Eu estava feliz, me sentia segura, como se nada pudesse me deter, queria que fosse assim na vida real também mas tudo não passava de um sonho, e todas as manhãs eu acordava sendo apenas eu a mesma Meredith Rosencrantz de sempre.
O primeiro dia de aula para mim antes era animador, mas muita coisa mudou, cidade nova, escola nova, ALUNA NOVA, o pesadelo de muitos, e para ajudar eu estava atrasada.
Eu: Não... Não mãe viu minha mochila?
Mãe: Está aqui em baixo.
Eu: TA.
Mãe: Bom dia pra você também filha.
Eu: Ah desculpa mãe é que eu to atrasada, me da uma carona?
Mãe: Tudo bem, mas por que você não...
Eu: Sem perguntas mãe, por favor.
Mãe: Ta vamos então.
Eu: Obrigada.
Entramos no carro e dei graças a Deus de não estar transito.
Eu: Mãe me deixa aqui?
Mãe: Mas ainda falta uma rua pra chegar à escola.
Eu: Eu sei, mas não quero chegar...
Mãe: Entendi não quer chegar com a sua mãe.
Eu: Não é isso eu só não quero chegar nesse carro lá.
Mãe: Mas por quê?
Eu: Porque assim eles descobririam que nós somos, você sabe né.
Mãe: Ainda não entendi o porquê você queira esconder isso das pessoas.
Eu: Mãe você sabe bem que as pessoas mudam quando sabem disso.
Mãe: Tem razão tenha um bom dia filha.
Eu: Você também mãe tchau.
Desci do carro, e segui andando, agradeci mentalmente por ter chegado e o sinal não ter tocado ainda, enquanto todos colocavam a conversa em dia, como uma epidemia depois do baile, eu percebi que na verdade eu era e EPIDEMIA, a garota que ninguém sabia quem era, ou melhor, A CARNE NOVA DO PEDAÇO, fui direto a sala do diretor, ainda teria que pegar meus horários, ele não falou muito, apenas me entregou um papel com os horários, me deu as boas vindas e depois pediu para que uma funcionária me acompanhasse até o meu armário e me mostrasse à sala onde seria minha primeira aula – Química.
- Aqui esta seu armário – disse ela parando e apontando para um armário vermelho e me dando um papel escrito a senha dele – e sua sala é aquela ali, tenha um bom dia.
Eu: Você também.
Ela apenas sorriu e saiu andando me deixando ali, guardei minhas coisas no meu armário e me dirigi até a sala que ela havia me indicado, entrei e novamente todos olhavam para mim, andei até o fundo da sala e me sentei em uma cadeira vaga, uma garota logo se aproximou e sorriu para mim.
- Oi – disse ela me parecendo muito simpática – parece que você cometeu um pequeno erro, queridinha porque esse lugar é meu – é só parecendo mesmo pelo visto.
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