História This is Love? - A Work and Teen Friends

This is Love? - Capítulo 6

A Work and Teen Friends

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A jovem acorda bem mais cedo que o normal. Não eram nem cinco horas ainda. Eram 04h12min. da madrugada. O motivo de ela ter acordado tão cedo assim? Simples. Ela estava extremamente ansiosa, esperou por esse dia, durante anos. Sem nunca ele realmente chegar. Então é perfeitamente normal, ela ficar ansiosa quando ele chegou, certo?

Ela se levanta e se preocupa em tomar um banho, para despertar melhor. Não queria de forma alguma, parecer sonolenta na presença dele. Ela queria estar em um estado físico e mental, ótimos, em seu reencontro com o moreno. Além de querer muito ver o que tinha mudado no mesmo. Se a aparência ou a personalidade mudaram. Afinal, ele sempre fora um dame quando eram mais novos, ele continuava assim, ou havia mudado? Ele havia deixado de ser o " Dame-Tsuna " que todos conheciam e haviam se acostumado? Ou ele não mudara nada? Todas as respostas para essas suas perguntas, e mais outras, a respeito do moreno, seriam esclarecidas quando se encontrasse com o mesmo. Ou era assim que ela esperava que acontecesse.

Desceu rapidamente as escadas, logo indo para a cozinha. Preparou um café da manhã simples para comer, e deliciou-se com o mesmo. Ela tinha se superado. Achava que suas habilidades de cozinha haviam se rebaixado, por não ter mais cozinhado, já que quando estava presa, lhe davam comida, e quando finalmente fugiu, a senhora que cuidava dela, lhe alimentava também. Mas, inesperadamente, suas habilidades na cozinha, continuavam boas como nunca. Na verdade, até melhor do que antes. Mas, talvez, a melhora de suas habilidades na cozinha sejam frutos da animação e felicidade, que estava a sentir no momento. Ela não sabia exatamente se era realmente isso mesmo, ou se havia mesmo melhorado na cozinha.

Assim que acaba de comer seu café da manhã, sobe novamente para seu quarto, e escolhe algumas roupas para vestir. Depois de um tempo escolhendo, a mesma vai até o banheiro e se troca, colocando uma blusa branca, com as longas mangas pretas, uma saia azul marinho e uma sapatilha igualmente branca. Uma roupa bem simples, na verdade. Deixou seu cabelo solto mesmo, porém o penteou e o arrumou, para que não ficasse bagunçado. Seus cabelos ruivos iam até sua cintura, e eram lisos, então sempre foi extremamente fácil de arrumá-los.

Ela resolve sair de casa para um pequeno passeio, e imaginando que deveria procurar um emprego também, afinal, ela não poderia gastar o dinheiro que alguém gentilmente lhe concedeu. Com esse pensamento em mente, passou por várias lojas e empresas, assim como pequenos negócios, procurando vagas. 

Depois de um tempo, ela finalmente achou uma vaga disponível em um restaurante de luxo que tinha na cidade. Ela não se lembra dele, então imaginou que fosse novo. Ou pelo menos de quando ela já não estava mais na cidade. Só de pensar nisso não deixou de se sentir um pouco triste, mas logo em seguida recuperando a animação, pensando que não poderia se encontrar com ele tristonha nem coisa do tipo. 

Ela ficou um tempo discutindo com os donos do lugar, sobre o horário de trabalho, e seu pagamento. O lugar pagava bem, e era extremamente justo, algo que conquistou de imediato a jovem ruiva, fazendo a mesma aceitar o trabalho. Ela trabalharia a partir da próxima segunda. Os dias de trabalho eram de segunda à sexta, das 08h00min. da manhã até as 20h30min. da noite. Era bastante tempo até, mas o pagamento era deveras justo e o trabalho não era tão difícil. Pelo menos para ela. Ela teria que dividir. Uma hora serviria de garçonete, e na outra de cozinheira, assim como as vezes seria a encarregada de limpar e fechar o local. De alguma forma inexplicável, logo que conheceu a dona do lugar, ganhou sua confiança. Deveria ser um recorde, ganhar a confiança de uma pessoa em menos de dez segundos.

