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História There's Nothing Holding Me Back - And we stumbled in the dark


Escrita por: girassolia

Notas do Autor


ALOOO voltei rapido pra cacete, eu mereço um PREMIO
obrigada pelos comentários, amo voceeeesss e continuem assim por favor
hoje tem alerta choro, não disse por onde
e atenção na imagem do capítulo
BOA LEITURA

Capítulo 19 - And we stumbled in the dark


Fanfic / Fanfiction There's Nothing Holding Me Back - And we stumbled in the dark

Eu nunca entendi muito bem porque minha mãe insistia para que eu estivesse ligada diretamente ao balé. Na verdade, não entendia muito bem o porquê que me deixavam matar a arte da dança em cada recital. Não que importasse muito meu desempenho, eu ficava sempre no canto, quase dentro da coxia. Tirando uma vez. Houve uma única vez que eu fiquei na frente. O nome do espetáculo era: dance mesmo sem saber dançar. Ficou meio óbvio o motivo para que eu fosse a principal.

E, agora, eu estava Los Angeles, em cima dos pés do Shawn, dançando no meio da rua. A gente mais ria que dançava, mas estávamos tentando. Meu namorado tinha um braço para me sustentar pela cintura, nossas mãos estavam entrelaçadas e eu me apoiava em seu ombro. Uma dança típica de um baile, em uma versão desastrosa, mas era nossa. A festa de aniversário de Shawn tinha acabado há algumas horas e nós resolvemos descer para irmos à praia, levando em conta o sol proeminente. A única coisa que nos atrasava era Teddy e sua indecisão pelo que vestir.

— Pela logica, um de nós deveria dançar bem — observei e Shawn tirou o olhar de meus pés em cima dos seus para poder me encarar.

— Ellie, vamos fazer bodas de papel, não temos tempo para lógica — disse, continuando a me levar de um lado para o outro. Eu ri.

— Somos casados agora? — perguntei arqueando a sobrancelha e saindo de cima dele.

— Bodas são para pessoas casadas? Não tem pra quem namora? — perguntou surpreso e eu revirei os olhos negando com a cabeça. — Deveria.

— Estaríamos fazendo quase bodas de papel para namorados — digo e fiz uma careta. — Não parece nada romântico.

Shawn riu.

— Bodas de Shawn e Ellie — opinou dando de ombros.

— Não, isso é triste — digo logo descartando e ele soltou um muxoxo. — Bodas de papel reciclável.

— De papel reciclável? — Shawn jogou a cabeça para trás ao rir. Estávamos quase parados agora.

— Podemos personalizar as bodas para casados, sabe, pra ficar no nosso jeitinho — digo e ele balança a cabeça como se compreendesse, ainda com um sorriso muito vivo em seu rosto. — Quando nos casarmos, podemos usar as tradicionais.

— Quando nos casarmos? — perguntou arqueando a sobrancelha e eu senti minhas bochechas esquentarem. Instantaneamente, passei a encarar o céu.

— E-Eu... Bem, considerando os números... O céu está lindo hoje — falhei em desconversar.

— Quando nos casarmos, podemos usar as tradicionais — confirmou e voltou meu olhar para ele ao segurar meu queixo. Eu sorri. — Por que não usamos um anel de compromisso mesmo? — perguntou de repente, voltando a me balançar.

— Ah, não sei — respondo dando de ombros, acariciando seu ombro coberto pelo moletom. — Sabe que não faço questão dessas coisas.

— Teria problema se eu fizesse? — perguntou sem desviar o olhar do meu. Shawn, que já segurava minha cintura, introduziu sua mão para dentro de minha blusa e fez carinho na pele nua com seu polegar. Fiquei arrepiada.

— Você quer me dar um anel de compromisso? — perguntei sorrindo e ele concordou. — É pra dizer que aceito agora ou quando for me dar o anel?

— Nas duas vezes — respondeu ao me dar um beijo terno na testa.

— Sendo assim, eu aceito.

Shawn deu seu sorriso grande de novo e nós voltamos a dançar como antes. Só que, dessa vez, parecíamos bem piores.

— Vocês vão acabar caindo — alertou Zumbi, guitarrista do Shawn. Ele estava esperando a donzela Teddy aqui embaixo conosco e os restos da festa de Shawn, como Mike, Brian, Dave, Josiah, e Eddy.

Zumbi sabia agir tanto como filho quanto como pai. E foi por esse motivo que não duramos nem mais um segundo em pé depois que ele falou que cairíamos.

— Credo, Zubin — reclamei recebendo a ajuda de Shawn para levantar. — Parece que jogou uma praga.

