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História This One's For You - Nine


Escrita por: senhoritabombonzinho

Notas do Autor


Oi gente, desculpa mesmo pela demora, mas eu tive uns probleminhas e não tava conseguindo terminar o capitulo. Vou tentar não demorar mais.
Boa leitura
e sim ta um pouquinho grande

Capítulo 9 - Nine


Fanfic / Fanfiction This One's For You - Nine

Julian me serviu uma xícara de café e se sentou de frente para mim no balcão da cozinha. Jogamos conversa fora e ele me mostrou sua casa, seu quarto, que por sinal é bem organizado. Quando dei por mim já passava do meio dia, estávamos sentados no fundo da casa e ele falava sobre sua carreira,  sua vida pessoal o lado que as revistas e tabloides não mostram. Pra alguém de vinte e dois anos que tem que “o mundo aos seus pés” ele é muito focado e responsável, até mais que eu.

   -O que eu posso cozinhar pra você?  - Julian me observou e se levantou indo em direção a cozinha com os braços cruzados como se estivesse tentando ter uma super ideia

    -Cozinhar? - Eu o segui. - Lembro que você me contou que cozinhar não deu muito certo a última vez que você tentou.

   -Dizem que a segunda vez é melhor que a primeira. 

   - E qual será o prato de hoje? - eu o incentivei. 

    -Vamos descobrir agora. - Ele se virou para o armário e pegou algumas panelas e alguns ingredientes.

Tirando o fato da cozinha ter virado uma bagunça, o resultado final foi surpreendente. Um macarrão com queijo gratinado no forno. Ele me serviu e eu fiz suspense para por a primeira garfada na boca, mas assim que senti o sabor, confesso que fiquei espantada, estava realmente muito bom. Enquanto almoçávamos eu tive aquela certeza que era de um amigo assim que eu estava precisando, André, Sabrina e Montana são meus anjos, mas algumas vezes é mais fácil conversar com pessoas que não tentam te proteger de tudo. Após o almoço eu o ajudei a limpar a bagunça da cozinha, para que ele evitasse mais confusões com sua emprega, me despedi e fui embora.

 

***

 

E se passou um mês desde que eu havia voltado à Alemanha, francamente passou mais rápido do que eu esperava.

      -Íris atende a porta, por favor? - Montana gritou da cozinha.

      -Deixa comigo. - Eu gritei em resposta, eu estava terminando de colocar as espreguiçadeiras em torno da piscina.

Fui em direção a porta e espiei pelo olho mágico e Sabrina estava sorridente e com belíssimos óculos escuros. 

     -Minha ruivinha favorita - Sabrina sorriu e me abraçou assim que eu abri a porta.

      -Minha loirinha, como você está? - Eu continuava a abraçando.

     -Estou bem… Ah, Íris você se lembra do Marcel, meu namorado? - Ela sorriu para o homem ao seu lado que estendeu gentilmente a mão para um cumprimento.

   -É um prazer revê-la, Íris.  - Ele sorriu

    -Igualmente - Eu sorri de volta e os convidei para entrar.

Em um Domingo ensolarado, que a temperatura aumentou, André teve a brilhante ideia de fazer uma festa na piscina: comer, nadar e conversar. Eu não sou muito fã de festas assim porque usar um biquíni significa muita pele à mostra, no meu caso isso quer dizer muitas sardas a mostra e eu nunca me senti confortável com isso, porém concordei em participar desde que eu me mantivesse seca e vestida. Ele convidou alguns dos seus colegas de time, se não me engano viriam o Christian Träsch, o Daniel Caligiuri e claro o Draxler.

Eu vesti um short curto e uma camiseta branca, passei meu protetor solar e deixei meu cabelo solto, estava planejando me entupir de salgadinhos e talvez tomar um bom vinho. Os colegas de time do André chegaram, e fomos apresentados. O Caligiuri havia trazido sua namorada e ela era até simpática, conversamos e ela foi super gentil. Eu me sentei em uma das espreguiçadeiras e por ali fiquei enquanto a diversão rolava dentro da piscina por mais de uma vez eu tive que me certificar que eu não estava encarando demais o físico dos amiguinhos do André. Sabrina se sentou ao meu lado e passamos um longo tempo conversando, a melhor parte é que ela não entrou em assuntos delicados e falamos mais dela do que de mim. A campainha tocou e eu fui atender já que estava todo mundo se divertindo e curtindo o sol. Abri a porta e Julian estava mais bonito que de costume, ele fica extremamente bem de camiseta branca e o cabelo meio bagunçado. Ele me cumprimentou com um beijo na bochecha e me acompanhou até os fundos. Estavam todos na piscina jogando uma espécie de vôlei com bola de praia, Draxler passou os olhos sobre mim como se tentasse entender o porquê de eu estar de roupas e não estar curtindo na água.