Assim que terminou de discutir com a Sra. Harley, que era a dona do local, finalmente saiu daquele lugar. Olhou as horas e viu que eram quase nove da manhã. Ela havia demorado tanto assim? Chegou deveria ser umas cinco horas no local, e saiu apenas as nove? Isso fora mais demorado do que pensara que seria.

Ela resolve dar uma volta, apenas para passar o tempo mesmo. Iria apenas as 14h00min., então não precisava se preocupar com o tempo. Pelo menos, fora esse o horário que marcou com Yamamoto. Pelo que ele disse, o mesmo viria a buscar em sua casa, para levá-la até onde Tsunayoshi estaria. Mas, ele não especificou o lugar, fato que deixou a ruiva de certa maneira hesitante, mas, assim que se lembrou que era de um grande e bom amigo, acabou cedendo sua confiança para o mesmo. Ela não tinha culpa de não confiar mais tão facilmente nos outros. Ela fora sequestrada, e o pior de tudo era o fato de ter sido sequestrada por alguém que uma vez chamou de amigo, o mesmo a levou para longe de tudo e todos que ela conhecia, a assustando com isso, deixando a mesma aterrorizada. Ela lembra que isso aconteceu por causa de um  " convite " que o mesmo fizera para ela, alegando que queria se encontrar com ela depois de tanto tempo, revê-la e matar as saudades que sentia. Ela aceitou, e foi enganada. Acontece que ele queria a ver apenas para ver se conseguia alguma informação, e como não conseguiu, apelou. A sequestrou e a machucou, exigindo informações que a ruiva nem sequer tinha. Porém, depois de um tempo, finalmente ela conseguiu escapar de suas mãos ardilosas. Foi um alívio encontrar Yamamoto logo que chegou, afinal, se não tivesse encontrado, se ele não estivesse na cidade, ele poderia vir atrás dela e a capturar novamente, a torturando por tentar fugir. Isso se não a matasse. Foi realmente muita sorte ter encontrado seu amigo. Ou não. Pode ser que não tenha sido apenas sorte. Mas, pensar nisso lhe dava calafrios excessivos, então preferiu continuar a pensar que fora apenas uma sorte, ou simplesmente coincidência, ter se encontrado com seu amigo, assim que chegou. 

Depois de passar um bom tempo apenas passeando na cidade, resolve que estava na hora de voltar para casa, e assim que olha o horário viu que estava certa. Eram onze horas, até chegar em casa seriam onze e meia, até preparar a comida, meio dia. Até acabar de comer e se trocar, seria mais ou menos 13h15min., então não podia enrolar mais.

Assim que chegou em casa, foi diretamente até a cozinha e começou a preparar a comida. Enquanto cozinhava, se apressou em pegar alguns ingredientes mais, que estavam guardados para utilizar. Ao mesmo tempo que, guardou as coisas que havia conseguido comprar, com a mísera quantia de dinheiro que tinha consigo.

Quando finalmente tinha acabado de preparar a comida, como previu, era meio dia. 12h03min., na verdade. Comeu tranquilamente até dar, mais ou menos meio dia e meio. Na verdade, 12h45min. 

Animada, a ruiva subiu para seu quarto, e revirou o guarda-roupa em busca de uma roupa que poderia utilizar para se encontrar com o moreno. A mesma acaba optando por um vestido até os joelhos branco, com flores rosas na região superior, próximo ao pescoço, e no final do vestido. De calçado, escolhe um bege, simples. (N/A: Imagem nas notas finais. ;)) 

Logo quando finalmente havia acabado de se arrumar, desceu rapidamente as escadas e viu que eram 13h11min. Agradeceu mentalmente por não ter demorado muito, pegou um livro qualquer, sentou-se no sofá e ficou a espera de seu amigo, lendo. 

