1. Spirit Fanfics >
  2. There Is Love? >
  3. Espero que isso amenize um pouco as coisas.

História There Is Love? - Espero que isso amenize um pouco as coisas.


Escrita por: jesslimaa

Notas do Autor


Capítulo dessa semana postado como eu havia prometido.
Peguem os lencinhos para enxugar as lágrimas de vocês.

Espero que gostem, boa leitura.

PARA QUEM LEU THE BOYFRIEND - LOVE OF LIE E TRUE LOVE LEIAM AS NOTAS FINAIS PORQUE TENHO UM RECADINHO SUPER IMPORTANTE.

Capítulo 13 - Espero que isso amenize um pouco as coisas.


Fanfic / Fanfiction There Is Love? - Espero que isso amenize um pouco as coisas.

- Você se sente melhor? - Pergunto olhando para a Belle e ela sorrir.

- Sim, mamãe.

- Tudo bem, mas eu acho melhor você não ir a escola hoje.

- Como ela está? - Tara pergunta surgindo no quarto e sentando na beirada da cama.

- Ela está bem, mas achei melhor não levá-la a escola hoje, o que você acha? - Pergunto encarando minha amiga.

- Acho que você está certa, seria bom ficar de olho nela por um tempo ao invés de mandá-la para a creche. - Assenti - Você vai trabalhar hoje?

- Não. Eu falei com o Charlie ontem a noite e ele disse que tudo bem se eu ficar em casa cuidando da Belle.

- Graças a Deus, eu estava um pouco preocupada que você tivesse que trabalhar hoje. Você sabe... ela nos assustou tendo que ser levada ao hospital e tudo mais...

- Sim, eu sei. Foi um pouco apavorante.

- Sim, certo?! Bem... eu até liguei para a diretora da escola dizendo que teria que ficar com a minha sobrinha que está doente, apenas no caso de você ter que trabalhar.

- Eu agradeço Tara, de verdade, mas você não precisa faltar ao trabalho mais. Eu vou ficar em casa tomando conta dessa boneca. - Falo e faço cócegas na Belle que rir e se contorce sob minhas mãos.

- Tem certeza?

- Sim, eu tenho. Além do mais, se eu precisar de algo ligarei para Killian, não precisa se preocupar.

- Hm, certo. Vocês já conversaram?

- Você sabe que não. A nossa prioridade é a Isabelle. O que quer que precisamos conversar pode esperar. - Falo e olho para minha pequena.

- Você sabe o que eu penso sobre isso. - Assenti - Isso ainda vai explodir na cara de vocês... quer vocês queira ou não. Bem... eu preciso ir.

- Bom dia de trabalho.

- Obrigada. Até logo amor da titia. - Ela diz e beija a testa da Belle, indo embora logo em seguida.

A campainha tocou e eu imaginei que a Tara tenha esquecido suas chaves outra vez como alguns dias atrás.

- Fique aqui meu amor, a mamãe vai se é a tia Tara. - Ela assentiu enquanto brincava com a boneca que Killian havia lhe dado e eu caminhei em direção a porta, dando de cara com ele.

- Hey, como ela está?

- Ela está bem, muito melhor do que ontem a noite quando você veio. Entra. - Falo e dou espaço para ele passar.

- Você não vai mesmo levá-la para a escola?

- Não, eu decidi que seria melhor, sabe? Assim eu posso ficar de olho nela. Ela está no meu quarto, vamos lá.

- Vamos.

- Papai!!!

- Oi princesa, tudo bem? - Ele pergunta e ela rasteja para seu colo no momento em que ele senta na cama.

- Sim. Você veio "blinca" comigo?

- Filha, acho que seu pai tem que trabalhar.

- Na verdade... eu deixei os rapazes cuidando da academia hoje, pensei que seria uma boa ideia ficar aqui com a minha princesa. Tudo bem pra você, Julie Anne? - Pergunta me encarando.

- Sim, esta tudo bem.

- Bom, porque... eu estava pensando em levar essa princesa ao zoológico.

- Eba!!!!

- Killian...