O guitarrista riu.

— Não chame meu dom de praga. Eu previ — disse voltando a conversar com o resto do grupo que estava um pouco afastado de nós.

— Está bem? — Shawn perguntou e eu assenti. — Claro que está, eu amorteci a queda.

Revirei os olhos.

— Pra que perguntou, então? — retruquei, passando a mão no cotovelo ralado. — Olha isso, sou uma sobrevivente.

— Eu disse pra você pegar um moletom — disse pegando meu braço e analisando o arranhado. — Você quer subir pra lavar? Eu não sei se tenho remédio pra isso.

— Shawn, eu estou bem — digo rindo e ele descansa os ombros. — Cadê a Teddy? O sol já vai se pôr.

— Exagerada — Shawn resmungou ao se sentar na calçada e antes que eu pudesse brigar com ele, Teddy aparece com uma bolsa enorme, óculos enormes e um chapéu além do enorme.

— Ah, Teddy... Você tirou toda a magia de ir à praia ao nascer do sol — reclamei e ela abaixou os óculos para poder me encarar.

— O que disse? — perguntou e eu escutei a risada dos meninos.

— Agora eu sinto que estou indo a praia com minha mãe.

— Só por essa afronta, você não vai ganhar o chocolate que eu trouxe — disse começando a andar em direção à praia. Eu fiz todo mundo ir a pé porque ir de carro perde toda a magia e depois de muito negarem, não conseguiram mais me aguentar falando “por favor!” no ouvido deles.

Cruzei os braços.

— Isso é injusto.

— Vamos — Shawn disse entrelaçando nossas mãos para começarmos a caminhar com o grupo. — Eu dou um pouco do meu chocolate pra você — sussurrou e eu sorri em sua direção.

— Eu ouvi isso, Shawn Mendes — disse Teddy e eu revirei os olhos, mas logo comecei a rir junto com ele.

Talvez nós estivéssemos chamando mais atenção do que deveríamos, mas estava tão divertido que duvidava que alguém fosse ligar. A caminhada para praia durou uns dez minutos e nós cantamos durante todo o percurso, eu fiquei feliz que ninguém ligou pra minha voz desafinada, porque eu não era a única que cantava mal — alô, Josiah —. Quando chegamos, respirei fundo e deixei o ar da maresia agraciarem meus pulmões; fazia tempo que eu não sentia o vento fresco que o mar podia proporcionar.

— Vamos tomar banho hoje? — perguntou Shawn balançando nossas mãos pra frente e pra trás. Estávamos em frente ao mar e seus amigos estavam usando os recursos que Teddy trouxera para se acomodarem na areia.

— Eu queria só caminhar com você — digo e ele assente, dando um aceno para o grupo que nos acompanhava e me guiando para a orla da praia. — Você tem muitos compromissos hoje? — perguntei.

— Não, na verdade, tenho o dia livre — disse e eu assenti contente. É verdade que eu teria um ensaio para fazer mais tarde, mas bastava ter algum tempo com ele para que eu ficasse satisfeita. — Só soube dessa folga ontem e eu nem pude te contar porque você tinha sumido.

— Desculpe, mas ontem foi um dia cheio — argumentei e quando olhei para o seu rosto, contemplei seu sorriso de lado.

Franzi o cenho, seu semblante estava estranho.

— Lembra do vídeo da semana passada? — perguntou e eu revirei os olhos, chutando um pouco da areia a minha frente. — Aquele que você dizia que ia me amar por mil anos...

— Como eu poderia esquecer? — resmunguei e ele riu.

— Nele você dizia que queria transar — disse direto e eu comecei a tossir. — Ainda quer?

— Você sabia que é um extremista? — perguntei inconformada. — É quase impossível alguém equilibrar essas duas personalidades que você tem.

Shawn riu.

— Sabe o que é mesmo impossível? Aguentar esse tempo longe de você — disse desentrelaçando nossas mãos para que ele pudesse envolver meu ombro com seu braço. — E do seu corpo. Eu sinto muita falta do seu corpo.

Extremista!

Olhei por pouco tempo em seus olhos até dizer “ok, vamos transar”. Shawn agarrou minha mão novamente e começou a me levar de volta para sua casa, ignorando as piadas dos amigos que pareciam ter escutado nossa conversa. Quando dei por mim, já estava sendo imprensada na parede do hall de entrada do seu apartamento.

— Não tem ninguém em casa? — perguntei suspirando pelos beijos molhados que ele deixava em meu pescoço.

— Ninguém — respondeu ao me dar uma mordida.

