1. Spirit Fanfics >
  2. The Zombie Age >
  3. Regra Número Três: Não Jogue Baseball No Fim Do Mundo

História The Zombie Age - Regra Número Três: Não Jogue Baseball No Fim Do Mundo


Escrita por: ICherry

Notas do Autor


Oi amores, não deu tempo de responder os comentários do capítulo anterior, mas os desse eu prometo responder!
Boa leitura ♥

Capítulo 7 - Regra Número Três: Não Jogue Baseball No Fim Do Mundo


Shadows acordou dolorido, havia dormido no chão da sala. Olhou a sua volta, vendo sua camisa jogada perto de algumas garrafas vazias de whisky. Sorriu, se lembrando da noite anterior. Lentamente, e sentindo um pouco de dor de cabeça, ele ficou de pé e caminhou até a cozinha, abotoando o short que usava. Quando chegou lá, encontrou Ivy fazendo o que parecia ser café.

- Bom dia. – Disse um pouco tenso.

- Bom dia, flor do dia. – Disse ela, o encarando rapidamente, mas logo voltando a fazer o que estava fazendo.

- O que vai ter pro café da manhã? – Perguntou, apenas tentando puxar assunto. – Lodo? – Brincou, vendo ela fazer uma careta engraçada.

- Não chame meu café assim, é meio fraco, mas merece respeito! – Brincou ela. Havia terminado de fazê-lo, então colocou sobre a mesa. Matt logo pegou uma xícara e se serviu, bebendo um pouco do café em seguida.

- O seu café do apocalipse, é mais gostoso do que o que o Johnny fazia na cafeteira! – Afirmou ele, piscando em seguida.

- Bom saber, porque é o primeiro café que eu faço na vida. – Disse ela, vendo a expressão de surpresa se formar de forma engraçada no rosto dele.

- Então eu estou sendo uma cobaia?

- Certamente. – Dessa vez foi ela quem piscou.

Arin entrou na cozinha em silêncio, e começou a procurar algo pra comer nos armários.

- Bom dia, baterista foda! – Disse Matt de forma descontraída.

- Isso era pra ser uma piada? – Perguntou Arin, sério demais sem sequer encarar o amigo.

Ivy e Shadows se entreolharam estranhando a reação dele.

- Não foi uma piada, foi um bom dia sincero! – Explicou Shadows, observando o amigo.

- Eu não sou mais a porra de um baterista. – Concluiu ele, finalmente encarando o amigo, mas com tamanho peso no olhar que Matt se sentiu mal.

- Que bicho te mordeu, Arin? – Uma pergunta involuntariamente irônica.

Arin encarou Shadows, depois saiu da cozinha de mãos vazias.

- Ele está mais deprimido que o normal. – Falou Ivy, em voz baixa, preocupada.

- Acontece. – Matt não parecia querer dar muita bola pra isso. – Então, você está bem?

- Viva. – Ivy deu de ombros. Matt sorriu fino e continuou tomando o seu café.

Quanto a noite anterior, era como se nunca tivesse existido.

- O que isso estava fazendo na sala?

Até Brian entrar na cozinha, com um preservativo usado na mão.

- Sei lá. – Disseram Sanders e Ivy em uníssono.

- Sério? – Brian jogou o preservativo no lixo da cozinha, e depois cruzou os braços. – Agora os homens da casa andam se comendo, ou os zumbis deram pra se prevenir durante o sexo?

- Zumbis transam? – Perguntou Ivy.

- Nós não temos nada a ver com isso. – Concluiu Matt.

- Não mesmo! – Concordou Ivy, tentando parecer o mais convincente possível.

Brian sorriu como se quisesse demonstrar despreocupação com aquilo, e abriu a geladeira pra buscar água.

Um barulho vindo da sala, fez com que todos ali na cozinha olhassem na mesma direção. O vidro de uma das janelas havia sido quebrado, e estava espalhado pelo chão. Então todos caminharam juntos, até abrirem a porta da sala e verem que simplesmente Zacky estava jogando baseball com Johnny em frente à casa, e uma bola havia atingido a janela.

- Ah cara... Foi mal mesmo. – Disse ZV, com um taco em mãos, e a maior cara de sínico.

- Foi péssimo, gordo dos infernos! – Resmungou Brian, vendo Zacky lhe lançar o dedo do meio.

- Ele não é gordo, gente... – Defendeu Ivy.

- Se quiser conviver conosco vai ter que entender que ele é gordo sendo gordo ou não, porque essa é a nossa arma pra irritar dele. – Explicou Matt, vendo Brian concordar com a cabeça.

Ivy soltou uma risada, achando aquilo ridículo, mas ao mesmo tempo muito carinhoso. Agora os três estavam de pé na varanda, lado a lado, observando Johnny e ZV jogarem baseball. Na verdade não era bem uma partida de baseball, era apenas Johnny arremessando uma bola, e Zacky a rebatendo. Ivy estava se perguntando onde eles haviam conseguido aquele taco e aquela bola. O que importava era que Zacky parecia bem feliz jogando. Quando ela olhou de lado, viu Arin sentado sozinho num canto da varanda, bem distante. Parecia pensativo e abalado. Todos ali estavam péssimos, mas estavam tentando se distrair, e sobreviver. Arin pareceu, numa boa definição de Ivy, mentalmente esgotado.

