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História Thirsty - É Assim que Tudo Acaba.


Escrita por: caramelpuddin

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 59 - É Assim que Tudo Acaba.


Fanfic / Fanfiction Thirsty - É Assim que Tudo Acaba.

/ Kathie Quinn /

            Está muita coisa a acontecer neste momento. Aqueles que faziam parte da minha vida anterior encontraram-me, sei que não é uma mera coincidência. Jonanthan fez com que eles me encontrassem. Até há uns dias atrás estávamos na penumbra, só viam o resultado das nossas noites sangerentas e de diversão. É verdade que estivemos ocultos durante algum tempo, mas parece que ele acha que está na hora de acabar com o Horan. As atenções rapidamente passaram de mim para Gemma e ainda não percebi o porquê. Porquê tanta admiração com uma garota tão sem sal? Sinto o cheiro de uma história muito interessante.

            - Harry? – Gemma entra na sala, deixando Claire para trás. Antes que pudesse dar se quer mais um passo, Jonathan apressou-se a meter-se à sua frente. Ele não quer que ela se aproxime demasiado.

            - Fica quieta. – Susurra para ela e a mesma baixa a cabeça, tal e qual como a cachorrinha que é. Linda menina.

            - O que raio está a minha irmã a fazer contigo? – O moreno grita irritado e incrédulo. Irmã? Gemma é irmã do Styles… Interessante, assim como pressentia. Realmente o Jonathan tem sempre uma surpresa. - Era suposto estares a apodrecer numa catacumba! – Harry exalta-se, sinto as emoções de todos os presentes a modificarem-se, a oscilarem entre algo como bom e mau. Se o Harry não se acalma, tudo vai ficar uma confusão devido ao seu poder. O que já vai correr mal, poderá correr ainda pior.

            - Harry, Harry… Eu salvei a vida da tua irmã enquanto tu andavas pelo mundo a desfrutar da tua nova vida como vampiro e a tua família achava que Gemma estava desaparecida. E é assim que me agradeces, que mal agradecido! Isto tudo passa apenas de uma surpresa!

            É o fim. Percebo que Harry já atingiu o seu limite. Eu própria estou uma confusão de emoções, acho que nenhum presente na sala está a conseguir agir devido ao misto de emoções, à carga energética que preenche a divisão. Com o comentário de Jonathan, Harry perde o controlo e passa por entre os amigos, rapidamente pega numa cadeira, partindo uma das pernas da mesma. Ninguém se mexe, acho que mesmo se eu quisesse nem conseguiria. Com a estaca improvisada na mão, Harry avança na direção de Jonathan mas dá apenas alguns passos porque de um momento para o outro o mesmo encontra-se ajoelhado no chão. Só tive tempo de ouvir o som de uma besta a disparar duas estacas que foram parar enterradas em ambas as coxas de Harry, que gritou de dor e deixou cair a perna da cadeira. Um olhar fulminante de Styles vai em direção do outro lado da sala.

            Foi Claire quem disparou as estacas e os meus queridos cinco amigos vampiros estão todos a rosnar-lhe, como cachorros com raiva. Irónico, visto que têm mesmo um cachorro com eles. Claire apercebe-se do grande erro que cometeu, então apressa-se a correr porta fora e atrás dela desaparecem o Zayn e o Louis. Bem, parece que a famosa Caçadora de Vampiros vai morrer hoje. Os mais fracos morrem, é o ciclo da vida.

            Assim como Claire, Jonathan e Gemma desaparecem também. Harry consegue livrar-se das estacas e juntamente com Niall e Liam, saem para o exterior da casa. Ao que parece a festa vai começar. Um sorriso diabólico aparece no meu rosto e fazendo um tchauzinho a Justin e a Matt, tento sair da sala para ir observar o espetáculo. Como estou ansiosa por ver o sangue deles todos a jorrar pelo chão.

            - Não vamos estragar ainda mais as coisas. – Matt agarra-me um braço. – Vamos embora daqui. Depois encontramo-nos com os restantes. – Diz a última frase para Justin que continua parado no mesmo sítio, os pasmos no seu corpo estão cada vez piores. Não vai durar muito até se transformar.

            - Ele não me parece muito bem. – Começo a rir e a olhar para Justin que me rosna. Patético, nunca se soube controlar, sempre com a raiva à flor da pele. É um grande defeito dos lobisomens, sempre dispostos por uma luta, demasiado territoriais e obsessivos. Credo, ele quase que nem me deixava respirar sozinha, sempre agarrado à minha perna. Neste momento nem consegue falar ou fazer algo.

            - Se não te calas agora, eu próprio meto uma estaca onde a outra esteve e desta vez não te ajudo. – Matt ameaça-me e reviro os olhos. Ele não teria coragem, duvido muito mesmo. Eu vi o medo nos seus olhos à poucos minutos atrás, ele tem medo de me ver morrer. – Justin, vai. Junta-te aos teus, eu vou levá-la daqui sã e salva.

