1. Spirit Fanfics >
  2. They come unstuck, but... >
  3. Ninguém gosta de cuidar de doentes mas alguém tem que cuidar

História They come unstuck, but... - Ninguém gosta de cuidar de doentes mas alguém tem que cuidar


Escrita por: Nyahfthes

Notas do Autor


Oi :3 queria agradecer a todos acompanhando a história, muito obrigada, sério 💖
Eu já tava com esse capítulo pronto mas acabei não postando logo porque comecei a ter umas ideias para histórias e aí me perdi nisso. Desculpem kk
Muito obrigado a todos o favs e comentários 💖

Capítulo 5 - Ninguém gosta de cuidar de doentes mas alguém tem que cuidar


Fanfic / Fanfiction They come unstuck, but... - Ninguém gosta de cuidar de doentes mas alguém tem que cuidar

Era a manhã seguinte já, o ar estava úmido com o vapor quentinho vindo da chaleira no fogão. Kagura estava tão vermelha quanto seus cabelos, sob seu edredon ela tremia e, com a voz fraca, fazia pequenos comentários que eram como agulhadas nas costas de Gintoki. Este que arrumava-se para o trabalho, apressado pois ainda tinha a difícil missão de encontrar qualquer pessoa na rua que tenha capacidade de cuidar daquela pequena ruiva e que aparente ter o mínimo de confiança para tal trabalho.

— Gin-chan... Não me deixa sozinha.

— Eu vou arranjar alguém pra ficar cuidando de você, sozinha você não fica, ok? Só não precisa ser eu... - ele murmurou a última parte.

— O tempo que você sair até encontrar essa pessoa... Eu vou ficar sozinha.

— Olha só, quem diria que seu raciocínio só funciona quando você tá com 40 graus de febre? - comentou Gintoki sentindo pesar a noite mal dormida cuidando daquela pequena pupa rosa sobre o futon.

— Eh... Então é DESSE jeito que você trata alguém com 40 graus de febre, uh? - no mesmo instante Gintoki se vira e encara a garota que também o fuzila com o olhar, olheiras vs olhos vermelhos e lacrimejantes.

Colocando a mão sobre seu rosto, Gintoki suspira e anda até a chaleira, derramando o líquido em uma porcelana. No minuto seguinte, ele se apoia ao lado do futon e oferecendo o chá a Kagura, ele lhe fala não conseguindo esconder o cansaço.

— Eu vou achar alguém pra cuidar de você. Só, por favor, não morra, ok?

Notando as bolsas embaixo dos olhos castanho-avermelhados, a pequena aperta os lábios. Se impulsionando com os cotovelos, ela levanta o busto e pega a caneca com um fio de vapor subindo, sem muitas forças, antes de a borda da caneca chegar aos seus lábios ressecados, ela solta um "Ok", que como um click fez Gintoki desvencilhar-se dela e sair do apartamento.

Do lado de fora, logo ao descer das escadas ele seguiu para o lugar aonde sabia que tinha alguém devendo-lhe favor.

— Eu também trabalho, caramba! - gritou Hijikata enquanto separava sua pasta.

— A cada minuto que passa, cerca de 30 mulheres morrem dentro de alguma estatística... Você quer que a Kagura se inclua nisso, eh? - tentou persuadir o prateado, pensando realmente que a ruivinha poderia virar um número em estatística.

— Se você tá tão preocupado assim, fica você lá cuidando dela. Liga pra escola e avisa que vai faltar, sei que vão entender. - sugeriu o homem maionese, colocando um vidro amarelo suspeito no bolso interno de sua jaqueta.

— Bom... Er... É que... Eu não quero cuidar dela. - confessou Gintoki com uma mão na cabeça e olhando para a televisão ligada.

Passado a fração de segundo que a cabeça do Hijikata explodiu, ele pegou seu material e partindo em direção a porta, proferiu: — Problema seu.

Gintoki entrou em seu caminho e puxando-o pelo colarinho, justificou-se: — Hijikata-kun, me entenda! Aquela fábrica de meleca vira uma multi-nacional de meleca quando fica doente! Não me deixe perto daquilo!

