1. Spirit Fanfics >
  2. This Is Home >
  3. Jon Snow

História This Is Home - Jon Snow


Escrita por: NaruIchi-sama

Notas do Autor


GOT e seus personagens pertence a George Martin.

Capítulo 1 - Jon Snow


Fanfic / Fanfiction This Is Home - Jon Snow

 

 

 “Casar com uma Frey” Robb dizia em um tom baixo.

 

Eu sabia que ele estava meio aterrorizado, afinal as filhas do Lorde Walder Frey não são conhecidas por suas belezas, na realidade existe uma má fama a respeito delas. Nesse instante, para piorar a situação, Theon Greyjoy não conseguia conter a risada, aquilo me fez lançar um olhar frio em sua direção, não era momento de rir.

 

“Arya também deverá se casar com um Frey” Lady Catelyn dizia.

 

Confesso que foi difícil segurar a risada, esse sim era um casamento impossível, Arya jamais aceitaria um casamento arranjado, Lady Catelyn terá sua própria guerra a lutar, e pela a expressão dela, ela sabia disso – Olhei para meu meio-irmão e o vi dando um longo suspiro, tinha certeza que ela estava tendo uma luta interna nesse exato momento.

 

“Dar-me autorização para falar?” perguntei a Robb em um tom respeitoso.

 

Lady Catelyn exigiu que eu tivesse esse tratamento, assim que meu pai partiu, ela me chamou e falou que sobre o comando dela eu não seria tratado como um filho legitimo, como era quando meu pai estava por perto. Confesso que ainda estava me adaptando, mesmo Robb dizendo para eu continuar tratando-o da mesma maneira.

 

“Sabe que pode falar sem pedir autorização” Robb dizia em um tom sério.

“Se tem que ser feito que seja feito de imediato” comecei a falar “Promessas são apenas promessas, se tem que se juntar aos Freys, faça isso, encontre uma boa mulher entre as centenas de filhas que ele deve ter, então casa-se com ela”

“Não temos tempo” Robb dizia.

“Faça um casamento rápido, sem qualquer tipo de festim, prometa o festim quando retornar com Lorde Stark” falei tentando persuadi-lo “O Septão deve casar vocês em menos de trinta minutos, depois é só consumar o casamento, isso deve levar menos de dez minutos”

 

Theon o bobo da corte voltou a rir, logo alguns dos Lordes juramentados do Senhor meu Pai acabaram rindo junto, criando um clima mais leve, bem mais leve do que estava há dois minutos.

 

“E depois” Robb dizia “Vou para a guerra com uma esposa ao lado?”

“Depois de casado mande sua esposa para Winterfell” dizia “Simples e rápido”

“Se é pra morrer, que seja rápido” Great Jon dizia “A tortura da espera é pior que a morte em si”

“Que Walder Frey e Jon Snow ardam nos sete infernos” Robb falou em um tom irritado “Que seja, casarei hoje, agora” Robb se virou apontando para mim “Mas você vai vim comigo e ira ver com seus próprios olhos as minhas pretendentes, espero que essa visão lhe tire o sono pelo os restos dos seus dias”

 

 

 

 

 

Parecia um show de horrores, desde as mais jovens até as mais velhas, todas eram extremamente feias, narigudas e magricelas, à medida que olhava para as garotas, mais pena sentia do Robb, ele por sua vez tentava esconder seu desapontamento, mas estava difícil – As filhas e netas do Lorde Walder Frey se posicionaram em duas filas formando um corredor de mulheres feias, Robb me obrigou a vim junto, então ambos passávamos pelo o corredor horrendo. Já estava sem nenhuma esperança quando eu a vi, ela estava entre uma garota alta com olhos esbugalhados que lembrava um sapo e uma garota magricela com um imenso nariz e reta como uma tabua, a pequena garota estava vestida com um dos simples vestidos azuis idênticos aos das irmãs, ela era pequena com pele muito clara, estava com a cabeça baixa e suas bochechas coradas – Dei um passo em sua direção para olhar direito o rosto dela, me surpreendi, um bonito rosto com um pequeno queixo, nariz delicado e grandes olhos castanhos, seu cabelo era castanho como os olhos e vinha até sua cintura, seu corpo pequeno e magro, mas não existia falta de feminidade, ela tinha dois limõezinhos como peitos e uma cintura fina.