 Em certo momento, quando Johnny arremessou a bola, Zacky a rebateu com força demais e ela foi parar longe, praticamente sumiu da vista deles. Um pouco mais distante de onde Arin estava sentado.

- Pega aí, vareta! – Gritou Johnny.

Sem reclamar, Arin correu pra buscar a bola. Ivy observou a tudo apreensiva, suas intuições nunca falharam. Arin demorou a voltar, mais do que deveria.

- Vai atrás dele, Zacky. – Sugeriu Brian, preocupado.

- Ele já vai voltar. – Disse Vengeance, tranquilo.

Ivy porém, se certificou de que sua arma estava bem presa no cós da sua calça, e correu em direção à onde Arin havia ido. Então o viu sendo encurralado por um zumbi. Pegou sua arma e atirou, duas vezes, o primeiro tiro acertou o braço e o segundo a cabeça e o monstro caiu morto. Arin suspirou e sorriu agradecido, então Ivy olhou de lado, e percebeu que a varanda de uma das casas da vizinhança estava repleta de zumbis, e devido ao barulho dos tiros, todos eles estavam agora “correndo” em sua direção.

- Merda, puta merda. – Resmungou, se aproximando de Arin. Pretendia correr de volta pra casa, mas já era impossível, devido à proximidade dos zumbis. – Corre! – Disse ela, correndo e vendo Arin fazer o mesmo.

Enquanto se distanciavam, correndo na direção contrária, podiam ouvir os tiros. Os outros estavam matando alguns zumbis lá atrás, mas muitos continuavam vindo em direção á eles, rápidos demais pra meros mortos-vivos.

- Esses desgraçados não são zumbis, são mutantes. – Disse Arin e Ivy se perguntou aonde ele tinha conseguido forças pra fazer um trocadilho em uma situação como essas.

Desesperados, e cansados, eles entraram numa mata e continuaram correndo enquanto desviavam de árvores e tentavam não tropeçar em algumas pedras e amontoados de folhas que surgiam pelo caminho. Quando conseguiram finalmente, olhar pra trás sem ver mais nenhum monstro vindo em sua direção, eles pararam e tentaram recuperar o fôlego. Arin caiu sentado, encostando-se a uma árvore, entre arfadas. Ivy permaneceu de pé, sentindo como se o ar a sua volta não existisse mais.  Se sentiu completamente perdida. Tudo o que conseguia ver, era árvores, muitas árvores.

- Pra que lado é a casa? – Perguntou ela, olhando pra todos os lados. Não havendo respostas de Arin, ela o encarou.

Ele estava com uma arma apontada pra própria cabeça. E estava chorando.

- Me desculpe, mas eu não consigo mais... – Falou ele, com a voz trêmula, enquanto lágrimas molhavam rapidamente o seu rosto.

- Abaixa essa arma Arin, por favor, não faz isso! – Suplicou Ivy, caminhando muito lentamente em direção a ele.

- Eu não sou útil pra vocês, sou só mais um fardo. – Ele estava aos prantos, e mantinha a arma direcionada pra sua cabeça. – Não consigo viver sem a minha família, não consigo viver nesse pesadelo.

- Arin, nós somos a sua família agora. – Afirmou ela, erguendo as mãos em direção á ele, num pedido silencioso de “calma”. – Nós precisamos de você, eu preciso de você!

 - Cala a boca, e se afasta! – Ele parecia decidido.

Então Ivy desistiu de suplicar pra que ele não fizesse aquilo. Sentou ao lado dele, e ergueu a arma que estava em suas mãos em direção a própria cabeça também.

- Tudo bem. – Ela piscou pra ele, e depois encarou o chão, mantendo o cano gelado da arma bem encostado em sua própria cabeça. – Então vamos fazer isso juntos!

Arin a encarou por um tempo, boquiaberto.

 - O que? Ficou maluca? – Ele não acreditava no que estava vendo, e ela parecia super tranquila. – Ivy...

- Vamos lá, Arin! – Ela o encarou, a arma continuava bem posicionada. – Vai amarelar agora? No três, e puxamos o gatilho juntos.

Então, rapidamente Arin jogou a própria arma no chão e voltou a chorar. Satisfeita, Ivy também soltou sua arma e o abraçou. Agora, ele estava chorando abraçado com ela, como uma criança que precisa apenas de colo, e mais nada.

- Eu estou aqui com você, e eu prometo que vai ficar tudo bem. – Disse Ivy, deixando uma lágrima de alívio molhar o seu rosto.


Notas Finais


Não sejam fantasmas em uma fanfic que fala de zumbis, por favor, meu coraçaum não aguentaria hueuheuh
Gostaram? Interajam! E até mais <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...