    -Você não vai entrar na piscina? – Ele apontou pra piscina depois de cumprimentar seus amigo e tirar a camiseta.

    -Hoje eu vou só apreciar. - Eu apontei para minha taça de vinho.
             -Poxa Íris, como você faz uma festa na piscina se você não gosta de se molhar? – Ele me encarou tirando a bermuda ficando apenas com um short de banho

    -Tecnicamente a festa é do André – Eu sorri

   -Você vai ficar aqui sentada? – Ele arqueou uma sobrancelha.
             -Exato – Eu concordei. – Agora entra logo na água, André precisa de mais um no time dele. – Eu me deitei na espreguiçadeira e me aconcheguei.

Ele me encarou e abriu um sorriso largo que eu não entendi o motivo, entrou na piscina e logo já estava enturmado. Eu tirei meu celular do bolso do meu short e entrei no Instagram pra fazer o que eu sempre faço por lá: ver fotos de lugares paradisíacos que eu nunca irei e vídeos de filhotinhos, mas pra minha surpresa a postagem mais recente não era de algum cachorrinho fofo e sim do meu ex noivo com uma garota loira, bonita e sem sardas. Até ai tudo bem Frank seguiu com sua vida, mas o que mais me incomodou foi a legenda além do textinho romântico uma frase que me fez engasgar com o ar “Nove meses ao seu lado” De acordo com minhas contas fazia seis meses do nosso termino, isso só quer dizer que eu fui traída. Como se não bastasse tudo ainda teria que absorver uma traição que ele escancarou sem qualquer problema. Respirei fundo e repeti o mantra que a minha psicologa havia me ensinado “Não sofra pelo que já acabou” eu repeti mentalmente. Fui até a mesa com petiscos e enchi uma taça de vinho, eu queria ir para o meu quarto e me trancar lá, mas seria uma atitude bem má educada com os convidados de meu primo,  então eu respirei fundo novamente e colei um sorriso em meu rosto, bebi metade da garrafa de vinho em vinte minutos. Eu já estava rindo de qualquer coisa, já estava alta pela bebida, mas por sorte acho que ninguém reparou de fato no meu estado o que de certa forma foi um alívio. 
    -Não acho justo você estar em festa na piscina e não se molhar. – Julian passou a mão sobre seus cabelos molhados e se deitou em cima de mim em minha espreguiçadeira. Foi um choque, sua pele estava fria e eu estava bêbada até mesmo para ficar com vergonha.
    -Você não vai se levantar? – Eu falei baixo
    -Não – ele respondeu no mesmo tom.
Eu me ajeitei na espreguiçadeira de modo que ele pôde se deitar junto ao meu corpo de uma maneira menos desconfortável.

    -Hey Julian, você está querendo ficar sem os braços? – André falou rindo e então eu reparei que estava tudo mundo nos encarando e eu senti minhas bochechas esquentarem. Julian deu uma leve risada e mexeu no meu cabelo, aparentemente ele também havia ficado sem graça.

- Se ela não vai até a piscina eu trago a piscina até ela. É justo. - Draxler amenizou a situação.    

- O cara partiu pro ataque mesmo, quem diria. - Um dos amigos do André pareceu surpreso. 
            - Ele perdeu foi a noção do perigo. - André disse rindo. Julian se levantou e voltou a pular na piscina.

O dia passou e eu quase terminei a garrafa de vinho se não fosse André falando que eu tinha passado da conta, já que eu não estava mais sóbria o suficiente para me manter de pé O resto da tarde eu apaguei e no outro dia apenas uma leve dor de cabeça para me fazer lembrar que eu havia sido traída.

 

***

 

Julho se tornou Dezembro, a temperatura caiu, os gramados verdes deram espaço para um cobertor branco de neve, desde a minha volta a Alemanha eu ainda não havia tido nenhuma crise de ansiedade ou qualquer coisa que precisasse da intervenção dos meus remédios, o que para mim já significava uma grande vitória. Eu estava feliz, Montana e eu ficamos ainda mais próximas e os preparativos para o casamento estavam a mil. O único problema era que eu iria ser a única dama de honra sem um par, todas as outras estavam namorando ou tinham um ficante, enquanto eu estava no zero a zero, mas talvez fosse melhor assim.

Com o tempo eu e Julian ficamos mais próximos, nos falávamos quase todos os dias. Algumas vezes rolava uns climas estranhos, como quando ele me encarava eu via meu reflexo em seus e ele se aproximava até quase me beijar, mas graças aos céus tudo sempre ficou no quase e a minha maior desculpa para mim mesmo era que eu estava carente e estava enxergando um clima de romance onde não existia.