Lá pelas 13h45min., ele chega, dessa vez, pela porta, não sem antes tocar na campainha. Não demorou para que a ruiva o atendesse. E, por mais que a mesma tentasse ao máximo esconder sua animação, era óbvio demais – pelo menos para ele, que, assim como o Guardião da Nuvem, era conhecido por ser um excelente observador – a animação da ruiva.

— Você realmente está bem animada, não é, Kyoko? – Ele pergunta mesmo sabendo a resposta, vendo a ruiva corar diante disso, ficando sem jeito. — Bem, mas não acho estranho. Tsuna tem alguma coisa que faz todos ao seu redor ficarem próximos a ele. Por mais que as vezes eu suspeite que é por causa da harmonia do céu.. – O guardião continua, praticamente sussurrando a última parte, mais pra ele do que para ela.

Porém, mesmo assim, ela ouviu. E não deixou de ficar confusa com isso. Mas ela resolveu que era melhor não tocar nesse assunto, pelo menos por enquanto. Ela pensou em perguntar para o mesmo sobre a tal " Vongola ", mas alguma coisa dentro de si, dizia que era melhor para ela que não perguntasse, e, seguindo essa sensação de que não deveria falar sobre o assunto, ela ficou apenas calada. 

— Bem, melhor irmos, ele já deve estar te esperando. – O moreno diz com seu típico sorriso, calmo e tranquilo. 

A ruiva apenas assente com a cabeça, e ambos saem da casa, em seguida, entrando no carro negro que pertencia ao moreno. A jovem não deixa de se surpreender com o carro, principalmente ao entrar no mesmo. Ele era impecável e luxuoso. Imaginou que o moreno deveria ser bem rico então.

— Belo carro. – Disse simples. 

O moreno a olhou depois de alguns segundos, com seu típico sorriso ainda estampado no rosto, porém, agora bem maior do que anteriormente.

— Sim! O Tsuna fez questão que cada um de nós tivéssemos um carro. Seu irmão não é exceção. – Ele a informa.

— O Tsuna-kun?! – Ela pergunta surpresa.

— Sim, para mim, o Gokudera, seu irmão, Hibari e Mukuro. Todos nós temos um carro. E é claro que o Tsuna também. Na verdade, o Lambo também, mas como ainda é jovem demais para dirigir, sempre que quer sair, ele tem um motorista para levá-lo. – Ele diz simples, a deixando ainda mais surpresa. O quão rico Tsunayoshi era?! O pior é que ela se lembra exatamente de como era a casa do moreno. Era simples demais! É assustador pensar que alguém que não era rico, ter ficado talvez bilionário em tão pouco tempo, seis anos, na verdade. Ele saíra da casa de sua mãe e sua, quando fez dezoito anos, e se mudou para outro país. Agora o mesmo deveria estar com vinte e quatro anos, mais ou menos. 

— Incrível.. – É só o que a ruiva consegue dizer, arrancando mais um sorriso típico da chuva, de Yamamoto, que dirigia o carro tranquilamente.

Depois de uns minutos, finalmente chegaram. Era uma praça, bem aberta, por sinal. Logo ela desceu do carro, acompanhada de Yamamoto, que disse que iria com ela até ela se encontrar com Tsuna, por precaução, afinal, segundo ele, poderia ser perigoso ela andar sozinha pela cidade. Por mais que a mesma já fizera isso duas vezes desde que chegou..

Ela dá uma olhada em volta, mas não vê ninguém, o que a deixa de certo modo tristonha. Mas, imaginou que ele logo chegaria, afinal, ainda eram 13h56min. Ainda tinha quatro minutos. Eles estavam quatro minutos adiantados. 