— A única fábrica de meleca aqui é você! Me solta! - gritou Toushi irritado com a proximidade de Gintoki.

Enquanto os dois entravam em uma lutinha, Sougo saiu do quarto já arrumado para ir para escola quando toda a sua motivação de existir esvaiu-se do seu ser. Gintoki e Hijikata bloqueavam a porta e, somente quando ele já havia parado de tentar entender e estava prestes a jogar uma faca neles é que os dois se entreolharam e começaram a sussurrar-lhe docemente.

— Sougo-kun, vem cá um instante, por favor.

Ele já havia ouvido mais que o suficiente de dentro do seu quarto, mesmo assim os fez prometer várias coisas como pagamento, incluindo uma nova katana que toca mp3 com todas suas músicas preferidas, até de noite.

Sougo já estava em frente a porta simples de correr da casa de Gintoki, foi quando de repente sentiu suas pernas travarem e uma estranha inquietação tomar seu estômago. "Uh, gases." Pensou o garoto enquanto puxava a porta de correr e entrava deixando seus sapatos na entrada. Ao passar pelo espelho, deu uma rápida olhada, ele havia trocado de roupa para vir... ele não iria para aula mas não levaria falta, entretanto não seria bom ser pego andando de uniforme por aí. Usava um casaco preto pesado que pendurou próximo ao espelho, junto ao cachecol vermelho que usava, ficando com uma camisa longa listrada, um gorro preto e calças escuras.

Entrou na sala estudando bem o local, fazia algum tempo que o visitara, normalmente quem tomava o papel de visita era Gintoki. Passou os olhos pelo local procurando aonde estaria a menina, pensou que seria um pouco divertido infernizá-la enquanto ela não pode revidar. Então com um curto sorriso no rosto ele coloca os dedos sobre a porta de correr que dava para o quarto de Gintoki, que estava mal fechada inclusive.

Um cheiro agridoce de chá vinha do cômodo, tanto que a primeira coisa que viu foi uma pequena caneca ao lado de uma criatura submersa na escuridão do quarto. Deixando uma fresta de luz entrar consigo, Sougo abaixou-se ao lado da caneca e ao tocá-la notou que a criatura sob o edredon estava sonolenta, mas acordada. Sentiu-se congelar ao ver pequenos lagos azuis virarem em sua direção, ela o notou mas não conseguiu o indentificar, lia-se isso no pequeno franzir de suas sobrancelhas.

Ao ver de novo o brilho dos olhos castanho-avermelhados que lhe eram tão familiares, Kagura somente sorriu ao fechar os olhos e entregar-se ao sono, sabendo que não estava mais sozinha.

Levantando a caneca do chão e preparando-se para sair, Sougo não deixou de notar o quão corada a pequena estava, e em como o suor em sua pele deixava seus cabelos acobreados presos em pequenos redemoinhos.... ele só conseguiu imaginar a agonia de sentir aquilo. Com isso em mente, puxou as mexas de cabelo ruivo para longe da pele rosada da menina que dormia.

Levando a caneca, saiu do quarto, usando a mesma mão com a que afastou os cabelos de Kagura, para cobrir um bocejo que soltava... conseguindo sentir então a fragância adocicada dos cabelos da pequena. Guardando a caneca, ele sentou-se no sofá e refletiu um pouco no que faria quando a pequena acordasse, conluindo que iria dar um dos remédios que trouxe de casa, que por acaso tinha como um dos efeitos como sonolência.

~ Kagura

"Meu corpo estava anestesiado e sentia água de chuva correndo sobre mim. Eu estava de volta em casa. A porta de entrada estava aberta atrás de mim e uma densa escuridão se via de fora, algo sombrio estava a espreita por lá. Eu sabia que devia esperar lá dentro, mas não conseguia, mesmo sob chuva eu me sentia melhor..."

