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História Things i Can't ( Larry Stylinson) - A Change Began....


Escrita por: crushforstyles

Capítulo 2 - A Change Began....


Fanfic / Fanfiction Things i Can't ( Larry Stylinson) - A Change Began....

** HARRY**

 

A prancha deslizava nas altas ondas, e aquela sensação de liberdade não abandonava seu corpo. Era uma bela maneira de começar o dia. Depois de algum tempo surfando, Harry sentou ali em sua prancha e ficou admirando o nascer do sol. Os raios solares se refletindo na imensidão azul do mar. Um espetáculo da natureza.

Harry desejou que tudo pudesse ser lindo e fácil e assim em sua vida...mas a realidade estava muito distante disso!

Algum tempo depois, estava novamente em sua missão mais importante de todos os dias, cuidar de Colin, enquanto Gemma terminava seu turno de operadora de caixa no Ocean Market.

Harry realmente não se importava de passar tempo com o sobrinho, mas não aprovava a atitude da irmã, que na maior parte do tempo, parecia esquecer que tinha um filho e que o menino precisava de atenção.

Nesse momento, ele observava aquela criança desenhando em uma das mesas e quase podia se lembrar dele mesmo, na mesma idade. Harry costumava ficar desenhando ali, enquanto esperava a mãe sair do trabalho. O mesmo trabalho que Gemma exercia agora. Talvez a única diferença é que Anne realmente amava e protegia Harry. E para cumprir uma promessa feita a ela, em seu leito de morte, é que ele ainda estava ali, cuidando da família e sufocando seu sonho, seu talento natural para a arte.

- Quando desenhou esse? – Colin apontou um desenho realmente antigo naquela velha mesa e Harry pareceu se perder em lembranças.

- Já faz muito tempo...minha mãe trabalhava aqui...assim como a sua.- ele olhou o menino – e algumas vezes, eu ficava aqui esperando por ela. E sempre ficava desenhando... deixa eu te mostrar como fazer.

Colin observou enquanto o tio tirava uma caneta colorida do bolso e começou a desenhar na mesa. Desenhos simples como círculos e corações. E ia explicando e mostrando ao menino como colorir.

- Eu apenas comecei... agora você termina e pode completar da maneira que quiser. – Harry estendeu a caneta pra ele e tirou mais algumas do bolso. Ele sempre tinha varias com ele – vamos ver o que pode fazer, campeão.

- Quem esperava com você?- Colin perguntou de repente.

- Quando? – Harry estranhou a pergunta.

- quando você fazia isso...quando esperava a vovó sair do trabalho. Quem esperava com você?

- Não havia ninguém. – disse triste.

- E seu pai?

- Ele era muito ocupado e também trabalhava...

- Mas ele é seu pai! – o menino não entendia.

- Sim, ele é. Mas adultos são...complicados!

- Você é meu pai... – o menino disse sorrindo e Harry o encarou, mais uma vez, surpreso.

- Não Colin, sou seu tio. – Harry o corrigiu – sua mãe é minha irmã e isso faz de mim seu tio. Matt é seu pai.

- De jeito nenhum! – o menino retrucou – você é meu pai...você...você é meu pai....

Harry sentiu um aperto no peito. Ele amava o sobrinho como se de fato ele fosse seu filho. E na pratica, realmente era. Mas em momentos assim, ele queria esbofetear a irmã por ser tão irresponsável, tão descontrolada emocionalmente ,que não percebia o mal que estava causando a seu próprio filho. Toda vez que Harry pensava em chutar o pau da barraca e sumir daquela cidade, sem nunca mais olhar pra trás, bastava pensar em Colin e ele sempre ficava. Não teria coragem de largar o menino sozinho e aos cuidados da louca da irmã.

Teve ainda mais certeza disso quando, naquela noite, Gemma o escalou como babá de Colin mais uma vez, porque ela tinha uma festa para ir com alguns amigos. Harry bufou, mas não conseguiu dizer não.

Quando Colin já havia dormido, Harry pegou seu velho caderno de desenhos e tentou matar o tempo, já que estava sem sono. Mas tinha algo o incomodando. Olhou o celular sobre a mesa de cabeceira e resolveu ligar para Ally.