— Vou dar uma olhada por aí, não vá muito longe. Caso precise, é só chamar que vou imediatamente. – Informa o moreno maior, se retirando logo após receber um aceno em confirmação da ruiva.

A mesma, dá mais uma olhada em volta, e, assim que avista a uma distância considerável, cabelos castanhos, desafiando a gravidade, sente seu coração acelerar. No início tinha receio de que não fosse ele, mas, o coração falou mais alto. No que resultou? Resultou numa ruiva correndo em direção à ele. Assim que chegou  mais perto, viu o mesmo se virar, e o abraça desesperadamente. 

Ficou ainda mais feliz quando teve a confirmação de quem era, ao sentir ser abraçada também. O aperta ainda mais, enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, mas ela não estava triste. Nem um pouco. Eram lágrimas de alegria. Ela estava muito feliz, mesmo. 

Depois de alguns segundos, ou minutos, finalmente se separam, dando a oportunidade de ela reparar melhor no moreno. Não deixou de se surpreender ao ver que ele havia mudado e muito. Tinha crescido bem mais, e agora não parecia tão tímido e muito menos medroso, como era antigamente. Ele tinha ficado muito mais bonito com o tempo, e isso ela não podia negar, de forma alguma. Ele usava uma camisa branca fina, e por cima um suéter laranja, com listras laranja escura, uma jeans azul escura e um tênis simples preto e branco, simples porém bonito. Lindo, na verdade, pelo menos na opinião da ruiva.

Na visão dele, ela estava exatamente como naquela vez, que foram para o futuro. Linda. Simplesmente linda. Viu ela se surpreender um pouco sobre sua aparência, e o máximo que conseguiu fazer foi sorrir. Sorrir, meio sem jeito, pois sabia que havia mudado e muito. Reborn fazia questão de o lembrar disso frequentemente, dizendo que estava orgulhoso, pois ele não era mais tão medroso como antes, coisa que segundo ele, o ajudaria em seu " trabalho " de líder da Vongola.

Yamamoto, que havia chegado a alguns segundos atrás, apenas sorri. Feliz por seu chefe e amigo, assim como feliz pela ruiva, afinal, ambos os dois estavam muito felizes com esse reencontro. 

— Agora que eu sei que vocês dois vão estar juntos, vou voltar logo. Não quero atrapalhá-los. – Diz a Chuva para ambos, fazendo a ruiva corar e Tsuna sorrir ainda mais sem jeito. 

— Obrigada, Yamamoto.. Muito obrigada, mesmo. – Falava a ruiva quase chorando novamente, fazendo ambos os morenos, sorrirem, diante da enorme felicidade da ruiva, e do sorriso enorme que ela continha estampado no rosto.

— Vejo você depois, Yamamoto. – Tsuna se despede sorrindo, ganhando a atenção da ruiva, que estava ao seu lado. 

" Ele parece mais calmo e confiante agora.. " – Ela pensava notando as mudanças que ocorreram com ele agora.

Logo após Tsuna de despedir de Yamamoto, e vice-e-versa, Tsuna sorri gentilmente para a ruiva, feliz por vê-la depois de tanto tempo. Afinal, ele sentira muito a falta dela. 

Ambos ficam alguns minutos conversando enquanto passeavam por vários lugares, até que a ruiva pensa em perguntar para o moreno sobre a " Vongola ". Ao contrário de quando pensou em perguntar para Yamamoto, algo dizia que não faria mal, se abrir para ele. Decidindo mais uma vez seguir essa sua intuição, resolve perguntar sobre isso, e contar sobre o que aconteceu com a mesma, mesmo estando um pouco hesitante. 

O que ela não esperava era que, Tsunayoshi, com sua " Intuição Vongola ", já havia notado que ela queria contar algo para ele, porém estava hesitante sobre isso, algo que faz ele apenas sorrir. Era perfeitamente normal o estado de confusão em sua mente, afinal, fazia muito tempo que não o via, não tinha certeza se o mesmo ainda era confiável. 