- Você mesmo disse que ela está bem, que ela está melhor, pensei que seria bom para ela sair um pouco e ir ao zoológico.

- Eu não acho que....

- Vamos mamãe! Eu "quelo" ver o macaco e a "gilafa".

- Você pode vim com a gente Julie, vai ser divertido, não é princesa? - Ele encara a Belle e sorrir.

- Vamos mamãe!!

Olhei para os dois e suspirei ao ver a animação da Isabelle.

- Tudo bem, mas não vamos demorar muito. - Disse, mesmo sabendo que era mentira e que demoraríamos.

- Ebaaa!!! - Belle diz, sai do colo de Killian e começa a pular na cama.

 

 

*****

 

 

O passeio ao zoológico foi melhor do que eu esperava e imaginava. Em todo momento Killian agiu como se tivesse passeado com a nossa filha dezenas de vezes, deixando evidente que ele nasceu e tem o dom para ser pai. A Belle permanecia em seus ombros o tempo todo, simplesmente porque ele achava que era muito arriscado apenas segurar a mão dela quando tinha uma enorme quantidade de crianças presente. Eu não discuti com ele e nem tentei argumentar que parecia um pensamento irracional, apenas assenti e continuamos com o passeio. Ele estava extremamente protetor com ela, e eu sabia que era por causa do que aconteceu no dia anterior.

A Belle estava bastante feliz, não só por estar vendo os animais que ela tanto gosta, mas também por estar na minha companhia e na de Killian em um momento divertido, coisa que ela deixou claro todas as vezes que perguntávamos se ela estava gostando do passeio.

Nós três nos divertimos bastante. Juntos. 

Em alguns momentos parecia que éramos uma verdadeira família, e acredito que esse pensamento também passou pela cabeça de Killian, pois várias vezes ele me olhava de uma forma estranha, me analisava e me encarava mais vezes que o normal. Foi quando eu me questionei se teríamos sido uma família se eu não tivesse ido embora e se nada daquilo tivesse acontecido, mas logo afastei esse pensamento e foquei apenas na Belle e em sua felicidade.

- Gostou do passeio, princesa? - Killian pergunta quando estaciona o carro em sua casa. Já era fim de tarde.

- Sim, muitão.

- Que bom, fico feliz. - Diz e saímos do carro.

- Agora vamos ter que tirar todo esse sorvete que ainda está grudado em seu rosto. - Falo, fazendo cócegas na Belle e ela rir.

- Vai precisar de ajuda?

- Não precisa..

- Eu faço questão. Afinal de contas, fui eu que comecei a sujar essa pequena aqui.

- Tudo bem... - Me dei por vencida e caminhamos em direção a minha casa.

Vou para o banho logo após Killian banhar a Isabelle e a vestir. Decidi que seria maravilhoso ter um banho demorado depois que vi que os dois estavam se divertido ao brincar na sala.

- A mamãe está chamando vocês para jantarem lá em casa. E ela disse que não aceita não como resposta. - Killian diz quando volto para a sala depois de estar perfeitamente vestida.

- Sua mãe as vezes me enlouquece facilmente. Ela tem ficado um pouco no meu pé... não que eu esteja reclamando.

- Ela está assim porque você voltou. - Diz e ficamos em silêncio, mas por pouco tempo. - Enfim, vocês querem ir agora?

- Sim, pode ser.

- Não vai esperar a Tara? - Pergunta e se levanta dando a mão para a Belle segurar.

- Não, a Tara vai jantar na casa dos pais hoje e ficar por lá. - Falo enquanto saímos de casa e caminhamos até a casa dele.

- Vovó. - Belle grita correndo pela casa em busca da Martha.

- Pensei que vocês não iriam vir. - Martha fala enquanto enche a Belle de beijos.

- Mãe, a gente estava bem aqui do lado, não pira.

- Eu aproveitei que Killian estava com a Isabelle e tive um banho demorado. - Falo - Você precisa de ajuda?

- Sim, querida. Eu preciso de ajuda com o purê de batata e o macarrão. - Fala, colocando a Belle no chão que rapidamente vai em direção a Caleb.

