História Thinking Out Loud - Oneshot Gunê - Gunê, amor e chuva...

Augusto e Benedita estavam há três anos e meio em Campinas, estudando música na UNICAMP. Os dois depois de muitos obstáculos e do término que fez os futuros musicistas ficaram ainda piores, eles agora eram oficialmente namorados. O casal de pianistas moravam num pequeno apartamento dentro da Universidade, era apenas deles, na república que os dois fizeram juntos. Com a convivência de todos os dias, Benê e Guto deram mais um passo na relação deles, depois de alguns meses vivendo só os dois, o desejo um pelo outro se fazia presente nos beijos intensos e carícias. Depois de conversar sobre o assunto, a conversa da pianista com a mãe, a psicóloga e as amigas, a primeira vez do casal aconteceu do jeitinho deles, no tempo certo, com muito respeito e prazer. Benê depois de dormir e acordar com Guto todos os dias, de uma nova rotina junto a ele e três anos e meio em Campinas, estava mais amadurecida, aceitava alguns toques do namorado, os abraços aconchegantes do moreno e passou a ser um pouco mais solta do que era, fazendo Josefina, as amigas, o namorado e até mesmo a psicóloga Renata ficarem ainda mais orgulhosos da evolução da pianista, que mesmo com a Síndrome de Asperger - grau leve de autismo, Benedita a cada dia que passava, convivia melhor com o jeitinho dela e a sociedade. O filho de Simone e José Augusto não poderia estar mais do que feliz, estava ao lado de quem ele gostava e que era importante para o pianista. Tentava o máximo que podia, fazer sempre e todos os dias a filha de Josefina se sentir bem e feliz, a conexão que ambos tinham, cresceu ainda mais quando foram para Campinas e o moreno se apaixonava ainda mais pela five. Mas o gostar e a paixão de Augusto, estava se tornando algo mais, mais forte, mais intenso. Guto sabia o que era mas temia pela reação da namorada, mas o que ele não sabia, era que a five que apesar de ser racional demais e ainda não entender muito sobre sentimentos e de senti-lós com intensidade como os demais, os anos com o pianista na república deles, o passo a mais na relação dos dois, os dias convivendo ali e perto ao moreno, pudesse despertar também em Benedita, um sentimento muito maior por Augusto, que mudaria de uma forma boa e eles, para sempre. 

São Paulo, quinta-feira. | Apartamento de Gunê - República, 07:30am.

A pianista saiu do banheiro vestindo calça jeans, uma blusa azul por debaixo do moletom do melhor amigo de MB, esse que ainda estava dormindo tranquilamente e roncando na cama. Benê se aproximou da mesinha ao lado e pegou os óculos, colocando e se aproximando então do namorado. 

– Guto? - Benê o chamou ao cutuca-ló e se sentou na cama sem resposta. – Guto, nós temos aula. Acorda! - chamou novamente a five o cutucando. 

O moreno resmungou se mexendo na cama. 

– Só mais cinco minutos. - sussurrou o moreno sonolenta.

– Temos aula de composição, às oito e meia, acorda! - disse Benê ao encará-lo. 

– Mas quem foi que escolheu fazer faculdade pela manhã? - Guto perguntou resmungando e abriu os olhos. 

– Nós dois e não reclama Augusto! Até você se arrumar, já deu a hora de irmos, sabia? - disse Benê o encarando. 

– Eu não demoro tanto assim pra me arrumar. - disse o moreno passando a não no rosto. – Bom dia, amor! - sorriu Guto ao olhá-la. 

– Bom dia! - disse Benê ao sorrir para o namorado. – Dormiu bem? - perguntou a five. 

– Dormi e você? - Guto perguntou levando uma das mãos até o rosto dela e acariciando.

– Também dormi. - disse Benê. – Eu peguei um moletom seu, está frio e provavelmente vai chover. - explicou a five. 

– Não tem problema, eu gosto quando usa minhas roupas. - sorriu o moreno. – E é melhor eu ir tomar meu banho, antes que peguemos essa chuva. - riu o pianista ao olha-lá. 

– Mas não demora, temos que tomar café ainda. - disse a five ao olhá-lo e se levantou.

– Sim senhorita. - disse Guto afirmando com a cabeça. – Eu não ganho nenhum beijo? - Guto perguntou ao olha-lá se levantar. 

– Se não for pro banho agora, não vai dar tempo de tomarmos café. - disse Benê ao olhá-lo.

– Só um beijo? - pediu o pianista fazendo bico. 

– Até quando você vai ficar fazendo bico, Guto? - Benê perguntou segurando o riso. 

– Você gosta. - sussurrou Guto ao se aproximar e fica de joelhos na cama. – Um beijo, por favor. - pediu novamente o moreno, puxando a five pela cintura pra perto dele. 

– Um só. - disse Benê num sussurro envolvendo os braços no pescoço dele. 

– Depende, se você quiser mais…- Guto sussurrou e sorriu a olhando. – Você é linda, sabia? E eu adoro você com cabelo curto. - sorriu ainda mais o pianista.

– Você me deixa sem graça assim. - disse Benê ao sorrir tímida. – Gosta mesmo dessa minha versão de cabelo curto, amor? - Benê perguntou sorrindo. 

– Gosto, gosto muito. Gosto mais ainda quando me chama de amor. - Guto sorriu, levando uma das mãos até o cabelo da five e entrelaçando os dedos. – Agora vem cá, me dá um beijo de bom dia. - Guto sussurrou, puxando de leve para perto dele e passou os lábios sobre os dela. 

– Gosto da sua versão de barba. - Benê admitiu, o fazendo sorrir e passar a barba levemente no pescoço dela, a fazendo se arrepiar. – E disso também. - sussurrou a five, levando as duas mãos até o rosto do moreno e o beijando, sendo correspondida.