Allison era sua melhor amiga e namorada desde que podia se lembrar. Os dois viviam entre tapas e beijos. Não passavam muito tempo como namorados de fato, mas parecia que Harry não conseguia ficar longe dela por muito tempo. Ele admitia que a garota era  uma das poucas coisas que ele amava naquela cidade. Sim , ele amava Allison. Talvez fosse comodismo. Talvez porque ela conseguia arrancar gargalhadas dele, mesmo quando tudo o que ele queria era gritar de desespero. Talvez porque ela tinha muita paciência com seus humores, suas manias e sua necessidade de ficar sozinho, ás vezes. Ele sabia que sempre poderia voltar para o refugio dos braços dela.

Pegou o celular e discou. Sorriu ao ouvir a voz doce do outro lado.

- Ei macaquinha! – ele disse tentando parecer animado.

- Ei Hazz. – ela parecia estar em uma festa –o que anda fazendo?

- Adivinha...

- Gemma saiu e você está de babá novamente! – ela disse irônica e Harry quase podia vê-la revirando os olhos – será que eu poderia te ligar daqui a pouco.

- Onde você está?

- Em uma festa...a ligação está bem ruim...está me ouvindo?

- Estou aqui.

- Não consigo ouvir nada...estou te perdendo...

- Tenho pensado em nós e queria... – a linha ficou muda.

Harry jogou o telefone longe e olhou o sobrinho dormindo na cama ao lado. Não podia evitar o pensamento de que estava perdendo sua juventude, desperdiçando sua vida para ser pai de uma criança que nem era sua. Mas amava tanto esse garotinho! Retirou os tênis velho e furado que ele tinha nos pés, beijou sua testa e o cobriu direito. Se ele partisse, quem cuidaria de Colin? Porque Gemma não tem a menor condição de fazer isso.

Deitou-se perto do sobrinho e fechou os olhos. Foi vencido pelo sono. Acordou assustado, algumas horas depois, com Gemma chegando bêbada e se agarrando com o imprestável do Ashton. Os dois riam alto e derrubaram coisas na cozinha.

- Mas que merda é essa? – ele disse furioso.

- Lá vem bronca! – Gemma disse debochada e Ashton riu.

- Mas que porra, Gems! – ele esbravejou – acabei de colocar Colin para dormir. Se importa de parar com a putaria?

- Colin não vai acordar Hazz. – a garota retrucou – sabe que ele tem sono pesado.

- Mas eu também moro aqui e eu preciso dormir! – disse azedo.

O casal se entreolhou e caiu na risada. E riram alto. Harry estava frustrado e sabia que não adiantaria discutir com bêbados. Então virou as costas e se fechou em seu quarto.

 

 

**LOUIS**

 

Os primeiros raios solares se infiltravam pela janela aberta do quarto de Louis, quando ele abriu os olhos e se espreguiçou. Parecia que seria um lindo dia, mas ele estava realmente com muita preguiça para sair da cama. Queria se afundar em depressão e chorar a falta que Liam fazia em sua vida. Mas havia jurado pra si mesmo que jamais voltaria a derramar uma única lágrima por causa daquele idiota. E tinha um livro pra escrever. Não pretendia de jeito nenhum escrever um dramalhão mexicano. Mas precisava de inspiração e não encontrava  nenhuma.

Forçou seu corpo a sair da cama. Tomou uma ducha para acordar realmente e desceu as escadas em direção a cozinha, quando seu estomago roncou de fome. Ouviu barulho de um motor de carro e estranhou aquilo. Niall devia estar em Santa Barbara e ninguém mais sabia que ele estava na casa. Para todos os efeitos, a casa deveria estar vazia.

Sua curiosidade aumentou ainda mais, quando viu um garoto alto e encaracolado saindo do carro e andando em direção aos fundos da casa. Era o local onde ficavam guardadas suas pranchas e outras coisas. Estranhou aquilo e resolveu espiar. O rapaz parecia saber exatamente o que procurava e entrou ali com uma chave própria, como se morasse na casa.

Quando Louis chegou a uma decisão se ia ver quem era o estranho abusado ou se chamava a policia, encontrou o rapaz alisando uma das pranchas, com o olhar perdido no mar. Estava tão distraído que nem percebeu a aproximação de Louis.

- Achei que tivesse forçado a entrada a essa hora – ele disse e viu Harry o olhar assustado – mas me parece muito a vontade em minha casa!

- Então mude o código de entrada, cara! – Harry sorriu.

Quando foi que esse garoto ficou tão lindo? Louis precisou de um tempo para se controlar e não tocar aquelas adoráveis covinhas...

- Vai tentar a garagem da próxima vez? – Louis sorriu de volta.