A segui em direção a cozinha e começamos a conversar enquanto eu a ajudava. A Martha fazer comida para um batalhão não era nenhuma novidade, e não fiquei nem um pouco surpresa pela comida feita em excesso.

Menos de trinta minutos depois estávamos colocando a mesa, e acabei sendo surpreendida por Killian ao ver ele carregar uma cadeira de elevação para que a Isabelle jantasse conosco sem precisar estar no colo de um de nós.

- Foi ideia dele. - Martha diz enquanto eu olho embasbacada para Killian.

Eu estava completamente surpresa pelo seu gesto.

A campainha toca e eu saio do meu pequeno transe para atender, já que a Martha estava montando a mesa, Killian a cadeira de elevação e Caleb brincando com a Belle.

- Eu atendo. - Falo caminhando até a porta, abrindo-a logo em seguida.

Então algo um pouco inusitado e cheio de desconforto acontece.

Uma mulher alta com cabelos curto na cor preta, dona de uma pele clara, olhos azuis e um corpo com bastante curvas me encara dos pés a cabeça como se perguntasse quem eu era - mesmo notando um brilho de reconhecimento no olhar - e o que eu estava fazendo ali. Eu a reconheci como a mulher que Killian acompanhava até a porta na minha primeira noite aqui. Seus olhos pareciam percorrer cada centímetro meu, e vi seu nariz enrugar um pouco quando finalmente chegou eu meu rosto. Parece que ela definitivamente não era minha fã.

- Onde Killian está? - Perguntou franzindo a testa e enrugando o nariz novamente. Era nítido que ela estava um pouco irritada, talvez, por ter que me perguntar.

- Ele está la dentro, vou chamá-lo.

- Não precisa, eu sou praticamente de casa. - Diz e passa por mim, entrando na casa.

Eu não sabia se ela tinha um relacionamento sério com Killian, pois se tinha, nunca foi mencionado a mim por ninguém, nem mesmo por Killian. Ou Martha.

O que quer que fosse, eu esperava não estar causando nenhum problema aos dois.

- Só assim, eu vindo na sua casa para ter notícias suas. - Ouvi ela falar e fechei a porta.

- O que você está fazendo aqui Kelly? Você deixou ela entrar? - Killian pergunta me encarando.

- Não, ela já foi entrando. - Falo e olho para Caleb que dá de ombros.

- Eu te mandei mensagens, e-mail's, liguei para seu celular desde que fui viajar até agora e nada de você responder. Já estava ficando preocupada.

- Eu tenho andado muito ocupado.

- Bem, eu vejo. - Ela fala e encara a mim e a Belle rapidamente. Killian parece perceber o mesmo que eu e se aproxima dela.

- Eu tenho passado todo o meu tempo com a Isabelle e cuidando dela enquanto a Julie trabalha, estou bem ocupado mesmo. Sinto muito por não ter retornado suas ligações.

- A gente pode conversar?

- Agora? - Killian pergunta e ela assente - Bem... agora não dá. A gente já estava indo jantar.

- Eu posso ficar e depois a gente conversa.

- É um jantar em família. - Killian diz suavemente, talvez para amenizar o fato de que ela não estar sendo convidada.

- E elas? - Kelly pergunta deixando claro que se tratava de mim e da Isabelle.

- A Isabelle é minha filha e a Julie é mãe dela. - Killian diz.

- Julie é da família desde que ela tinha doze anos. - Caleb fala e Kelly o encara.

- Eu falo com você amanhã, Kelly.

- Tudo bem. - Fala, visivelmente irritada. Se despede de Killian e vai embora.

O jantar acaba sendo um pouco desconfortável depois da Kelly ir embora, e nem mesmo a Isabelle conseguiu mudar o humor e o astral da casa. A cada momento eu recebia olhares da Martha me questionando se eu estava bem, confesso que não tinha entendido muito bem a sua pergunta, e só depois de um tempo vim entender que ela estava falando do que houve mais cedo.