Nesses seis meses eu acompanhei de perto o Wolfsbürg isso incluiu ir a alguns treinos e ir ao estádio em dias de jogos. Em Outubro Montana e eu visitamos Munique e fomos a Oktoberfest, não enchemos a cara como deveríamos, mas foi um ótimo passeio. Eu continuei sem nenhuma proposta de emprego, mas por mim estava tudo bem, eu não estava mais com pressa.

     -Vamos logo, Íris. - Draxler me puxou pelo pé tentando me tirar do sofá.

     -Não! está frio lá fora, eu não quero caminhar. Você não tem que ir treinar?  - Eu abracei uma almofada

    -Eu joguei ontem, eu mereço uma folga.. – Ele pôs as mãos na cintura e me encarou - Cadê a Montana e o André? - Ele passou os olhos pela sala e o corredor que dava para a cozinha

   - Ainda não levantaram, porque é isso que as pessoas fazem quando está frio elas dormem, ficam em casa se aquecendo.

    - Bom, se você quiser se aquecer comigo, por mim tudo bem.- ele sorriu faceiramente.

     - Cala a boca. Se eu for com você, você para de me perturbar? - Eu me levantei.

    - Vou, eu prometo. - Ele colocou as mãos no bolso da sua calça.

Subi e vesti meu casaco, calcei minhas luvas e botas, coloquei um cachecol e uma touca. Eu estava me sentindo protegida do frio, só não estava a fim de ter que enfrentá-lo.

Enfim desci, Julian insistia que deveríamos fazer uma caminhada por uma das trilhas de Wolfsbürg, ele dizia que o lugar era lindo no verão e que no inverno deveria ficar mais encantador. Durante o caminho, fazíamos o que éramos melhores em fazer: jogar conversa fora. Eu ainda não havia contado todos os meus problemas ao Julian. Achei melhor não tocar nesse tipo de assunto já que esses problemas não me assombravam a algum tempo. A única coisa que ele sabia era a respeito das minhas sardas, e como eu as odiava e como as crianças eram cruéis comigo durante todo o colegial.

   - E então, estamos chegando seja lá onde for? - Eu ajeitei minha touca em minha cabeça.

    -Quase… - Ele sorriu e me ofereceu seu braço como apoio.

No inverno as pessoas ficam mais quentes e amistosas, a neve fofa faz tudo parecer mágico, mas algumas vezes as coisas podem começar a se tornar sinistras e horrendas em poucos minutos, pelo menos foi assim para mim.  O caminho que fazíamos era circundado por arvores e em alguns lugares a camada fina de gelo deixava o chão bem escorregadio. Um barulho ao longe fez meu coração acelerar instantaneamente, eu apertei involuntariamente o braço do Julian e travei assim que vi os trilhos do trem logo à frente cobertos por uma fina camada de neve. O ar pareceu faltar em meus pulmões e de repente eu era uma garotinha sem saber o que havia acontecido com seus pais.

  -Íris, tá tudo bem? - Julian estalou os dedos na minha frente tentando chamar minha atenção.

   - Não… Eu... Não posso… - O barulho estava cada vez mais próximo e lágrimas escorreram. Tudo parecia tão assustador e eu me senti tão pequena. Eu senti uma crise vindo em minha direção e eu não consegui detê-la. 

E em meio às árvores a locomotiva rasgava o silêncio com seu barulho tradicional, e seu peso e velocidade fazendo as coisas chacoalharem. E de repente parecia que as coisas estavam em câmera lenta e tudo o que eu ouvia era um zumbido. Eu dei vários passos para trás eu estava ofegante fazendo vapor sair da minha boca.

   -Me desculpa, mas eu não posso, não posso ir em frente... - Eu estava soluçando.

   - Ta tudo bem, eu estou aqui com você… O que você tem ruivinha?  - Draxler me abraçou e eu desvencilhei do seu abraço. Dei mais alguns passos para trás me encostei em uma das árvores, minhas pernas estavam trêmulas eu cedi e me sentei no chão derrotada, com o coração acelerado e minha cabeça girando e refazendo as manchetes dos jornais um dia após o acidente.

“Subiu para 27 o número de mortos no acidente entre dois trens próximo a cidade de Liège, na Bélgica. O balanço anterior era de 25 vítimas, porém mais dois corpos foram tirados dos vagões envolvidos na tragédia. A quantidade de feridos permanece em 50.”


Notas Finais


Gente eu tive que adiantar um tiquinho a historia pra chegar na treta logo kkkkkkk
xoxo no vemos nos proximos capitulos que prometem!
xoxoxo


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