Shawn me deu impulso para que eu abarcasse sua cintura com minhas pernas e eu o fiz. Ele nos encaminhou para dentro, mais precisamente para o seu quarto, mesmo que tenhamos feitos várias pausas pela casa pela distração que nossos corpos traziam. Meu namorado me jogou na cama e prendeu meus dois braços acima da minha cabeça, dando beijos e chupões por todo meu colo.

— Eu quero puxar seu cabelo — reclamei e ele me soltou, mas apenas para tirar minha blusa e em seguida meu sutiã. — Isso é bom.

Conseguia sentir seu sorriso no meu busto, mas Shawn logo se concentrou em chupar, morder e lamber meus seios expostos. Ele, sendo uma pessoa muito justa, deu o mesmo tratamento para ambos. A calcinha molhada já passava a me incomodar. Shawn elevou minha cintura para que conseguisse circundar meus seios com sua mão e boca, o que me fez soltar um gemido e passar a mão em seu cabelo com um pouco mais de força.

Não demorou para que meu namorado descesse sua boca pela minha barriga até parar no cós da minha calça, a qual ele arrancou sem muita cerimônia, assim como minha calcinha. Shawn estava parado de joelhos diante das minhas pernas abertas olhando para minha intimidade com desejo, o que me fez morder os lábios instantaneamente. Eu poderia derreter agora mesmo. Ele introduziu um, dois dedos em mim e me estimulou até que sentiu que deveria cair de boca na minha boceta.

— Retiro o que disse; isso que é bom — disse e depois soltei um gemido quando sua mão veio parar em meu seio direito.

Shawn estava meio que deitado entre minhas pernas, chupando minha intimidade — o que ele é muito talentoso em fazer —, e com a mão estendida no meu tronco, estimulando meu seio com seus apertos. Ele ficou assim até que eu pudesse gozar e, quando eu gozei, ele manteve a boca lá para saborear meu gozo.

Eu respirei fundo e senti a cama afundar quando ele deitou ao meu lado. Não esperei por muito pra ficar em cima dele e começar a despi-lo, perguntando-me mentalmente o motivo dele ainda estar com tanta roupa. Depois de beijá-lo, eu mordi cada pintinha de seu pescoço e ouvi seu suspiro de prazer, o que me estimulou em continuar pelo resto de seu corpo. Sorri maliciosa ao dar de cara com sua cueca. Puxei-a sem muita cerimônia e dei de cara com seu membro ereto, logo começando a massageá-lo com a mão. Shawn se apoiou em seus joelhos para poder ver minha boca indo ao encontro de seu pênis e eu amarrei meu cabelo para olhá-lo da mesma forma.

Minha língua rodeava a cabeça de seu pau, enquanto minha mão ia e vinha pela sua extensão. Quando Shawn se sentou por completo e ajeitou os fios que cobriam meu rosto, eu coloquei seu membro por inteiro em minha boca — mesmo com dificuldade — e fiz movimentos contínuos com a cabeça, ouvindo seus gemidos como uma ótima música de fundo.

— Eu vou gozar — avisou, mesmo sabendo que eu não tinha o costume de parar. E não parei, engoli tudo, assim como ele fazia comigo.

Não deu nem tempo de respirar e Shawn já colocava a camisinha, virando-me de quatro e penetrando-me de uma vez só, o que me rendeu o mais alto gemido do dia. Ele se encaixou em mim, dando várias estocadas que fazia a cama ranger contra a parede, um barulho que normalmente me irritaria, mas que passou despercebido devido à ocasião. Seu corpo bombeava contra o meu e eu mal podia sentir minhas pernas, mas podia sentir o prazer da sua pele contra a minha. Como já estávamos sensíveis pelos feitos anteriores, não demorou para que gozássemos — primeiro ele, eu um pouco depois — e deitássemos na cama um do lado do outro, completamente exaustos.

— Isso foi...

— Bom — completou. — Muito bom.

Shawn se acomodou na cama e olhou para mim, chamando-me para que eu pudesse me juntar a ele. Assim que deitei em seu peito, ele fez carinho do meu cabelo até minhas costas e, julgando pelos meus olhos pesados, eu dormi pouco tempo depois.

(...)

— Não, ela ainda está dormindo. — Ouvi a voz de Shawn e fiz uma careta, mexendo-me na cama. Por que ele fala tão alto? E por que ele falava de mim? — Tudo bem, eu vou. Te vejo daqui a pouco — se despediu e desligou.

— Com quem estava falando? — perguntei ao me sentar, cobrindo meu corpo com o edredom. Shawn pareceu levar um susto quando me viu acordada. — Eu sei que eu sou um horror ao acordar, mas não precisa exagerar — reclamei, passando a mão no cabelo para ver se diminuía o volume.