A Martha sempre gostou de mim, cuidava de mim quando a mamãe estava no trabalho e depois que ela morreu. Sempre me acolheu e me amou, fazendo com que algumas vezes os garotos sentissem ciúmes. Eu sempre a vi como uma segunda mãe, uma amiga, senti muito a sua falta quando parti e acredito que ela também sentiu. Não era segredo para ninguém que a Martha sempre imaginou Killian e eu juntos, e agora que estou de volta tenho um certo receio que ela ainda pense nisso. Nunca mais existiria Killian e eu, e ela teria que entender e conviver com isso. 

A ajudei com a limpeza da louça, agradeci pelo jantar e voltei para casa quando a Belle acabou dormindo no colo do pai.

Coloquei a Belle em sua pequena cama e suspirei enquanto velava seu sono.

Eu nunca me cansaria de olhar para ela.

Era quase inacreditável que um ser tão pequeno como ela fosse minha. Eu sou a pessoa mais sortuda do mundo por tê-la e por viver cada minuto com ela.

No momento que esse pensamento me atingiu, uma dor se instalou no meu peito ao perceber que Killian não teve essa mesma sorte.

Suspirei com o coração pesado e caminhei até o meu quarto, onde tirei o que eu tanto queria dentro do guarda-roupa.

Eu sabia o que deveria fazer.

Me certifiquei novamente que a Belle estava bem e sai de casa, indo em direção a casa de Killian.

- Aconteceu alguma coisa com a Isabelle? - Ele pergunta quando abre a porta.

- Não... não exatamente. - Falo e suspiro um pouco nervosa. - Isso aqui é seu.

- O que é isso?

- Veja. - Falo e começo a andar de volta para casa, mas paro no meio do caminho e me viro. Noto que ele ainda me encara completamente confuso. - Eu espero que isso amenize um pouco as coisas.

Dou-lhe as costas sem esperar que ele diga algo.

 

 

POV'S Killian

 

 

- O que foi mano? Aconteceu alguma coisa?

Olho mais uma vez para a casa da Julie e encaro o meu irmão enquanto fecho a porta.

- A Julie Anne me entregou isso dizendo que é meu.

- O que é isso? - Pergunta intercalando olhares entre minhas mão e meu rosto.

- Isso é um álbum de fotos. - Mamãe fala pegando o álbum da minha mão.

- E isso com certeza é um pen driver. - Caleb fala pegando o pequeno objeto nas mãos e o inspecionando. - O que tem aqui?

- Como você quer que eu saiba? A Julie chegou aqui, me entregou isso e foi embora depois de dizer espero que isso amenize um pouco as coisas, palavras dela.

- Então vamos ver o que é.

E sem esperar por mim, Caleb pega o meu notebook, insere o pen driver e conecta com a tv logo em seguida.

Me sentei no sofá e minha mãe sentou do meu lado direito, pegando minha mão. Parecia que ela já sabia o que estava por vim e estava pronta para me consolar. Caleb sentou ao meu lado esquerdo e me encarou, perguntando se podia dar play. Assenti.

Uma Julie Anne mais nova apareceu na tela e eu suspirei ao notar que ela estava vestida com uma das minhas camisas. A minha favorita. Parecia um vídeo antigo.

- Eu não sei como devo começar isso, mas acho que uma das primeiras coisas que devo dizer é Sinto muito. Eu sinto muito por isso, por ter que estar gravando esse vídeo e pelo que você vai sofrer quando perceber que eu fui embora.

Eu fico em choque.

- Eu sei que você vai me odiar pelo que estou fazendo, e eu não peço que entenda ou aceite. Eu só quero que você saiba que estou fazendo isso pelo seu bem, o da sua família, dos nossos amigos e do nosso filho... Eu estou grávida, Killian.

Meu coração aperta, queima, dói e vejo lágrimas caírem e molharem seu rosto no vídeo, mas ela não as enxuga.

- Eu... eu não preciso dizer o quanto sei que você vai me odiar por isso, por estar fugindo enquanto carrego um filho seu em meu ventre e isso... isso é tão difícil, tão doloroso que eu sinto que estou morrendo. Estou morrendo ao fugir para outra cidade, morrendo por saber que você vai sofrer quando voltar para casa e não me ver, morrendo por estar te tirando, te privando da coisa mais valiosa do mundo. Eu sinto que estou morrendo por ter que me manter longe de você e morrendo por fazer com que o nosso filho ou filha cresça sem um pai.