– O seu beijo é tão bom, amor. - Guto sussurrou entre o beijo, fazendo a five sorrir, enquanto ainda o beijava. 

– O seu também é, muito bom. - Benê sussurrou entre o beijo e sentou no colo do namorado, ao ser puxada com cuidado por ele. – Guto…- sussurrou a five. 

– Ainda temos tempo. - Guto sussurrou parando o beijo com selinhos, sendo todos retribuídos pela filha de Josefina. – Eu sou muito feliz por ter você na minha vida, sabia disso? - disse o pianista ao olha-lá.

– Você é? - Benê perguntou e o moreno afirmou com a cabeça. – Você me faz feliz, Guto. - sorriu a five deitando a cabeça no ombro do rapaz. – Muito feliz. 

– Faço? - Guto perguntou esboçando um sorriso e envolveu os braços na five. 

– Faz e está sendo incrível morar aqui com você. - Benê sussurrou envolvendo os braços na cintura do pianista e o abraçou. 

– Você não sabe o quanto isso me deixa feliz. - disse o pianista ao retribuir o abraço. – Quem diria que já faz três anos e meio que estamos aqui. - sussurrou o filho de Simone. – Nosso penúltimo ano aqui. 

– Três anos de muitos acontecimentos eu diria. - riu a five baixo enquanto o abraçava. – Ano que vem nos formamos juntos em música! - sorriu animada a pianista. – Guto? - Benê o chamou ao olhá-lo. 

– Grandes musicistas! - sorriu Guto ao olhá-la. – Oi amor. - sussurrou o pianista retribuindo o abraço.

– E depois que voltarmos? Você vai voltar pra casa dos seus pais? - Benê perguntou o olhando e abraçando o mesmo. 

– Acho que não vai fazer muito sentido eu voltar e você? Vai voltar pra casa? - Guto perguntou ao olha-lá, retribuindo o abraço da pianista. 

– Provavelmente não, vou tentar procurar um apartamento pra mim. - disse Benê o olhando. 

– Eu não consigo mais ficar sem você, sabe disso não sabe? - disse Guto e a five afirmou com a cabeça. – Podemos conversar com calma sobre o assunto mas o que acha de quando voltarmos pra São Paulo, nós dois procuramos um apartamento juntos? - Guto perguntou a olhando.

– Está me chamando pra morar com você? - Benê perguntou ao encará-lo e o pianista sorriu afirmando com a cabeça.

– Não precisa me dar a resposta agora, sei que pode ser uma mudança grande pra você, por mais que já moremos juntos aqui. - disse Guto a olhando. – Pensa com carinho, tá? - disse o pianista dando um selinho na five. 

– Pensarei, pode deixar. - sorriu a five ao retribuir o selinho e se levantar. – Agora já pro banho, vou preparar alguma coisa para comermos e espero que sua mochila esteja arrumada na sala. - disse Benê ao encará-lo e o pianista riu. 

– Está sim, Benedita. Fica tranquila, tá bem? - disse Guto rindo e se levantando da cama. – Já venho pra tomar café com você. - disse o pianista ao olha-lá.

– Tá bem, Augusto! - disse Benê ao rir e saiu do quarto, sob os olhares do pianista.

– Acho que isso não é mais paixão, Augusto. - sussurrou o pianista ao sorrir e entrou no banheiro logo em seguida.

Logo após o banho, o pianista estava de calça, camiseta preta e com moletom por debaixo, além dos tênis que usava. O pianista saiu do quarto e se direcionou a cozinha e sorriu ao ver a mesa arrumada. 

– Você não demorou tanto, isso é um milagre. - riu a five puxando a cadeira e se sentando. – Fiz tapiocas e vitamina, espero que goste. - sorriu Benê se servindo.

– Tudo o que você faz, é bom. - sorriu Guto ao puxar a cadeira e se sentar ao lado da namorada. – Falou com sua mãe ontem? - Guto perguntou ao se servir.

– Falei sim, ela tá bem e com saudades, como sempre. - riu a five bebendo um pouco da vitamina. – Te mandou um beijo! 

– Outro pra ela então. - sorriu o pianista mordendo um pedaço da tapioca e comendo. – Ela chorou dessa vez? - Guto perguntou segurando o riso. 

– Quase e não rir! A Simone chora toda vez que você vai falar com ela por telefone. - disse a five ao encará-lo e mordeu um pedaço da tapioca. – Mas já estamos acostumados. - riu Benê comendo.

– É que mães sentem mais. - disse Guto enquanto comia a tapioca. – Só temos aula de composição hoje? - perguntou o pianista pegando a vitamina e bebendo um pouco. 

– Não. - disse a five negando com a cabeça. – Tem laboratório de expressão corporal 2 e Música e Tecnologia 2 também. - explicou a five bebendo a vitamina.

– Não gostamos muito da primeira. - riu Guto ao beber mais a vitamina.

– Se tivesse teórico, seria mais fácil. - riu a five junto comendo mais um pedaço da tapioca. – Mas não é tão chato assim, eu até que gosto. - disse Benê bebendo a vitamina. – Mas música e tecnologia 2…

– Você cismou com essa matéria. - Guto riu bebendo a vitamina.

– Tem matérias mais interessantes e essa não é uma delas. - resmungou a five terminando de comer a tapioca. 

– Você resmungando fica ainda mais linda. - sorriu o pianista terminando sua vitamina. – Mas a Ellen deu uma bela ajuda nessa matéria que tem tecnologia e passamos. - disse o filho de José Augusto.

– Salvos pelo Ellen! - riu Benê terminando de tomar a vitamina. – Faz dois dias que ela sumiu no grupo, tem falado com ela amor? - Benê perguntou ao olhá-lo.