            Sã duvido que saia daqui, salva… talvez. Mas para bem longe destes idiotas todos e, talvez, como Jonathan para se juntar às minhas aventuras. Ele sabe como se divertir apesar de ser um sacana manipulador.

            Escutando melhor, consigo ouvir a matilha de Justin lá fora, os seus corpos pesados a moverem-se agilmente, as respirações altas e fortes. Justin assente, lança-me um último olhar que não consigo decifrar e vira costas. Consigo ouvi-lo a transformar-se já lá fora. Pelo grunhido que solta, percebo que é um alívio, esteve demasiado tempo a tentar lutar contra a transformação. Matt puxa-me para fora da sala, atravessamos a cozinha e saimos pela porta dos fundos. Deste lado está tudo calmo. A luta está a ocorrer do outro lado da casa. Estamos no meio do nada, não vão ser os barulhos dos lobos que vão chamar à atenção dos humanos. Ninguém vive aqui, ninguém passa aqui.

            - Não sei para onde pensas levar-me, mas está acabado. O Niall morre hoje, assim como todos aqueles que se atrevam a passar pelo caminho de Jonathan. Tens a noção disso, certo?

            - Cala-te. – Ele ordena.

            - Se calhar o melhor é ires embora o quanto antes, ele não vai perdoar-te por não teres cumprido a tua parte do acordo. Jonathan é um homem vingativo. Não vai descansar enquanto não tiver aquilo que quer. 

            - Eu disse para te calares. – Matt grita, agarrando ainda com mais força no meu braço. Arregalo os olhos com a fúria nos seus olhos castanhos. – Cala-te de uma vez por todas, não consigo pensar contigo a falar.

            - Pois, mas isso é um problema teu. – Rosno, mas recomponho-me. - Estou apenas a avisar-te. O melhor é deixares-me voltar, ainda tenho muito que fazer e que ver.

            - Vamos para casa e ponto final, não vais voltar para lá. – Informa puxando-me por entre as árvores, andamos uns minutos até encontrarmos a carrinha dele. – Não acredito que isto está a acontecer. Vamos ter muito trabalho contigo.

Não estou a resistir, estou apenas à espera do momento certo para que ele se distraia e consiga voltar para a casa. Preciso de ver o espetáculo, ando a ansiar pelo momento há muitos dias. Preciso de vê-los todos a morrer. Com Matt preocupado em encontrar as chaves no bolso das calças encontro o momento perfeito e consigo soltar-me dele.

            - Lamento informar irmãozinho, mas não vou voltar para casa. O melhor é ficares aqui, caso não queiras morrer. – Encolho os ombros e corro com a velocidade vampírica de novo para a casa. Os sons estão mais fortes, o que quer dizer que a luta está intensa. Oiço o meu irmão a correr e a gritar para mim, mas não vai ser isso que me vai impedir.

            Ao chegar ao “campo de batalha” observo que toda a matilha está presente, incluindo o alfa, um lobo enorme, preto e de olhos vermelhos. Nunca o tinha visto transformado, aliás, só o vi uma única vez e não me olhou com bons olhos. Os lincantropos são territoriais, provavelmente pensou que eu era uma instrusa na tal festinha deles.

Os lobos estão a lutar contra os vampiros aliados de Jonathan, mas estes são menos do que os lobos. Não estão com grande vantagem. Tudo à minha frente se move tão rápido que é difícil acompanhar o que realmente está a acontecer. Com foco, consigo ver tudo em câmara lenta. Vejo Jonathan a lutar com o Niall. Louis e Zayn a morderem Claire, matando-a. Não há sinal de Gemma, cobarde. Harry e Liam parecem estar a ajudar os lobos com os vampiros de Jonathan. Reconheço o lobo de pelagem cor de areia, Justin. Vejo-o a arrancar a cabeça de uma vampira morena. A cena diante de mim parece saída de um filme e sinto a excitação a crescer dentro de mim. Ainda ninguém deu pela minha presença e eu estou a adorar tudo isto. É uma pena estar tão fraca, queria juntar-me a eles. Talvez matar um lobo… Jenny por exemplo, aquela maldita loba fedorenta que se acha superior.

