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História Thousands Of Problems And You - Capítulo 4


Escrita por: larrymediato

Notas do Autor


Olá, pessoal. Bom, eu gostaria de agradecer a quem favoritou a fic e também pelas visualizações, que me deixaram muito feliz, muito mesmo! Obrigada a todos vocês por estarem me dando essa chance ❤️

Capítulo 5 - Capítulo 4


 

A primeira coisa que colocarei em minha lista de coisas que não devo repetir novamente será nunca, nunca mesmo, tomar bebidas azuis que fedem a álcool puro. Essa bebida parece ter me dado como brinde uma enorme ressaca, que estava quase me matando. 

Abri os olhos e os esfreguei antes de me deparar com Niall dormindo, talvez desmaiado, ao meu lado. Não contive uma risada e levantei da cama indo diretamente as escadas. Pessoas bêbadas por todos os cantos, nem sinal de Liam ou de Nick e uma bagunça extrema. E os amigos de Zayn e Louis ainda estão aqui. Exceto Louis e Zayn.

Minha dor de cabeça aumentou e gemi em frustração por isso. Fui até a cozinha, encontrando bebidas, papéis, sacos, e várias outras coisas espalhadas por todo o balcão, pela mesa e até mesmo, o chão. Abri a prateleira onde Liam guarda seus remédios e comecei a revirar a gaveta, até sentir uma mão em meu ombro. Me virei e tive a visão de Louis segurando a embalagem do remédio.

— Acho que é isso que você procura. -Ele disse, com a voz muito mais grossa que o habitual, e deu um sorriso de canto, ao que me estendeu a embalagem.

— É sim, obrigado... -Agradeci, pegando de sua mão e indo encher um copo com água.

— Então, acho que aproveitaste bem a festa ontem, dormiu tão rápido. -Louis falou e eu arqueei a sobrancelha. 

— Como sabe? -Perguntei, ainda de costas para ele.

— Liam me disse. -Respondeu rápido vindo até mim. 

— Você e Liam estavam falando sobre mim?

Ele tossiu rapidamente e me respondeu. — Não, ele apenas mencionou isso.

Assenti e coloquei o remédio na boca, bebendo a água junto para conseguir engoli-lo, apesar de eu já ter 21 anos e já ter passado da hora de não depender da água para conseguir engolir um comprimido. Louis estava encarando... Meu pescoço? 

— Por que está me olhando? -Perguntei, sentindo meu rosto corar, e virei para colocar o copo na pia. Uma boa desculpa para encobrir o fato de que não vou ficar corado na frente de Louis Tomlinson, muito menos por causa dele.

— Estou? Me desculpe. -Ele apenas disse isto, antes de balançar a cabeça e desviar o olhar.

— Somos os únicos acordados por aqui ou...?

— Creio que sim. Você é a primeira pessoa em meia hora. -Sorriu. 

— E você sabe onde o Liam está? 

— Provavelmente com o Zayn. -Deu de ombros e meu queixo caiu. O quê...

— Ele e o Zayn...?

— Pergunte a ele, quando acordar, Zayn não gosta que eu fique invadindo a privacidade dele.

Eu me sentei em cima da mesa, na ponta da mesma com as canelas fora da mesa, colocando o peso do meu corpo em meu braço, que estava apoiado ao lado das minhas coxas. 

Abaixei minha cabeça e isso pareceu fazer com que a dor se dissipasse um pouco. Logo uma fumaça era liberada indo de encontro ao meu rosto. Ótimo. Tossi um pouco, antes de afasta-la e revirar os olhos vendo que Louis havia acendido um cigarro. Fiz menção para levantar, mas senti sua mão me impedir ao segurar meu peitoral. 

— Louis... 

— É só fumaça, ela não vai te matar. -Ele ficou entre as minhas pernas e agora por estarmos perto de mais, tentei atrapalhadamente manter uma postura rígida. 

Sua mão começou a descer lentamente por meu peitoral até minha barriga, enquanto minha consciência gritava de longe para eu afastar suas mãos de mim.

— A menos que eu inale. -Minha voz saiu abafada e baixa e pude notar que ele havia sorrido. 

Levei meu olhar para minhas pernas, quando ele se aproximou mais, agora quase colado ao meu corpo. Meu coração estava batendo vezes mais rápido, descontrolando um pouco minha respiração. Não, eu não posso ficar assim!

