História This Is Not Real Life - Chloustin...

-- Esta com ciumes do Harry? -Arquei a sobrancelha.-

-- Talvez.

-- Nada a ver você com ciumes do Harry. -Deitei na cama rindo e ele revirou os olhos.-

-- Nada a ver porque?

-- Porque não faz sentido, somos amigos.

-- E ele sabe disso?

-- Sabe, Justin. -Foi a minha vez de revirar os olhos.-

-- Não, não. -Ele ficou em cima de mim. -- Não revire os olhos para mim.

-- Porque você pode e eu não? -Cerrei meus olhos para ele e ele riu me beijando.-

-- Tá com fome? -Eu assenti. -- Vai se arrumar, vou te levar para comer.

-- Não podemos comer aqui?

-- Ah, sair com o Harry ela sai, agora quando sou eu ela não quer. -Ele se fez de ofendido e eu ri.-

-- Já estou indo me arrumar. -Empurrei ele e levantei rindo. -- Ciumento.

-- Não sou nada. -Ele disse se ajeitando na cama.-

-- Cala a boca. -Disse rindo.-

Entrei no banheiro e me despi tomando um banho quentinho. Estava fazendo frio.

Botei um vestido cinza de manga longa e calcei minhas sandálias gladiadoras preta.

-- Esse vestido é quente? -Justin perguntou quando eu sai do banheiro secando meu cabelo.-

-- É, porque?

-- Porque está frio lá fora.

-- Okay.

-- Porque você molhou os cabelos, meu amor?

-- Meu coque soltou quando eu tava tomando banho ai eu tive que molhar o resto.

-- Vem que eu seco. -Ele me puxou pela cintura e eu ri.-

-- Vai secar meu cabelo?

-- Vou, porque? -Ele me indicou para sentar na cadeira e eu sentei.-

-- É fofo.

Ele riu pegando o secador e começou a secar meus cabelos aos poucos com toda calma possível. Eu olhava para ele pelo espelho, ele parecia concentrado.

-- Pronto, baby. -Ele botou meus cabelos de lado e eu sorri.-

-- Obrigado, Jay. -Disse levantando. -- Vamos?

-- Vamos.

Peguei minha bolsa e Justin segurou minha mão enquanto saíamos do quarto. Avisei que ia sair a minha mãe e entrei no carro de Justin.

-- Podíamos ir no Nutella Bar. -Sorri para Justin.-

-- Não. -Ele sorriu beijando minha testa. -- Você precisa se alimentar direito.

-- Então vamos no Billy's Bakery, por favor, ou então podíamos ir comer waffles.

-- Podemos comer waffles amanhã no café da manhã, hoje vamos no Billy's.

-- Tá bom.

Não demorou muito para chegarmos no Billy's Bakery. Os bolos daqui são uma delícia. Descemos do carro e Justin segurou minha mão.

-- Ah, desculpa. -Ele soltou minha mão sem jeito.-

-- Tudo bem. -Entrelacei nossos dedos. Eu sei que vão cair matando em cima da gente por isso, mas é um risco que eu estou correndo pelo Justin. Ele está sendo incrível comigo e eu tenho que pelo menos tentar fazer o mesmo com ele.-

Entramos na lanchonete e por sorte não tinha fila.

-- O que vai querer? -Justin disse puxando o menu para perto de nós dois.-

-- Acho que... torta salgada.

-- Sem torta de chocolate? Meu Deus, que milagre.

-- Bobo. -Empurrei ele rindo.-

-- Acho que o Patrick vai ficar bravo por eu não ter trazido ele. -Justin comentou e nós rimos.-

-- Leva um pra ele.

-- Vou fazer os pedidos, fica aqui.

Ele se aproximou do balcão e eu me encostei na parede com os braços cruzados olhando Justin conversar alegremente com o atendente. Meu celular começou a tocar na bolsa e eu o peguei rápido.

-- Alo?

-- Ei, baby, como está?

-- Andrew?

-- Não conhece mais minha voz, bebê?

-- Não me chame de bebê. -Disse calma. -- O que foi?

-- Só liguei para saber como estava, pelo o que aconteceu hoje mais cedo.

-- Estou bem.