— Você é linda de todos os jeitos — disse ao desconversar, fazendo-me estreitar os olhos.

— Você vai sair? — perguntei, observando como ele já estava banhado e vestido.

— Vou — respondeu se sentando na cama e calçando seus sapatos.

Eu levantei e vesti minha calcinha que estava jogada no criado mudo, passando por ele e me dirigindo até o banheiro. É prazeroso saber que seu olhar acompanhou o movimento da minha bunda.

— Para aonde vai? — perguntei amarrando meu cabelo embaraçado e lavando meu rosto.

— Para o estúdio — respondeu depois de um tempo em silêncio.

— Pensei que estivesse de folga — digo vendo meu reflexo no espelho, havia roxos por todos os lados. Não poderia usar uma camiseta no calor. Obrigada, Shawn Mendes.

— É, eu também pensei. Já vou ter que ir. Tchau.  

Eu ri porque sabia que Shawn não iria embora assim — sem me dar um beijo ou sem me dar comida —, mas quando voltei para o quarto depois de ter feito minha higiene, ele já não estava mais lá. Franzi o cenho, pronta para insultá-lo, mas quando meu celular começou a tocar, tive que adiar o compromisso.

Era Katherine.

— Ellie Miranda Bamber, adivinha quem acabou de aterrissar em terras californianas? — perguntou retoricamente e eu dei um gritinho animado.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei procurando uma roupa para vestir depois do banho.

— Eu tirei uma folga e decidi vim te ver — respondeu e eu sorri, sentia tanta falta dela. — Tenho vários planos para hoje.

— Vamos ter que adiá-los, Katy — digo e nem espero que ela exija explicações. — Hoje temos planos muito maiores. Vamos descobrir o que Shawn Mendes anda me escondendo.

— Isso! — comemorou. — Me manda o endereço da casa dele pra eu poder ir de táxi.

— Tudo bem. Até daqui a pouco — digo desligando a chamada.

O que me fez acreditar que eu realmente iria descobrir alguma coisa foi o fato de George ter me mandado uma mensagem dizendo que eu iria ter que estender minha estadia em L.A até domingo, pois o ensaio foi remarcado. Shawn estava estranho sobre alguma coisa faz um tempo. Por algum motivo, ele não queria que eu descobrisse, mas ele é péssimo em esconder segredos. Eu o conheço bem o suficiente para saber que ele faria de tudo para lutar pela sua folga, ainda mais pela minha presença, Shawn nunca a entregaria de bandeja algo que ele poderia resolver no dia seguinte.

Por isso que nossa primeira parada seria o estúdio, depois do almoço, é claro.

Katherine chegou assim que eu terminei de me arrumar. Eu autorizei sua entrada no apartamento e me surpreendi ao não ver mais nenhum resquício de festa — ou de pessoas — pela sala, admirando quem conseguiu arrumar aquela bagunça em tão pouco tempo. Minha amiga subiu e, assim que eu abri a porta, jogou suas malas em qualquer canto para poder me abraçar.

— Você está enorme — diz emocionada, fazendo-me rir. — Então, o que iremos fazer primeiro?

— Vamos passar em um fast food — digo pegando as chaves do carro de Andrew, sabendo que ele não estava na cidade. — Depois, vamos para o estúdio para eu provar que estou certa.

— Ah, eu acredito que você esteja certa — diz ao me seguir para fora de casa. — Você sempre confia cegamente em Shawn, deve ter algum motivo para isso.

— Eu ainda confio nele — digo entrando no elevador. — Mas algo está estranho e eu só quero saber o que é.

A viagem até o estúdio com a pausa para comer foi nostálgica e eu quase esqueci o motivo de estarmos fazendo isso, mas foi momentâneo. Paramos em frente ao estúdio onde Shawn costuma se reunir com sua equipe e não demorou para que achássemos um lugar para estacionar o carro, seguindo até a recepção.

— Boa tarde — cumprimentei a moça e ela me olhou sorrindo. — Shawn Mendes passou por aqui hoje? — perguntei ao me apoiar no balcão e ela me olhou com o cenho franzido.

— Eu não sei se posso dar essa informação... — respondeu desconfiada e eu suspirei.

— É que eu sou a namorada dele e cheguei hoje de viagem, queria fazer uma surpresa — digo melancólica.

— Ah, claro. Eu sei quem você é — diz e eu sorrio. — Eu não o vi por aqui hoje.

— Você está aqui desde que horas? — Katherine perguntou e eu troquei olhares com ela.

