessitam da mãe por perto. Eu não sabia mais o que fazer pra me livrar deles, e isso estava ocupando a minha cabeça vinte e quatro horas por dia, me deixando cada vez mais estressada. Tinha que existir alguma coisa que eu gostasse de fazer e que eles odiassem, algo que eles não estranhariam de eu fazer no meio da semana e óbvio de levar o meu carro junto, mas o que? Eu não conseguia imaginar nada, a não ser... é claro! como eu não pensei nisso antes! Minha mala já está no porta malas, eu acabo de fechar ele quando Aiden e Deborah apareceram no estacionamento bem empolgados, ou seja, drogados de novo.
-  E ai priminha gostosa, para onde você está indo?
-  Para a biblioteca pública. 
-  Acho que eu passamos essa Aimee, certo Debby?
-  Com certeza, aquele lugar é um porre. Estamos indo pra alguma boate,assim que souber qual te mandamos uma mensagem pra você aparecer lá, ta legal Aimee?
-  Claro, mas agora eu vou senão vai ficar muito tarde, até depois.
  Eu entrei no meu carro e dirigi até a biblioteca pública, quando cheguei na frente dela fiquei um tempo admirando toda aquela estrutura até que decidi que deveria entrar logo antes que eles realmente fechassem e eu não conseguisse devolver o livro que havia pego emprestado. Eu caminhei calmamente entre as estantes e fui até a sessão de grandes músicos, eu amava aquela sessão e não só porque eu era apaixonada por música,mas porque ali mostrava a ascensão e a queda daqueles músicos, aquela sessão mostrava o meu futuro e o de qualquer pessoa famosa, seu nome pode durar décadas entre as pessoas mas que eu saiba só existem dois caminhos depois que você está fora de moda, ou você fica preso no esquecimento ou você morre e alguém próximo a você lucra e você é eternizado,posso citar alguns nomes como Michael Jackson, Amy Winehouse,Frank Sinatra, a lista é grande de ícones da música que morreram e hoje são como deuses. Isso sempre me fez pensar na fragilidade da fama e da vida, e em como você gasta e desperdiça esses dois. Meus pais foram o maior exemplo que eu tive de como o orgulho tira seu foco de coisas pequenas mas importantes como a família, quem olha de fora pensa que somos perfeitos, país e filha que se amam incondicionalmente e que sempre se apoiam, mas quem vê de perto sabe a podridão que minha família é, sabe muito bem da pista enorme de amantes dos meus pais, do meu problema com drogas aos quinze, ou de como eu quase fui presa aos dezessete por posse de cocaína, minha vida nem sempre foi ferrada assim, mas eu demorei um tempo pra entender que existem formas mais saudáveis de se fugir da realidade, foi aos dezessete que eu conheci Arthur Whitehill, o britânico mais gostoso que eu já vi na minha vida,ele tocava violão no Central Park por diversão, estudante de publicidade e propaganda da New York University, era o primeiro ano dele na cidade e nós dois nos esbarramos no Starbucks, ele trouxe a música de volta pra minha vida como uma forma de reabilitação,isso é claro até ele ter que voltar pra Inglaterra por causa de problemas familiares nunca especificados e perdemos contato, ele era perfeito, posso até me arriscar dizer que foi meu primeiro amor adolescente que deixou uma marca bem forte na minha vida, a música.
Não sei por quanto tempo eu divaguei no meu passado e em toda aquela crise existencial, mas eu sei que foi tempo suficiente para que o Aideen e Déborah me mandassem uma mensagem avisando em qual balada eles estariam, e pelo tipo da mensagem que eu recebi já pude perceber que eles estavam mais que drogados já, ou seja eu já poderia embarcar na minha loucura sem me preocupar que eles fossem me procurar antes do meio dia do próximo dia e até lá eu já estaria longe o bastante para não me preocupar em ser achada, e foi com esse pensamento que eu entrei no meu carro e dirigi em direção a minha liberdade.



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