– Esqueceu que ela deixa o celular no silencioso quando eu ligo? - disse Guto revirando os olhos. – Filha de uma mãe, ela não atende pra eu não brigar com ela, vê se pode? - disse o pianista terminando de comer a tapioca, sob os risos da namorada. 

– Ela faz isso porque você briga com ela toda vez. - disse Benê se levantando e pegando as louças na mesa e colocando na pia. 

– Brigo mesmo, ninguém manda ela ser teimosa. - disse Guto limpando a mesa. 

– Você é igual. - Benê ri lavando a louça. 

– Isso é uma calúnia, Benedita. - Guto a encarou limpando a mesa. 

– Isso é a verdade, Augusto. - riu a five enquanto lavava a louça. – Não esquece que na hora do almoço, eu vou terminar aquele relatório de música brasileira com a Giulia, tá? - disse Benê colocando a louça pra secar e secando as mãos.

– Vou almoçar sozinho hoje na grama, amor? - Guto perguntou terminando de limpar a mesa. – Não pode deixar pra outro dia? - perguntou o pianista ao se aproximar da five. 

– Você sabe que não, Guto. Mas vou tentar terminar o mais rápido possível, pra dar tempo de comer com você tá? - disse a five ao olhá-lo e riu roubando um selinho dele e indo pra sala. 

– Não sei se fico feliz por morarmos na universidade ou com raiva por ser bem aqui e não podemos nem atrasar um pouco. - resmungou Guto seguindo a namorada até a sala. 

– Você reclama muito. - Benê riu pegando a mochila e colocando nas costas. 

– Mas você gosta de mim ainda sim. - riu o pianista ao pegar a mochila dele e ajeitar nas costas. 

– Tô revendo sobre isso, sabia? - Benê o encarou segurando o riso e estendeu a mão pra ele.

– Benê! - Guto a encarou e riu segurando a mão dela e entrelaçando os dedos dos dois. – Aula? - perguntou o pianista ao olha-lá.

– Aula! - afirmou a five com a cabeça e sorriu, saindo os dois de mãos dadas em seguida.

Horas depois - UNICAMP | Universidade Estadual de Campinas, 11:00am.

O pianista estava sentado na grama do Campus e encostado na árvore que sempre ficava com a five. Com as pernas esticadas, a mochila sobre o colo dele e o notebook em cima da mochila aberto, o moreno lia atentamente a última matéria que foi passada na aula e almoçava fast food. Guto fechou a aba da matéria e abriu outra, um albúm de fotos que tinha dele e Benê, com registros de momentos que eles jamais esqueceria e sorriu ao olhar uma foto dos dois, em frente a árvore de natal de um ano atrás. Ele não tinha mais dúvidas, amava Benedita. Mas dizer para ela, poderia causar uma reação que ele não sabia se estava preparado da pianista. O pianista respirou fundo, mordeu mais um pedaço do seu hambúrguer, digitou rapidamente nas teclas do notebook e se ajeitou, antes de encarar a câmera da tela em sua frente.

Vídeo-chamada on - Ligação, Michel Borovski. | Aguardando…11:15am.

– MB? - chamou o moreno observando a figura masculina passando uma das mãos no rosto e resmugando com o rosto amassado.

– Oi. - disse MB sonolento e resmugando do outro lado da tela. 

– Sabe que horas são pra você tá dormindo aqui? - Guto perguntou ao encará-lo pela tela. 

– Nove horas e alguns minutos. - MB sussurrou se ajeitando ao ter sentado na cama. – O que cê quer maestro? - o loiro perguntou com a voz grogue. 

– MB, já é onze da manhã! - Guto riu o olhando. – Em que mundo você tá? - Guto perguntou enquanto o olhava pela tela do notebook. 

– Mundo não mas em outro país. Eu tô em Boston, o fuso é diferente. - explicou MB sonolento.

– Boston? O que você tá fazendo aí, posso saber? Não deveria tá na faculdade? - Guto perguntou levantando uma das sobrancelhas.

– Cê acha que eu faço faculdade a distância, por que? - MB perguntou o encarando. – Eu tô…- disse o loiro olhando pro lado. – Por que cê me ligou, maestro? - disse MB voltando a olhar a tela do celular. 

– Tem alguém aí com você? - Guto perguntou ao encará-lo. 

– T-tem...AI, NÃO BATE! - MB gritou ao resmungar, sentindo uma mão bater nas costas do loiro que estava sem camisa e voltou a olhar pro melhor amigo. – Num tem não maestro. - disse o loiro. 

– MB, alguém acabou de te bater aí. - riu o loiro ao olhá-lo. – É a K1? Vocês voltaram e foram praí? - Guto perguntou o olhando.

– Não, não voltamos. - disse o loiro se levantando da cama e abaixando a tela do celular. – Calma ae. - disse o loiro se afastando de perto da cama. 

– MB? O que tá havendo? - Guto perguntou estranhando.

– Nada não, Gutchenho. - disse o loiro virando levantando o celular e ajeitando. 

– Você não é de viajar assim e tá estranho demais. Mas ok, aproveita que você tá aí e se encontrar a teimosa da Ellen pelas ruas, pede pra ela me ligar. - disse Guto o olhando pela tela do celular. 

O loiro desviou o olhar pra câmera e segurou o riso afirmando com a cabeça e voltando a olhar o moreno. 

– Aviso sim, pode deixar. - disse o loiro o olhando. – Mas qual é a treta? - MB perguntou.

– Não é treta, só preciso conversar sobre uma coisa. - disse o pianista enquanto o olhava. – Parede amarela bonita essa, gostei. - disse o namorado de Benê observando a parede atrás do loiro. 

O loiro virou o rosto e observou a parede atrás dele e voltou a olhar pro melhor amigo pela tela do celular. 