            De repente sinto o meu cérebro a doer, como se estivesse com uma enxaqueca, mas mil vezes pior. Um som agudo e muito alto instala-se nos meus ouvidos, alastrando-se ao meu cérebro que vibra. O som está a fritar-me o cérebro e só consigo gritar de dor. O que está a acontecer? Sem força, caio no chão encolhida e a contorcer-me, com ambas as mãos sobre os ouvidos, olhos fechados e a gritar em plenos pulmões. Não consigo pensar, não consigo mexer-me por iniciativa própria. Levo alguns segundo e com muita dificuldade abro os olhos. Vejo que a poucos metros de distância caminha uma mulher na minha direção. É loira e cada vez mais perto percebo que a conheço. É Merida, a mulher que estava com Jonathan quando ele me raptou. Ainda não sei ao certo o que é ela… Uma vampira… Bruxa… Não faço ideia. Só sei que não gosta nada de mim e o sentimento é recíproco. Os seus lábios mexem-se sem parar, tem os olhos fixos em mim e algum tipo de animal morto numa das mãos (um coelho talvez). Não consigo ouví-la devido ao som agudo, mas parece que não sou a única. Parece que temos um escudo à nossa volta, ninguém me ouve a gritar, nem ouvem Merida.

            Sinto o meu corpo ser abraçado e o meu primeiro instinto é lutar contra a pessoa.

            - Kathie, calma! Apenas concentra-te na minha voz! – É Matt que me abraça, segurando-me com força enquanto grito. A sua voz parece estar tão longe, como no fundo de um túnel. Ele que faça alguma coisa para impedir Merida! Tento falar, mas apenas sai um grito de dor.

            Todo o meu corpo treme e a dor é cada vez mais insuportável. Não aguento mais! O meu cérebro vai explodir! Sinto algo a escorrer pelo meu nariz, com uma mão trémula levo-a ao local e quando vejo é sangue, escuro e espesso. Tento fugir dos braços de Matt, tenho de me levantar e correr se não vou acabar morta. Merida está cada vez mais próxima. E a cada passo que dá, mais a dor se intensifica.

Matt parece ver a mulher pela primeira vez e com cuidado deita o meu corpo na gravilha de novo. Levanta-se e vai até à mesma. Antes mesmo de conseguir tirar a besta que está pendurada nas costas, com um gesto de mão Merida arremessa-o para bem longe como se ele fosse uma pena de um pássaro. Oiço o seu corpo a embater em algo duro. Fica inconsciente.

Arranjando forças não sei de onde, tento levantar-me. Lentamente, mas consigo. Sinto-me tonta, mais fraca do que antes. Encaro a mulher. Todo o meu corpo treme, estou a suar imenso e o som agudo está a deixar-me louca. Ela vai pagar… Tento dar um passo em frente, mas cambaleio.

- Vadia desgraçada… Vou matar-te… Arrancar-te esses fios… de cabelo um a um… - Digo com uma voz fraca.

Ela nada diz, parece em trase, os seus olhos colados em mim e os seus lábios vermelhos a recitar o que quer que esteja a fazer. Do nada, ela para. Levanta o animal morto em direção ao céu, inclina a cabeça para trás e o sangue do animal pinga no seu rosto e fecha os olhos. O que raio está ela a fazer? Que tipo de bruxaria é esta, um sacrifício? A dor viaja do meu cérebro para todo o meu corpo, e sinto como se todos os meus ossos estivessem a ser esmagados. Grito mais uma vez, já rouca. Atrás dela a luta continua entre os bons e os maus… mas algo me chama à atenção apesar da dor. Dois vampiros de Jonathan seguram Niall que tem as roupas rasgadas em alguns sítios e tem sangue no rosto. Jonathan está ao lado deles com aquele sorriso presunçoso de sempre. Os quatro estão a olhar para mim.

- O que… Está a acontecer? – Murmuro.

- Não era de todo este o plano. Querida Kathie. Parece que é preciso fazer algo que não queria fazer… - Os lábios de Jonathan mexem-se, assim como tudo à minha volta. Está tudo a rodopiar. Sinto que em minutos vou perder os sentidos. – É uma grande pena despediçar uma radidade como tu… Tão fascinante!

A dor, aquela sensação de esmagamento fica mais intensa. Não aguento mais ficar em pé, sinto que sou alguém dentro de um corpo que não consigo controlar. Caio de joelhos no chão completamente tonta e alheia ao que se passa à minha volta.

- Kathie… - Olho para o Niall quando ele me chama. Ele está aflito, tenta lutar contra os vampiros que o seguram, mas também ele parece estar fraco. – Eu amo-te Kathie… Aguenta, por favor… Tu consegues…

Cerro os punhos e a pouso a cabeça contra o chão de gravilha, grito mais uma vez enquanto aperto as pedras debaixo das minhas mãos, que começam a sangrar. Eu vou morrer. É assim que isto tudo termina. Não consigo fazer mais nada, não tenho forças para me levantar e lutar. A dor deixou-me dormente. Não sinto nada. Já não vejo nada. Não oiço nada. E é assim que tudo acaba…


Notas Finais


Para quem não se lembra ou não se tenha apercebido, o Harry tem o poder de controlar as emoções das outras pessoas. E não se esqueçam, pode parecer que tudo está a chegar ao fim, mas ainda há muito por acontecer. Espero que estejam a gostar. Beijos


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