— Nee, Tsuna-kun.. – Ela chama meio hesitante, ganhando sua total atenção. 

— Algum problema, Kyoko? – Ele pergunta com um sorriso gentil nos lábios, tentando acalmá-la. Coisa que funcionou, já que ela parecia um pouco mais tranquila depois disso, por mais que havia estranhado um pouco, afinal, ele sempre a chamara de " Kyoko-chan ", e não de Kyoko. Isso a fizera corar por alguns segundos, naturalmente.

— Na verdade.. tem algo que eu gostaria de lhe perguntar.. – Ela fala ainda hesitante, porém menos que anteriormente. 

— O que foi? Pode perguntar.  – Ele diz curioso.

— Você.. por acaso.. – Ela começa temerosa, porém ele sorri novamente para a mesma, a acalmando um pouco mais. — ..sabe o que é a Vongola?..

O moreno se surpreende com a pergunta da ruiva, mas não deixa isso transparecer. Reborn literalmente havia martelado em sua cabeça o fato de que deveria esconder ao máximo suas emoções em situações como essas. E, é exatamente por causa disso, que conseguiu manter total calma diante da pergunta da ruiva. A ruiva olha para o mesmo preocupado, e, para tentar acalmá-la mais uma vez, sorri. O mesmo sorriso calmo e gentil de sempre.

— É difícil alguém que não conheça a Vongola.. principalmente no estrangeiro. – Ele explica a olhando. A mesma parece compreender, porém fica ainda mais curiosa. Ao perceber isso, acabou que um sorriso surgiu em seu rosto. — É o nome de uma empresa de sucesso. Na verdade, é considerada a melhor e maior do mundo. 

Ele pode ver ela arregalar um pouco os olhos, surpresa e admirada com isso. Agora que parou para pensar, já ouviu esse nome em algum lugar..

— Ah! Me lembrei agora! O Reborn-kun falava sobre ela quando éramos mais novos, não é? Por que? – Ela diz assim que se lembra, surpreendendo o moreno com sua ótima memória. Porém, isso acaba o deixando preocupado também, ela poderia ser uma vítima escolhida por causa dessa sua memória, poderiam ir atrás dele com esse propósito, se contasse algo que não deveria para ela. 

— Ah.. isso.. é meio que uma longa história, mas, posso lhe dizer que, seu irmão, Yamamoto, Gokudera, Hibari, Mukuro, Chrome, e até mesmo Lambo e Reborn, assim como eu, trabalhamos lá. – Ele conta vendo a ruiva arregalar os olhos, surpresa, e, mais do que isso, nervosa. Uma pessoa comum, não perceberia, mas graças a sua intuição apurada, conseguiu notar uma atitude um pouco diferente na ruiva, que ele reconheceu como nervosismo. — Algum problema com isso?

— Na verdade.. quando fui sequestrada.. eles falaram coisas como: " Vongola " e " Décimo ".. por isso, resolvi lhe falar sobre isso.. gostaria de saber sobre o que ele estava falando.. – Ela abre o jogo meio tristonha, deixando o moreno surpreso ao descobrir sobre isso. Um inimigo tinha a encontrado?! E pior, a sequestrado?! 

— Entendo.. então não adiantou nada eu ter mudado de país, no final das contas.. – O moreno murmura para si mesmo, porém é ouvido pela ruiva, que resolve nada dizer, pois estava surpresa demais com o que acabara de ouvir, para isso.

O que ele quis dizer com aquilo? Como assim não adiantou nada ele ter mudado de país? Quer dizer que, tinha um motivo escondido para ele sair do Japão? Não era só trabalho? E, ele não pareceu ficar tão surpreso nem preocupado ao saber que ele estava na empresa que aquele cara queria. Ele havia esquecido que também corria o risco de ser sequestrado, por possivelmente ter as informações que o sequestrador procura? 