– É bonita mesmo mas fala aí, o que foi que aconteceu? - MB perguntou o olhando.

– Faz um favor pra mim? - Guto perguntou e o loiro afirmou com a cabeça. – Vai até a varanda e grava a rua pra mim. - disse o pianista e o loiro levantou uma das sobrancelhas.

– Como cê sabe que tem uma varanda aqui? - MB perguntou ao encará-lo.

– Só faz o que tô pedindo. - disse o pianista e o loiro revirou os olhos e afirmou com a cabeça.

O loiro caminhou até a pequena varanda, virou a câmera do celular e mostrou a rua. 

– Como eu imaginei. - disse Guto enquanto observava. – Michel? Volta pro quarto e faz o favor de pedir pra teimosa da Ellen se vestir, eu quero falar com vocês dois. - disse o pianista.

– Num sei o que cê tá falando. - disse MB virando a câmera pra ele e encarando o pianista.

– Sabe sim, anda. - disse Guto o encarando. 

O loiro revirou os olhos e saiu da varanda, respirou fundo e voltou em volta. 

– Ô Ellen, o Gu…

– Não precisa falar, eu ouvi. - disse a five ao sair do banheiro com a camisa do loiro no corpo e ajeitando o coque no cabelo. 

– Eu num falei nada, juro. - disse o loiro se aproximando dela e ajeitando o celular, fazendo a irmã de Anderson aparecer junto. 

– Que bonito, Ellen. Aliás, os dois! Escondendo que estão juntos. - disse Guto ao encará-los. 

– Primeiro, odeio que você faz isso de juntar as peças com pequenos detalhes e descobrir as coisas. - disse a five o encarando pela tela do celular. 

– Você também faz isso, aliás vive fazendo e irrita. - disse Guto ao encará-la pela tela do notebook. 

– Essa sou eu, você que lide. - disse Ellen pegando o celular das mãos do loiro. – E segundo, não estamos escondendo. Não é nada sério. - disse o five se aproximando da cama e sentando-se.

– Só estamos aproveitando o momento, maestro. Se fosse sério, cês já estavam sabendo. - disse MB seguindo Ellen e sentando do lado dela na cama. 

– Tem quanto tempo? E o que eu realmente quero saber, como aconteceu isso? - Guto perguntou ao encará-los pela tela. – Até porque, apesar que ficaram um pouco mais próximos depois daquela treta lá com a Malu, nunca vi os dois conversando ou estando no mesmo lugar juntos, só os dois. - disse Guto os encarando.

– 2 meses e conversamos por mensagem em um dia totalmente aleatório, as coisas foram acontecendo, ele acabou vindo pra cá, saímos pra beber e quando saímos do barzinho e andamos pela rua que tava numa época de neve, acabamos nos beijando. - explicou a five ao encará-lo pelo celular. 

– Só num contamos, porque sei lá. Não é nada sério, iam criar caso por a gente ser tão diferente e estávamos ainda meio receosos, pelos nossos últimos relacionamentos. - explicou o loiro ao coçar a nuca com a outra mão e olhar pro melhor amigo. 

– Dois meses e não é nada sério? - Guto perguntou revirando os olhos. – Eu não ia criar caso, a Heloísa por ser amiga dos dois e o Anderson por ser irmão da Ellen, talvez. Mas eu não. - explicou o moreno ao olhá-los.

– Não é nada sério, Augusto. - disse Ellen o encarando pelo celular. 

– Não é, maestro. - disse MB o olhando. 

– Três coisas. Não me escondam mais nada, segundo a Ellen não é de ficada Michel, é garota pra namorar sério, apesar da teimosia. Se ela por acaso fica falando que não é nada sério e não quer nada sério com você, é por medo. - explicou Guto ao encará-lo. – Mas se ela não deu um escândalo do jeito dela, quando apareceu aí de surpresa, é porque ela gosta de você. - disse o pianista. – E você, Rodrigues, MB não é mais um adolescente e por incrível que parece amadureceu, se o seu medo é esse, junto com os receios dos últimos relacionamentos dos dois, manda pra puta que pariu, porque eu gostei de saber que estão juntos, formam um bonito casal, de verdade. - sorriu o moreno ao olha-lá. 

– O que a Benê fez com você? - Ellen perguntou ao encará-lo. – Guto, não brisa. 

– Diz que é mentira e eu falo o que vim falar. - disse Guto ao encará-la pela tela do celular.

– Eu gosto dela, maestro. Mas ela tá fugindo disso faz semanas. - admitiu o loiro ao encará-lo pela celular. 

– Típico da Ellen. - riu o pianista ao olhá-lo. – Mas vocês tem meu apoio, viu? 

– O que você fez pra ligar? - Ellen perguntou ao encará-lo, mudando de assunto. 

– Cês brigaram? - MB perguntou ao encará-lo pelo celular. 

– Não…- disse Guto enquanto os olhavam. – Eu amo a Benê mas tô com medo de contar pra ela e a reação dela não for das melhores. - admitiu o pianista ao superar e outros dois se entreolham. 

Fonoteca da UNICAMP - 11:35am. 

– Eu ainda prefiro as músicas clássicas, Benê. - disse a garota digitando no notebook. 

– Eu também. - riu a pianista escrevendo no papel. – Mas tem muitas brasileiras que são ótimas. Você já ouviu Paula e Bebeto? - perguntou a five ao olhá-la.

– Milton Nascimento! - sorriu a garota afirmando com a cabeça. – É a quinta vez desde que nos conhecemos, que você vive falando dessa música. - disse Giulia voltando a digitar no notebook.

– É que ela é especial. - sorriu a five ao se lembrar da apresentação na Balada Cultural com o namorado. 

– Não preciso perguntar se tem a ver com o Guto, não é? - riu a garota ao olhá-la.