Olho para o lado e vejo mamãe me encarando enquanto chora, alisando o meu rosto, e isso quebra ainda mais o meu coração.

- Então decidi que mesmo longe eu deveria fazer com que você acompanhasse toda a minha gestação, o nascimento do bebê e a vida dele. Eu vou documentar tudo, cada momento com a ajuda da Tara, para que você não sinta que perdeu completamente tudo... - suspira - Eu não sei quando conseguirei entregar-lhe isso... não sei se demorarei muito tempo, mas eu espero que isso ajude de alguma forma.

Ela respira fundo mais uma vez, enxuga as lágrimas que caem e suspira. É como se ela estivesse se preparando para dizer algo ainda mais forte, como se o que ela tem a dizer fosse bastante doloroso. Prendo a minha respiração, esperando, aguardando e ansiando para saber quais as suas próximas palavras.

- Eu te amo... para todo o sempre.

Tudo para. Meu coração aperta ainda mais, meus olhos ardem e eu pisco, não querendo derramar uma única lágrima. Aperto minhas mãos em punhos e abro meus olhos vendo Caleb e mamãe me encararem com lágrimas brilhando nos olhos. Respiro fundo, volto a olhar para a tela (gif da capa) e percebo que o vídeo foi pausado.

- Dê play. - Falo, com a voz rouca, disposto a ver e ouvir tudo que existe no pen driver.

Dessa vez a imagem parece estar um pouco mal enquadrada e torta, talvez a câmera esteja apoiada em algum lugar.

- Você está bem? - Tara pergunta enquanto amarra o cabelo da Julie.

- Sim, eu estou bem. Onde está a câmera?

- Ali, no balcão. - Tara aponta e ela caminha até o lugar, pegando a câmera e entregando a Tara logo em seguida.

- Bem, esse é o meu primeiro enjôo depois que descobrir que estou grávida. - fala sorrindo - É como se isso me fizesse lembrar que tem um pequeno ser aqui dentro. - sua mão vai para a barriga e ela alisa quando levanta um pouco a blusa. - Ainda não dá pra ver muita coisa, mas se eu ficar de lado... veja... já tem uma pequena diferença, você vê?! Eu tenho uma consulta ainda essa manhã, daqui a duas horas... vamos ouvir o batimento cardíaco dele e vê se está tudo bem com o bebê. A médica já me avisou que ainda não dá para saber o sexo, então isso só vai acontecer na próxima ou próximas consultas. - ela suspira e seu olhar se torna triste de repente. - Faz quatro dias desde que fugi e eu sinto a sua falta.

O vídeo termina, e dessa vez começa com uma mulher de cabelo ruivo e jaleco sorrindo para a câmera.

- Bom... você está preparado para ouvir e ver o seu bebê papai? Por que a mamãe aqui está super ansiosa.

Julie Anne aparece em seguida sorrindo e assentindo sem parar. A mulher a leva até um tipo de cama ou maca, fala para a Julie deitar e colocar os pés em um tipo de suporte no final da cama. Elas três - a médica, Julie Anne e Tara - conversam durante um tempo, falam principalmente de ser a primeira vez que ela - a médica - permitia que o exame fosse gravado/filmado.

A médica apontou para algo na tela e a Julie assentiu, logo depois pode-se ouvir um pequeno - não tanto - barulho, que tomou conta da sala e os meus olhos queimaram outra vez quando conseguiu perceber o que era.

O coração da Isabelle batendo.

- É tão forte... - Julie fala e olha para a câmera enquanto enxuga as lágrimas. - Você ouviu? O coração do nosso bebê bate tão forte quanto o seu.

A imagem é cortada e dessa vez aparece várias imagens, uma atrás da outra da Julie com a barriga de fora. Em cada foto consegue-se perceber que sua barriga está crescendo sem parar.