 

“Robb” o chamei.

 

Robb se virou e parou ao meu lado, olhou para a garota da cabeça aos pés, segurei um sorriso ao vê-lo de queixo caído. Naquele momento eu já sabia que ele havia feito sua escolha, eu também teria feito aquela escolha, afinal ela era a mais bela de todas, talvez a Frey mais bonita da historia. 

 

“Qual é seu nome minha Senhora” Robb dizia em um tom galanteador.

A garota ficou ainda mais corada, respirou fundo e finalmente o respondeu: “Roslin, meu Senhor”

“Uma de minhas filhas” Lorde Walder Frey dizia em um tom rabugento “Vejo que tem bons olhos” o velho Lorde cuspiu no chão e em seguida enfiou a mão por entre as saias de sua jovem esposa, dando um beliscão na bunda dela “Ficam prometidos, assim que retornar vocês se casam” o velho continuou.

“Não” Robb dizia seriamente “Nós casaremos agora, espero que ofereça um pequeno festim, amanhã irei para o Sul e Roslin já como minha esposa ira para Winterfell” Robb deu uma pausa virando seu rosto para olhar a bela Roslin que parecia surpresa com a decisão do seu futuro marido “Invés de prometer um casamento eu prometo um grande banquete quando retornar”

“Que presa, até parece que ta tirando o pai da forca” falou Walder tentando ser engraçado “Irei providenciar, como quer tudo em cima da hora não será nada grandioso”

 

Robb abriu um largo sorriso, não parecia o mesmo rapaz há meia hora que parecia estar indo para sua execução. Ele se virou ficando de frente ao velho Lorde e então se curvou levemente, em seguida voltou a virar ficando de frente a futura esposa, Robb segurou a mão direita de Roslon entre suas mãos e então curvou a cabeça beijando a mão dela, a garota estava completamente corada, mas não parecia nada infeliz. Em seguida Robb soltou a mão dela e começou a caminhar, já ia segui-lo quando senti alguém segurando meu gibão, me virei e vi que era a pequena e bonita Roslin, ainda corada ela sussurrou:

 

“Obrigada”

 

E então me soltou, surpreso aprecei meu passo para me juntar ao Robb, ele caminhava a passos largos, mais um pouco poderia parecer que estava correndo dali. Saímos do feio Grande Salão e descemos a escada rumo ao pátio, atrás de nós dois guardas da escolta do Robb desciam em total silêncio, no momento que pisamos no pátio Robb sorriu, deu um soco de brincadeira em meu braço e parecia um garoto que tinha acabado de ganhar um exército de hominhos de madeira.

 

“Ela é linda” ele dizia “Estava ficando desesperado enquanto via as outras”

“Eu também” falei com total sinceridade.

 

No pátio o cavalariço dos Freys traziam o cavalo do Robb e o meu com dificuldade, o garoto não parecia ter mais de doze anos e segurava uma rédea em cada mão, ele puxava os cavalos com firmeza, mas o cavalo do Robb era mais teimoso que o meu, pois tentava se soltar e quase empinou, Robb foi ao socorro do cavalo tomando as rédeas da mão do garoto, eu fiz o mesmo com o meu cavalo. Observei Robb montar e em seguida montei também, o portão foi aberto e Robb fez seu cavalo disparar, sorri com a animação do meu irmão e tratei de correr até ele, bati meus calcanhares no costado do cavalo e isso o fez aumentar a velocidade, poucos segundos já estava páreo ao Robb enquanto a escolta corria uns cinqüenta metros atrás de nós.