-- Mesmo? Aquele garoto era meio... louco.

-- Estou bem, Andrew. -Falei séria.-

-- Tá bom então, só liguei porque me preocupo com você.

Eu finalizei a ligação de raiva. Esse cachorro me trai e vem com o papo de "eu me preocupo com você". Vai a merda.

-- Pronto. -Ele disse segurando as sacolas. -- Nossas sobremesas, agora vamos a algum restaurante aqui perto. -Ele olhou para mim. -- O que foi?

-- Nada. -Sorri de leve. -- Onde vai me levar?

-- Aonde quer ir? -Ele me puxou pela cintura.-

-- Quero comer massa.

-- Tem um restaurante aqui pertinho, quer ir até lá?

-- Pode ser.

Ele segurou minha mão e saímos da lanchonete. Justin avisou aos seguranças que iriamos num restaurante aqui perto e fomos andando mesmo. Podia ver as pessoas nos encarando e os paparazzis de longe tirando foto. Não foi uma boa ideia vim andando. Justin me puxou para mais perto dele e me deu um breve sorriso. Eu tentei retribuir, mas eu estava tensa. Talvez seja medo das Beliebers me matarem. Entramos no pequeno restaurante italiano e sentamos numa mesa mais ao fundo.

-- Tá nervosa? -Justin perguntou risonho e eu ri assentindo. -- Porque?

-- Não sei. -Passei a mão no rosto rindo. -- Acho que eu preciso de queijo.

Ele riu.

-- Pizza ou lasanha?

-- Pizza de frango.

Ele chamou o garçom e fez os pedidos, ele pegou lasanha a bolonhesa, o que com certeza eu vou comer também.

-- Vai me deixar pagar desta vez?

-- Não, sou o homem da relação.

-- Ahh, então temos uma relação? -Arquei a sobrancelha para ele e ele riu balançando a cabeça. Parecia uma criancinha fofa.-

-- Temos, não temos?

-- Talvez. -Sorri piscando os olhos e ele riu de novo. Gosto de ouvir a risada dele. -- É muito cedo para decidir isso.

-- Tem razão. Devemos aproveitar tudo isso aqui. -Ele apontou para nós dois e eu ri. -- Por isso essa noite vamos para minha casa no campo, fica a duas ou três horas daqui.

-- Vai me sequestrar, senhor Bieber?

-- Com todo prazer do mundo, senhorita Carter. -Ele piscou para mim.-

-- Tudo bem então.

-- Vamos passar o dia lá e se você quiser podemos vim amanhã a noite ou depois de amanhã.

-- Vamos ver o que vai acontecer nessa casa de campo e ai eu te dou a resposta.

-- Tá bom, gatinha. Ah, quero te mostrar uma coisa. -Ele tirou o celular e os fones do bolso do casaco e sentou do meu lado. -- É a minha música, vou lançar amanhã e quero saber sua opinião.

-- Ta bom.

Ele me deu um lado do fone e botou o outro. Justin apertou play e uma música doce invadiu meu ouvido. Cody, reconheci a voz dele. Apoiei meu queixo na palma da minha mão e fiquei prestando atenção na música. Sabe quando uma música te toca de um jeito inexplicável? Era o que estava acontecendo. Justin começou a cantar e eu me arrepiei toda.

-- Uau! -Eu botei a mão na boca escondendo o sorriso e ouvi Justin rir.-

Caramba, ele falando "mamãe". Meu coração não aguenta isso. Ele segurou minha mão e eu ri encostando meu rosto no pescoço dele. Acho que eu preciso de socorro depois dessa música. 

-- E ai? -Ele recolheu os fones.-

-- É perfeita. -Disse sorrindo. -- Meu Deus, amor. -Olhei para ele e ele sorriu. -- O que?

-- Você.

-- Eu o que?

-- Me chamou de amor. -Eu parei olhando nos olhos dele. Recapitulando o que eu disse... chamei mesmo, puta merda. Saiu sem querer.-

-- Desculpa. -Botei a mão na boca e ele riu segurando a mesma.-

-- Não, eu gostei. -Ele passou o polegar na minha bochecha. -- Gostou mesmo da música?