- Ok... eu acabei de vomitar pela sexta vez desde ontem a noite, e isso está começando a me preocupar. A doutora Vicky disse que isso é perfeitamente normal, desde que eu estou no segundo trimestre e os enjôos logo irão parar. Eu acho que pode ser meu nervosismo também, hoje vamos descobrir o sexo do bebê. - ela sorrir - Eu estou feliz e assustada ao mesmo tempo, é a primeira vez que sinto isso desde que cheguei, a dois meses... Hoje eu, ou melhor, nós, vamos conseguir ver melhor e saber se teremos um menino ou uma menina.

- Eu acho que é uma menina. - Tara fala atrás da câmera e a Julie rir.

- Isso mesmo. A Tara cismou que teremos uma menina pelo simples fato de que você disse que preferia uma garotinha. Será que vai ser uma menina?

- Pronta mamãe, tia e papai? - A mesma médica da outra consulta fala, olhando para a câmera.

- Sim, estamos prontos. - Julie fala e a médica assente, passando um gel na barriga dela. A câmera foca na pequena tela, e pode-se ouvir a médica falando que o bebê está bem, que o crescimento e a saúde está tudo em ordem.

- Prontos? - Ela volta a pergunta e a Julie diz sim.

O som do coração do bebê volta a bater e mesmo sabendo que ela dirá que é uma menina, a minha pequena Isabelle, eu não consigo me segurar de ansiedade. Meus olhos se enchem de lágrimas.

- É uma menina.

Lágrimas transbordam, molhando o meu rosto e eu suspiro enquanto as seco.

Julie volta a olhar para a câmera também com os olhos cheio de lágrimas e a médica se afasta.

- É uma menina, você ouviu? - ela sorrir - Estou te dando o que eu prometi Killian, você se lembra? Prometi que te daria uma pequena princesinha e não vejo a hora de poder contar para você. Eu só queria que você pudesse estar presente...

O vídeo para e a imagem de Julie com uma barriga enorme enche a tela. Ela parece estar distraída e não percebeu que está sendo filmada.

- Esse vai ser o seu quarto, princesa. Nem tudo ainda está no lugar, você sabe... a sua mãe anda um pouco louca, desatenta e cansada demais, mas não conta para a sua tia Tara ou o vovô Albert. Eles iam fazer um escândalo e brigariam com a mamãe.

Ela se senta em uma poltrona e começa a alisar a mão em sua barriga enquanto a encara.

- Eu acho que já podemos começar com a nossa sessão particular onde a mamãe fala do papai. - ela suspira e eu faço o mesmo, quase que inconscientemente. - Seu pai é incrível. É o melhor homem que já conheci, depois do seu avô Sullivan, o pai da mamãe. Ele é lindo, perfeito e eu me apaixonei por ele na primeira vez que o vi. O cabelo e os olhos dele são castanhos, os olhos dele te hipnotiza e ele tem o sorriso mais lindo que já vi. Ele é forte, parece um modelo de tão lindo... aii... você me chutou de novo, filha. - ela rir - Eu sei que você já deve estar cansada de ouvir a mesma coisa do seu pai, mas você tem que entender que a mamãe sente muito a falta dele, e eu sei e sinto que você também sente... pois você se meche mais do que o normal quando eu choro a noite com saudade dele... Você é bastante pequena ainda para entender as coisas, mas quando você estiver maior a mamãe vai te explicar porque o papai não mora com a gente. Eu espero que você também não me odeie por isso e que entenda que eu só estou tentando proteger todos nós. Bem.. vamos voltar a falar do seu pai... Ele é um homem com um coração enorme, protetor, carinhoso, ele beija muito bem também. - ela rir novamente - Ele também é um pouco ciumento, você nem imagina as vezes que o seu pai surtou só porque outro cara conversava comigo. Ele é mandão, pior que a mamãe, quer tudo do jeito dele... Ele sempre quis ter filhos, muitos na verdade, tenho certeza que ele vai te amar muito. Ele vai te dar o mundo, a lua, o mar, a vida, tudo, ele te dará tudo só pra te ver sorrir e te ver feliz. Ele vai te amar mais do que a própria vida, fará o possível e o impossível por você. Ele vai te amar tanto quanto a mamãe te ama.