— Desde nove da manhã — respondeu e eu agradeci, desejando-a um bom dia e voltando para o estacionamento sendo seguida pela minha amiga.

— Eu disse! — falei assim que me sentei no banco do carro, sentindo minha respiração descompensada. Por que ele mentiria?

— Como você vai descobrir onde ele está agora? — Katy perguntou.

Abanei a cabeça.

— Eu posso tentar ligar para algum dos meninos — argumentei e ela negou.

— Eles vão dar cobertura pro Shawn — disse e eu concordei, são amigos dele acima de tudo. — Não tenha um que seja mais lesado e que vaze a informação sem querer? O Geoff é bem lesado, mas não desse jeito. A primeira coisa que ele faria é ligar pro Shawn.

Arrasto a unha nervosamente no material do volante.

— O Josiah!

— Liga pra ele! — apressou e eu peguei o celular às pressas.

Ele atendeu no terceiro toque.

— Ei, Josiah — cumprimentei.

Oi, Ellie — cumprimentou de volta.

— O Shawn me ligou e disse que nós iríamos almoçar em um restaurante perto daqui, mas o celular dele descarregou antes que ele pudesse me passar o endereço. Você sabe qual é? — perguntei mordendo o lábio, batucando os dedos no volante.

Hum... — Pareceu pensar. — Tem o La Grande Orange Cafe que ele está indo com frequência, mas não fica nada perto de...

— Obrigada, tchau! — desliguei e me virei para Katherine. — La Grande Orange Cafe, vai! Procura o endereço!

Katherine se atrapalhou um pouco antes de me dar a localização completa para que eu metesse o pé no acelerador e tentasse descobrir alguma coisa. Demoraram uns quarenta minutos de ordens da Katherine me mandando desacelerar antes que eu nos matasse para que chegássemos à frente do restaurante. Tinha tanta adrenalina no meu corpo que eu comecei a tremer. Poderia esmagar a cabeça enorme de Shawn agora mesmo.

— Vamos entrar — digo me preparando para sair do carro, mas Katy me impediu.

— E se ele te ver? — perguntou insegura.

— Ele não vai me ver — assegurei. — Não sabemos nem se ele está lá.

Mas ele estava. Assim que entramos no restaurante, nos esgueiremos pelas mesas até ficar em uma que dava um acesso visual de todo o restaurante. Com o cardápio cobrindo parte do meu rosto, pude vê-lo na mesa do canto oposto ao meu, mexendo em seu celular distraidamente.

— Por que ele mentiria? — perguntei ao me virar para Katherine. — Será que aqui vende cachorro frito ou alguma coisa assim?

Não conseguiria namorar alguém que come cachorro frito.

— Acho que foi por isso... — Katherine apontou para a mesa dele e quando eu volto a olhar, pude ver uma garota que tinha acabado de sair do banheiro, sentando a sua frente. E ela é ruiva!

— Uma ruiva?! — pergunto tentando não surtar. — O que está acontecendo?!

Observamos suas posturas por um tempo. Shawn não estava me traindo, não é? Claro que não, ele não faria isso. Iriamos completar bodas de papel reciclável, ele definitivamente não faria isso. Nada que eles faziam parecia ser suspeito, mas eu já não conseguia mais raciocinar direito. E óbvio que Shawn não faria nada suspeito em meio público, ele não é estúpido a esse nível.

— Acho que deveríamos ir embora — Katherine opinou e eu neguei.

— Não posso ir embora — digo. — Não agora.

Eu me sentia patética por fazer isso, mas não é como se eu conseguisse mais evitar. Quando eles terminaram de comer, Shawn pagou a conta e encaminhou a garota para fora do estabelecimento, indo até seu carro com ela.

— Vamos — digo para Katherine e ela suspira, seguindo-me até o carro em que estávamos.

Por sorte, conseguimos segui-los sem ser despistadas ou suspeitas, pelo menos, na minha concepção e na de Katherine, que se manteve calada durante todo o percurso. O Jeep parou em frente a um prédio desconhecido e eu parei um pouco antes, assistindo-o entrar pela garagem, fazendo-me perde-lo de vista por completo.

— Não vamos ficar aqui até ele sair, não é? — Katy perguntou e eu neguei, já dando a volta na rua.

— Que tal voltarmos para pegar nossas coisas e dividirmos uma pousada?

Minha amiga sorriu triste.

— Colegas de quarto, na alegria e na tristeza.

— E na tristeza — repeti baixinho, voltando a me concentrar na estrada. 

And we stumbled in the dark


Notas Finais


COMENTEM
só mais dois capitulos pro fim adeus


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