- Acho que minha invasão vai parar por aqui. – o encaracolado entrou na brincadeira – o pessoal do Pacific Blue não me deixaria, de qualquer jeito e não quero problemas com seu pai.

- Pare com isso! –Louis riu.

- Desculpa a invasão, mas deixei minha prancha aqui e Niall disse que eu poderia vir quando quisesse.

- Não tem problema Hazz. Como vai cara? – Louis estendeu a mão para cumprimenta-lo – não te vejo desde que se formaram. O que tem feito da vida?

- Nada de realmente especial. Apenas trabalhando. – ele disse sem jeito – e você?

- vou ficar algumas semanas. A casa está vazia. Quero aproveitar e descansar um pouco.

- Achei que odiasse esse lugar. – Harry disse brincalhão.

- digamos que eu sinta falta do oceano...

- Cara, você mora em Los Angeles. Como pode sentir falta do oceano?

- Verdade. – Louis sorriu sem jeito – mas não surfo lá.

- Você quer?

Oh sim! Louis queria. Mas o que ele queria naquele momento, Harry não podia nem suspeitar. Porque o que Louis desejava naquele momento era enroscar os dedos naqueles longos cabelos cacheados, puxar o garoto pela nuca e beijar aqueles lábios vermelhinhos.  Era covardia que esse menino fosse tão lindo. Foco Louis, pelo amor de Deus!!

- Louis? – Harry o olhava confuso – gostaria de ir surfar?

- Deve ter alguma coisa que ainda posso te ensinar? – ele sorriu. – pronto para aprender, borboleta?

Louis o chamava assim como provocação, por ele ter enchido a cara uma noite e aparecido na manhã seguinte com uma enorme borboleta tatuada na barriga. Sem saber como isso tinha acontecido ou qual o significado de tal desenho. E Louis havia ensinado quase tudo sobre surfe que Harry e Niall sabiam , quando eram adolescentes. Apesar de ser uns seis anos mais velho que  Harry, os dois sempre se deram bem.

- Talvez o mestre subestime o aluno. – Harry provocou. – vamos ver o que ainda pode ensinar, garoto da cidade.

Em pouco tempo, os dois estavam rindo juntos e compartilhando a mesma paixão pelo mar. Ambos precisavam da sensação de liberdade que isso proporcionava. Louis ainda levava jeito pra coisa, apesar de não ter esse tipo de contato com o mar há algum tempo.

- Ei, onde está morando agora? – Louis perguntou depois de algum tempo, quando a maré começou a subir e estavam sentados na areia, vendo o mar.

- Moro com a Gemma em San Jose...pelo menos por enquanto. Estou economizando para ter meu cantinho. Mas é perto do meu pai e tenho que trabalhar, essas coisas... – Harry não desviava os olhos do mar.

- Sabe que pode vir aqui sempre que quiser, certo? – Louis disse.

- Como nos velhos tempos. Certo?

- Algo assim...mas sem o Niall.

- Não se veem muito, não é? – o encaracolado disse incerto.

- Não. Niall veio pra cá há algum tempo com alguns amigos. E ele só quer saber de bagunça.

- Pode crer.

- E como Gemma está?

- Na mesma, eu acho. – Harry cutucava a areia, distraído – talvez esteja piorando, não sei...tento ajudar como posso, mas em alguns momentos, simplesmente não sei o que fazer.

- Me parece estranho imaginar sua irmã sendo mãe.

Harry tinha o olhar fixo no oceano novamente. Como se fosse difícil tocar naquele assunto. Louis se xingou mentalmente por fazer tal comentário.

- Colin deve ter crescido bastante... – ele disse e viu Harry sorrir.

- Está enorme. Já está com 5 anos! – Harry encarou Louis e o menor perdeu o folego com o brilho daqueles olhos – é uma loucura cara. O tempo voa muito rápido.

- Acredite, pode ir ainda mais rápido...

 

Pouco tempo depois, estavam guardando as pranchas no carro de Harry quando ele sentiu braços em sua cintura. Allison. Ele sorriu e se virou nos braços dela, recebendo um selinho demorado nos lábios.

- Oi macaquinha! – disse carinhoso – o que está fazendo aqui?

- Tomando umas cervejas com a galera. – ela sorriu. – quer se juntar a nós?

- pode me dar um minuto? – ele pediu – logo me junto a você.

- Tudo bem...eu vou te esperar no bar, ok?

Assim que Louis parou ao seu lado, o convidou para se juntar a eles para tomarem uma cerveja. Louis acabou concordando.