Ao chegar ao acampamento fomos direto para o Pavilhão principal, o pavilhão em si era quase tão grande quanto um Grande Salão de um pequeno castelo, suas regidas paredes de lona eram brancas como neve, não havia conhecido a sujeira de uma longa marcha, estava nova. Uma grande mesa de carvalho se destacava, em cima da mesa mapas de Westeros, uma grande cadeira estava de um lado enquanto umas dezenas de outras estavam enfileiradas do lado oposto, Robb caminhou até a grande cadeira a onde se sentou, as outras cadeiras estavam ocupadas por seus Lordes juramentados, Lady Catelyn se encontrava em pé ao lado direito do Robb, eu permaneci em pé escorado no mastro central do pavilhão.

 

“Encontrei uma mulher adequada” falou Robb em um tom satisfeito “Me casarei ainda hoje”

“Quando partiremos?” Greatjon perguntava.

“Amanhã de manha” Robb respondia “Lorde Walder Frey prometeu um pequeno festim”

“Se vamos partir amanha creio que deve resolver alguns assuntos pendentes” falou Rickard Karstark, ele estava sentado na primeira cadeira da segunda fileira “Quem o Senhor nomeará como Castelão de Winterfell?” perguntou.

 

Robb se moveu na cadeira, ele lançou um olhar para mãe, Lady Catelyn parecia raivosa, logo percebi que eles já tinham conversado sobre isso e que Catelyn não aprovava a decisão de Robb. Meu meio-irmão então desviou o olhar e olhou fixamente para seus mapas, como se ainda tivesse decidindo se devia ou não devia desobedecer a sua mãe. Após alguns segundos naquele dilema interno, Robb ergueu a cabeça e para minha surpresa, olhou para mim.

 

“Meu irmão” falou em um tom sério “Jon Snow”

 

Houve um curto momento de barulho, vários Lordes falando ao mesmo tempo, nesse instante refletia sobre aquela decisão, estava surpreso e ao mesmo tempo chateado, queria ir com Jon até Porto Real, queria ter a oportunidade de resgatar o Senhor meu Pai, eu também tinha esse direito. Agora Robb simplesmente tirava isso de mim, fez eu viajar tantos dias até chegar aqui na verdadeira divisa Norte e Sul e depois me mandar de voltar a Winterfell, não considerava aquilo justo, tudo bem, estava lisonjeado por ele confiar o castelo a mim, mas não era a mesma coisa. Perdido em pensamentos levei um grande susto quando Greatjon trouxe o silêncio de volta, com um alto berro de “CALEM A BOCA” Todos os nobres Nortenhos se calaram. Enquanto isso Robb parecia calmo, ele havia tomado sua decisão, mesmo sua mãe sendo contra, então não seria os lordes que lhe tiraria o sono.

 

“Não importa que ele seja um bastardo” Greatjon dizia me deixando um tanto quanto incomodado “Ele ainda é filho do Lorde Eddard Stark e foi criado como se fosse legitimo, saberá tomar conta de Winterfell e de nossas terras enquanto estivermos batalhando, além dessa ser uma decisão do Robb”

 

 

 

 

 

Já era noite e o casamento logo iria acontecer. Não tinha trazido nenhum traje adequado para a ocasião, afinal esperava ir para a guerra e não para um casamento, foi Robb que me socorreu, ele me emprestou um dos seus muitos gibões, ele sabia que eu não podia ostentar as cores e o símbolo da família, então me emprestou um gibão negro de couro fervido acolchoado no peito, ele era bem diferente dos meus, não tinha ornamentos ou bordados, tinha mangas bufantes, gola alta. Robb também me emprestou um corrente de prata, daqueles que desciam pelo os ombros e vinha até o peitoral – Vestido parti junto com uma grande comitiva para As Gêmeas, o restante do exército havia levado o acampamento para os pés do portão e lá Lorde Walder Frey prometeu servir um pequeno banquete. Acompanhei Robb e os seus Lordes para o Grande Salão, três cumpridas mesas haviam sido montadas de frente ao Palanque de Honra, a onde Walder Frey, sua jovem esposa e um dos seus filhos já se encontravam sentados, sabia que os outros dois lugares vazios eram para Robb e Roslin. No segundo andar uma banda tocava de forma animada O Urso e a Bela Donzela. No momento que Walder viu nossa chegada ele se levantou e veio caminhando ruidosamente até Robb.