Acordei graças a me sufocar com catarro. Eu chorava enquanto dormia, e ao acordar senti escorrer lágrimas sobre meu rosto. Me limpei e procurei por lenços, então assoei o nariz em um forte estrondo, que fez alguém entrar no quarto. Foi tão rápido que talvez ele pensou que eu estivesse, sei lá, morrendo. Na verdade quase morri ao ver o Sougo entrando afobado no quarto. Por um breve momento, ambos nos assustamos ao ver o outro, mas me desliguei ao precisar escarrar.

Um som grave e crepitante ruíu do meu peito enquanto eu tossia no lenço, eu comecei a tossir por um tempo longo demais e já pedia o fôlego, foi quando senti uma mão afagando minhas costas e a voz de Sougo ao meu lado, me acalmando. Aos poucos me acalmei e consegui voltar a respirar, mesmo que usando mais a boca que as narinas, foi quando me soltando mas continuando ao meu lado, Sougo comentou:

— Eu pensei que você tivesse resfriada e não com tuberculose. - ele parecia bem incomodado, mas não era ele que estava com a garganta em carne viva agora.

— E eu pensei que quem tava aqui era o Gin-chan... - retruquei com a voz fraca e olhando de soslaio para os lencinhos que eu havia usando.

— Eh, um dia tá me chamando de "chan" e no outro já confundi com um "osan"? - comentou ele um pouco bravo.

— Ah cala boca, você que veio aqui pra cuidar de mim então faça isso e me cure de vez. - falei já perdendo as forças e me deitando novamente.

— Quê? Levanta daí. - ele me empurrou do futon, me fazendo rolar sobre meus lenços com catarro. — Você devia ta me agradecendo de joelhos por eu estar aqui contigo.

Levantei meu busto com as mãos e o encarei, com raiva. Ele também parecia irritado, mas eu estava muito mais. Estava com dor no corpo, melecada de catarro, com a garganta dolorida, com o nariz entupido e com os olhos ardendo. Eu só queria socá-lo e o jogar pela janela... mas não podia, estava cansada. A única coisa que eu podia fazer era passar minha doença para ele... Ao pensar nisso, involuntariamente me veio um sorriso no meu rosto, que foi notado com desconfiança.

— Ah, desculpe Sou-chan. Você tem razão... você é tão legal de vir aqui cuidar dessa miserável tuberculosa. Ah, vem cá! - falei abrindo os braços e indo para cima dele.

De súbito ele levantou mas usei minhas pernas para me dar impulso e o agarrei pela cintura, o que o fez levantar as mãos e com uma delas cobrir o rosto.

— Me solta! Eu sei que você me quer mas eu não saio com pirralhas, sabe? - falou ele enquanto tentava me dar chutes.

Sua fala foi o suficiente para me tirar do sério: — Cala a boca, idiota! Fica doente ou morra, é só assim que eu te perdoo!

— Não precisa levar tão a sério o que eu disse, China. - ele brincou conseguindo se desvencilhar ao acertar uma joelhada na minha barriga, o que me fez perder ar.

Depois de me recuperar eu já estava sozinha no quarto a alguns minutos, eu realmente queria ir atrás dele e passar minha doença para ele. Entretanto eu estava mesmo doente. Voltei para o futon e tirei minha camisa de mangas compridas que estava suja, ficando só com uma blusa branca de alças e a calça do moleton. Me enrolando nas cobertas respirei fundo enquanto mantinha um lenço sob o nariz.

Demorou um tempo até o Sougo voltar ao quarto, usando uma máscara daquelas cirúrgicas, junto com uma bandeja com duas canecas com vapor subindo e um copo com água e mais uma embalagem do lado. Ele deixou a bandeja sobre a cômoda e saiu, voltando com uma vassoura e uma pá de lixo, me cobri quando ele passou para perto de mim e o escutei varrer os lenços e os despejar no lixo. Passado isso o senti cutucar no peito com a vassoura.

— Levanta aí. - ele falou em um tom seco e largando a vassoura no canto do quarto.

Me sentei no futon, e o vi sentando ao meu lado, segurando as duas canecas e me oferecendo uma. A peguei e respirei o vapor que ajudou a descongestionar minha respiração, sentindo o calor da caneca passar para as minhas mãos me deixei aliviar, ao levantar o olhar notei que Sougo fazia o mesmo. Então começamos a bebericar o chá.