– Não tenho culpa se os momentos mais importantes da minha vida, estão sendo com ele. - disse Benê escrevendo no papel. – Posso te fazer uma pergunta?

– Claro, o que é? - Giulia perguntou ao olha-lá.

– Você e o Otávio, já falaram que se amam? - Benê perguntou ao encará-la.

– Já, por que? - Giulia perguntou a olhando. 

– Tem quanto tempo? - Benê perguntou a encarando.

– Estamos juntos há 1 ano, faz uns dois meses. - disse Giulia a olhando. 

– E quem disse primeiro? - Benê perguntou curiosa. 

– Eu. - sorriu a garota voltando a digitar no notebook. – Mas por que dá pergunta? Não vai me dizer que…

– Não! - interrompeu a five. – Mas, quando sabemos que amamos mesmo a pessoa que estamos? - Benê perguntou. – A minha mãe e o meu irmão foi um pouco mais fácil, são minha família. As meninas depois e agora eu acho que o Guto mas preciso ter a certeza. - disse a pianista ao encará-la.

– Ah Benê, amor não tem muita explicação. Mas quando a pessoa se preocupa com você, te cuida, pergunta como foi seu dia, se precisa de algo, estar sempre ali nos momentos bons e ruins, aceita seus defeitos e ainda mais as qualidades, não é mais um gostar e paixão entende? - Giulia perguntou ao encará-la. – É amor. Lembra que você me disse que uma vez, o Guto falou que se você não conseguisse vir pra cá, ele também não viria, porque não ia fazer sentido sem você aqui? - perguntou a garota. 

– Lembro sim. - sorriu a five afirmando com a cabeça e voltando a escrever. 

– Não precisou das palavras certas naquele momento, mas ele disse que te ama. Só não sei se percebeu no momento. - riu a garota voltando a digitar. 

– Pra mim é difícil tudo isso sobre sentimentos, por causa do Asperger mas ele me faz tão bem, Giu. - sorriu a five escrevendo. – Gosto de dormir e acordar do lado dele, dos nossos momentos a sós, dos abraços que não sinto mais aflição com ele, do jeito que ele se preocupa comigo e cuida tão bem de mim. - disse Benê sorrindo ainda mais. 

– Benedita Teixeira Ramos, você o ama e acho que já sabe disso. - sorriu Giulia a olhando. – É um sentimento bom, não deixe guardado. - disse a garota e a five afirmou com a cabeça sorrindo ainda mais. L

Ligação por vídeo-chamada, MB e Guto.

– Deixa eu ver se entendi, você a ama e tá com medo de dizer a ela, por medo da reação? - Ellen perguntou através da tela do celular e o pianista afirmou com a cabeça. – Só falta você me dar um tapa na cara, toda vez que eu fico com medo de algo, pra você vir dizer que tá com medo, Augusto Sampaio Neto? - Ellen perguntou o encarando. 

– Você tem medo de se arriscar, eu só tô evitando. - disse Guto ao revirar os olhos pela tela do notebook. 

– Ô Gutchenho, eu vou ter que concordar com a crânio. Dessa vez é você quem tá com medo e não se arriscando, a gente sabe que a Benê tem todo um jeito de entender as coisas mas cês tão juntos há três anos e meio, já moram juntos mesmo sendo na faculdade, uma hora ou outra isso ia acontecer. - disse MB o olhando. 

– E se ela fugir? - Guto perguntou ao encará-los e a five rir do outro lado. 

– Você tá de palhaçada com a minha cara, não tá? - Ellen perguntou ao encará-lo.

– A Benê pode não reagir bem. Eu a amo, não tenho mais dúvidas disso mas eu tô com pé pra trás também, tentem me entender. - disse Guto ao olhá-los. 

– Maestro, se a gente sente algo pela pessoa, mesmo com medo da reação dela, é melhor dizer do que ficar nesse vai ou não vai e acabar sei lá, perdendo. - MB o olhava pela tela do celular. 

– Por incrível que parece, vou ter que concordar com o MB, senão perdemos a coragem. - disse Ellen olhando o pianista pela tela do celular. – Guto, se a Benê aprendeu a amar as meninas e eu, acha que ela não pode te amar também? - Ellen perguntou o olhando. 

– Pode num ser com as palavras sabe, mas os gestos tão aí pra isso. Pode ser que ela já te ame e demonstre isso com algumas ações. - disse MB ao sorrir para o melhor amigo. 

– Não tô acreditando que vocês estão me dando conselhos amorosos. - riu o pianista ao olhá-los pelo notebook.

– Foi você quem ligou. - disse Ellen ao encará-lo. – Atrapalhou meu sono. - disse a five. 

– O nosso sono, cê quis dizer né? - disse MB ao olha-lá e riu voltando a olhar o pianista. 

– No caso, devo ter atrapalhado a transa de vocês pela manhã né. - riu Guto ao olhá-los e os dois reviraram os olhos.

– Você quer que eu desligue na sua cara, Augusto? - Ellen perguntou o encarando pelo celular. 

– Cê vai ou não vai falar que ama ela, maestro? - MB perguntou ao encará-lo.

– Vou mas naturalmente e no momento especial. - disse Guto ao olhá-lo. – É melhor dizer, do que ficar com coisas na cabeça. - disse o pianista desviando o olhar pra estudante de tecnologia avançada. 

– É assim que se diz. - sorriu Ellen o olhando. – Agora posso voltar a dormir, já que não tenho aula hoje? - perguntou a five. 

– Pode voltar a pegação com o MB, senhora. - riu o pianista. – E valeu por terem me ouvido. - agradeceu o moreno ao sorrir para os amigos. 

– Cê num respeita mesmo. - riu o loiro acenando pro pianista e encerrando a ligação em seguida. 