 

“Vamos acabar logo com isso” falou o velho em um tom rabugento “Irei trazer sua esposa”

 

Robb pareceu nervoso, ele ajeitou o manto branco com o lobo cinza que cobria seus ombros e colocou as mãos para trás, olhava para o corredor a onde Lorde Walder havia saído e em seguida olhava para o Septão que estava a sua frente, logo depois olhava para a Lady Catelyn e novamente olhava para o corredor. A musica parou e todos ficaram em silêncio, nesse instante Lorde Walder Frey retornou com Roslin segurando em seu braço, ela estava incrivelmente linda, usava um manto com as cores de sua casa, seu cabelo estava arrumado em um bonito penteado e ela usava um belo vestido dourado por baixo do manto, um vestido com belos ornamentos que fazia ela parecer um princesa – O velho Lorde levou sua filha até Robb, então meu meio-irmão trocou de lugar com o velho, ela segurou em seu braço e juntos foram até o Septão.

Após alguns minutos do Septão explicando o valor do amor e da união ele finalmente manda Robb cobrir Roslin com seu manto, Robb rapidamente tira o manto branco com o lobo cinza da Casa Stark e coloca sobre os ombros de Roslin, com isso a cerimônia é encerrada, Roslin agora não era mais Frey e sim Stark, esposa do Robb e futura mãe do próximo herdeiro de Winterfell, enquanto isso o velho Lorde Walder finalmente conseguiu o que ele tanto desejou, no futuro ter um neto como Lorde em uma grande casa.

Com o fim da cerimônia a banda começou a tocar a divertida A Mulher do Dornês, então servos entraram trazendo vinho, cerveja e hidromel, à medida que as bebidas eram servidas a banda tocava de forma mais animada e logo o clima era de um verdadeiro casamento, com homens e mulheres dançando em meio as mesas – Me estiquei para pegar uma caneca de cerveja da grande bandeja de madeira que mais parecia um escudo, tomei um gole da cerveja, e ela era tão amarga e forte que senti uma pequena agonia na mandíbula, simplesmente adorei, o Senhor meu Pai deixava a gente beber só em ocasiões importantes, então aproveitava aquele momento de liberdade bebendo outro grande gole. Quando a banda começou a tocar O Último dos Gigantes, os servos começaram a servir comida, primeiro foi servido um grande leitão assado na pedra, sua pele brilhava, quando o servo começou a cortá-lo em pedaços, pude escutar estralar de tão crocante que estava, o letão foi servido em fatias junto com um maravilhoso purê de batata doce, admito que me deliciei, estava incrível, mas infelizmente não deu tempo para pedir uma nova porção, pois logo o segundo prato era servido, uma sopa cogumelos, a sopa estava escaldante e apimentada e muito gostosa por sinal, ela era servida dentro de grandes pães negros duros feito há a alguns dias, o terceiro prato era peixe assado na pedra recheado com uma deliciosa farofa de hortelã e erva doce – Já estava incrivelmente cheio quando o quarto prato foi servido, era um casamento então não podia faltar a torta, a imensa torta era recheada com carne de porco, frango e carne bovina além de cenouras, batatas, e cogumelos, o cheiro era delicioso, então mesmo cheio tive que comer pelo menos um pedacinho. Suava por causa da pimenta da torta e também por estar um pouco tonto por causa da cerveja, no momento que um dos servos apareceu com uma jarra de madeira na mão preenchendo os cálices, eu levantei e fui atrás dele, ele encheu minha imensa caneca e eu a virei bebendo a metade do conteúdo de uma vez, sorri sentindo o mundo girar, logo a banda voltou a tocar A Mulher do Dornês, eu completamente empolgado, ou seria bêbado? Me juntei a Greatjon e comecei a cantar com ele.

 

♫  A esposa do dornês era tão belo como o sol,

e seus beijos eram mais quentes do que primavera.