— Harry... -Sussurrou meu nome, me causando arrepios involuntários.

Seus dedos tocaram meu queixo, levantando meu rosto até o seu e cá estamos novamente dois centímetros com as bocas separadas. Seus olhos se fecharam, enquanto os meus estavam apenas abaixados. Seu lábio inferior tocou o meu, se fechando em um beijo no mesmo, fazendo meu corpo arrepiar-se todo e meu coração parecia estar pronto para explodir.

— Eu realmente não esperava ninguém acordado a essa ho... -Ouvi a voz de Nick, fazendo meu coração gelar. — Ops...

Rapidamente empurrei Louis e desci da mesa, escurecendo um pouco a visão por esse ato. 

— Oi, Nick, bom dia. Niall já acordou? -Perguntei indo até ele, ficando de costas para Louis. 

Ele sussurrou algo como "o que estava acontecendo aqui?" e eu tive que mandá-lo calar a boca, o que deixou-o ofendido.

— Acho que não... Digo, ele bebeu muito ontem, não acho que ele acordará tão cedo.

— É... já estou indo. Quando Zayn acordar pode avisá-lo que já fui, Harry? -Louis pediu, tocando meu ombro. Torci os olhos, nem me preocupando que Nick estava ali observando e se perguntando o que diabos estava acontecendo.

— Claro. -Respondi rápido, após me virar e forçar um sorriso de canto. Oh, isso não é nada bom...

Louis se despediu e saiu andando com o cigarro na mão e na companhia de seu jeans apertadíssimo. Digo, apenas seu jeans.

— Harry! -A voz de Nick estalou e pareci voltar ao mundo novamente.

— Será que posso tomar mais um desses comprimidos? -Perguntei tentando desviar do assunto.

Eu definitivamente não estava afim de comentar sobre eu estar me entregando como um cachorrinho para Louis. Não mesmo.

— Harry...

— Não, você nunca viu isso, isso nunca aconteceu, ok? -O interrompi, agora o olhando sério.

— Você estão ficando, Hazz? -Perguntou, sentando-se em cima da mesa, e eu o encarei sério bufando. — Só uma pergunta, porque não é todo dia que você pega seu melhor amigo quase engolindo com alguém que ele diz não ir com a cara.

Após cuspir as palavras em cima de mim, sentei ao seu lado na mesa e o encarei fixamente por alguns segundos, até respondê-lo.

— Louis está tentando me beijar desde ontem e eu não sei o porquê. Não estou ficando com ele e nem pretendo, Nick. 

— Não mesmo? Por que eu juro que vi ele beijando seu...

— Cala essa boca! -Bufei saindo da mesma e pude ouvir a risada dele.

Subi as escadas e fui até o quarto em que dormi, onde haviam alguns grunhidos. Niall estava tentando se levantar, enquanto reclamava que sua cabeça latejava. 

— Harry, graças a Deus, me ajude... -Niall basicamente implorou, se jogando em meus braços. 
Segurei ele com a maior força que consegui, até o carregar para a cozinha.

^.^

Depois de passar o resto da manhã de aula perdida ajudando a arrumar a casa de Liam, expulsando as pessoas que dormiam por todos os cantos, entre outros, finalmente fui ao caminho de minha casa. Avisei Zayn sobre Louis ter ido embora, antes que ele pudesse ao menos dar o primeiro bocejo da manhã, mas eu estava e estou com pressa. 

Entrei em casa rápido e nem sinal de meu pai, o que era bom. Abri a porta do meu quarto e me deparei com Gemma sentada em minha cama, enquanto brincava com seus dedos em sua pele.

— Espero que você não me odeie... - Ela falou em tom de divertimento, mas exalava tristeza, porque eu a conheço muito bem. 

— É claro que não odeio, Gemma. Por que acha isso? 

Tirei minha blusa xadrez que mantinham as mangas até os cotovelos e a coloquei em cima da cama, ficando apenas com minha blusa preta.

— Porque eu gritei com você. Falei coisas que não devia ter falado...

— Está tudo bem, Gem, sério. Mas você estar me escondendo coisas me deixa chateado. -Falei, sentando-me ao seu lado.