Mesmo que involuntariamente, as lembranças negras sobre o que aconteceu, passaram pela sua mente, e, quando finalmente percebeu, já tinha uma grande quantidade de lágrimas escorrendo em seu rosto, enquanto tremia, diante de todas aquelas horríveis e torturantes lembranças repassavam várias e várias vezes, em sua mente.

Foi surpreendida quando se sentiu protegida, por braços quentinhos que conhecia já tão bem, porém quase não se lembrava dos mesmos. Tsunayoshi havia a abraçado, provavelmente para acalmá-la. 

Ele a aperta mais em seus braços enquanto acaricia a cabeça da mesma, tentando acalmá-la. O moreno provavelmente havia percebido que ela tinha desencadeado péssimas lembranças que até o momento, pareciam trancadas a sete chaves em sua cabeça, a impedindo de se sentir tão triste assim. 

Eles ficam longos minutos abraçados, enquanto ela soluçava abraçada ao moreno. Logo que se separaram, ele fez questão de limpar as lágrimas do rosto da ruiva, que apenas apertou seu suéter, agora molhado pelas lágrimas que a ruiva derramara no mesmo. Mesmo assim, o moreno parecia nem se importar com isso, estava preocupado demais com o estado mental e emocional da ruiva, assim como estava ocupado demais tentando acalmá-la, fazê-la parar de chorar.

Depois de vários minutos, de lágrimas, soluços e apertos, eles se separam, mesmo que contra vontade, afinal, já estava tarde, e ambos deveriam voltar para casa e logo. 

Eles dois vão até a casa da ruiva, pois Tsunayoshi afirma não ter pressa, e diz que não se importaria em acompanhá-la até sua casa, além do fato que poderia ser perigoso ela ser assaltada, por estar sozinha a noite. Assim que chegam, ambos param em frente a casa, para se despedirem. 

A ruiva não deixava de ficar preocupada pensando na possibilidade de ser sequestrada novamente enquanto saía para fazer compras, trabalhar ou até mesmo simplesmente passear, coisa que não passou despercebida pelo olhar do moreno, que tinha o título de ser o maior e melhor observador entre toda a Vongola. Sendo seguido por, Hibari em segundo e Yamamoto em terceiro. Já Gokudera também, porém apenas quando o assunto era seu amado e idolatrado " Jyuudaime. " Vendo isso, o moreno acaba sorrindo para ela, tendo como objetivo, acalmá-la, mais uma vez. 

— Não precisa se preocupar em ser sequestrada novamente. Isso não vai acontecer, então não se preocupe. Ele já sabe que você não sabe de nada, por isso, virá atrás de alguém que saiba. – Ele lhe informa. — Então, até a próxima. 

Assim que o moreno se retira, a ruiva adentra sua casa, logo em seguida notando algo muito importante que o moreno havia dito, e por pouco não havia passado despercebido.

" " Virá atrás de alguém que saiba ".. isso significa que ele mesmo está em perigo! Afinal, ele trabalha na Vongola! Não só ele, todos seus amigos mais próximos, até mesmo Lambo e Reborn, que são bebês! Todos estão correndo perigo! "

Ela finalmente havia percebido isso, porém, um pouco tarde demais, afinal, o moreno já havia voltado para sua casa. Por mais que estivesse preocupada com o moreno, algo lhe dizia que isso era algo sem a menor necessidade, e que ele ficaria bem. Não deixou de sorrir, se sentindo orgulhosa por estar tendo pensamentos tão otimistas sobre isso. 

A ruiva sobre para seu quarto, sem pressa, logo em seguida colocando algum pijama, e indo ao banheiro. Depois de sair do mesmo, a jovem vai até sua cama e se deita, logo em seguida, apagando a luz que provinha de um abajur ao lado da cabeceira de sua cama. Não demorou muito para que a mesmo conseguisse dormir, tendo uma noite calma e pacífica.