Mas a lâmina do dornês era feito de aço preto,

e seu beijo era uma coisa terrível. ♪

 

Em meio à cantaria senti alguém me puxar, nesse momento vi meu meio-irmão, ele sorria e estava com um belo cálice de prata na mão, suas bochechas estavam vermelhas e isso significava que ele também estava aproveitando a liberdade de beber o quanto quiser – Robb me levou para longe do Great Jon, já perto da saída ele colocou seu braço direito sobre meus ombros.

 

“Preciso de um favor” falou em tom baixo.

“Diga” falei.

“Esta chegando à hora de ir para o quarto...” ele começou a falar, mas eu o interrompi.

“Não irei ajudá-lo a consumar seu casamento” falei.

“Cala boca e me escuta” ele dizia em um tom irritado “Quero que no momento do ritual ridículo dos homens levar a noiva ao quarto, você não deixe ninguém tocá-la”

“Como irei fazer isso?” perguntei indignado “Greatjon com certeza vai ser o primeiro da fila”

“Peguei-a, jogue ela em seus ombros e leve ela correndo para o quarto” ele dizia.

“Vou tentar” falei.

 

Robb voltou para Palanque e eu saí à procura do servo com a jarra de cerveja, o encontrei enchendo a caneca do Greatjon, coloquei a minha para ser cheia em seguida e voltei a beber, o chão há muito rodava sobre meus pés, mas isso apenas deixava tudo mais divertido, principalmente quando começou a tocar O Cavaleiro Manco, confesso que naquela noite eu não estava agindo como eu mesmo, talvez por que o festim não acontecia em Winterfell, talvez estava compensando o divertimento que perdi quando Lady Catelyn me proibiu de ir ao festim em homenagem ao Rei Robert Baratheon. Lembro-me como aquilo me deixou triste e logo depois como me deixou chateado e irritado. Pelos menos terei lembranças divertidas do casamento de meu irmão! Pensei me deixando levar com as brincadeiras de Greatjon, de longe o que mais bebia, cantava e dançava – Nesse momento Lorde Walder Frey interrompeu a banda que parou de tocar, ele se levantou.

 

“Chega, se não iram beber toda minha cerveja e vinho” ele dizia naquele seu tradicional tom rabugento “Vamos, levem eles logo para o quarto, espero que meu neto seja feito hoje ainda”

 

Observei os olhos do Greatjon brilharem, então corri na frente, antes de qualquer um eu cheguei no palanque, Roslin havia se levantado, ela estava corada e parecia assustada, eu ofereci minha mão, ela hesitou por alguns segundos, mas pegou em seguida subiu em cima da mesa. Em minha mente já estava tudo planejado, eu iria puxá-la a jogando em cima de meus ombros, então a levaria correndo para o quarto em segurança, mas esqueci que estava um tanto quanto tonto, no momento que a puxei para frente eu me desequilíbrio e cai de costas no chão, Roslin caiu por cima de mim, então senti um baque forte na cabeça e um ardor nos lábios, abri meus olhos e vi os grandes e assustados olhos de Roslin, só ai percebi que estávamos com os lábios colados, nem eu nem ela nos movemos, ficamos parados de lábios colados, nesse instante Roslin foi erguida por Greatjon que a levou para o meio dos homens, senti um gosto salgado na boca e algo quente escorrendo pelo o meu queixo, coloquei a mão e vi que era sangue, o dente dela havia cortado meu lábio inferior, levantei meio cambaleando e dei de cara com Robb que estava no meio de um monte de feias mulheres, em sua maioria Freys.

 

“Eu tentei” falei baixinho.

“O que ta fazendo?” ele dizia irado “Vai atrás dela”

 

Usei todas minhas forças para correr. Saí do Grande Salão e corri igual um louco pelo um cumprido corredor, quando cheguei a Roslin ela já não estava vestida com o manto Stark, nem de vestido ela estava, a coitada estava vestida apenas com seu vestido intimo, um vestido branco feito de seda leve que era bem transparente, ela estava praticamente nua, pois eu podia ver o rosado de seus mamilos e o castanho dos pelos de sua buceta, a segurei em seu braço e tirei ela de perto do Theon, segurei em sua mão e corri com ela, Roslin me acompanhou sem hesitar.