Depois de varias cervejas, Harry estava com Allison em seus braços enquanto observavam Louis correr pela areia enquanto brincava com um cachorro de alguém. Mais parecia uma criança. Harry se pegou rindo disso.

- Quem é esse cara? – Allison quis saber.

-É o Louis! Não se lembra dele?

- O irmão do Niall? Parece diferente.

- Ele não vem muito aqui. Mora em Los Angeles...

- Foi bom te ver Harry. Estamos nos afastando ultimamente.

- Eu sei. – ele acariciou o rosto dela – me desculpe por isso.

 Allison não disse nada, mas pendurou-se no pescoço dele e o beijou com paixão. Harry correspondeu ao beijo, mas sentiu-se estranho ao fazer isso. Não notou o olhar de Louis sobre eles e jamais notaria que o menor parecia incomodado com aquela proximidade dos dois e com aquele beijo.

- Vamos jogar ou vão ficar ai de safadeza? – ele questionou.

- Bela jogada. – Harry segurou o frisbee que veio em sua direção.

- Largue a garota. – Louis riu.

- Oi, sou Allison.

- Eu me lembro de você. Tinha um cabelo horrível aos 13 anos!

- Louis! – Harry o repreendeu.

- O que? O cabelo era mesmo horrível, mas eu me lembro dela porque vomitou na varanda dos meus pais.

Harry bateu na própria testa inconformado. Allison tapou o rosto corada e Louis gargalhou da expressão dos dois.

- Então ainda aguenta as besteiras de Harry?

- Nós dois ficamos presos nessa cidade.- ela disse amarga.

A noite caiu e a galera se reuniu em torno de uma fogueira improvisada na areia. Já haviam tomado muitas cervejas e as conversas tomaram rumos esquisitos depois de um tempo.

- Seu nome é Louis, certo? Irmão do Niall. – um dos garotos disse, chamando a atenção de todos – contam por ai que havia ido para Hollywood, fazer filmes ou algo do tipo.

- algo do tipo... – disse vagamente.

- E você Harry? Se entendeu com a Ally?

O garoto ficou sem jeito e não soube o que dizer. Ele nunca sabia definir qual era o tipo de relação que mantinha com Allison.

- Cara, olha pra ela. Ally é muito gostosa! – o menino insistia – você não fica com ela, mas também não libera a garota. Por acaso você é bicha? Se importaria se eu tentasse?

Louis levantou-se e se afastou. Imediatamente Harry o seguiu.

- Parece que teremos nevoeiro. – disse sem o encarar.

- Talvez... – Harry respondeu.

- Acho que seu amigo está de olho na sua garota.

- Ele está apenas bêbado.

- mas você e Ally estão juntos há anos. Não lutaria por ela?

- Estamos meio que dando um tempo no momento.

- E o que foi aquele beijo mais cedo? – Louis o encarou.

- Ela é minha melhor amiga e eu a amo. É uma das minhas pessoas favoritas no mundo. Ela e Niall. – Harry disse com um sorriso. – e você? Está saindo com alguém?

- Não...terminei um relacionamento recente e não foi uma coisa bonita, se quer saber. – Louis confessou e Harry viu tanta tristeza naqueles olhos, que quis abraça-lo.

- então foi por isso que veio pra cá?

- não..não... – Louis negou e Harry riu – na verdade, foi exatamente por isso que estou aqui. Morávamos juntos e eu sai da casa...aluguei outro lugar, mas só ai ficar pronto dentro de algumas semanas...e eu precisava me afastar...e escrever outro livro..

- Que bom que decidiu vir pra cá – Harry disse sincero antes de ser interrompido pelo celular tocando – desculpa. Oh droga! É a Gemma...preciso atender.

- vai em frente, cara.

Louis observou o sorriso dele desaparecer, e dar lugar a uma expressão furiosa. Ele esbravejava com a irmã no telefone até que desligou, frustrado.

- Eu preciso ir. Foi bom rever você Louis. – Harry de despediu.

- digo o mesmo. Vamos repetir isso. – Louis sorriu – quero dizer o surfe... e o dia com os amigos...

- Quando quiser. – Harry sorriu e saiu apressado.

Louis ficou um tempo parado no mesmo lugar, observando o cacheado e pensando que talvez tenha encontrado sua inspiração afinal.

 

 

 


Notas Finais


Imenso obrigado para todos que estão lendo essa fic, que favoritaram e deixaram comentáios.
não esqueça que sua opinião é muito importante.
love ALWAYS


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