-- É perfeita. Na parte que você brinca com os vocais é... caramba, Bieber. -Empurrei ele de leve e ele riu.-

-- Que bom que gostou.

-- Todos vão amar, acredite.

-- E olha o que eu tenho aqui. -Ele desbloqueou o celular eu vi meu nome: "Just a Fool- Chloe Carter ft. Cody Simpson". -

-- Eles lançaram? -Ele assentiu.-

-- Hoje mais cedo, acho que era uma da tarde.

-- Nem me disseram nada. -Eu ri. -- Você gostou?

-- Você está perfeita como sempre. -Ele passou os lábios pela minha bochecha. -- Quando gravou com o Cody?

-- A alguns meses atrás mas estava esperando a hora certa de lançar.

-- Nós dois lançamos músicas com ele.

-- Na verdade você não lançou ainda. -Falei rindo.-

O garçom nos interrompeu com minha pizza pequena e o pedaço de lasanha de Justin.

-- Obrigado. -Falamos na mesma hora e ele sorriu saindo.-

-- Você vai me dar lasanha, não vai? -Sorri e ele negou. -- Como assim não?

-- Não vou dar. -Ele disse rindo.-

-- Você é muito ruim.

-- Estou brincando. -Ele beijou minha bochecha. -- Pode pegar.

-- Agora não quero mais. -Disse cortando o pedaço da pizza e ele riu.-

-- Abre a boca.

-- Não.

-- Chloe. -Ele alertou e eu ri tapando a boca. -- Abre a boca.

-- Não.

-- Ah.

Eu ri abrindo a boca e ele botou um pedaço da lasanha na minha boca, estava gostosa.

Meu celular tocou na bolsa de novo e eu o peguei.

-- Alo.

-- Desligar o celular na cara dos outros é feio, princesa.

-- Não me chame de princesa. -Meu humor foi para o espaço. -- O que você quer?

-- Só ouvir sua voz mesmo.

Eu bufei desligando o celular.

-- Que foi?

-- Nada.

-- Seu nada se chama Andrew?

-- Quero esquecer isso, não vamos estragar nossa tarde porque dele.

-- Se você prefere assim. -Ele comeu a lasanha. -- Come senão não vai comer sua torta.

-- Tá bom, papai.

****

-- Quando chegar avisa, tá bom? -Minha mãe me abraçou.-

-- Tá bom, mãe. -Sorri. -- É aqui perto, não se preocupa.

-- Sou mãe, querida, sempre vou me preocupar.

Eu ri. -- Desculpa então. Manda beijos para o papai.

-- Pode deixar. Juízo vocês dois.

-- É o que mais temos. -Justin disse risonho.-

Minha mãe abraçou o Justin e entramos no carro. O motorista estava dirigindo e o Josh estava sentado no banco carona da frente.

-- Frio? -Justin perguntou quando meu me aconcheguei nele.-

-- Frio.

Ele riu me abraçando e ajeitou o casaco nos meus ombros.

-- Durma um pouco, te acordo quando chegar.

-- Gosto de ficar acordada quando viajo.

-- Então tá bom. -Ele beijou minha testa.-

Fiquei quietinha até entrarmos na estrada. Não tinha muitos carros e o carro de seguranças atrás estava nos seguindo.

Não queria dormir porque quando chegássemos eu ia ficar abusando o Justin até conseguir dormir. Fiquei pensando nas coisas que eu vi no twitter a respeito de "Chloustin', até esse nome ficou na minha cabeça.

"Eles estavam de mãos dadas, claro que estão juntos."

" Quando eles acharem que é o momento certo eles vão falar sobre o assunto."

" Juro que se o Justin fizer a minha Cc sofrer eu corro atrás dele com um facão."

" Que pelo menos com ela der certo. Não odeio mas respeito."

"Chloustin? Sério? Se matem."

Claro que choveram comentários para eu ficar longe dele, eu queria mas acho que já estou me apegando demais a ele e isso é um problema. Mas não é minha culpa, não tem como você não amar um cara como ele, quando ele é carinhoso com você. É impossível não amar essa pessoa, mas por enquanto eu ainda estou sobre o controle da situação. Pelo menos eu acho.