 

“Diga-me a onde fica o quarto” falei.

“Suba à direita” ela respondeu em um tom já meio ofegante “Depois vire a esquerda, a ultima porta”

 

Virei à direita a onde tinha uma escada, subi a escada com velocidade até chegar ao ultimo degrau, em seguida virei à esquerda e continuei a correr, podia escutar passos na escada, aumentei o passo e até finalmente chegar à ultima porta, na realidade era uma grande porta dupla, ali parecia ser um dos maiores aposentos do castelo, parei em frente as portas.

 

“Entregue” falei.

“Obrigada” ela respondeu com a cabeça baixa.

 

Já ia me virar e sair enquanto ela entrava quando percebi que tinha atrapalhado uma grande tradição, talvez o álcool estava falando por mim naquele momento, só sei que me virei e dei um passo na direção de Roslin, ela ergueu a cabeça surpresa, então segurei em seu vestido intimo e dei um puxão para cima, não sei em que momento ela ergueu os braços, só sei que o tirei pela a sua cabeça, com o vestido intimo dela em minhas mãos a vi da forma que venho ao mundo, seus pequenos seios estavam com os mamilos rígidos e pontudos, sua pele branca como neve recém caída, cintura fina e uma leve curva no quadril, finos pelos castanhos cobriam sua buceta, que na minha bêbada imaginação era pequena, macia e rosada. Roslin completamente corada tampou seus seios com os braços e deu um passo para trás.

 

“Estar feito” falei em um tom sério “Agora entre antes que os outros cheguem e quando meu irmão vier o faça feliz”

 

Fiz um esforço tremendo para me virar e em seguida sai dali, em minha mente ainda estava aquele belo corpo, naquele instante senti uma pontada de inveja do Robb, pois logo ele estaria com aquela garota em seus braços, logo estaria a fazendo mulher, enquanto eu provavelmente estarei vomitando por ter comido e bebido demais.

 

 

 

 

 

Engraçado como a vida às vezes era irônica. Ontem o dia se inicio com Robb achando ser o homem de maior azarado no mundo, hoje ele com certeza deve se achar o homem mais afortunado de todos, afinal encontrou uma bela e jovem mulher no ninho das feias. Enquanto meu irmão consumava seu casamento, eu passei a noite vomitando, aprendi do pior jeito possível que beber e comer demais não faz bem – Levantei com os primeiros raios do dia e lavei meu rosto na bacia que se encontrava no parapeito da janela, eu estava dividindo o aposento com quatro cavaleiros, foi engraçado ver que cada um estava deitado com uma mulher, eu tinha sido o primeiro a vim para o aposento, logo depois de passar mal, dormi e simplesmente não escutei nada, com certeza devo ter desmaiado. Tentei não olhar para os corpos nus das mulheres, que deviam ser prostitutas, nenhuma delas era bonita, mas uma ruiva havia atraído minha atenção, ela estava deitada em cima de um dos cavaleiros, sua bunda era grande e redonda, sua buceta raspada fazia ela parecer uma menina não florescida. Caminhei até o canto a onde eu havia dormido tendo a certeza que eu era o único homem que não havia transado ontem, tirei o gibão que o Robb me emprestou e coloquei dentro da bolsa de montaria, em seguida vesti um gibão simples de linho grosso e por cima do gibão uma cota de malha, por cima da cota um casaco de couro fervido e ao redor do pescoço um macio pelo de lobo, a calça também era de couro fervido, calcei minhas surradas botas de montaria e em seguida amarrei o cinto em minha cintura, no cinto duas bainhas, uma grande e uma pequena, a grande carregava uma espada enquanto a pequena um punhal. Já estava vestido para viajar no frio Nortenho, já ia sair quando vi o vestindo intimo da Roslin, não tinha idéia porque tinha trazido aquele vestido comigo, o peguei e por um segundo senti o perfume dela emanando do vestido, rapidamente o enfiei para dentro da bolsa de montaria, puxei as cordas e fechei a bolsa, em seguida a joguei em cima dos meus ombros. Já estava saindo do aposento quando senti braços me abraçar por trás, me virei e vi a ruiva.