A five revirou os olhos e se jogou na cama, sendo observada pelo loiro que guardou o celular na mesinha.

– MB? - Ellen o chamou ao olhá-lo.

– Hum? - disse MB ao olha-lá.

– Gosta mesmo de mim? - Ellen perguntou o olhando e o loiro sorriu. 

– Gosto. - admitiu o loiro deitando sobre ela. – Vai fugir? - MB perguntou ao encará-la.

– Não dessa vez. - riu baixo a five o olhando. – E-eu também gosto de você. 

– Gosta? - MB perguntou surpreso, envolvendo os braços nela e sorriu ainda mais.

– Gosto. - repetiu a five ao encará-lo.

– A gente é uma bagunça, maluca. - riu o loiro levando uma das mãos até o rosto dela e acariciando. – Mas eu gosto disso, sacou? Gostou muito. - sussurrou o  loiro enquanto a olhava. 

– Eu também gosto muito. - sussurrou a five o olhando. – Quer se bagunçar ainda mais? - perguntou Ellen ao encará-lo.

– Cê quer tentar? - MB perguntou sorrindo e acariciando o rosto da five. 

– Acho que vale a pena e você? - Ellen perguntou envolvendo os braços no pescoço do loiro. 

– Vai valer muito a pena. - sussurrou MB afirmando com a cabeça e sorriu, levando uma das mãos até a nuca da futura tecnológa e a beijou com vontade, sendo correspondido.

Horas depois - Apartamento da República de Gunê, 13:15pm. | Fim das aulas. 

– Eu não acredito que pegamos chuva, Guto! - disse Benê ao resmungar entrando no apartamento. – Eu tô toda molhada!

– E eu não acredito que o guarda-chuva quebrou. - riu o pianista ao entrar junto e fechar a porta. – Eu também tô todo molhado, amor. - disse o pianista tirando a mochila e colocando no chão. 

– É pra molhar ainda mais a casa? - Benê perguntou ao se virar e o encarou tirando os óculos. 

– Depois eu seco, é melhor tirarmos essa roupa e colocar roupas quentes, antes que nós dois fiquemos gripados. - disse Guto ao se aproximar e tirar a mochila das costas da five e colocar ao lado do dele. 

– Desculpa se não consegui almoçar com você hoje, fiquei conversando com a Giu e acabei perdendo a hora. - disse Benê ao olhá-lo. 

– Tá tudo bem, amor. Não se preocupe, tá? - disse o pianista ao olha-lá. – E ela tá bem? - Guto perguntou indo pro quarto.

– Está sim. - disse Benê o seguindo.

– Conversei com o MB e a Ellen durante o almoço e você não vai acreditar. - riu o pianista tirando o moletom encharcado.

– E ela te atendeu? - Benê perguntou segurando o riso e tirou os óculos e o moletom molhado em seguida.

– Não só atendeu como ela estava com a camisa do MB. - disse Guto ao olhá-la e segurou o riso. 

– O que tem ela com a camisa del…Espera! Ela estar com a camisa dele, é igual quando nós dois ficamos juntos e eu visto sua camisa depois? - Benê perguntou e o pianista afirmou com a cabeça, observando a namorada arregalar os olhos. – Eles estão juntos? - perguntou a pianista. 

– Estão! Disseram que não é nada sério mas estão há dois meses assim, o que significa muito mas eles não tão querendo admitir. - riu o pianista a olhando. – Mas eu apoio, ficam lindos juntos. - disse o pianista se aproximando da pianista. 

– E como aconteceu? - Benê perguntou ao olhá-lo. – As meninas vão surtar com isso. - riu a pianista desviando o olhar pra janela. – Não vai parar de chover pelo visto. - disse a five voltando a olhá-lo.

– Eles começaram a conversar mais, papo vai e vem, o louco do MB vou ver ela em Boston e se beijaram depois de um barzinho e no meio da neve. - explicou o pianista levando uma das mãos até o rosto da five e acariciando. – Não conta pras meninas ainda. - disse Guto e a garota afirmou com a cabeça. – Gosto de chuva. - sorriu o pianista.

– Isso é romântico, vindo deles dois. - riu a pianista o olhando. – Também gosto de chuva, o barulho da água caindo, é muito bom. - sorriu a five. – Nós temos que trocar de roupa, ainda estamos molhados. 

– Eu sei. - Guto sussurrou enquanto acariciava com cuidado o rosto da pianista. – Eu tenho muita sorte de ter você, sabia? - sorriu o pianista. – Você me faz muito bem, amor. - disse Guto a olhando.

– Você também me faz muito bem. - sorriu a five o olhando. – Você foi a melhor coisa que me aconteceu, Augusto. Obrigado por me fazer feliz e bem. - disse a five ao se aproximar mais, segurar o rosto do pianista e o beijar com calma, sendo correspondida.

O pianista sorriu entre o beijo enquanto correspondida e intensificou, a trazendo pra mais perto dele, fazendo os corpos ficarem ainda mais juntos. As mãos de Benedita foram para a camisa molhada do namorado, subindo e tirando, com a ajuda do mesmo. Os pianistas se olharam e sorriram. 

– Posso? - Guto pediu descendo as mãos até a blusa encharcada pela chuva da namorada. 

– Pode. - Benê sussurrou afirmando com a cabeça e sorriu, observando o namorado subir a blusa e retirá-la em seguida.

– Você é o meu tudo, Benedita. - disse Guto num sussurro, sentindo os braços da pianista envolver a cintura do moreno e o abraçar, encostando a cabeça no peito do rapaz, sentindo o moreno envolver os braços nela e retribuir o abraço.

– Você é incrível, obrigado por cuidar tão bem de mim, Guto. Pela paciência comigo, por sempre estar disposto a me entender, por me ajudar nos momentos de crises e estar sempre comigo. - agradeceu a five fechando os olhos.