A imagem é pausada e eu encaro o meu irmão que tem algumas lágrimas escorrendo dos seus olhos. Ele sempre foi ligado a Julie desde que nos conhecemos, ele sempre a tratou como uma irmã e a defendia de todo o mundo quando eu não estava por perto. Ele sofreu tanto quanto eu quando ela se foi e eu o entendo por estar emocionado.

- Devo continuar? - Ele me pergunta quando seca seu rosto.

- Sim. - Falo, depois de limpar a garganta.

- Bem... eu não queria fazer isso, registrar isso, mas a Julie me fez prometer que gravaríamos tudo para que você não sentisse que perdeu todo o crescimento da filha de vocês, mas eu... eu estou preocupada, Killian... Eu quase liguei para você essa noite. Eu quase quebrei a promessa que fiz a Julie por estar tão preocupada com ela. - Tara respira fundo, olha para trás e volta a olhar para a câmera. - Bem... faz pouco mais de um mês que a Julie não quer filmar mais nada, na verdade, ela diz que não sente vontade de continuar a fazer isso, que é uma perda de tempo pois você nunca a perdoará. Eu a pego chorando mais vezes do que posso contar em uma única noite... Ela está com um pouco mais de sete meses agora, não está mais trabalhando e está deprimida. Muito deprimida. O Albert, que é um antigo amigo do senhor Sullivan, que Deus o tenha, vem aqui todos os dias, as vezes com uma profissional, uma psicologa que é amiga dele e a Julie se recusa a conversar com ela. A gente está ficando bastante preocupados com ela, com elas duas, principalmente porque a doutora Vicky disse que a pressão da Julie está muito alta e isso pode fazer com que ela dê a luz mais cedo. - Lágrimas brilham e escorre em seu rosto, ela respira fundo e volta a falar. - Eu sinto muito por não ter coragem para ligar pra você e contar que você será pai de uma linda menina, eu sinto muito mesmo Killian. Eu espero que algum dia você consiga nos entender.

O vídeo muda e mostra a Julie deitada no sofá com a mão acariciando a sua barriga. Quando ela percebe que está sendo filmada dá um pequeno sorriso e volta a encarar a tela da televisão. Em seguida, o quarto da Isabelle aparece completamente pintado e mobilhado com tudo que um recém-nascido precisa.

Fotos da Julie e da enorme barriga dela volta a aparecer na tela, muito maior do que estava no vídeo anterior e eu sinto meu coração se aquecer, mas isso só dura por pouco tempo.

- Bom, hoje eu estou tentando convencer a Julie a sairmos um pouco para comprar mais algumas roupas para a filha de vocês, que até agora não tem um nome. Eu até briguei um pouco com a Julie sobre isso porque todos nós nos referimos a bebê apenas como ela ou a bebê, e isso está começando a me dar nos nervos. Eu li em um livro que a criança deve se acostumar desde o ventre da mãe a ouvir o seu nome, isso faz ela se acostumar mais rápido, sabe? Eu até to começando a achar que o nome da filha de vocês se chamará "Ella" porque...

Tara para de falar e olha para trás, quando ela abre a boca para falar novamente ouve um grito, que eu presumo ser da Julie.

- Julie? O que aconteceu? - a imagem começa a ficar trêmula e eu percebo que a Tara está correndo enquanto segura a câmera. 

- Ahhhhhhh..

- Julie? O que foi? - A imagem melhora e Tara foca na Julie que tem a mão na barriga.

- Tem algo errado com ela.

- Como assim tem algo errado com a bebê?

- Eu não sei Tara, mas... ahhhh

Meu coração se aperta e tudo começa a ir muito rápido.

Em um momento a Julie está sentada na cama, sangue escorre dela e molha o chão e o outro ela está numa sala, que eu presumo ser uma sala de espera.

- Não está na hora, ainda falta um mês. - Julie grita enquanto um homem mais velho, que agora sei que é o Albert segura a sua mão e tenta tranquilizá-la. - Por favor Albert... tem algo errado.