 

“Não quer iniciar seu dia de uma maneira formidável?” ela perguntou.

“Não, obrigado” falei em um tom seco “Talvez um deles queira”

 

Tirei as mãos dela de mim e fui até a porta, em seguida sai do aposento, sabia que logo aqueles homens e aquelas prostitutas iriam acordar e a primeira coisa que eles iriam fazer era sexo – Caminhei pela o castelo, ele parecia estar dormindo ainda, pois não encontrei ninguém em seus corredores, andei até chegar ao pátio, alguns homens dormiam no relento, alguns abraçados a prostitutas e outros abraçados a barris de cerveja. Passei por eles indo até o estábulo, demorei cinco minutos para encontrar meu cavalo em meio a tantos, em seguida demorei mais dez minutos para encontrar uma escova, quando finalmente encontrei tratei de escová-lo, tinha ainda algum tempo antes dos outros acordarem, deslizava a escova pelo o pescoço dele e descia pelo seu costado, minutos depois terminei de escová-lo, então o arreei e amarrei a bolsa de montaria na sela, o guiei até o final do estábulo  amarrando as rédeas no pilar de madeira – Saí dos estábulos e voltei para o castelo, o sol já estava brilhando e o castelo já não estava dormindo, encontrei serviçais tentando limpar a sujeira da noite, enquanto outros corriam para com ingredientes para o desjejum. Tinha pedido um grande pão preto que uma serviçal trazia em uma imensa bandeja de madeira. Comi o pão enquanto subia a escada a procura da cozinha, precisava de mantimentos para retornar a Winterfell. Subi o ultimo degrau e virei à direita, nesse momento dei de cara com Robb e Roslin, os dois estavam de braços dados, ambos pareciam felizes e satisfeitos, ele usava o mesmo gibão da noite de seu casamento, enquanto ela usava uma grossa capa de viagem. Curvei-me diante deles e permaneci calado.

 

“Bom dia, Jon” Robb dizia em um tom entusiasmado.

“Bom dia” o respondi.

“Estávamos a sua procura” ele falou “Por um segundo temi que já estivesse partido”

“Estava à procura da cozinha” respondi a verdade “A viagem não é nada curta”

“Sei que queria ajudar a resgatar o Senhor nosso Pai” Robb dizia olhando diretamente em meus olhos “Winterfell precisa de você, eu preciso de você lá, protegendo nossa casa, nossos irmãos menores” ele sorriu colocando sua mão direita em meu ombro “E pedirei que proteja minha esposa também”

“Não mentirei dizendo que fiquei feliz em voltar” falei com total sinceridade “Mas fico lisonjeado por vossa confiança, prometo cuidar de tudo até vosso retorno e o retorno do Senhor nosso Pai”

“Preciso ir organizar a partida” ele dizia “Deixo Roslin sobre sua responsabilidade”

 

Então se virou e beijou as mãos e testa da esposa, sussurrou algo em seu ouvido que a deixou corada, já ia deixá-la quando mudou de idéia e a puxou para seus braços lhe dando um abraço, desviei o olhar para dá alguma privacidade. Após despedir da esposa Robb veio até mim, ele apertou minha mão, senti um aperto no coração, aquela poderia ser a ultima vez que eu iria vê-lo, o puxei para um abraço.

 

“Sorte irmão” falei.

“Cuide de tudo, eu vou voltar” ele respondeu.

 

Robb se virou e saiu em passos rápidos sem olhar para trás, desceu as escadas e continuou seu caminho, eu tinha certeza que ele iria até o fim do mundo para resgatar o Senhor nosso Pai, eu confiava nele, em sua honra e em sua coragem – Me virei e vi que Roslin estava tentando segurar o choro, não era fácil para ela, tinha acabado de casar e já estava se despedindo do marido, fiquei a observando, chegava a ser engraçado o tanto que ela era bonita, parecia uma sensível flor. Nesse instante ela virou seu rosto e percebeu que eu estava encarando-a, suas bochechas ficaram vermelhas e ela abaixou a cabeça, logo me lembrei da noite anterior quando lhe tirei o vestido intimo e a deixei nua, essa lembrança aqueceu meu corpo e me deixou corado também, tínhamos uma grande viagem pela a frente e não queria manter aquele clima estranho.