— Eu sei, mas é que... Eu não quero te falar agora, preciso processar isso agora.

— Se você estiver se drogando, eu não poderei te ajudar, sabe disso, não sabe? 

Ela suspirou em resposta. 

— Eu não estou injetando coisas no meu corpo, nem fumando. Você confia em mim? -Perguntou, com seus olhos carregados de uma angústia extrema. Minha irmã não merecia ter depressão com 15 anos, isso é tão injusto!

— Não posso confiar em você se não me diz o que está fazendo.

Recebi um beijo em meus cabelos, tão calmo, tão familiar. Senti falta de seu carinho, tanta que esse simples gesto me deixou com um sorriso bobo no rosto.

— Pode me dar algum tempo? -Agora estava em pé à minha frente, segurando minhas mãos.

— Te darei um prazo para parar com sabe se lá o que está fazendo e me dizer o que é. Sabe o que acontecerá se o prazo esgotar... -Respondi meio abatido e ela deu um sorriso de canto, até largar minha mão e sair do quarto. 

Após essa conversa que, estranhamente, fluiu de uma ótima forma, apenas me joguei de costas na cama e dobrei meus lábios, lembrando o acontecimento de hoje mais cedo que eu, com certeza, não deveria estar revivendo.

^.^

Pode-se dizer que o resto do meu dia foi resumido em assistir filmes de comédia, que de comédia não tinham nada, e comer doces. O resto foi tomar um banho e ir dormir. 

O relógio marcava 8h20, o tempo suficiente para eu tomar banho e me arrumar, colocando minha beanie vermelha para disfarçar o meu cabelo bagunçando. Gemma dormia, como de costume, meu pai já havia ido para o trabalho e eu cheguei logo na faculdade. Niall, Liam e Nick conversavam entre si encostados na parede e Nick e ambos me olharam curiosos quando me aproximei. Droga.

— Oi...? -Falei, esperando que eles parassem de me observar assim.

— Hey. -Niall respondeu com um sorriso agradável e me abraçou, logo depois Nick e Liam fizeram o mesmo. Ok, isso foi muito estranho e já devo saber o porquê.

— Por que estão me olhando com essa cara? Estou com alguma coisa no rosto? -Perguntei de uma vez observando os dois assumirem uma postura estranha agora, enquanto Liam apenas observava a situação tão confuso quanto eu.

— Nada, Harry, é que... -Niall foi falando, enquanto gesticulava as mãos no ar. Arqueei as sobrancelhas para essa situação totalmente desagradável. Estão me olhando como se eu fosse um zumbi, eu hein. — Foi um longo dia.

Ah sim. 

— Eu queria declarar que não foi culpa minha. -Levantei os braços, me defendendo. 

— Culpa sua? Como assim? -Liam perguntou, arqueando a sobrancelha.

— Ele derramou bebida na sua cama, mas foi sem querer. -Niall respondeu rápido. — Sua aula irá começar agora, Liam, nos vemos depois. 

Niall me puxou para longe, após despedir-se de um Liam confuso e com o cenho franzido.

— Posso saber que diabos está acontecendo com você e com o Nick? -Perguntei, após ele me levar até minha sala.

— Eu que te pergunto isso, em relação ao Louis. -Ele falou cruzando os braços, mas pude notar que ele reprimiu uma risada.

— Nick te contou. -Bufei e ele assentiu.

— Claro que sim, porque ele sabe que você não me contaria. -Me deu a língua e eu fiz uma careta por esse hábito dele. — Vocês estão ficando?

— Não, Nick deveria ter te contado que Louis que está me provocando. 

— Te provocando? Rolou mais alguma coisa? 

— Niall!

— Desculpe, mas é que você estava disposto a bater nele alguns dias atrás e agora está quase beijando ele...

— Errado; ele está quase me beijando. 

— E você está deixando. -Ele rebateu rindo e eu lhe dei um tapa no braço.

— Eu não estou deixando, só que a provocação dele...

— Te excita? -Perguntou quase vermelho de tanto reprimir a risada.

— Eu desisto de falar com você. -Bufei, entrando em minha sala e ouvindo sua risada atrás de mim.

Sentei no fundo da sala, para poder ficar mexendo em meu celular sem que o professor visse. Assim, o tempo passou voando e todos estavam saindo da sala para ir até a cantina, embora eu apenas tenha sentado no banco que fica do lado de fora de minha sala e voltado a atenção ao meu celular.

