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História Thought of you - Capítulo cinco


Escrita por: allzvoy

Notas do Autor


olá olá
eai, xuxus?
decidi fazer um capítulo para mostrar como o matteo está se sentindo e um pouco da relação dele com um amigo
irei fazer muitos outros capítulos assim, até pq a história precisa de posicionamento atual

boa leitura, espero que gostem

Capítulo 5 - Capítulo cinco


- Alguém morreu? - perguntei e travei o maxilar andando em direção a cozinha. 

- Nossa, essa piada foi... péssima e pesada dada as circunstâncias. - ele disse e eu sorri sem vida. 

- Tudo é péssimo pra mim agora, Simón. 

- Calma lá, amigo. Não vim te deixar irritado. - ele disse e sentou na cadeira alta do balcão. Abri a geladeira e lhe dei uma garrafa de cerveja. Peguei uma para mim também e senti os olhos julgativos de Simón analisando meus atos - Você bebe agora? - ele disse olhando para sua garrafa, tentando soar casual, mas eu sabia que era apenas fingimento. 

- Hoje, sim. Aconteceu muita coisa. - ele me olhou e suspirou. 

- Escuta, Matteo. Não acho que você deva lê-los. - ele disse com um tom esquisitamente baixo e apreensivo. 

Dei um gole na cerveja e cerrei os olhos sem entender. Ele sabia dos diários? 

- Do que você está falando? - me aproximei do balcão e apoiei os cotovelos no mesmo. Minha voz saiu arranhada e tenho certeza de que ele percebeu o meu estado. 

- Dos diários, você sabe. - olhei para o meu amigo em minha frente e senti meu rosto esquentar. Eu era todo nervos, a ansiedade hoje se instalou em meu corpo. 

- Por que eu não deveria ler os diários dela? Afinal, ela me enviou. 

- Eu os enviei. - ele disse e eu pousei a garrafa no balcão. 

- O que? 

- Eu os enviei para você. - sua voz estava, agora, mais calma. Ele se ajeitou na cadeira e suspirou antes de continuar: - Escuta, Matteo, a Luna deixou os diários em uma parte de seu armário de fundo oco. Quando estavam arrumando a casa, os novos donos, eu digo, eles encontraram os diários e me contataram. 

- Por que eles te contataram? 

- Eu vendi o apartamento dela. A mônica não conseguiu lidar com isso e me pediu ajuda, esqueceu? Te falei sobre isso meses atrás. - olhei para o lado e senti meu rosto já demonstrando que eu não teria um bom resto de dia. A angústia já estava me dominando. 

- Tudo bem, mas eu vou ler, sim. Por que você me enviou se não quer que eu os leia? - ele abaixou a cabeça e ficou um tempo em silêncio como se buscasse as palavras. 

- Porque eu li o primeiro deles e... achei que você deveria ser o único a ler todos. Mas, olha... eu não acho que seja uma boa ideia. Fique com eles, mas não vai te fazer bem reviver tudo isso. Acredita em mim. Já posso ver os efeitos deles no seu rosto e não acho que tenha lido muito. 

- Eu não vou ficar com uma caixa cheia de palavras dela, de pensamentos dela e simplesmente ignorá-las pelo resto da minha vida, Simón. - levantei um pouco a voz e ao perceber, respirei fundo e me afastei um pouco do balcão. 

- Você não os quer? 

- Claro que eu quero! Eu preciso dela, eu preciso de mais. - ele me olhava com uma expressão de compreensão, mas sua preocupação era evidente em cada ato.

- Tudo bem, mas vá com calma, está bem? Pode ser muito para digerir, faz pouco tempo que... - o interrompi.

- Pareceu uma eternidade já. Olha, eu preciso fazer umas coisas para o trabalho... posso te ligar depois? - disse e ele se levantou, entendendo que eu não queria conversar mais. Na verdade, eu não queria nem ter começado a conversar.

- Não precisa arrumar desculpas, qualquer coisa me liga. Eu sei a saída. - ele disse e saiu da cozinha. Segundos depois, escutei a porta bater e fui em direção a sala, me jogando no sofá. 

Senti meu corpo se contrair. Meu rosto esquentou e eu envolvi meus braços numa almofada, apertando-a o mais forte possível. As lágrimas vieram e logo eu senti meu rosto sendo umedecido por completo. O choro deveria ser uma forma de extravasar, de relaxar a tensão mental e física, mas cada vez eu sentia a dor se espalhando por mim. 

Eu a perdi. 

Tentei respirar e falhei algumas vezes. O desespero tomou conta de mim antes de meus pulmões conseguirem de fato controlar sua função. 

Pareceram-se horas até que as lágrimas se esgotaram e eu sentia pequenas pontadas de dor na cabeça. Levantei do sofá e fui em direção ao banheiro. Tirei as roupas e me joguei embaixo do chuveiro, que diferente de minhas lágrimas, estava bem frio. O choque foi grande e meu corpo doeu com o contato com a água gélida. Fiquei com a cabeça abaixada deixando a água bater até que a dor física causada pela água gelada fosse maior que a dor interna. Cada parte do meu corpo começou a se sentir perfurado, como se agulhas entrassem e saíssem de minha pele.

Quando não aguentei mais a dor, sai do chuveiro me enrolando numa toalha e olhei para as caixas. Ignorei toda a vontade que tive de continuar a ler aquelas palavras. Preciso de um tempo. Coloquei uma roupa e sai quase correndo de casa, indo de encontro ao meu carro para me levar a qualquer destino onde eu pudesse esquecer da conversa com Simón, das palavras de Luna ou de qualquer motivo que me levaram a afundar cada vez mais nos efeitos que me levaram a total isolamento meses atrás. 

Mas que lugar seria esse? Eu não tenho um lugar sem que minha mente me leve à ela.

Segui sem rumo pelas ruas escuras. O tempo está bem fechado, assim como eu queria que estivesse minha mente. Droga, Luna. Eu sinto tanto a sua falta.


Notas Finais


o que acharam?
aceito críticas e elogios viu?

vocês já começaram a perceber o que aconteceu e o que está acontecendo ou o mistério ainda está vivo? kdsjkfgskf

obrigada por lerem xx

meu twitter: https://twitter.com/pasquarejara
me cc flopado: curiouscat.me/pasquarejara


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