 

“Peço desculpas” falei curvando minha cabeça “Tinha bebido muito mais do que estou acostumado, Robb pediu para eu salva-la dos outros convidados e no fim fiz algo que me deixou verdadeiramente envergonhado”

“Não precisa se desculpar” ela dizia “Fico agradecida por ter me salvado, pois eles teriam me deixado nua bem antes e não tenho idéia aonde iriam me tocar até chegarmos ao quarto” Roslin deu uma pausa e ergueu a cabeça, pude ver um tímido e belo sorriso formar-se em seus lábios “Então agradeço e digo que estou sob vossos cuidados”

“Então me mostre a onde é a cozinha” falei tentando um tom descontraído “Partiremos assim que eu pegar provisões para a viagem”

“Creio que já foi providenciado” Roslin dizia “O Senhor meu Pai providenciou, ira três cavaleiros dele e três do Senhor meu Marido como nossa escolta”

“Hum... desculpe minha ignorância” falei um tanto quanto sem graça “Pensei que iria retornar sozinho, um bastardo não anda com escolta, tinha esquecido do alto nascimento da senhora”

“Aposto que seria mais rápido se fossemos nós dois!” ela dizia.

“Mas rápido e menos seguro” falei “Vamos Minha Senhora” ofereci meu braço.

 

Roslin o aceitou entrelaçando seu braço ao meu, tamanha proximidade me deixou incomodado e eu não sabia o porquê, talvez estava incomodado por no fundo gostar de estar perto dela, pois sua pele era quente e seu perfume suave e gostoso. Balancei a cabeça tentando afastar esses pensamentos de minha mente e continuei a andar ao lado dela indo em direção ao pátio. Quando chegamos encontramos tudo preparado para nossa partida, meu cavalo e o dela já estavam no pátio. Além dos seis cavaleiros havia dois porta-estandartes um trazendo o estandarte da Casa Frey e o outro da Casa Stark, também havia uma grande carroça puxada por dois fortes cavalos, alem dos mantimentos ela trazia os baús com as coisas da Roslin – Parei em frente ao belo garanhão branco da esposa do meu irmão.

 

“Precisa de ajuda, Minha Senhora?” perguntei.

“Sim, Meu Senhor” ela respondeu

 

Roslin passou seus braços ao redor do meu pescoço e eu passei os meus ao redor de sua cintura, com um movimento forte eu a ergui do chão já a colocando sentada na sela, ela passou sua perna direita pela a sela e montou de forma perfeita já pegando nas rédeas com firmeza.

 

“Agradecida” ela dizia em um tom corteis.

“Não foi trabalhoso” falei no mesmo tom.

 

Em seguida fui até meu cavalo e o montei com facilidade, fiz meu cavalo se mover indo para o lado do cavalo dela.

 

“Lady Stark, eu não sou um Senhor então me chame apenas de Jon” falei.

“Assim que me chamar apenas de Roslin” ela dizia em um tom sorridente.

 

Nesse momento os portões foram abertos, dois dos cavaleiros partiram na frente como batedores em seguida os porta-estandartes, bati meus tornozelos no costado do meu cavalo e ele começou a trotar, Roslin fez o mesmo com o seu cavalo ficando pareio ao meu. Logo atrás da gente os outros quatro cavaleiros da nossa escolta e por ultimo a carroça que trazia os mantimentos e as coisas da Roslin. A viagem duraria vários dias, tempo o bastante para esquecer a imagem de Roslin nua e lembrar que ela é a esposa do meu irmão, uma Senhora bem nascida. Tinha errado de ter tirado o vestido intimo dela, mais meu erro foi por causa da bebida, agora que passarei tanto tempo com ela terei a oportunidade de mostrar que não sou aquele tipo de pessoa. 


Notas Finais


comentários motivam ^^


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...