– Eu sempre vou estar com você, meu amor. Sempre! - sussurrou Guto fechando os olhos juntos, enquanto retribuindo o abraço.

Lá fora, a chuva continuava a cair e os pianistas de olhos fechados, abraçados, sentindo os batimentos cardíacos acelerarem, tendo a certeza daquilo que sentiam um pelo outro, sorriram. 

– Eu te amo. - sussurraram juntos e abriram os olhos, ainda abraçados e se olharam um tanto surpresos e sorriram ainda mais. 

Naquele momento não precisavam dizem mais nada, o pianista aproximou os lábios nos dela e a beijou mais intenso e preciso dessa vez, sendo correspondido pela pianista. As mãos da five subiram pelas costas do moreno e acariciou, o fazendo se arrepiar e levar uma das mãos até o cabelo da pianista, entrelaçando os dedos e descendo os beijos pro pescoço dela, a fazendo se arrepiar. Guto distribuía beijos e pequenas mordidas no local, enquanto Benê cravou as unhas na costas do pianista e o arranhou levemente, o fazendo soltar um gemido baixo e lhe dar um chupão no pescoço da namorada, a fazendo soltar um gemido alto. O moreno fechou os olhos e se arrepiou, sentindo a five começar a beijar o pescoço dele, enquanto as mãos do pianista foram para a calça dela, começando então a desabotoar.

– Amor? - Guto sussurrou a chamá-la.

– Eu quero. - sussurrou a pianista, depositando mordidas no pescoço do moreno, o fazendo soltar pequenos gemidos. – Quero ser sua, amor. - disse a pianista ao olhá-lo e sorriu. 

– O que eu mais quero é te ter. - Guto sussurrou e sorriu, tirando a calça por fim e jogando no chão. – Você é perfeita, sabia? - disse o pianista observando a five apenas com as peças íntimas.

Benê sorriu passando as mãos pelo abdômen do namorado e o olhando atentamente. 

– Já percebeu que a chuva está quase sempre presente nesses nossos momentos? - Benê perguntou descendo as mãos até a calça do moreno. – Posso amor? - perguntou a pianista. 

– Percebi. - sorriu o pianista, levando as mais até as costas da five e acariciando, a fazendo se arrepiar. – Pode amor. - disse Guto. – Quero ser seu. Eu te amo. - Guto sussurrou próximo ao ouvido dela. 

– Eu te amo, Augusto. - Benê sussurrou sorrindo ainda mais e desabotoou a calça do moreno, tirando a peça em seguida. 

– Você é o amor e a mulher da minha vida, Benedita. - Guto sussurrou e sorriu, pegando a five no colo, a fazendo colocar cada perna do lado da cintura do moreno. 

– Te quero pra sempre. - disse a five envolvendo os braços no pescoço dele. 

– Te quero pra sempre. - sussurrou o moreno ao sorrir, passando os lábios sobre os dela e a beijou com vontade, sendo correspondido.

A pianista intensificou o beijo e sendo correspondida, o pianista caminhou com ela até a cama e a deitou com cuidado, deitando sobre ela, sem deixar seu corpo pesar. Guto desceu os beijos pro pescoço dela, a fazendo se arrepiar e passar as mãos pelo corpo do moreno, descendo mais as mãos e apertando a bunda do pianista com vontade, esse que soltou um gemido baixo e deu uma mordida no pescoço da five, essa que deixou um gemido escapar, enquanto subia as mãos até as costas do filho de Simone e o arranhava com vontade, o fazendo gemer alto dessa vez e dar outro chupão no pescoço de Benedita, a fazendo soltar um gemido alto. O futuro musicista, desceu subiu as mãos até o sutiã da five e a olhou. 

– Confio em você. - Benê sussurrou e sorriu, dando uma mordida no lábio do pianista, o fazendo gemer baixo. 

Augusto roubou um selinho da namorada e retirou a penúltima peça que faltava e observou os seios da five e mordeu os lábios.

– São tão bonitos. - disse Guto num sussurro ao começar distribuir beijos pelo local.

– Não quer prova-lós? - Benê perguntou num sussurro e o moreno mordeu os lábios e sorriu maliciosamente.

– Quero. - Guto sussurru afirmando com a cabeça. – Gosto dessa sua versão, quando estamos a sós. - sussurrou o pianista beijando os seios da five. 

– Você é e sempre será o único a me fazer ser assim, sem sentir aflições quando ficamos juntos. - sussirou a five se arrepiando. – E como já me disseram uma vez, entre quatro paredes sentir prazer e amor, é a melhor coisa. - sussurrou Benê voltando a arranhar as costas do namorado com vontade, o fazendo gemer novamente alto. 

Guto sorriu e abocanhou um dos seios da pianista e chupou com vontade, a fazendo soltar um gemido e descer as mãos até a cueca box do moreno, começando a tirar. O pianista alternava entre chupar os seios da five com vontade e massagear, dando mais prazer a pianista que soltava gemidos e tirava por fim a cueca do melhor amigo de MB. O rapaz subiu os beijos e a beijou com calma dessa vez, sendo correspondido pela five, que passou as mãos no corpo do moreno, o fazendo se arrepiar. O beijo dos pianistas ficou mais intenso, eles estavam dando tudo de si naquele beijo, deixando mais do que claro que um pertencia ao outro. As mãos do pianista foram para a calcinha da amiga de Keyla. 

– Posso pequena? - Guto sussurrou entre o beijo e a five sorriu, afirmando com a cabeça. 

– Pode amor. - Benê sussurrou de volta entre o beijo. 