Logo a Julie é levada para uma sala, a qual minha mãe diz ser uma sala de parto.

- Você precisa se acalmar, mãe. Precisa fazer força ou teremos que fazer uma cesariana de emergência.

Julie assente com lágrimas nos olhos, a sobrancelha enrugada e uma expressão de dor no rosto. 

Meu peito se aperta novamente e eu respiro fundo.

- Se algo acontecer, diga para salvá-la. Não eu, apenas ela. - Julie diz olhando para a câmera e a imagem treme. - Prometa Tara.

- Eu prometo.

A imagem é cortada novamente e uma Julie pálida e com uma expressão de cansaço surge, enquanto segura algo nos braços.

- Você escolheu um nome? - Tara pergunta e a Julie assente.

- Sim, Isabelle. É o nome que Killian gostaria de colocar na nossa primeira filha.

- Dê oi para o mundo pequena Isabelle.

Tara se aproxima e foca no pequeno embrulho e como se soubesse que eu estava a vendo, ela abre os pequenos olhos, olha firmemente para a câmera e meu coração incha.

Em seguida vídeos e mais vídeos aparecem na tela. Da Isabelle dormindo, sorrindo, engatinhando, comendo papinha, tomando banho, mostrando o primeiro dente, a  primeira vez que ela consegue ficar em pé sozinha, primeira vez que ela anda, vários vídeos dela andando sozinha e falando.

Minhas emoções fogem do meu controle e mais algumas lágrimas são derramadas por mim. Ao mesmo tempo que estou feliz vendo cada vídeo, também me encontrou triste.

Um vídeo, esse parece ser mais recente, é reproduzido e eu não deixo de notar que parece muito como a Isabelle está agora. Deve ser bem recente mesmo.

- Bom, tudo indica que esse é o último vídeo que gravamos e que você verá. Tudo isso porque eu tenho a impressão que o nosso reencontro acontecerá em breve. Eu ainda continuo um pouco apavorada porque acredito que você me odeia mais do que nunca, eu não sei se você ficará de braços abertos e feliz por saber que tem uma filha, mas ainda assim eu irei arriscar. Você e a Isabelle esperaram tempo demais pra se conhecerem, e sim, eu sei que isso é minha culpa. Ela agora tem quase três anos e sabe muito sobre você. Eu sempre conversei com ela sobre você, sempre mostrei fotos nossa, dos nossos amigos e muitas fotos suas. Ela pergunta sempre de você, todas as noites. E você ficaria surpreso em ver que ela é completamente a sua cara.

- Mamãe?

- Filha, venha dizer oi para seu pai.

Em instantes a Belle aparece e sorrir.

- É a "camala" da tia Tara.

Julie rir - Sim, é a câmera da tia Tara. Você sabe que a mamãe está sempre tirando fotos e filmando você, e sabe porque? É um presente para o seu pai. Agora que tal se fizermos ele um pouco feliz? O que você quer dizer para ele? - Julie pergunta a Belle enquanto ela a encara.

- Hm.... eu te amo, papai. - Diz, olhando para a câmera e a Julie sorrir.

- Estamos voltando...

 


Notas Finais


Alguém está inteira depois dessa capítulo? Foi um pouco emocionante, não acham?
Me deixem saber o que acharam desse capítulo e do que acha que vai acontecer no próximo. Quero saber se vocês estão gostando ou não.
Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo.
Gif da capa: http://66.media.tumblr.com/8a0b7fbb472770afab55d3fda6fc7dde/tumblr_nn316oNHzK1rdkvxmo2_540.gif

AGORA NOTÍCIAS PARA QUEM LEU E ACOMPANHOU THE BOYFRIEND - LOVE OF LIE E TRUE LOVE

EU JÁ COMECEI A ESCREVER A HISTÓRIA DA JANE QUE VOCÊS TANTO PEDIRAM EM TL, AINDA VAI DEMORAR UM POUCO PARA AS POSTAGENS COMEÇAREM, MAS TENTAREI POSTAR O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL TAMBÉM. ENTÃO FIQUEM LIGADOS.

~mil beijos de luz


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...