Após alguns goles, Sougo colocou a caneca no chão e virou sua atenção para mim, que ainda tomava o chá. Ele parecia um pouco impaciente, quase como se quisesse que eu acabasse logo, dado isso comecei a demorar de propósito... isso até sentir ele inclinar a caneca na minha boca, me forçando a terminar. Obviamente o chá mais caiu em mim que entrou na minha boca, o fez eu me empurrar ao sentir o líquido quente contra o meu tronco. E então, ele riu.

— Cala a boca! - gritei enquanto puxava minha blusa para longe da pele e me levantava em direção a cozinha.

As risadas diminuíram gradativamente ao me aproximar da cozinha, aonde sob a pia me inclinava para molhar uma pequena parte da blusa aonde havia caído chá. Eu já estava toda encharcada quando Sougo me alcançou, suprimindo o riso.

— Vai fazer isso no banheiro, vai molhar toda a cozinha! - reprovou ele com uma cara amena.

— Cala a boca! Isso é culpa tua. - berrei irritada enquanto torcia minha blusa.

— Oe, o que pensa que tá fazendo? Eu já te mandei ir pro banheiro. Vai e toma logo banho também. - mandou já com um tom de voz irritado.

— Oe, e eu não te mandei calar a droga da boca, idiota? - falei desligando a torneira e torcendo mais a blusa.

Foi nessa hora, que já bravo, ele me vira para encará-lo mas então ele para e desviando o rosto ele me empurra para fora da cozinha com o mesmo lembrete de ir tomar banho. Fui reclamando, mas somente ao chegar no banheiro que me toquei que a minha blusa era branca, e estava com a frente toda molhada, e o pior, eu estava sem sutiã. Bati minha testa na parede enqanto sentia meu rosto esquentar e meu ódio aumentar. Me afundei na banheira, rezando para que eu morresse ou algo do tipo. Entretanto não aconteceu pois escutei batidas na porta e uma voz do outro lado, perguntando se eu tinha morrido.

Me sequei e me enrolei bem nas toalhas para poder sair do banheiro, então corri pro meu quarto e me tranquei. Me vesti, dessa vez colocando um top preto sob uma camisa cinza de mangas compridas e capuz e uma calça preta com bolinhas brancas. Sequei meus cabelos e os prendi em uma trança lateral, finalizando com uma lindíssima meia de dinossauros, presente do Gin-chan. Saindo do meu quarto, dei com Sougo sentado no sofá, que ao me ver sorriu de soslaio e soltou.

— Você tá querendo mesmo me seduzir, não é? - a sua voz era odiosa.

Eu apertei os lábios, os punhos, os olhos e mesmo assim a vontade de socar ele não passava. Daí nem percebi quando já estava em cima dele amassando um murro bem no meio da cabeça. Eu só senti meu rosto ardendo e sua cabeça cedendo com o toque do meu punho. Quando ele levantou a cabeça eu ainda estava parada na sua frente e com o punho que o acertou ainda levantado. Mas ao invés de revidar ele só passou a mão na cabeça e desviou o olhar, me indicando desistência.

Com isso eu me sentei no mesmo sofá, mas afastada. A televisão estava ligada e passava um comercial muito aleatório sobre uma coisa chamada justway. Eu ainda sentia o meu rosto queimar e tentei colocar a mão sobre ele mas a voz do Sougo me interrompeu.

— O que foi, China? - o seu tom estava um pouco sério, embora sua face estivesse em branco.

— Eu... não sei. Acho que tô com febre de novo, talvez. - falei fechando os olhos e entre suspiros.

Foi então que senti uma pressão ao meu lado e uma mão repousando sobre a minha nuca, quando abri os olhos o Sougo estava com a testa colada a minha, e me olhando profundamente nos olhos.


Notas Finais


Então, espero que tenham gostado :3
O próximo capítulo talvez demore um pouco, escrevi pouco dele ainda, mas não pretendo deixar por um longo tempo sem atualizar de novo, não mais kkk ._.
Até ^^/


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...