Guto sorriu e desceu os beijos pro pescoço da pianista, essa que se arrepiou enquanto ela tirava a última peça que atrapalhava os dois. O moreno beijava o pescoço da namorada com vontade, essa que desceu as mãos novamente e apertou a bunda do pianista, o fazendo soltar um gemido alto. 

– V-você gosta de a-apertar minha bunda, não é? - disse Guto num sussurro dando uma mordida no pescoço dela, a fazendo soltar um gemido baixo.

– Gosto, é bom. - sussurrou a five, apertando mais uma vez, o fazendo soltar mais um gemido e morder os lábios. 

O pianista roubou um selinho dela e esticou as mãos até a gaveta da mesinha, abriu e procurou, pegando um pacotinho de camisinha e fechou a gaveta, se afastou um pouco, abriu o pacotinho, sob os olhares da five, que mordeu os lábios e se ajeitou na cama. Guto colocou a camisinha e a olhou, sorriu e se aproximou, colando os corpos dos dois e se movimentou devagar. Benê segurou o rosto de Augusto e o beijou com vontade, sendo correspondida e se movimentou junto a ele. O moreno passou as mãos pelo corpo da pianista, a fazendo se arrepiar, enquanto se movimentava, assim como a five, essa que envolveu as pernas na cintura do pianista e cravou as unhas nas costas do moreno, o arranhando com vontade, esse que soltou um gemido entre o beijo e desceu os beijos para os seios da five, voltando a chupa-lós com vontade, a fazendo gemer alto. 

– V-você é g-gostosa a-amor. - Guto sussurrou dando uma leve mordida no seio da five, se movimentando mais ainda.

– T-tá g-gostoso. - Benê sussurrou gemendo baixo, enquanto se movimentava junto ao namorado. 

A five subiu uma das mãos até o cabelo do moreno, onde entrelaçou os dedos e puxou de leve.

– I-isso é t-tão b-bom a-amor. - Guto sussurrou subindo os beijos pro pescoço dela e descendo as mãos até a cintura da five, segurando e apertando com vontade. 

– E-eu te amo…- sussurrou a five em meio ao gemido. – V-você é tudo pra mim. 

– V-você é meu t-tudo, a-amor. - Guto sussurrou se movimentando mais. – E-eu te amo. - sussurrou o pianista antes de a beijá-la e ser correspondido. 

A chuva caia lá fora e os pianistas se amando de dentro. Os toques um no outro, eram como músicas tocadas no piano, suave e intensa ao mesmo tempo. Os gemidos como cada sinfonia estudada por eles, os arranhões numa nota alta e os beijos que davam, como uma nota baixa. Era os dois, Benê e Guto, na intimidade deles, entre o prazer, o amor, o desejo e o querer de ter um ao outro. 

– A-amor, e-eu v-vou g-g…- Benê sussurrou em meio ao gemido, se movimentando mais com o namorado, enquanto passava as mãos pelo corpo do moreno.

– E-eu v-vou t-também, a-amor…- Guto sussurrou se movimentando junto e segurou a mão da five, entrelaçando os dedos dos dois. 

A chuva mais uma vez tinha presenciado mais uma sinfonia de amor e prazer dos pianistas, chegando eles ao ápice juntos e ofegantes. Augusto descolou os corpos dos dois e deixou o corpo cair ao lado da five na cama e puxou o lençol, cobrindo os dois e sorriu ao olhá-la. Benedita fechou os olhos ainda respirando ofegante e sorriu, ao abrir os olhos e olhar o pianista. 

– Me ama mesmo? - Benê perguntou num sussurro ao se aproximar e envolver os braços na cintura do pianista, o abraçando.

– Amo. Amo muito. - disse o pianista num sussurro, envolvendo os braços na five e retribuindo o abraço. – E você? - Guto perguntou ao olha-lá.

– Muito. - sorriu a five o olhando. – Nunca achei que fosse amar alguém que não fosse minha família ou as meninas. - Benê o olhando. – Alguém que eu dormisse e acordasse todo dia do meu lado e pudesse dizer: "Está vendo aquele rapaz lindo ali? Moreno e de covinhas encantadoras e apaixonantes? É o meu namorado." - disse a five o olhando e abraçando o pianista.

– Futuro marido. - sussurrou o pianista a olhando e retribuindo o abraço.

– Está me pedindo em casamento, Augusto? - Benê perguntou ao encará-lo.

– Ainda não, Benedita. - sussurrou o pianista sorrindo. – Eu também nunca imaginei que pudesse amar tanto alguém, como eu te amo. - disse Guto a olhando. 

– Mesmo comigo sendo diferente? - Benê perguntou o abraçando.

– Eu amo o seu jeitinho, pequena. É quem você é e eu gosto de você, aliás, eu amo você do jeito que é. - disse Guto retribuindo o abraço. – Que sorte a minha ter você. - sussurrou o pianista dando um beijo na festa da five. 

– Que sorte a nossa ter um ao outro, amor. - sorriu a five. – Eu aceito. Aceito morarmos juntos, quando voltarmos pra São Paulo. - disse Benê ao encará-lo.

– Você tá falando sério? - Guto perguntou ao encará-lo esboçando um sorriso.

– Seríssimo! - disse Benê sorrindo. – Você ainda quer? - Benê perguntou o abraçando.

– É tudo o que eu mais quero, amor. Vamos ser ainda mais felizes morando juntos, como aqui. - Guto sussurrou a enchendo de beijos, enquanto retribuía o abraço.

– É pra sempre? - Benê perguntou num sussurro.

– Não. - disse Guto num sussurro. – É pra vida toda, minha pianista favorita. - disse o pianista esboçando um sorriso pra namorada, essa que sorriu junto e o beijou com calma e ainda mais cheio de amor sendo correspondida, para aquele momento que iria ser lembrado e relembrado entre as chuvas do amor de Augusto e Benedita. 

                      Fim! :)