— Hey, posso sentar aqui? -Levantei o meu olhar para observar Louis parado, me olhando com um sorriso de canto na minha frente. Arqueei minha sobrancelha para ele, no mesmo instante.

— Contanto que você não tente me beijar. -Respondi e pude notar que Louis ficou surpreso com minha resposta e até desconfortável. Fui tão rude assim? — Claro.

Ele voltou a sorrir e sentou-se ao meu lado, enquanto pegava uma garrafa de metal e bebia o que com certeza era algo com álcool.

— Bebe álcool de manhã também? -Falei, olhando para sua garrafa.

— Bebo toda as horas do dia. Aceita? -Ofereceu rindo.

— Eu passo, obrigado. -Respondi, voltando ao aplicativo mais idiota que já baixei em toda a minha vida.

— Pac-man, sério? -Ele riu e não consegui reprimir a risada também.

— É idiota, eu sei, mas não tem nada melhor por enquanto. -Respondi e ele riu mais alto agora.

— Garanto que tem. —Ele disse, soando como um pensamento alto.

— O quê? 

— Ah, nada. Posso tentar? -Pediu rapidamente e eu deixei o bicho devorar o meu para dar ao Louis.

Ele começou a tentar jogar, rindo junto a mim por não saber virar o pacman.

— Eu sou muito horrível nesse jogo. -Ele disse, me entregando o celular após deixar nós dois vermelhos de tanto rir. Algo que eu não imaginava tão cedo.

— Sim, você é. -Ri e ele fingiu uma cara de ofendido, colocando a mão em seu peitoral.

— Não diga assim, me deixa ofendido. -Ele disse, fazendo uma careta.

Virei de frente para ele e ri de sua careta.

— Você se auto-intitulou assim, só concordei. 

Ele me deu um tapinha no braço e riu também. Um momento agradável, porém nada que eu imaginasse tão cedo. Seu olhar desceu para meus lábios e dessa vez desviei o olhar para o meu celular. Era melhor que eu não virasse, porque sei o que aconteceria se eu continuasse na mesma posição. Ele tossiu rapidamente e cruzou os braços, olhando para seus pés. Liguei para Niall para tentar disfarçar o clima meramente pesado que se formara ali.

Alô? -Ouvi a voz grogue de Niall e revirei os olhos. 

— Onde você está? 

Acho que... Na minha casa. Por quê? -Perguntou. 

Eu percebi Louis estar olhando curioso, enquanto eu pensava em uma boa desculpa para ter ligado para ele.

— Você está bêbado? -Bufei, escolhendo interrogar a causa de sua voz estar daquele jeito.

Talvez.

— Ah, qual é Niall, eu estou sentindo daqui o cheiro de álcool. Você foi mesmo embora para beber, sério? -Bufei novamente e pude ver Louis rindo. 

Nick me convidou, não ia rejeitar, claro. -Respondeu e eu encostei a cabeça na parede. Tinha que ser loiro.

— Não acredito que vocês mataram aula para isso. Te encontro em uma hora. -Respondi e desliguei o celular, agora ouvindo as risadinhas de Louis. 

— O que foi?

— Você fala isso como se matar a aula para beber fosse um pecado. -Ele tentou reprimir a risada.

— Discordo, eu não acho, mas é uma coisa idiota.

— E eu discordo de você, vai me dizer que nunca fez isso? -Ele riu, bebendo mais de sua garrafa.

— Não, nunca fiz.

— Sei. -Deu de ombros e eu fiz o mesmo, olhando as horas em meu celular e vendo as pessoas voltarem a andar pelo extenso corredor. Que eu detestava.

— Tenho aula agora. Obrigado pela companhia. -Agradeci de uma forma meio idiota, quando me levantei e fiquei a sua frente.

Estendi minha mão, ao qual ele pegou, mas não apertou-a, simplesmente beijou as costas da minha mão, enquanto me olhava. Afastou sua boca de minha pele e sorriu de lado.

— Até mais, Harry.

Dito isso, ele saiu andando com a garrafa em uma mão e a outra em seu bolso. Arqueei as sobrancelhas para o que acabou de acontecer. 

 



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